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AT ? as ‘océ tem nas mos um livrotnico, nao sé pela vastido e profundidade dos fatos que narra, como pelo tratamento inovador dado as imagens que mostra. Aqui, a fundacio na Bahia do primeiro grande candomblé brasileiro € um aspecto do processo de constitu da nossa sociedade integradoatum contexto mais vasto: a expansio do espaco politico europeu. Todos os antecedentes Dois lembretes a respeito do poder do simbolismo no movimento da historia: apesar e difcilmen ¢ poder influenciar uma classe delingiiente, a crenca na existéncia do inferno era, naqueles tempos, uma forga moral que nao podia ser subestimada. Duby ‘screveu que uma enorme quantidade de imagens, pintadas ou esculpidas na igrejas, lembravam obstinadamente a presenga do inferno’, ao qual qualquer um poderia ser condenado. Neste lugar medonho, de castigo eterno, “lbaredas ¢ deménios ator rmentavam 0 corpo desses condenados com todos 0s tipos de instrumentos de tortura [.] Imagem obsessiva, opressva, 0 inferno estava presente em todos os esptios. Talvez fosse o germe mais virulento do medo que atormentava as pessoas daquela época”, Mormente, é natural, aqueles que tinham a consciéncia pesada Segundo lembrete: a excomunhdo, pronunciada pelo papa, também era uma arma terivel, pois ndo s6 podia excluir os condenados do convivio social, trar das autor ‘ades sua legimidade, como expedilos diretamente,apés a sua mote, para 0 fogo inferno, Mesmo o Imperador Henrique IV, em um incidentecélebre da historia nnedieval, foi excomungado e depasto em 1077, obrigado a humilharse diante do apa Greg6rio VII ea fazer tés dias de duras peniténcias para recuperar a legitimida- de, Sabemos que 0 imperador obteve sua revanche trés anos depois, a0 expulsar Gregorio de Roma ¢ levido a morrer no exfio; porém a moral da histria € que dependendo da conjuntua,o poder da excomunhio podia ser mas forte do que © poder de um Exéreito imperial * Em todo caso, por via das dividas, era necessévio redirecionarainevitivel brualidade a cavalaria para fora da comunidade, especiicamente contra os inimigos da f,tarefa ‘que i avia sido legtimada, como vimos, pela grande autoridade de Santo Agostinho. Nascia0 “soldado de Cristo”, um dos construtores da Europa, posteriormente um dos construtores dos impérios coloniais europeus. Assim, a palavra de ordem fundadora do Movimento, “que nenhum cristio mate outro cristio",terminou implicando uma Figur 2- imagen do ofr atrroriso as ents cians durante dels Os splice suber ot mats brillant foram materilzads pels arias a soo da lj em imagens exiidas em lugares solenes, para controlar devo de conta, adensand a trove do med ocdental. Até mesmo os poderss deste mundo poderan marchar dito para o Inferno sb a bandera da soberb, tal como no rims plano desta pinara do ink do skal XV ‘aa MooEnYGio 4 consTTUIGko Do ESA FOLICO EUROPE a coutra, segundo a qual o crstio em missio poderialegitimamente matar um ndo- cristio, pertrbadora excegio a um dos mandamentos da lei de Deus, mas inevitivel «em um Cristianismo imperial. Fsta operacao ideoligica delimitou um espaco, 0 Ambi- to da Paz de Deus, em que a crueldade era tida como um pecado mortal, agressio contra a misercdrdia ea caridade crist; fora deste espaco, no ambito da guerra de Deus, 0 aniquilamento do outro era dever€ glia do cavaleiro crstio, © tradicional espirto cristio de rentincia ao mundo estava, na trajet6ra institucional do Cristians- ‘mo, sendo substituido pelo ideal de conquista do mundo. O espiritoagressivo da cavalaria medieval foi desviado pela Igreja para dois alvos, um ‘no Ocidente outro no Orient. A frente oriental da guerra santa foi a conquista de Jerusalém, ustiicada como libertagi da Terra Santa da mao dos “infiis’. Durante 0 périplo do Papa Urbano Il peta Franca, de julho de 1095 a setembro de 1096, pregan- «do pela primeira vez em fivor das cruzadias,teve lugar o Conciio de Clermont, que conferiu validade juridica universal s deliberagées da “trégua de Deus”, ou sea, ofice alizou 0 movimento, dandothe nova forga. Tomou também uma medida importantis- simma para o inicio das cruzadas, ao estender os privilégios, até entio destinados ape- nas aos pobres ¢ leigos desarmados, a todos aqueles que fizessem a peregrinacio a ‘Terra Santa, As caravanas para Jerusalém, pacficas, empreendidas como peniténca, ppodiam desde entio ser escoltadas por cavaleios jgualmente penitentes, com a fun- co de proteger 0s fii, inclusive abrindo caminho pela forca das armas, caso fosse necesséri, Entretanto, 0 que aconteceu na prtia foi algo muito mais brutal [Nesta mesma poco célebre monge Pedro, o Eremita 0 lado de virios outros mon- ses ebispos de grande prestigio, pregariaem favor das cruzadas, apontando os inimi- 0s externas que iriam absorver a agressividade dos milits, os deus c 0s mugulma- ‘nos. Evelos temas biblicos, a imagem do Deus dos exéeitos, em como aterminolo- gi militar paulina, voltaiam a freqientar os plptos e os palangues. Em 1056, 0 pt6prio Pedro lideraia a primeira tropa de cruzados, massacada entretanto pelo TExércto Turco na Anatlia. No ano seguinte, partiia a segunda onda da primeira cruzada, que atavessari oImpério Bizantino,assaltaria a cidade de Nota na entrada dda Asia Menor, tomando a cidade de Antiéquia, massacrando sua populagao e saque- ando as aldeias da regio. Fundara em seguida o primeiro Estado europeu na cidade a ‘Oca na ROQUIA auménia de Edessa tomando Jerusalém em julho de 1098, al fandando um segundo reino cruzado debaixo de um banho de sangue que no poupou sequer anciéos, mulheres e crianga, aterrorzando mesmo as sensbilidades mais calejadas, Estava reinaugurada, em grande estilo, a politica expansionista do Ocidente. No Ambito das eruzadas € que se desenvolveram as ordens militares, corporagdes de cavaleitos formados dentro do espitto das regras monésticas, ou sea, discipinados scb influéncia da Igreja Na origem dessas ordens estavam instituicdes paciicas, fun- dadas em Jerusalém apenas para hospedar e cuidar da saide dos peregrinos euro- pus. De algumas cies nesss institugdes nica surgram outras, que priviegiaram ‘oservigo militar, como a Ordem dos Cavaeiros do Santo Sepulero, fundada por Afon- 0 |, rei de Aragéo, também conhetida por Ordem dos Hospitalios de Sao J ‘1. Ordem dos Cavaleios Pobres do Templo de Jerusalém, mais conhecida como Or dem dos Templirios, fandada sob a protecio do proprio Séo Bemardo, 0 poderoso shade da ordem mondstica de Cister, uma das mais eminentes personalidades do mundo ‘catlico de enti. Ou ‘As “regras” dessas ordens previam o recrutamento de trés tipos de membros, correspondendo as ts fungbes sociisjé passadas em revista, bellatore, oratores € Leboratores, ou seja, os cavaleiros nobres ou combatentes propriamente dito, os smonges, responsiveis pelo servgo religioso, e seus auxiliaes, recrutados na plebe, «que se encarregavam da manutengio ¢ dos trabalhos mais pesados. frente ocidental da guerra foi a Peninsula Ibérica, quase que totalmente controla- a, até meados do século XI, pelo Califado de Cérdoba, que ameacava os reinos aistios remanescentes, chegando a incendiar, no inal do séculoX, a propria Santi- ago de Compostela, Outra ameaca vinha do sul, ram os estabel tas muculmanos, fundados na costa mediterrinea, que aterrorizavam a regido € cchegaram a saquear grandes cidades da Itlia e da Provenca. A Igreja acionou toda a sua capacidade de convencimento para a cavalaria abandonar suas estpidas guer- rs fratricidas, promovendo a alianca de principes cristios ¢ organizando armadas multinacionais para conter a ameaca islimica e alargar as fronteiras ocidentais da ccistandade. Para assegurar a vitéria,oferecia prémios materais para uns, prémios ‘espirtuais para todos. Steven Runciman escreveu que “a guerra contra os infiis na tos de pira "Aa NODERAGKO a CONSTITGKO Do EeAGOFOKICD LROREL » Peninsula adquiriu deste modo o estaruto de uma guerra santa; ¢ em breve os propr- 0s papas se decidiram a drigela”* [Em Portugal, como no resto a HispAnia, a Tpejateve um papel fundamental na “Re- conquista”. Primeiro, através dos combatentes das ordens militares, Templérios, Hospitalitios, a Ordem de Calitrava, de Evora, do Sepulero, de Avis, todas se empe- nharam seriamente na expulsio dos mugulmanos para além do Mediterrineo. A Or ‘dem de Santiago teve um papel decisivo na conquista do Algarves, 0 Al Gharb iskimico. A retomada de Lisboa, em 1147, s6 foi possivel gracas 4 atuagio de uma armada ‘multinacional de cruzados, signifcando inclusive uma mudanga na natureza do com- bate: até entio existia apenas uma guerra de guerrihas, nos dizeres do grande histo- riador portugués Oliveira Martins, “um sistema de rapinas mais do que uma sucessio de campanhas”. Lisboa foi cercada pelo mas, por duzentas galés de combate integra- das por flamengos, lotaringios, alemaes ¢ ingleses, ¢ pela terra, pelos destacamentos dos bardes portugueses, por tropas francas ¢ italianas, todos liderados pelo primeiro Rei de Portugal, Afonso Henriques. Porém a costumeira brutalidade cruzada também se manifestou na frente ociden- tal. Quando da queda de Silves, a desavenca entre o segundo Rei portugués, Dom ‘Sancho I, ¢ os cruzados é bem ilustrativa: o rei queria evitar o saque, no queria ganhar um monte de escombros, propés pagar a presa, mas os cruzados recusa- ram, Oliveira Martins comenta: “Havia uma coisa que o rei no podia pagar com ‘ouro: era o delirio do saque, a ongia da matanga e dos estupros”. Além de bruta- lidade, gandncia: a guerra, como ambiente natural da tirania, é 0 melhor meio de ensiquecer rapidamente. Para saldar a ajuda, 05 reis de Portugal foram obrigados a doar as ordens militares imensas extensbes de terras, com suas cidades,aldeias, fortaleza, com privilégios ¢ direitos fiscais anexos, doagées confirmadas em seguida pelos papas. Assim elas enti ‘queceram imensamente, io s6 em Portugal como em toda a Europa, renunciando ‘apidamente 0s cavaleiros cruzadios 40s ideais de sobriedade, vivendo uma vida luxu- (sae tomando-se cada vez mais vidos e interesseros,disputando a riqueza eo poder ‘com reise prelados, competindo freqiientemente entre si: um show de mesquinhatia civica! Depois do terrivel massacre dos Templirios de Paris pela Santa Inquisigio “ ‘canoowm n sanmogus pelo re da Franca, sob acusacio de apostasia, sodomia,rtos obscenos, as ordens antares tenderam a ser nacionalizadas,colocadas sob a autoridade dos reis euro- peus, que se apropriaram de seus pigantescos patriménios.* 4s cruzadas logo se transformaram em um grande negécio no sentido mercantil do termo, uma vez que, desde a primeira, a organizacio comercial italiana foi colocada a servigo da campanka militar. Sem a capaidade de producio naval, os meos financiros ebancirios,o apoio logistico dos empresirios, o empreendimento dos papas e da cava- lhria no teria sido sequer pensivel. Os mercadores italianos, particularmente 0s ‘enezianos,além de naturalmente combaterem como os demais, encarregaramse de resolver os dversos problemas de manutengo,alojamento, transporte das muitidbes| ‘de cruzados que seguiam para o Orient eficaram muitasvezes responsives até mesmo pel arrecadaco dos dizimos cobrados pelo papa para ofinanciamento das campantas, ‘A quarta cruzada foi um empreendimento em que o lucro terminou se sobrepondo a qualquer consideracio de cariter idealista ou religioso. Na ocasiao, os condes francos encomendaram aos estaeiros venerianos a construgio de cem navios de carga €cin- ajienta galés de combate, que foram em seguida equipados ¢ abastecdos para a via- gem, Segundo 0 comentirio do historador, a divida contraida pelos franceses equiva laa duas vezes a renda anual do re da Franca realizando assim a Repablica de Veneza “a mais frutifera operagio de sua hist6ria”* 0 objetivo da campanha, mantido em segredo até 0 tiltimo minuto, parecia compen- sar tal investimento: o saque de uma cidade erst, nada mais nada menos que a pro- ria Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, realizado em seguida com sucesso. Com essa agressio absurda, a pirataria empresarial passou por cima da utoridade do proprio Papa Inocéncio Il, 0 qual, honrando o préprio nome, desco- theta as intengOes reais da initia. Este incidente revela uma das logcas do movi- mento da expansio ocidental: a autonomizagio crescente dos grupos econdmicos dominantes que, dependendo dos interesses em jogo, ¢ independentemente do fato de se manterem cristios, passariam doravante por cima de qualquer consideragio religiosa ou humanitiria, ‘Com a desintegraco das instituigées piblicas do Império Islimico, que durante sécu- los asseguraram a paz social ea hegemonia mugulmana na Hispania, a Lusitnia viveu ‘asa NODeRAGKo mA CONSTTGKO Do EFAGOFITCO EUROREL 6 ‘um longo periodo de instabiidade social. Pior ainda do que no Reino dos Francos, ni $6 a cavaariae as companhias de salteadores semeavam a violencia, também as ‘tropasislimicas, 0 proprio clero, mesmo 0 primeiro rei todos se comportavam como tiranos. Os bardes, que questionavam 0 poder da monarquia, apropriavam-se das suas terras, frjavam ttuos, enforcavam os mordomos coletores de tributos. alta hierarquia da igreja secular detina grandes privlégios, isengOes ¢ 0 dirito de coletar Jmpostos desce 05 tempos romanos, os quais foram ampliados na era vsigétca; 0s bispos das cidades mais importantes, Braga, Coimbra, Porto, ram homens autortii 0s ¢arrogantes, comportavamse como senthoresfeudais em suas teras,tinham exér citos préprios, matavam e saqueavam quando bem entendiam, Alem do mais, Portugal tomou-sereino vassalo de Roma por decisio pr6pria,acitan- do pagar tributo mas desfrutando de sua protegio direta, Nessas condigoes, 0 clero passou a disputar 0 poder com a monarquia, consderavase superior: segundo seu ‘entendimento, perante os senhores eclesistcos todos deveriam comportarse como stiltos, mesmo 0 ei, Além do poder politico, em uma ambiéncia de principes anal betos o clero detinha um fore trunfo,o saber erudito, buroeritico¢ juridico. Dom Pedro chegou a acoitar pessoalmente 0 Bispo de Braga, mandou enforcar padres cr- ‘minosose 6 sob coagio a grea secular portuguesa aceitou perder repalis. Sancho L enfrentou 0 poder dos bispos aliando-se a burguesia es classes produtoras da cidade do Porto, insatsetas com os ago feudais de vassalagem que prejudicavam seus ne- sécios, anunciando a alianca estratégica da monarquia com a classe mercanti, que iria permitc a colonizagéo de outros continentes, CContudo, essa rea de despotismo também era uma érea de construcio. Ao lado des: sas lutas destrutivas pelo poder, foi empreendido pelas ordens militares e monésticas lum trabalho mais rotneiro € mais constante de construcio e reconstrucio. Desde 0 século XI a Ordem de Séo Bento foi adotada por virios monastérios portuguese, introduzindo no paisa disciplina produtiva como objetivo pritico e como valor. Os rmonges de Cister, no século segunte,associaram-se& obra de reconguista,investiam no povoamento, no desenvolvimento de atvidades agropastoris anexas aos moste- 10s, na fundacio de escolas ¢ oficinas, na construgio de moinhos, incentivaram 0 amtesanato, dinamizaram o setor tél, fundaram hospitas ‘© cANDOMILE DA tatROQUIA 4s ordens militares, sedadas nas fortalezas, inham a trea de abit e proteger 0s cami- hos, construiigrejas, manter a establidade nas regibes mais distanes, Contibuiram decisivamente na reconstimigio econdmica do teritéro portugués, exercendo inclusive a fangio de promoveracolonizacio nasterasreconquistadas,redsbuindo-as a donattios «que thes pagavam tibutos ¢ inham a obrigaco contranal de povodls¢ investir nc anuinham também a tradicional asisténca social cruzada, a hospitalidade aos caminhan- tesepereginos,assegurando a defesa dos icleos populaionase produtvs, os quis se ‘omaram, por sua vez, pontos de iradiaco, icles colonizadores,tomando vive Por: gal como projeto de nagio. A Reconquista foi assim um primero exerccio husitano de colonizaco, entrando em cena uma sétie de personagens que seriam vstos em seguida, _daptados ou ressignificadas, na colonizagio da Africa, Asia © América Acrescentemos também que a escravdo, que tina se transformado em servidio na passage da Antiguidade para aKdade Média, com a Reconquista reapareceu nos novos dominios, tanto nos ligos quanto nos clesistcos:” O que merece dois coments, tum ideolégico, outro econdmico: a escravzacio dos prisioneios passow a ser justificada pela caprura em uma “guerra jusa’; em termos de busines, o investimento de capital necessirio a onganizacio da guerra de rapina era generosamente recompensado pela quantidade de teas, tesouros prisioneiros conquistados,surgindo assim, no movie mento de nossa histria, uma verdadeira prolugaoescravista com grandes perspectvas. No nticleo mental mais intimo deste gigantesco empreendimento multidisciplinares- tava.aidéia de guerra santa, o objetivo ea motivagio, a energia moral que sustentava esforgo da grande maioria.f evidente que muitos combatentes s6 se interessavam por ouro, poder, glira e orga, mas mesmo o personagem mais cruel ¢ corrupto recisava de algum fervor na hora de arrscar a vida e da absolvicio na hora da morte. Antes da Batalha do Salado, na qual Portugal ¢ Castela aliaram-se para derrotar os mugulmanos, a mais preciosa reliquia cris existente na Lusitinia, a Vera Cruz do Marmellar, pertencente aos Hospitalérios portugueses,e tida por um fragmento da pr6pria cruz de Cristo foi exbida, para que todos os combatentes pudessem véla, € com isso ganhar uma disposicio especial, o que revela o grau de importincla que a sacralidadetinha na mentalidade dos portugueses, sua relagio direta com a eficcia aist.na guesra contra os inimigos af. ‘aoa MaDe N&CONSTIIGO DO HSMED FOLNCO FUROR = aa Corde Pte Gian Plgera 3- Ponsa nprexmta da corte d ond et rst aflcano Prt ae, Darante sels, os ‘rapes alimenaram a eperanc de organizar com ee wm coc strato aos mugulanos,atcando- pels costs, sta stag fol publeada om Floren, di, na dada de 1810, no Horo de Glo Ferrara, costume niko € modern, um erdadeiro monument de onze wolunes tratando da wstinenta

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