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Ministério da Saúde

RELATÓRIO DE
MONITORAMENTO
CLÍNICO DO HIV

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2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

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2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Brasília — DF
2019
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas
e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI)

RELATÓRIO DE
MONITORAMENTO
CLÍNICO DO HIV

Brasília - DF
2019
2019 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não
Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução
  parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.

Tiragem: 2ª edição – 2019

Elaboração, distribuição e informações:


Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI)
SRTVN Quadra 701, lote D, Edifício PO700 – 5º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Disque Saúde – 136
e-mail: aids@aids.gov.br
site: www.aids.gov.br

Organização:
Ana Roberta Pati Pascom
Rosana Elisa Gonçalves Gonçalves Pinho

Colaboração:
Fernanda Borges Magalhães
Gerson Fernando Mendes Pereira
Isabela Ornelas Pereira
Maíra Taques dos Santos Christ
Rafaela Mendes Medeiros

Revisão:
Angela Gasperin Martinazzo

Projeto gráfico e diagramação:


Marcos Cleuton de Oliveira

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e In-
fecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI).
Relatório de monitoramento clínico do HIV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI). – Brasília : Ministério da Saúde, 2019.
p. : il.
ISBN
1. HIV. 2. Monitoramento. 3. Relatório técnico. I. Título.

CDU 000.0(0000)
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2019/0000

Título para indexação: Clinical Monitoring Report of HIV


Lista de figuras

Figura 1. Cascata de cuidado contínuo do HIV. Brasil, 2018


Figura 2. Cascata de cuidado contínuo do HIV, por ano. Brasil, 2012-2018
Figura 3. Cascata de cuidado contínuo do HIV, por sexo. Brasil, 2018
Figura 4. Status do alcance das metas 90-90-90. Brasil, 2012-2018
Figura 5. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por faixa etária. Brasil, 2018
Figura 6. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por raça/cor. Brasil, 2018
Figura 7. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por escolaridade (em anos de estudo).
Brasil, 2018
Figura 8. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Norte. Brasil, 2018
Figura 9. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Nordeste. Brasil, 2018
Figura 10. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Sudeste. Brasil, 2018
Figura 11. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Sul. Brasil, 2018
Figura 12. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Centro-Oeste. Brasil, 2018
Figura 13. CD4 mediano e proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 inferior a 100 e 200
células/mm3 realizado no serviço público de saúde, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 14. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço público de saúde inferior
a 100 e 200 células/mm3 segundo sexo, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 15. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço público de saúde inferior
a 200 células/mm3 segundo faixa etária, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 16. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço público de saúde inferior
a 200 células/mm³ segundo raça/cor, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 17. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço público de saúde inferior a
200 células/mm³ segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 18. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço público de saúde inferior
a 100 e 200 células/mm³, por UF. Brasil, 2018
Figura 19. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado. Brasil, 2009-2018
Figura 20. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por sexo, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 21. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por faixa etária, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 22. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por raça/cor, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 23. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por escolaridade (em anos de estudo), por ano.
Brasil, 2009-2018
Figura 24. Proporção de PVHIV elegíveis de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de TARV (ou que não a
iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, por UF. Brasil, 2018
Figura 25. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV segundo o valor do CD4 realizado no máximo
seis meses antes, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 26. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³ segundo sexo, por
ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 27. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³ segundo faixa
etária, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 28. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³ segundo raça/
cor, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 29. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³ segundo
escolaridade (em anos de estudo), por ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 30. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³, por UF.
Brasil, 2018
Figura 31. Tempo mediano (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por ano
de início. Brasil, 2009-2018
Figura 32. Tempo mediano (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por sexo.
Brasil, 2009-2018
Figura 33. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por faixa etária.
Brasil, 2009-2018
Figura 34. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por raça/cor.
Brasil, 2009-2018
Figura 35. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por escolaridade
(em anos de estudo). Brasil, 2009-2018
Figura 36. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou mais, por UF.
Brasil, 2009 e 2018
Figura 37. Número de PVHIV (total e de 18 anos ou mais) que entraram em terapia antirretroviral no ano, por ano de
início. Brasil, 2009-2018
Figura 38. Número de PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral segundo sexo, por ano de
início. Brasil, 2009-2018
Figura 39. Distribuição das PVHIV que entraram em terapia antirretroviral segundo faixa etária, por ano de início.
Brasil, 2009-2018
Figura 40. Distribuição das PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral segundo raça/cor, por
ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 41. Distribuição das PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral segundo escolaridade
(em anos de estudo), por ano de início. Brasil, 2009-2018
Figura 42. Distribuição das PVHIV que iniciaram tratamento segundo esquema dispensado, por ano.
Brasil, 2009-2018
Figura 43. Distribuição das PVHIV em uso de DTG, segundo início de TARV com DTG ou switch de RAL, EFZ, NVP, DRV
ou ATV. Brasil, 2018
Figura 44. Número de PVHIV em TARV, por ano. Brasil, 1999-2018
Figura 45. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo sexo, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 46. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo faixa etária, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 47. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo raça/cor, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 48. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano.
Brasil, 2009-2018
Figura 49. Distribuição das PVHIV que estavam em TARV, segundo esquema utilizado, por ano. Brasil, 2009-2018
Figura 50. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao final de cada ano, em
relação à TARV e à perda de seguimento. Brasil, 2009-2018
Figura 51. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao final de cada ano, em
relação à TARV e à perda de seguimento, desagregado por sexo. Brasil, 2009-2018
Figura 52. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao final de cada ano, em
relação à TARV e à perda de seguimento, por raça/cor. Brasil, 2009-2018
Figura 53. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao final de cada ano, em
relação à TARV e à perda de seguimento, por faixa etária. Brasil, 2009-2018
Figura 54. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao final de cada ano, em
relação à TARV e à perda de seguimento, por escolaridade (em anos de estudo). Brasil, 2009-2018
Figura 55. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação em 2018, em relação à TARV e à
perda de seguimento, por UF. Brasil, 2018
Figura 56. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após 12, 24 e 60 meses do início,
segundo o ano da primeira dispensação. Brasil, 2009-2017
Figura 57. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após 12, 24 e 60 meses do início,
por sexo. Brasil, 2009 - 2017
Figura 58. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após 12, 24 e 60 meses do início,
por raça/cor. Brasil, 2009-2017
Figura 59. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após 12, 24 e 60 meses do início,
por faixa etária. Brasil, 2009-2017
Figura 60. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após 12, 24 e 60 meses do início,
por escolaridade (em anos de estudo). Brasil, 2009 - 2017
Figura 61. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2017 e permaneceram retidas à TARV
após 12 meses, por UF. Brasil, 2017
Figura 62. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2016 e permaneceram retidas à TARV
após 24 meses, por UF. Brasil, 2016
Figura 63. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2013 e permaneceram retidas à TARV
após 60 meses, por UF. Brasil, 2013
Figura 64. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses, com CV <50 cópias/mL e
com CV <1.000 cópias/mL, segundo o ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 65. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses, com CV <50 cópias/mL e
com CV <1.000 cópias/mL, segundo o sexo, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 66. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses, com CV <50 cópias/mL e
com CV <1.000 cópias/mL, segundo a faixa etária, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 67. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses, com CV <50 cópias/mL e
com CV <1.000 cópias/mL, segundo raça/cor, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 68. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses, com CV <50 cópias/mL e
com CV <1.000 cópias/mL, segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano da coleta da CV.
Brasil, 2009-2018
Figura 69. Distribuição (%) das PVHIV em TARV há pelo menos seis meses segundo o valor da última CV, por UF.
Brasil, 2018
Figura 70. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos, com CV <50 cópias/mL e com
CV <50 cópias/mL sustentada, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 71. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos, com CV <50 cópias/mL e com
CV <50 cópias/mL sustentada, segundo sexo, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 72. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos, com CV <50 cópias/mL e com
CV <50 cópias/mL sustentada, segundo faixa etária, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 73. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos, com CV <50 cópias/mL e com
CV <50 cópias/mL sustentada, segundo raça/cor, por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Figura 74. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos, com CV <50 cópias/mL e com
CV <50 cópias/mL sustentada, segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano da coleta da CV.
Brasil, 2009-2018
Figura 75. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos com CV <50 cópias/mL
sustentada, por UF. Brasil, 2009 e 2018
Figura 76. Proporção de crianças de até 18 meses identificadas como infectadas pelo HIV e que estão em
acompanhamento no serviço público, por ano de nascimento. Brasil, 2009-2017
Figura 77. Número de PEP dispensadas, por ano da dispensação. Brasil, 2009-2018
Figura 78. Distribuição das dispensações de PEP por tipo de exposição, segundo o ano da dispensação. Brasil, 2009-2018
Figura 79. Distribuição das dispensações de PEP por população, segundo o tipo de exposição. Brasil, 2018
Figura 80. Distribuição das dispensações de PEP por população, por faixa etária. Brasil, 2018
Lista de Tabelas
Tabela 1. Número de PVHIV que iniciaram tratamento por ano, segundo UF. Brasil, 2009-2018
Tabela 2. Número de PVHIV em TARV, segundo UF. Brasil, 2009-2018

Lista de Quadros
Quadro 1. Matriz de indicadores do monitoramento clínico das PVHIV
Sumário
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Apresentação ............................................................................................................................................................................................ 12
Sumário executivo .................................................................................................................................................................................14
Introdução ................................................................................................................................................................................................... 16
1. Cascatas de cuidado contínuo .....................................................................................................................................................18
1.1. Cascatas completas ..................................................................................................................................................................18
1.2. Metas 90-90-90 ....................................................................................................................................................................... 21
1.3. Cascatas de cuidado contínuo para PVHIV vinculadas estratificadas .......................................................... 22
1.3.1. Cascata para PVHIV vinculadas por faixa etária ............................................................................................ 22
1.3.2. Cascata para PVHIV vinculadas por raça/cor ................................................................................................ 22
1.3.3. Cascata para PVHIV vinculadas por escolaridade no momento do vínculo ................................... 23
1.3.4. Cascata para pessoas vinculadas por UF.........................................................................................................24
2. Apresentação tardia aos serviços de saúde .......................................................................................................................28
3. Cobertura de PVHIV em TARV e pessoas sem tratamento na rede pública .......................................................34
4. CD4 ao início da TARV .....................................................................................................................................................................42
5. Tempo entre o primeiro CD4 e o início da TARV .................................................................................................................48
6. Início da TARV ......................................................................................................................................................................................54
7. Esquemas de tratamento ao início da TARV........................................................................................................................60
8. PVHIV em TARV..................................................................................................................................................................................64
9. Esquemas de tratamento das PVHIV em TARV ................................................................................................................ 70
10. Retenção, adesão e perda de seguimento de TARV.......................................................................................................72
11. Supressão viral ..................................................................................................................................................................................86
12. Supressão viral sustentada .......................................................................................................................................................94
13. Crianças expostas ao HIV que foram infectadas .......................................................................................................... 102
14. Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ............................................................................................................................................104
Apêndice 1 ................................................................................................................................................................................................. 110
Notas metodológicas ........................................................................................................................................................................... 111
Apêndice 2 ................................................................................................................................................................................................ 114
Quadro 1: Matriz de indicadores do monitoramento clínico das PVHIV ..................................................................... 115
Referências .............................................................................................................................................................................................. 120

11
Apresentação

100
%

77
%
60
%
49
%
35
%
25
15 20 %
% %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O monitoramento clínico é um importante instrumento para guiar a tomada de decisão e o


planejamento das ações de saúde voltadas para o controle do HIV/aids. Nesse sentido – desde 2016 –,
o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), do
Ministério da Saúde, vem divulgando periodicamente o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV. Nele,
são apresentados indicadores sobre o diagnóstico, o tratamento e a supressão viral, além de informações
sobre a profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV, tanto em referência ao Brasil como um todo quanto
às Unidades da Federação. Está disponível também um painel completo de indicadores para todos os
municípios com mais de cinquenta mil habitantes, em <http://indicadoresclinicos.aids.gov.br>, atualizado
anualmente. Assim, espera-se fornecer, em tempo oportuno, informações acerca das principais lacunas
e desafios a serem enfrentados para que possamos garantir às pessoas que vivem com HIV um cuidado
cada vez melhor, reduzindo a morbimortalidade e a incidência de novos casos desse agravo.
O presente relatório traz os resultados do monitoramento clínico do ano de 2018.

13
Sumário executivo
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Desde sua criação, o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções


SexualmenteTransmissíveis (DCCI) vem trabalhando para reduzir a transmissão dos agravos sob sua
responsabilidade e promover a qualidade de vida das pessoas que vivem e/ou convivem com eles. O
DCCI estrutura suas intervenções e suas políticas a partir da inovação e da evidência científica, sempre
priorizando o diálogo com todos os atores institucionais e com a sociedade civil.
Especificamente em relação ao HIV, para cada grande eixo de atuação, o DCCI elabora indicadores
que permitem acompanhar o curso de suas diversas ações, por meio do monitoramento clínico e da análise
de outras informações estratégicas.
O monitoramento clínico engloba uma série de indicadores que retrata a trajetória das pessoas
vivendo com HIV (PVHIV) nos serviços de saúde, incluindo aqueles pertencentes à estrutura do Sistema
Único de Saúde (SUS), desde o diagnóstico até a supressão viral. A interpretação de cada um desses
indicadores reflete os esforços de um conjunto de ações realizadas por diversos atores, em diferentes
níveis de gestão, para a redução da transmissão do HIV e a melhoria da qualidade de vida das PVHIV.
Quando analisados os indicadores correspondentes à segunda barra da cascata de cuidado
contínuo, que diz respeito ao diagnóstico do HIV e que constitui o primeiro desafio das metas 90-90-90,
observa-se a partir de 2015 manutenção da porcentagem de PVHIV com apresentação tardia; ao mesmo
tempo, nota-se um aumento no número e na proporção de pessoas diagnosticadas.
Refletindo as mudanças nas recomendações terapêuticas e os esforços empreendidos
nacionalmente, nota-se que há uma grande proporção de pessoas iniciando a terapia antirretroviral com
CD4 elevado, especialmente entre aquelas com contagem superior a 500 células/mm³. Além disso,
verifica-se também um aumento importante na proporção de PVHIV que iniciaram tratamento em menos
de um mês depois da realização do CD4. Ainda que percebidos os avanços, o tratamento representa o
maior desafio para o alcance da meta de 90% de PVHIV diagnosticadas sendo tratadas até 2020.
As análises com respeito aos indicadores de adesão, retenção e abandono de tratamento mostram
que é necessário, também, investir não apenas em ações que facilitem o acesso das PVHIV ao tratamento,
mas também em intervenções específicas de adesão à terapia antirretroviral (TARV), especialmente para a
população indígena e para os jovens. Esses subgrupos populacionais foram também os que apresentaram
desempenho inferior na análise da supressão viral pontual e sustentada.
A última barra da cascata, que diz respeito à supressão viral de PVHIV em TARV, representa o último
passo das metas 90-90-90 e, desde 2016, figura como objetivo atingido pelo Brasil, quando considerado
o critério de 1.000 cópias/mL no exame de carga viral (CV). Neste documento, apresentam-se também
indicadores para o nível de 50 cópias/mL, que é o mais desejável e que representa o corte utilizado nas
decisões clínicas no país. Com a inclusão de cada vez mais PVHIV em TARV, resta o desafio não apenas de
manter o sucesso da meta de 90% recomendada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/
Aids (Unaids), mas também de atingir os 73% também preconizados para a supressão entre as PVHIV e
não somente entre aquelas em tratamento (UNAIDS, 2014).

15
Introdução

% % % % % %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções


Sexualmente Transmissíveis (DCCI), vem se esforçando para aprimorar suas ações programáticas,
buscando a aceleração e a qualificação da resposta brasileira ao HIV/aids, com vistas ao alcance das
metas estabelecidas no planejamento estratégico do Departamento. As metas nacionais propostas
estão também em consonância com as metas 90-90-90 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
o HIV/Aids (Unaids), e com o consenso global para a eliminação da epidemia de aids em 2030 (UNAIDS,
2014; 2016).
O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina e Caribe a adotar formalmente as metas
90-90-90, incluindo o seu acompanhamento no sistema de monitoramento clínico do HIV já estabelecido
no país. O acompanhamento dos indicadores referentes às metas 90-90-90, feito pelo DCCI desde sua
concepção, pode ser realizado, entre outros instrumentos, por meio do monitoramento das perdas entre
cada uma das etapas da cascata de cuidado contínuo, chamadas de leakages (termo em inglês para
“vazamento”) (KILMARX; MUTASA-APOLLO, 2013; PASCOM; MEIRELES; BENZAKEN, 2018).
Indicadores relacionados a cada um dos leakages são monitorados periodicamente pelo DCCI – a
exemplo da proporção de PVHIV que se apresentaram tardiamente, a retenção no cuidado e ao tratamento,
a adesão à TARV e a supressão viral de PVHIV em TARV, incluindo a supressão sustentada. Além disso,
sabe-se que, a cada leakage, podem estar associados distintos fatores relativos aos sistemas de saúde e
às características individuais – comportamentais ou biológicas –, bem como ao estigma e à discriminação
(KATZ et al., 2013). Por isso, é necessária a estratificação dos indicadores por variáveis-chave – como
sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade e Unidade da Federação (UF) de residência –, permitindo a
identificação de barreiras relacionadas às características sociodemográficas a que o indivíduo está sujeito,
e o direcionamento das ações de maneira focalizada.
Assim, neste relatório apresenta-se a cascata de cuidado contínuo do HIV de 2018, estratificada por
sexo, bem como a cascata de cuidado para as PVHIV já vinculadas ao serviço por faixa etária, raça/cor e UF
de residência. Além disso, os principais indicadores de monitoramento do DCCI são também apresentados,
todos estratificados por sexo, faixa etária, raça/cor, grau de escolaridade e UF de residência.

17
1. Cascatas de
cuidado contínuo
MINISTÉRIO DA SAÚDE

1.1. Cascatas completas


As cascatas de cuidado têm sido, nos últimos anos, instrumentos fundamentais para nortear
as tomadas de decisão em saúde e para o desenho de políticas sanitárias baseadas em informações
qualificadas. Da mesma maneira, por meio delas, pode-se analisar o avanço e os resultados dos esforços
empreendidos para o alcance das metas 90-90-90 propostas para 2020, das quais o Brasil também é
signatário: 90% das PVHIV do país diagnosticadas; 90% das PVHIV diagnosticadas em TARV; e 90% das
pessoas em TARV com CV suprimida.
Estima-se que, ao final de 2018, havia aproximadamente 900 mil PVHIV no país, das quais 766 mil
(85%) estavam diagnosticadas; 81% (731 mil) haviam sido vinculadas a algum serviço de saúde; e 643 mil (71%)
estavam retidas nos serviços (Figura 1). Observa-se cobertura antirretroviral de 66% (594 mil) e supressão viral
(CV inferior a 1.000 cópias/mL) de 62% (554 mil) entre todos os indivíduos infectados pelo HIV.

1.000

900
900

800 766
731
700
643
594
600 554
(em milhares)

500

400

300

200

100

100% 85% 81% 71% 66% 62%


0
PVHIV Diagnoscadas Vinculadas Redas TARV <1000 cópias/mL

Figura 1. Cascata de cuidado contínuo do HIV*. Brasil, 2018


Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Proporções calculadas em relação ao número de PVHIV.

No que se refere às tendências entre 2012 e 2018, em todas as barras da cascata, houve melhora
dos indicadores analisados (Figura 2). Destacam-se sucessivos acréscimos na proporção de PVHIV
diagnosticadas, perfazendo 23% de aumento no período analisado (de 69% para 85% entre 2012 e 2018,
respectivamente); na de PVHIV retidas que estavam em TARV, totalizando 15% de aumento (de 80% para
92% no mesmo período); e na de PVHIV em TARV e com supressão viral (CV <1.000 cópias/mL), com 18%
de aumento (de 79% para 93%).

19
MINISTÉRIO DA SAÚDE

900 900
866
832
801
800 770 766
740 729 731
708
689 687
700
636 647 643
602 601 594
600 581
551 560 548 554
535
509 521
491 497
500 469 471
455 460
428
414
390 399
400 371
351
312 310
300 271
247

200

100
100%

100%

100%

100%

100%

100%

100%
79%

83%

84%

85%
81%
75%

78%

79%
69%

72%

75%
69%

71%
66%

65%

67%

69%

71%
63%

66%
58%

61%
55%

52%

57%

60%

62%
50%

53%
44%

47%

40%

46%
35%

37%

CV suprimida**
CV suprimida**

CV suprimida**
CV suprimida**

CV suprimida**

CV suprimida**

Vinculadas

Vinculadas

Vinculadas
Vinculadas

Vinculadas
Vinculadas

Vinculadas

TARV

TARV

TARV
TARV

TARV
TARV

TARV

Redas

Redas

Redas
Redas

Redas
Redas

Redas

Diagnoscadas

Diagnoscadas

Diagnoscadas
Diagnoscadas

Diagnoscadas
Diagnoscadas

Diagnoscadas

PVHIV

PVHIV

PVHIV
PVHIV

PVHIV

PVHIV

PVHIV
CV suprimida**

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 2. Cascata de cuidado contínuo do HIV*, por ano. Brasil, 2012-2018


Fonte: MS/SVS/DCCI.
Notas: (*) Proporções calculadas em relação à barra anterior.
(**) CV inferior a 1.000 cópias/mL.

Infectadas pelo HIV 327 100% 100% 573

Diagnoscadas 281 86% 85% 485

Vinculadas 265 81% 81% 465

Redas 229 70% 72% 414

TARV 207 63% 67% 387

CV suprimida
191 58% 63% 364
(<1.000 cópias/mL)

600 400 200 0 200 400 600 800

Número de PVHIV (em milhares) Homens Mulheres

Figura 3. Cascata de cuidado contínuo do HIV*, por sexo. Brasil, 2018


Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Proporções calculadas em relação ao número de PVHIV.

20
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na Figura 3, estão apresentadas as cascatas de cuidado contínuo do HIV estratificadas por sexo,
para o ano de 2018. Nesse ano, aproximadamente 573 mil homens e 327 mil mulheres estavam infectados
pelo HIV no Brasil. Quando calculadas as proporções em relação ao número de PVHIV, nota-se que
apenas no que se refere ao diagnóstico as mulheres apresentam resultado ligeiramente melhor do que os
homens. Quando se analisam os leakages entre cada barra e a seguinte, a partir do diagnóstico, as perdas
são proporcionalmente maiores nas mulheres. Assim, o acesso ao diagnóstico entre elas é maior, mas a
vinculação e retenção nos serviços, a retenção ao tratamento e a supressão viral são menores em relação
aos homens.

1.2. Metas 90-90-90


Na Figura 4, apresenta-se a evolução das metas 90-90-90 de 2012 a 2018. O monitoramento dessas
metas tem se mostrado de grande importância para a identificação, em tempo oportuno, de problemas
e de lacunas no acesso adequado ao cuidado, permitindo a implementação de ações para corrigir os
rumos tomados. No período analisado, há um avanço importante em todas as metas. A proporção de
PVHIV diagnosticadas aumentou aproximadamente 23% entre 2012 e 2018, passando de 69% para 85%,
respectivamente. Houve um aumento de 22% na proporção de PVHIV diagnosticadas que estavam em
TARV (de 64% em 2012 para 78% em 2018). Das pessoas em TARV há pelo menos seis meses, em 2018,
93% delas atingiram supressão viral (CV <1.000 cópias/mL), proporção essa 9% acima da observada em
2012 (86%).

100%
93%
90%
85%

80% 78% 86%

70%
69%
60% 64%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
Diagnoscadas Em TARV Supressão viral (<1000 cópias/mL)

2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012

Figura 4. Status do alcance das metas 90-90-90. Brasil, 2012-2018


Fonte: MS/SVS/DCCI.

21
MINISTÉRIO DA SAÚDE

1.3. Cascatas de cuidado contínuo para PVHIV vinculadas estratificadas


Foram construídas as cascatas estratificadas por faixa etária, raça/cor, escolaridade (em anos de
estudo), categoria de exposição e UF de residência. No entanto, para essas variáveis, a análise foi realizada a
partir do total de PVHIV vinculadas aos serviços de saúde, porque: i) não há fonte de informação disponível para
a estimativa do número de PVHIV estratificadas por essas categorias; e ii) devido às flutuações de qualidade
das informações sobre essas variáveis nas fontes disponíveis, há uma redução na precisão das estimativas.
1.3.1. Cascata para PVHIV vinculadas por faixa etária
Observa-se que as proporções relativas ao vínculo aos serviços crescem com o aumento da idade;
as maiores proporções são encontradas entre os indivíduos com 50 anos e mais (Figura 5). Entre as 70
mil PVHIV com 60 anos e mais vinculadas, em 2018, 92% estavam retidas, 86% estavam em TARV, e 82%
das que estavam em TARV haviam atingido supressão viral, considerando-se o corte de 1.000 cópias/
mL. As menores proporções são encontradas entre as crianças entre dois e quatro anos: das duas mil
crianças vinculadas, 57% foram retidas no serviço de saúde, 47% entraram em TARV e 34% dessas últimas
apresentaram carga viral suprimida.

100%

92% 92%
90%
90% 87%
85% 86% 86%
84%
82% 82% 81% 81% 81% 82%
80% 78%
74% 75% 75%
70% 71%
70% 68%

61% 60%
60% 57% 56%

50% 47%

40%
34%

30%

20%

10%
# PVHIV
vinculadas
(por 1.000) 2 2 2 5 48 258 190 142 70
0%
2 a 4 anos 5 a 8 anos 9 a 12 anos 13 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos
60 anos ou
mais
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1.000 cópias/mL

Figura 5. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por faixa etária. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

1.3.2. Cascata para PVHIV vinculadas por raça/cor


A desagregação da cascata para as PVHIV vinculadas por raça/cor, apresentada na Figura 6,
mostra, em primeiro lugar, que aproximadamente 25% (182 mil) das PVHIV vinculadas aos serviços de
saúde não haviam preenchido a informação sobre raça/cor no sistema de informação. Observa-se, ainda,
que as PVHIV vinculadas com raça/cor não preenchida apresentaram os piores resultados, com 84% das
PVHIV vinculadas retidas nos serviços de saúde, 75% em TARV e 70% das PVHIV em TARV com supressão

22
MINISTÉRIO DA SAÚDE

viral. A baixa completitude da variável raça/cor limita sobremaneira a análise aqui apresentada; ainda
assim, é possível inferir que PVHIV brancas ou amarelas apresentam resultados melhores do que negras e
indígenas, sendo as proporções observadas de 91%, 85% e 80% de PVHIV vinculadas retidas, em TARV e
com supressão viral, respectivamente.

100%

91%
90% 88%
85% 84% 84%
80% 81% 80%
80%
75% 75%
72%
70%
70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
vinculadas
(por 1.000) 294 253 1 182
0%
Branca/Amarela Negra Indígena Ignorado

% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV
% PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1.000 cópias/mL Vinculadas

Figura 6. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por raça/cor. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

1.3.3. Cascata para PVHIV vinculadas por escolaridade no momento do vínculo


A Figura 7 apresenta a estratificação da cascata para as PVHIV vinculadas segundo a escolaridade
no momento da entrada nos serviços de saúde, em anos de estudo. Observa-se que quase metade das
PVHIV não tinham informação sobre o grau de escolaridade; não obstante, optou-se por apresentar os
dados relativos a essa variável, pois é sabido que a utilização das informações é um dos primeiros passos
para a melhoria de sua qualidade. Na análise, nota-se que os resultados obtidos para as pessoas com
até sete anos de estudo completos e aquelas sem informação de escolaridade, além de serem os piores
observados, são semelhantes entre si: 87% de retenção, 79% em TARV e 72% com supressão viral (CV
<1.000 cópias/mL) entre os menos escolarizados; e 86% de retenção, 79% em TARV e 74% com supressão
viral entre aquelas sem informação da escolaridade.

23
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

91% 92%
90% 87% 87% 86%
85%
83%
80% 79%
80% 79%
74%
72%
70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
vinculadas
(por 1.000) 164 144 95 327
0%
0-7 8-11 12+ Ignorada
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1.000 cópias/mL

Figura 7. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas, por escolaridade (em anos
de estudo). Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

1.3.4. Cascata para pessoas vinculadas por UF


As Figuras 8 a 12 apresentam as cascatas de cuidado contínuo do HIV por UF, divididas pelas cinco
regiões brasileiras. Na região Norte, a proporção de retenção entre os indivíduos vinculados a algum
serviço de saúde variou entre 86%, no estado do Tocantins (TO), e 78%, em Roraima (RR) (Figura 8). No
que se refere à proporção de PVHIV vinculadas que estavam em TARV, o Amapá (AP) e RR apresentaram
as menores proporções: 71% e 73%, respectivamente. Ainda com referência às PVHIV vinculadas, nota-se
que a supressão viral variou entre 73% no TO e 63% no AP.
A região Nordeste apresenta proporções de retenção entre as PVHIV vinculadas variando de 90%
no Rio Grande do Norte (RN) a 81% em Sergipe (SE) (Figura 9). Quando analisadas as proporções de PVHIV
vinculadas em TARV, os maiores resultados foram encontrados no RN (83%) e na Bahia (BA) (81%). No que
se refere à supressão, das PVHIV vinculadas, as maiores proporções foram observadas no RN (75%), na BA
(74%), no Ceará (CE) e no Piauí (PI), com 73%.
De acordo com a Figura 10, os estados da Região Sudeste apresentam proporções de 88% de PVHIV
vinculadas e em retenção no Espírito Santo (ES) e no Rio de Janeiro (RJ), 89% em São Paulo (SP) e de 92%
em Minas Gerais (MG). Quanto à TARV, em torno de 72% das PVHIV vinculadas estavam em tratamento no
RJ e SP; 76%, no ES; e 81% em MG. No que se refere à CV suprimida entre as pessoas vinculadas em TARV,
destaca-se MG, que atingiu uma proporção de 77% de supressão, enquanto em SP e no RJ essa proporção
não ultrapassou 68%.

24
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

90%
85% 85% 86%
84%
81% 80%
78% 79%
80% 78% 77% 78%
75% 73%
72% 73%
70% 69% 71%
69%
70% 67%
63%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
vinculadas
5 1 17 2 24 2 3
(por 1.000) 0%
Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocanns
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1000

Figura 8. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Norte. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

100%

90%
90% 87% 87% 87%
84% 83% 83% 83% 84%
81% 81%
80% 78% 78% 78% 78% 77%
75% 76% 74%
73% 73% 72%
71% 71% 72%
69%
70%
65%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
vinculadas
(por 1.000) 16 6 22 8 8 31 7 5 29
0%
Maranhão Piauí Ceará Rio Grande Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
do Norte

% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1000

Figura 9. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Nordeste. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

25
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

92%
88% 88% 89%
90%

81%
80% 77% 76%
71% 72% 72%
70% 68% 68%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
vinculadas 55 15 107 202
(por 1.000) 0%
Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1000

Figura 10. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Sudeste. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

100%

91% 91%
89%
90%

81% 82%
79%
80% 76% 77%
73%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%
PVHIV
40 43 76
vinculadas 0%
(por 1.000)
Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1000

Figura 11. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Sul. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

26
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os dados apresentados na Figura 11 mostram que a retenção entre as PVHIV vinculadas foi de 91%,
91% e 89% entre aquelas residentes nos estados de Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Rio Grande do Sul
(RS), respectivamente. No que se refere à TARV, em SC a proporção de PVHIV vinculadas em tratamento
atingiu 82%, ao passo que PR e RS apresentaram valores de 81% e 79%, respectivamente. Quanto à
proporção de PVHIV vinculadas em TARV com supressão viral, SC alcançou 77%; PR, 76%; e RS, 73%.
Na região Centro-Oeste, no que se refere à proporção de PVHIV vinculadas e retidas, o Mato Grosso
(MT) apresentou 89% das PVHIV vinculadas e em retenção, seguido de Mato Grosso do Sul (MS), Distrito
Federal (DF) e Goiás (GO), com 88% (Figura 12). Em MT, observa-se que 82% das PVHIV vinculadas estavam
em TARV, seguido pelo MS (81%), GO (79%) e DF (71%). Com respeito à supressão viral, as proporções foram
de 77% no MT, 75% em GO e no MS e 67% no DF.

100%

90% 88% 89% 88% 88%

81% 82%
79%
80% 77%
75% 75%
71%
70% 67%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

PVHIV
9 11 19 13
vinculadas 0%
(por 1.000)
Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal
% PVHIV vinculadas que estão redas % PVHIV vinculadas que estão em TARV % PVHIV vinculadas que estão em TARV com CV<1000

Figura 12. Cascata de cuidado contínuo do HIV para PVHIV vinculadas da região Centro-Oeste.
Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

27
2. Apresentação tardia
aos serviços
de saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Vem-se observando, desde 2010, uma tendência de queda na proporção de PVHIV que se
apresentaram pela primeira vez ao SUS tardiamente, caracterizada pelo resultado do primeiro
CD4 menor que 200 células/mm³ e 100 células/mm³ (Figura 13). No ano de 2018, 27% e 16% das
pessoas diagnosticadas apresentaram primeiro CD4 inferior a 200 células/mm³ e 100 células/mm³,
respectivamente, mantendo-se nesses patamares desde 2015. A mediana do CD4 no momento do
diagnóstico passou de 330 células/mm³, em 2009, para 387 células/mm³ em 2018.

400 40%

390 387 387 387


34% 34% 35%
33% 383
32%
380 30%
374 30%
370 27% 27% 27% 27%
29%
CD4 Mediano (células/mm3)

25%
360
361

% PVHIV
350 21% 22% 350 20%
20%
19% 19%
340 17%
341 16% 16% 16% 16% 15%

330
332
330
10%
320

5%
310

300 0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CD4 Mediano % <100 % <200

Figura 13. CD4 mediano e proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 inferior a
100 e 200 células/mm3 realizado no serviço público de saúde, por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Na estratificação por sexo, apresentada na Figura 14, observa-se que os homens vêm mostrando
queda desde 2010 nas proporções de PVHIV com apresentação tardia (<200 células/mm3) no serviço
de saúde – tendo passado de 37%, em 2010, para 27% em 2018. Entre as mulheres, tais proporções
apresentaram diminuição mais discreta, ainda que relevante: de 29%, em 2010, para 26%, em 2018.
Apesar de as proporções observadas entre os homens serem mais altas do que entre as mulheres em
todo o período analisado, a queda mais acentuada entre os homens diminuiu as diferenças observadas
de 28%, em 2009, para 4% em 2018. A mesma tendência é percebida nas proporções de PVHIV que se
apresentaram tardiamente com o recorte de contagem de CD4 <100 células/mm3.

29
MINISTÉRIO DA SAÚDE

40%
37% 37%
35%
35% 34%
32%
30%
30%
28% 28% 28% 27%
29%
29% 28% 28%
% CD4 <100 e <200 células/mm3

25% 24% 24% 27%


26% 26%
25% 26% 25%
22%
21%
20%
20%
18%
17% 17% 17% 16%
18%
17% 17%
15% 16% 16%
14% 15% 15% 15%
14%

10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

<200 Homens <200 Mulheres <100 Homens <100 Mulheres

Figura 14. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço
público de saúde inferior a 100 e 200 células/mm3 segundo sexo, por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Na análise por faixa etária, observa-se que os jovens entre 18 e 24 anos mostraram proporções
consideravelmente mais baixas de apresentação tardia que as demais faixas etárias durante todo o período
analisado (Figura 15). Em 2018, a proporção de apresentação tardia nesse subgrupo populacional foi de
12%, com queda mais acentuada entre 2013 e 2014. As faixas de 40 a 49 anos, 50 a 59 e 60 anos ou mais
apresentaram proporções semelhantes de indivíduos com CD4 inferior a 200 células/mm³ ao chegarem
aos serviços de saúde pela primeira vez, a saber, 38%, 42% e 42%, respectivamente, em 2018.
Na estratificação por raça/cor (Figura 16), os dados mostram que, em 2018, foram encontradas
as menores proporções de apresentação tardia entre as pessoas autodeclaradas brancas ou amarelas
(24%). A população indígena exibiu flutuações oriundas do menor número de indivíduos sendo analisados,
observando-se aumento desde 2016, alcançando 38% em 2018.
Ainda com respeito à proporção de apresentação tardia, pessoas autodeclaradas negras
mostraram queda importante no período analisado, mantendo, porém, a diferença de três pontos
percentuais quando comparadas às pessoas autodeclaradas brancas e amarelas, em 2009 e 2018
(Figura 16). Em 2018, a proporção de diagnóstico tardio foi de 27%. Note-se que ainda é elevada a
proporção de PVHIV com raça/cor ignorada; portanto, os resultados ora analisados devem ser
observados à luz dessa limitação.

30
MINISTÉRIO DA SAÚDE

50%
45%
44% 44% 44% 44%
45%
44% 43% 43%
42% 42% 41% 42% 42%
43% 44% 41%
42% 42% 42% 41% 39% 42% 42%
40%
40% 40%
39%
37% 38% 38% 38%
35%

33% 33%
%CD4<200 células/mm3

30% 31%
30%
29%
25% 27% 26%
25% 26% 26%

20%

15% 17% 16%


16% 15% 15%
13% 12% 12% 12% 12%
10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

18-24 25-39 40-49 50-59 60+

Figura 15. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço
público de saúde inferior a 200 células/mm3 segundo faixa etária, por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
40%
38%
36% 36%
36% 35%
35% 34% 34%
34% 34% 33%
33% 32%
33%
33% 32% 31% 30%
32% 32% 29% 30%
30% 31% 29% 29%
30% 28%
30% 28% 27%
28% 28% 26% 28%
28%
25% 25%
% CD4<200 células/mm3

25% 25%
24% 24% 24%

20%

15%

10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Branca/Amarela Negra Indígena Ignorada

Figura 16. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço
público de saúde inferior a 200 células/mm3 segundo raça/cor, por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

31
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A análise foi desagregada, também, por escolaridade, medida em anos de estudo, cujos resultados
podem ser visualizados na Figura 17. Os dados mostram que, desde 2009 até 2018, as maiores proporções
de diagnóstico tardio foram encontradas entre as pessoas com menores tempos de estudo (0 a 7 anos),
com 38% e 31%, respectivamente. Por outro lado, as menores proporções foram encontradas entre as
pessoas com 12 ou mais anos de estudo (18% em 2018). A elevada proporção de PVHIV com esse dado
ignorado faz com que os resultados devam ser analisados considerando essa limitação.
Observam-se diferenças importantes nas proporções de diagnóstico tardio entre as UF em 2018,
apresentadas na Figura 18. Nesse período, as proporções de PVHIV com o primeiro CD4 inferior a 200
células/mm3 variaram de 38% no RN a 18% no Acre (AC).

40%
38% 38%
36%
35% 36% 35%
35% 34%
35% 32%
34% 31%
30% 30% 31%
30% 30%
30% 29% 32%
31% 30% 31%
30% 30%
27%
25% 25%
24%
25%
% CD4<200 células/mm3

23% 23% 23% 23%


22% 22% 22%
21%
20% 19% 19%
18% 19% 18%

15%

10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0-7 8-11 12+ Ignorado

Figura 17. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço
público de saúde inferior a 200 células/mm3 segundo escolaridade (em anos de estudo), por
ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

32
MINISTÉRIO DA SAÚDE

45%

40%
38%

35%
36%

35%

33%
33%
32%

31%

31%
30%
31%

30%
29%

29%

28%

28%
28%

28%
27%

27%
27%

27%
25%

25%
25%

25%

25%
24%

23%

23%
20%

18%
15%

10%

5%
27%

22%

21%

20%

20%

19%

19%

19%

19%

19%

18%

17%

17%

17%

17%

16%

16%

16%

15%

15%

15%

14%

14%

14%

14%

13%

11%

11%
0%
RN MA PA RR CE PB GO AM TO PI MS AP BA AL PR BR MG RO PE MT RJ DF ES SP SE RS SC AC

<200 <100

Figura 18. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais com o primeiro CD4 realizado no serviço
público de saúde inferior a 100 e 200 células/mm3, por UF. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

33
3. Cobertura de PVHIV
em TARV e pessoas
sem tratamento
na rede pública

100
%

77
%
60
%
49
%
35
%
25
15 20 %
% %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Desde 2013, o DCCI vem monitorando o indicador de cobertura de tratamento – definido como a
proporção de PVHIV em seguimento laboratorial no SUS (isto é, com exames de CD4 e/ou CV), elegíveis
para terapia, e que entraram em tratamento. Com a mudança de recomendação de tratamento para todas
as pessoas com 18 anos e mais vivendo com HIV, independentemente do valor do CD4, em dezembro
de 2013, todas as PVHIV passaram a ser elegíveis para TARV (BRASIL, 2018). Mesmo após as novas
recomendações terapêuticas e o consequente aumento no número de PVHIV elegíveis, observou-se
tendência de aumento da proporção de PVHIV que iniciaram a TARV em até três meses depois de ter
realizado o primeiro exame, conforme mostra a Figura 19. No Brasil, no ano de 2018, enquanto pouco mais
da metade das PVHIV iniciaram a TARV em até um mês, um quinto delas o fizeram com tempo superior a
seis meses ou nunca iniciaram o tratamento.

100%

90% 17%
22% 21%
30% 29%
34% 34% 35%
80% 38% 37% 6%
3%
6%
70%
7% 7%
29% 22%
7% 8% 7%
60%
8% 8% 28%

50%
30% 30%
29% 25%
25% 30% 26%
40%

30%
53%
49%
20% 43%
33% 34% 33%
29% 30% 27% 29%
10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Iniciou TARV em menos de um mês Iniciou TARV em 1-3 meses


Iniciou TARV em 3-6 meses Iniciou TARV em 6+ meses ou nunca iniciou

Figura 19. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de
TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos).

Quando estratificada por sexo, a proporção de PVHIV elegíveis à TARV e que iniciaram tratamento
apresentou comportamento semelhante entre homens e mulheres, para todas as categorias analisadas
(Figura 20). Em 2018, 24% das mulheres e 20% dos homens vivendo com HIV ou iniciaram TARV depois
de seis meses do primeiro exame ou ainda não haviam iniciado TARV, proporções que apresentaram
diminuição de 37% e 47%, desde 2009, respectivamente.

35
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

16% 19%
90% 21% 20%
25% 24%
30% 29% 31% 30%
34% 34% 36% 34% 34%
80% 38% 6% 38% 36% 39% 37%
3% 6%
7% 3%
6%
70%
7% 7% 6% 7%
7% 7% 30% 23% 8% 26% 19%
60% 8% 6%
8% 8% 8% 6%
30% 7% 25%

50%
30% 31% 29% 29%
27% 22%
30% 28% 29% 23%
25% 31% 27% 25%
40%

30%
53% 54%
48% 50%
43% 44%
20%
33% 33% 33% 34% 34% 34%
29% 29% 27% 28% 29% 30% 29% 30%
10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Homens Mulheres
Iniciou TARV em menos de um mês Iniciou TARV em 1-3 meses
Iniciou TARV em 3-6 meses Iniciou TARV em 6+ meses ou nunca iniciou

Figura 20. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de
TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por sexo, por
ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018** = tratamento para todos).

Na Figura 21, observa-se que, de 2009 até 2018, houve aumento na proporção de PVHIV que
iniciaram tratamento em menos de um mês após o primeiro CD4 ou CV em todas as faixas etárias, sendo
que a taxa de acréscimo foi maior entre a faixa etária de 18-24 anos e menor na faixa etária de 60 anos e
mais. A proporção de PVHIV que iniciaram tratamento após seis meses ou que nunca iniciaram tratamento
é menor quando comparada a 2009, sendo que a taxa de decréscimo é inversamente proporcional à idade,
ou seja, quanto menor a idade, maior o decréscimo observado, o que corresponde a uma diminuição de
54% para a faixa mais jovem e de 35% para a de 60 anos e mais.

36
100%

0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
2009 26% 22% 9% 44%
2010 26% 28% 8% 38%
2011 29% 29% 8% 34%
2012 31% 31% 7% 30%
2013 24% 32% 10% 35%
2014 26% 26% 9% 39%

18-24

Fonte: MS/SVS/DCCI.
2015 31% 28% 8% 34%
MINISTÉRIO DA SAÚDE

2016 41% 31% 7% 21%


2017 46% 31% 7% 16%
2018 51% 25% 4% 20%
2009 29% 25% 8% 39%

por ano. Brasil, 2009-2018


2010 29% 29% 7% 35%
2011 32% 29% 8% 31%
2012 32% 30% 8% 30%
2013 27% 30% 8% 35%
2014 28% 26% 8% 37%

25-39
2015 33% 25% 7% 35%
2016 43% 29% 7% 22%

Iniciou TARV em 3-6 meses


2017 49% 29% 6% 17%
2018 53% 22% 3% 21%

Iniciou TARV em menos de um mês


2009 30% 27% 7% 36%
2010 31% 29% 7% 33%
2011 34% 30% 7% 29%
2012 35% 29% 6% 29%

37
2013 28% 30% 8% 34%
2014 31% 25% 8% 36%

40-49
2015 34% 24% 6% 36%
2016 45% 27% 6% 23%
2017 50% 28% 5% 18%
2018 53% 21% 3% 23%
2009 31% 26% 7% 35%
2010 32% 31% 6% 31%
2011 36% 31% 5% 28%
Iniciou TARV em 1-3 meses
2012 36% 31% 6% 28%
2013 30% 31% 8% 31%
2014 31% 27% 7% 35%
50-59

2015 36% 23% 6% 36%


2016 44% 26% 5% 24%
2017 51% 27% 4% 18%
Iniciou TARV em 6+ meses ou nunca iniciou

2018 55% 20% 3% 22%


2009 32% 27% 7% 34%
2010 31% 31% 4% 34%
2011 37% 33% 5% 25%
2012 37% 30% 4% 29%
2013 30% 26% 7% 37%
60+

2014 32% 23% 6% 39%


2015 35% 23% 5% 38%
2016 45% 24% 5% 27%
Figura 21. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de

2017 51% 24% 4% 21%


TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos).

2018 56% 19% 3% 22%


TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por faixa etária,

Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A análise desagregada por raça/cor, apresentada na Figura 22, mostra que a proporção de PVHIV
que entraram em tratamento após seis meses ou que nunca o iniciaram, entre as pessoas com falta de
informação nessa variável1, era consideravelmente maior do que a dos demais grupos (36%) em 2018.
Nesse mesmo grupo, a proporção de PVHIV que iniciaram TARV em menos de um mês após o primeiro
CD4 é bastante inferior aos outros grupos (41%).

100%

2% 12%
5% 12%

14%

14%
3% 15%

16%
17%
17%

17%
18%

19%
20%
21%
22%

90%

24%
25%

26%
26%

27%
27%

27%
27%
27%

29%
30%
31%
31%

32%

35%
6%

36%
10%
4%
6%

80%

44%
44%
7%

13%

14%
6%
6%
6%

49%
50%

22%

51%
53%
7%

54%
57%
7%

57%

58%
22%
8%

6%

7%

11%
70%
8%
30%
8%

11%
9%

24%

6%
29%
8%
7%
8%

8%

3%
30%

6%
31%
28%

29%
60%
32%
33%

27%
33%
33%

29%

33%

27%

7%
7%

27%
20%
28%

33%

31%

50%
33%
28%
28%

31%

6%

26%
28%

33%
8%

37%

9%
8%
7%
2%
40%

7%
25%
14%

26%
24%
64%
21%
60%

20%

24%
21%
30%
26%
55%
53%

18%
52%
47%
47%

46%

46%
43%
41%

41%
41%

39%
39%

38%
38%

38%

20%
23%
36%

36%
34%

34%
33%
33%

33%
32%
32%

32%

29%
26%

24%
23%
21%

20%
19%

18%
17%
10%

17%
15%
7%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Branca/amarela Negra Indígena Ignorado
Iniciou TARV em menos de um mês Iniciou TARV em 1-3 meses
Iniciou TARV em 3-6 meses Iniciou TARV em 6+ meses ou nunca iniciou

Figura 22. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de
TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por raça/cor,
por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos).

Quando analisada por anos de estudo (Figura 23), a proporção de PVHIV elegíveis segundo o tempo
que demoraram para iniciar a TARV (ou que não a iniciaram) mostra que os grupos com tempo de estudo
igual ou superior a doze anos possuem maiores proporções de PVHIV que iniciaram TARV em menos de
um mês após o primeiro CD4 (58%) e menores proporções daqueles que nunca iniciaram TARV ou que a
iniciaram após seis meses (13%). Ressalta-se que, entre as pessoas com a informação de escolaridade
ignorada, a proporção de PVHIV que iniciaram TARV em seis meses ou mais, ou que nunca a iniciaram após
o primeiro CD4 ou CV, é muito superior aos outros grupos (29%).

1 No período analisado, 30% das PVHIV não tinham registro de informação de raça/cor para esse indicador.

38
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

6% 10%
6% 11%

3% 13%
3% 14%

15%
15%

16%
18%
19%

20%

20%
90% 23%

24%
24%

24%
24%
25%

25%
26%

26%
26%

27%
27%
28%

29%
29%

30%
30%

30%
31%

31%
32%
33%

37%
6%

6%

38%
7%

41%
4%

43%
43%
80%

44%
5%
7%

7%

48%

5%
7%

7%

26%
7%

9%
9%

8%

26%
7%
7%

10%

3%
7%
70%

8%

32%

6%
8%

33%
23%
8%

9%

7%

8%

10%
31%

7%

33%
8%

32%

24%
7%

19%
29%

60%

7%
35%
34%

8%
33%

6%
31%

7%

24%
32%

30%

7%
31%

32%
31%
33%

30%
35%
27%

30%
50%
28%

7%
29%

35%
31%
28%
33%

31%

27%
27%

22%
40%

26%
22%
26%
21%
58%
57%
30%
54%

52%
50%

49%
48%

47%
46%
46%
44%

40%
40%
40%
38%

38%
37%

20%
37%

36%

35%

35%
35%
35%
34%

34%
34%

32%
31%
31%

31%

30%
29%

29%
28%

28%
28%

27%
25%
24%
24%
10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
0-7 8-11 12+ Ignorado
Iniciou TARV em menos de um mês Iniciou TARV em 1-3 meses
Iniciou TARV em 3-6 meses Iniciou TARV em 6+ meses ou nunca iniciou

Figura 23. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de
TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, estratificado por escolaridade
(em anos de estudo), por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos).

39
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A proporção de PVHIV maiores de 18 anos segundo o tempo que demoraram para iniciar a TARV
(ou que não a iniciaram) após o primeiro CD4, em 2018, apresentou variação entre os estados brasileiros
e pode ser visualizada na Figura 24. Em 15 das UF, a proporção de pessoas que iniciaram TARV após mais
de seis meses ou que nunca a iniciaram encontrava-se acima da média nacional de 21%: SE, com 42%; RO,
com 33%; PI, com 30%; AC, com 29%; PB e AL, com 28%; MA, com 26%; CE, PE e RR, com 25%; PA, com
24%; ES e RJ, com 23%; BA e RS, com 22%.

100%
7% 1% 12%
2% 12%
12%

13%

14%

15%

15%

16%

16%

18%

19%

20%

21%

22%

22%
90%

23%

23%

24%

25%

25%

25%

26%

28%

28%
9% 2%

29%
3%

30%
3%

33%
3%

2%
3%

4%
10% 1%

42%
80%
4%
3%
3%
21%

5%
5%
19%

3%

1%
4%

3%

2%
3%

2%
21%

3%
25%

6%
70%
28%

4%
11% 1%
30%
25%

15%
22%
24%

4%
15%
22%

19%
23%
24%
22%

22%
26%

24%
60%

24%

4%
23%
32%
50%

46%

26%
81%

40%
77%

71%
65%

65%

62%

59%

57%
30%

57%
56%

54%
54%

54%

53%
53%

53%
52%

51%

50%

50%
50%

48%
48%

45%

41%
20%

34%

28%
21%
10%

0%
AP PR TO MT DF SC MG MS GO AM RN SP BR RS BA RJ ES PA RR PE CE MA AL PB AC PI RO SE

Iniciou TARV em menos de um mês Iniciou TARV em 1-3 meses


Iniciou TARV em 3-6 meses Iniciou TARV em 6+ meses ou ainda não iniciou

Figura 24. Proporção de PVHIV elegíveis* de 18 anos ou mais segundo o tempo para início de
TARV (ou que não a iniciaram), por ano de primeiro CD4 realizado, por UF. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV definido para cada ano (2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos).

40
4. CD4 ao início
da TARV
MINISTÉRIO DA SAÚDE

No que se refere à distribuição dos indivíduos de 18 anos ou mais que iniciaram TARV segundo o
valor de CD4 mensurado, no máximo, seis meses antes do início do tratamento, observa-se que, a partir
de 2014, grande parcela das PVHIV entrou em tratamento com CD4 acima de 500 células/mm³, totalizando
35% entre aquelas que iniciaram TARV em 2018: proporção 2,3 vezes maior do que a observada em 2009
(Figura 25). A variação brusca nos percentuais – observada especialmente entre 2013 e 2014 – pode
ser explicada pela mudança na elegibilidade para início de TARV: conforme já mencionado, a partir de
dezembro de 2013, foram incluídas todas as PVHIV, independentemente do valor do CD4. Ainda que se
tenha observado uma queda – de 33% entre 2009 e 2018 – na proporção de PVHIV que iniciaram TARV
com CD4 inferior a 200 células/mm3, vale a pena destacar, também, que 26% dos indivíduos que iniciaram
a terapia antirretroviral no último período analisado ainda o fizeram com CD4 abaixo de 200 células/mm³.

100%

13% 10%
15% 14% 14%
90%

14% 33% 35% 35%


37% 35%
80% 13%
12%
19%

70% 30%

60%
36%
35% 36% 24% 20% 20% 19%
21%
50% 33%

27%
40%
19% 19% 19%
20% 19%
30% 18% 17% 17%
15%
12%
20% 11% 11% 11%
11% 10%

10% 21% 22% 22%


18% 17% 15%
13% 13% 15% 15%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0-99 100-199 200-349 350-499 500+

Figura 25. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV segundo o valor do CD4
realizado no máximo seis meses antes, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

43
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 26 mostra que, no ano de 2018, as mulheres apresentaram proporções ligeiramente


maiores de início de TARV com CD4 maior ou igual a 500 células/mm³ que os homens, característica
observada em todos os anos desde 2009. Nota-se que a diferença entre os sexos era mais acentuada
entre os anos de 2009 e 2013. Em 2018, 36% das mulheres e 35% dos homens iniciaram a terapia
antirretroviral com CD4 igual ou superior a 500 células/mm³: aproximadamente duas e três vezes maior,
respectivamente, em comparação ao observado em 2009.

45%

40% 38%
37%
36% 36%
35%
35%
36%
35% 35%
34%

30% 31%
% CD4≥500 células/mm3

25%

20%
20% 19%
18% 17%
16%
15%

10% 12% 12% 12%

9%
5% 7%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Homens Mulheres

Figura 26. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³
segundo sexo, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Quando analisada por faixa etária, observou-se que, em 2018, a proporção de PVHIV que iniciaram
TARV com CD4 ≥500 células/mm³ apresentou variação entre as faixas etárias, sendo tanto menor quanto
maior a faixa etária (Figura 27). Os dados mostram que 48% dos indivíduos com idade entre 18 e 24
anos que iniciaram a TARV o fizeram com CD4 ≥500 células/mm³. Essa proporção foi 25% menor entre
indivíduos de 25 e 39 anos (36%) e 46% menor entre aqueles de 40 e 49 anos (26%). Em 2018, as menores
proporções de PVHIV que iniciaram terapia nessa faixa de CD4 foram observadas entre aquelas com idade
superior a 50 anos, ou seja, 23% entre as de 50-59 anos e 20% entre aquelas que iniciaram TARV com
mais de 60 anos.

44
MINISTÉRIO DA SAÚDE

60%

50% 48%
47% 48%

40%
37% 36% 36%
% CD4≥500 células/mm3

30%
26% 27% 26%
24%
24% 23%
23%
23%
20%
21%
16% 20%
16%
15%
14%
10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

18-24 25-39 40-49 50-59 60+

Figura 27. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³
segundo faixa etária, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Pode-se observar que os indivíduos autodeclarados brancos ou amarelos foram o grupo


populacional com maior proporção de início de TARV com CD4 ≥500 células/mm³, no ano de 2018 (38%)
(Figura 28). A população negra apresentou proporção de 34% de início de TARV nessa mesma faixa de
CD4. As flutuações observadas na população indígena são atribuídas ao pequeno número de indivíduos
analisados, e, dos que iniciaram TARV em 2018, 23% apresentavam CD4 ≥500 células/mm³.
Em todo o período, aproximadamente 24% das PVHIV não tinham registro de informação de raça/
cor para esse indicador. Observou-se, ainda, que aproximadamente um terço dessas iniciaram TARV com
CD4 superior a 500 células/mm3 em 2018.

45
MINISTÉRIO DA SAÚDE

45%

40%
38%
37% 38%
35% 34%
35%
34%
34% 34% 33%

30% 31% 31%


% CD4≥500 células/mm3

25%

23%
20%
16%

15% 15%
15%

10%
10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Branca+Amarela Negra Indígena Ignorada

Figura 28. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³
segundo raça/cor, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

A Figura 29 mostra que as maiores proporções de início de TARV com CD4 ≥500 células/mm³, em
todo o período analisado, encontram-se nos indivíduos com mais anos de estudo. No ano de 2018, 42%
das PVHIV com mais de 12 anos de estudo iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³; 40%, entre oito
e 11 anos; e 31%, até sete anos de estudo. Destaca-se que aproximadamente 41% das PVHIV não tinham
registro de informação de escolaridade nesse indicador.
Em 2018, 16 UF apresentaram proporções menores de PVHIV iniciando TARV com CD4 ≥500
células/mm³ do que as observadas para o país como um todo (35%): PE, com 35%; PB e PR, com 34%;
GO e MS, com 33%; BA, com 32%; CE e RO, com 31%; AM, com 30%; MA, com 28%; TO, com 27%; AP,
com 26%; PA e RR, com 25%; RN, com 22%; e SE com 21%. As demais UF apresentaram proporções
superiores, sendo as maiores encontradas em SP, SC e ES, com 40%.

46
MINISTÉRIO DA SAÚDE

45%
42% 42%
41%
40% 38% 37% 40%

35% 34% 34%


33%

30%
31% 31% 31%
% CD4≥500 células/mm3

25%

20%

16% 16%
15%
16%
13%

10%

5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0 a 7 anos 8 a 11 anos 12 e mais anos Ignorado

Figura 29. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³
segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

45%

40%

Brasil
35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%
40%

40%

40%

39%

37%

37%

36%

36%

36%

36%

35%

35%

34%

34%

33%

33%

32%

31%

31%

30%

28%

27%

26%

25%

25%

22%

21%

0%
SP SC ES DF RJ AC MG RS PI MT AL PE PB PR GO MS BA CE RO AM MA TO AP PA RR RN SE

Figura 30. Proporção de PVHIV de 18 anos ou mais que iniciaram TARV com CD4 ≥500 células/mm³,
por UF. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

47
5. Tempo entre o
primeiro CD4 e
o início da TARV

% % % % % %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ao analisar o tempo mediano entre a solicitação do primeiro CD4 realizado na rede pública de
saúde e o início da TARV, ao longo dos anos, observa-se uma queda expressiva. Em 2009, quando o
consenso brasileiro recomendava o início da terapia em indivíduos com CD4 <350 células/mm³, o
tempo mediano entre o primeiro CD4 e o início do tratamento era de 589 dias. Com as mudanças nos
consensos em 2012 (quando a elegibilidade para TARV passou para CD4 <500 células/mm³) e 2013 (com
a implantação do tratamento para todas as pessoas, independentemente do valor do CD4), esse tempo
diminuiu substancialmente, caindo para 177 dias em 2013 e, finalmente, não ultrapassando 33 dias em
2018 (Figura 31).

600

500
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

400

300

200

100

589 360 165 321 177 134 76 45 40 33


0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 31. Tempo mediano (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos
ou mais, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

De acordo com a Figura 32, quando estratificadas as PVHIV que iniciaram a TARV por sexo, entre
2009 e 2018, observa-se que os homens levaram menos tempo para o início do tratamento (Mediana
[Md] = 487 em 2009; Md = 32 em 2018) quando comparados às mulheres (Md = 728 em 2009; Md = 33
em 2018).
No que se refere à estratificação por faixa etária, o tempo mediano, em dias, para início de TARV
a contar da solicitação do primeiro CD4, entre indivíduos mais jovens (18 a 24 anos), no ano de 2018, foi
de 35 dias – nove dias a mais do que entre as PVHIV com mais de 60 anos (Figura 33). Comparando-
se o tempo observado em 2018 com o mensurado em 2009, nota-se uma redução drástica no período,
especialmente entre os mais jovens – passando de 788 dias para 35 dias – com diminuição, também, das
diferenças por faixa etária.

49
MINISTÉRIO DA SAÚDE

800

700

600
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

500

400

300

200

100

487 291 134 274 146 115 69 43 39 728 498 259 412 265 191 98 49 42
32 33
0
Homens Mulheres

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 32. Tempo mediano (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18
anos ou mais, por sexo. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

900
788

800
709

700
615
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

600
515

464

500
454
429
421

400
317

300
252

238
233
199

197
190
166

200
145
120
114

105
104
100
92
88

85

100
70
69
67
66

57
56
52

52

52
51

48
44

44
41

40
36

36
35

34
33

33
30

29
28

26

0
18-24 25-39 40-49 50-59 60+

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 33. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou
mais, por faixa etária. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

50
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Observa-se que, em 2018, na desagregação por raça/cor, o tempo mediano entre o primeiro CD4 e
o início da TARV entre PVHIV brancas ou amarelas foi de 29 dias; entre PVHIV indígenas, foi sete dias maior
(Figura 34). Esses valores foram consideravelmente menores do que o observado em 2009: 575 dias e
664 dias, respectivamente.

800

728
664
700
575

600

554
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

505

500
428

406
400

353
300
296

293

300

255
251

248

223
218
199
196
180
164

200
161
145

127
123

101

78
100
63

61
60

59

57
49
42

42

38
37
36

36
32
29

0
Branca/Amarela Negra Indígena Ignorada

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 34. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou
mais, por raça/cor. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Na análise por anos de estudo (Figura 35), nota-se redução na mediana, em dias, do tempo para
o início da terapia, em todas as faixas de escolaridade, sendo essa redução maior entre as PVHIV com 12
e mais anos de estudo – passando de 547 dias, em 2009, para 31, em 2018. Para as PVHIV com menor
tempo de estudo (até sete anos), a mediana foi de 35 dias no ano de 2018.
Nota-se que em todas as UF houve uma diminuição no tempo mediano entre o primeiro CD4 e o
início da TARV (Figura 36). Em 13 estados, a mediana foi maior que a nacional no ano de 2018. Destacam-se
os estados de AC, CE, AL e SE, que apresentam tempo mediano superior a 40 dias.

51
MINISTÉRIO DA SAÚDE

800

734
700

600

547
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

545

478
464

500

428

426
364

364
400

306
265

300

239
238

223
212
195
185

171
200

146
139
134

134

133
131

85

100
73

73
72
48

48
42
41

41
40
39

37
35

33
32

31
0
0-7 8-11 12+ Ignorado

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura 35. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou
mais, por escolaridade (em anos de estudo). Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

52
MINISTÉRIO DA SAÚDE

1800

1.598
1600

1.347
1400
Dias entre o primeiro CD4 e o início da TARV

1.103
1200
983

959
1000

759
800

589
600
389

335
400
319

266
257

218
212
186

185
183
126

200

117
104
99

93

84
72

70

59

58
52

48
46
43

39

37
36

36

36
35

35
34

34
33

33
32

32
31

31
30

29
28
28
26

25

25
15

8
5

0
RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF BR

2009 2018

Figura 36. Tempo (em dias) entre o primeiro CD4 e o início da TARV para PVHIV de 18 anos ou
mais, por UF. Brasil, 2009 e 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

53
6. Início da TARV
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Se considerados os novos tratamentos, observa-se crescimento no número de PVHIV iniciando


TARV a cada ano, de 2011 até 2015 (Figura 37). No ano de 2017, 71 mil PVHIV iniciaram TARV no país, das
quais 69 mil tinham 18 anos ou mais. Vale destacar que a redução observada entre 2015 e 2016 deu-
se, principalmente, pelo “estoque” de pessoas que ainda não haviam iniciado a TARV após a adoção do
tratamento para todos no Brasil, em dezembro de 2013. Em 2018, 69 mil PVHIV iniciaram TARV, das quais
68 mil tinham 18 anos ou mais.

80

70

60
Número de PVHIV (por 1.000)

50

40

30

20

10

44 45 42 44 41 42 50 52 55 57 70 72 73 75 67 69 69 71 68 69
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

18+ Total

Figura 37. Número de PVHIV (total e de 18 anos ou mais) que entraram em terapia antirretroviral
no ano, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

Quando se observa o total de pessoas de 18 anos e mais que entraram em TARV no período
analisado, mediante estratificação por sexo, nota-se que a proporção de homens, até 2015, cresceu em
ritmo mais acelerado se comparada à proporção de mulheres (Figura 38). O número de homens iniciando
tratamento quase dobrou entre 2009 e 2018, enquanto o crescimento entre as mulheres não ultrapassou
4% no mesmo período. Isso está refletido na evolução da razão de sexos, que passou de 1,4 para 2,7
homens para cada mulher, nesse período. No ano de 2018, das 67 mil PVHIV que iniciaram a TARV, 73%
delas eram do sexo masculino.
Ao analisar a Figura 39, nota-se que a maior parte das PVHIV tinha de 25 a 39 anos quando
iniciaram a TARV, em todo o período analisado. Foi crescente a proporção de indivíduos mais jovens (18 a
24 anos) iniciando TARV em cada ano, atingindo em 2018 um número de pouco mais de quatro vezes o
número observado em 2009. Em contrapartida, os números de PVHIV que iniciaram tratamento oscilaram
entre 10-15 mil e 5-7 mil nas faixas compreendidas entre 40-49 e 50-59 anos, no período analisado,
respectivamente. Em 2018, das aproximadamente 67 mil pessoas que iniciaram TARV com mais de 18
anos, um quinto tinha entre 18 e 24 anos e metade tinha entre 25 e 39 anos.

55
MINISTÉRIO DA SAÚDE

60 3,0

2,7
2,6

50 2,5
2,3
2,2

2,0
40 2,0
Número de PVHIV (por 1.000)

1,8

Razão de sexos (H:M)


1,7
1,6
1,5
30 1,4 1,5

20 1,0

10 0,5

25 18 25 17 25 16 32 19 35 20 47 23 50 23 47 20 50 19 49 18
0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Homens Mulheres Razão de sexos

Figura 38. Número de PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral
segundo sexo, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
40

35

30
Número de PVHIV (por 1.000)

25

20

15

10

5
21
12

21
11

20
10

25
13

28
12

10
35
15

12
36
14

12
33
12

13
34
12

13
33
12
3

3
3

3
3
2

2
2
3

5
2
4

5
2
5

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

18-24 25-39 40-49 50-59 60+

Figura 39. Distribuição das PVHIV que entraram em terapia antirretroviral segundo faixa etária,
por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

56
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A distribuição das PVHIV que iniciaram TARV por raça/cor, apresentada na Figura 40, mostrou que
a maior parte das pessoas que iniciaram o tratamento, em 2018, declararam ser negras (43%; 29 mil),
proporção maior que a de PVHIV autodeclaradas brancas ou amarelas: 35% (24 mil). Observa-se também
uma tendência de diminuição da proporção de PVHIV que não possuíam registro de informação de raça/
cor em 2018, totalizando 21% (14 mil) das PVHIV que iniciaram TARV nesse ano.

35

30

25
PVHIV que iniciaram TARV (por 1.000)

20

15

10

5
0,10

0,10

0,05

0,08

0,14

0,15

0,15

0,18

0,17

0,16
18
14

11
18
14

10
17
14

10
20
18

12
22
20

13
27
26

17
28
30

15
25
27

15
25
29

14
24
29

14
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Branca/Amarela Negra Indígena Ignorado

Figura 40. Distribuição das PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral
segundo raça/cor, por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

A Figura 41 mostra a estratificação das PVHIV que iniciaram TARV por escolaridade (em anos de
estudo). Nota-se uma mudança na distribuição das PVHIV que iniciaram TARV no período analisado.
Enquanto em 2009 27% delas tinham até sete anos de estudo, em 2018 a proporção comparável foi de 18%.
Por outro lado, enquanto em 2009 10% delas tinham mais de 12 anos de estudo, em 2018 essa porcentagem
foi de 15%. Observa-se uma proporção importante de pessoas sem informação de escolaridade (em anos
de estudo) – 46% no ano de 2018.

57
MINISTÉRIO DA SAÚDE

40

35

30
Número de PVHIV (por 1.000)

25

20

15

10

5
12

11

11

12

12
19

19

18

10

22

10

15
25

14

14
10
32

14

13
10
34

14

13
10
30

15

12
11
30

14
10
31
8
5

8
5

8
5

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0-7 8-11 12+ Ignorado

Figura 41. Distribuição das PVHIV de 18 anos ou mais que entraram em terapia antirretroviral
segundo escolaridade (em anos de estudo), por ano de início. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

58
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na Tabela 1 são apresentados, por ano, os números de novos tratamentos iniciados no Brasil em
2018, por UF. Três estados (SP, RJ e RS) concentravam aproximadamente 39% das mais de 69 mil PVHIV
que iniciaram tratamento em 2018.

Tabela 1. Número de PVHIV que iniciaram tratamento por ano, segundo UF. Brasil, 2009-2018

UF 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
RO 325 269 306 330 445 474 597 537 626 554
AC 37 69 76 101 85 97 125 129 133 150
AM 118 106 63 4.624 1.360 2.364 2.549 2.265 1.580 2.273
RR 206 324 23 272 202 268 227 275 292 410
PA 1.261 1.276 1.707 1.680 2.272 2.790 3.424 3.312 3.048 3.275
AP 114 116 111 166 233 341 340 325 339 334
TO 108 90 113 457 296 382 382 335 377 428
MA 745 782 745 1.929 1.367 1.832 1.891 1.945 1.967 2.172
PI 316 364 344 479 502 612 590 667 675 722
CE 1.024 781 1.126 1.183 1.463 2.815 2.382 2.293 2.625 2.763
RN 312 351 390 431 599 882 840 786 984 1.121
PB 1.972 473 459 501 615 729 882 767 829 822
PE 1.684 1.879 1.945 1.812 2.634 3.152 3.285 3.013 3.186 3.271
AL 367 387 407 407 614 779 753 902 1.035 994
SE 207 234 242 241 406 498 510 511 615 604
BA 1.454 2.282 2.117 1.830 2.298 2.737 3.512 3.146 3.589 3.352
MG 2.802 2.759 3.119 3.087 3.866 4.608 4.649 4.729 4.793 4.859
ES 690 801 800 888 1.123 1.590 1.571 1.414 1.383 1.316
RJ 7.738 6.937 5.888 5.900 7.010 9.150 10.147 8.294 8.339 7.795
SP 12.671 11.526 10.069 12.085 12.410 16.054 16.087 14.495 14.380 13.478
PR 2.027 2.074 2.077 2.392 3.036 3.824 4.041 3.647 3.738 3.643
SC 2.393 2.466 2.635 2.731 3.220 3.927 4.154 3.776 3.762 3.473
RS 4.372 4.469 4.722 5.166 6.328 7.143 7.077 6.736 5.938 5.619
MS 634 1.098 516 585 712 854 822 1.054 1.066 1.055
MT 558 620 728 663 804 1.127 1.111 1.252 1.239 1.231
GO 805 813 1.097 1.196 1.448 1.771 1.877 1.907 1.949 2.012
DF 470 528 599 743 924 1.066 975 959 1.046 943
Brasil* 45.566 44.008 42.518 52.062 56.648 72.096 74.990 69.732 70.516 69.106

Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Não inclui PVHIV em TARV com UF de residência desconhecida, nem aquelas que recebem medicamento em UDM sem
Siclom operacional.

59
7. Esquemas de
tratamento ao
início da TARV
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ao analisar os esquemas adotados para início de terapia antirretroviral desde 2009, podem-
se observar nítidas variações nas distribuições por ano (Figura 42). Em 2016, o esquema preferencial
recomendado pelo PCDT de dezembro de 2013 (e atualizações até 31/12/2016), contendo TDF+3TC+EFZ
(BRASIL, 2018), foi adotado em 86% dos novos tratamentos. A partir de 01/01/2017, o esquema
preferencial passou a ser TDF + 3TC + DTG, tendo sido adotado por 77% das PVHIV no ano de 2017, e
por 87% delas em 2018. O preestabelecimento de esquemas preferenciais ocasionou uma considerável
queda no número de combinações prescritas para início de TARV. Excetuando-se os quatro esquemas
aqui analisados, o número de outras combinações passou de 306 em 2009 para 86 em 2018.

100% 2%
3% 1%
9% 1%
2% 4%
15%
90% 6%
5%
30% 0% 17%
5%
80% 0%

70%
5%
68% 0%
60% 80%
83%
86%
91%
50%

86% 87%
40% 79% 77%

65%
30% 5%
0%

20%
4%
3% 0%
0% 27%
4%
10% 0%
3% 13% 16%
0% 10%
6%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

TDF + 3TC + DTG TDF + 3TC + EFZ TDF + 3TC + RAL TDF + 3TC + ATV/r outros

Figura 42. Distribuição das PVHIV que iniciaram tratamento segundo esquema dispensado, por
ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

61
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A implantação do DTG foi monitorada desde seu início, em 2017, segundo 1) se a pessoa iniciou
TARV com esquemas com DTG, ou 2) se realizou switch (troca) de esquemas com RAL, EFZ, NVP, DRV ou
ATV. No ano de 2018, 198.226 PVHIV estavam em uso de DTG no país, das quais 113 mil (57%) começaram
tratamento com esquema contendo DTG e 18 mil (9%), 32 mil (16%), três mil (2%), cinco mil (3%) e 19 mil
(10%) realizaram switch de RAL, EFZ, NVP, DRV e ATV respectivamente (Figura 43). Em torno de seis
mil PVHIV estavam em uso de DTG, mas nem iniciaram TARV com o medicamento e nem vieram de
esquemas que continham um dos ARV acima mencionados.

19.168
113.218 17.997 32.431 12.248
3.164

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000
Primeira dispensa Switch de RAL Switch de EFZ Switch de NVP Switch de DRV Switch de ATV

Figura 43. Distribuição das PVHIV em uso de DTG, segundo inicio de TARV com DTG ou switch
de RAL, EFZ, NVP, DRV ou ATV. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

62
8. PVHIV em TARV

100
%

77
%
60
%
49
%
35
%
25
15 20 %
% %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ao final de 2018, havia 593 mil pessoas em TARV – número quase sete vezes superior ao observado
em 1999, de 85 mil (Figura 44), considerando-se todos os esquemas terapêuticos dispensados. Ressalte-
se que esse é o número total de pessoas em TARV, independentemente de faixa etária, sendo que 98,6%
dessas PVHIV tinham mais de 18 anos.

2018 593
2017 547
2016 498
2015 456
2014 410
2013 355
2012 313
2011 284
2010 257
2009 231
2008 193
2007 181
2006 174
2005 165
2004 157
2003 140
2002 125
2001 113
2000 93
1999 85

0 100 200 300 400 500 600 700


(em milhares)

Figura 44. Número de PVHIV em TARV*, por ano. Brasil, 1999-2018


Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Entre 1999 e 2008, o número de PVHIV em TARV era estimado considerando-se o número de dispensações realizadas em
dezembro de cada ano. A partir de 2009, são consideradas em TARV aquelas PVHIV que tiveram pelo menos uma dispensação de
ARV nos últimos 100 dias do ano. Em 2018, incluíram-se aquelas que tiveram pelo menos uma dispensação entre 20 de setembro
e 31 de dezembro.

A Figura 45 mostra o número de PVHIV em TARV por sexo. Quando consideradas as pessoas em
TARV maiores de 18 anos, nota-se que a razão de sexos passou de 1,5 para 1,9 homens para cada mulher,
entre 2009 e 2018, respectivamente.
Estratificando-se as PVHIV em TARV com 18 anos ou mais por faixa etária, nota-se que, desde
2013, a maioria delas tinha entre 25 e 39 anos (Figura 46). Entre os anos de 2009 e 2013, os números
de PVHIV de 25 a 39 anos e daquelas de 40 a 49 anos eram muito semelhantes e, a partir de 2014, os
primeiros passaram a ser maiores que os últimos. Em 2018, mais de 209 mil (36%) PVHIV tinham de 25 a
39 anos e mais de 159 mil (27%), entre 40 e 49 anos. Nesse mesmo período, aproximadamente 10% (59
mil) das PVHIV em TARV no país tinham 60 anos ou mais, e 6% (37 mil) encontravam-se na faixa entre 18 e
24 anos, tendo aumentado consideravelmente suas participações no período analisado.

65
MINISTÉRIO DA SAÚDE

450 2,0

1,8 1,9
1,8 1,8
400 1,7 383
1,6
1,6 1,6
1,5 1,5 1,6 349 1,6
350

310
1,4
300
Número de PVHIV (em milhares)

280
1,2
250 240

1,0
206 202
200 191
181 176
164 0,8
159
142 146
150
125 128 0,6
114
102
100 92
81 0,4

50 0,2

0 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Homens Mulheres Razão de sexo

Figura 45. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo sexo, por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

250

209
193

200
173

159
158
Número de PVHIV (em milhares)

150
140

150
136

133
122

121
115
112

111
103
101

100
93
92

100
90
85
85
78

78
75

68

59
58

52
50

45
43

50
39

37
35

34
32

29
27

24
23
19

18
16
13

12
9
8
6
5

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

18-24 25-39 40-49 50-59 60+

Figura 46. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo faixa etária, por ano.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

66
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 47 mostra que, quanto à raça/cor, o maior número de PVHIV em TARV, desde 2009, é de
pessoas autodeclaradas brancas ou amarelas, variando de aproximadamente de 93 mil (45%) em 2009
a 247 mil (42%) no ano de 2018; a proporção de PVHIV negras em TARV passou de 28% (58 mil) para 35%
(203 mil), respectivamente, entre 2009 e 2018. Pouco mais de 1.000 PVHIV se declararam indígenas em
2018. Nesse mesmo período, aproximadamente 134 mil não possuíam registro de informação de raça/
cor, representando 23% do total de pessoas em TARV no país.

300

247
250

230

203
193
200
Número de PVHIV (em milhares)

183
169
149

144
150

134
132

125
121
118
106

106
102

95
93

93

100
88

83
76

75
67

67
61
58

58
55

55

50

1,0
0,9
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3

0,3
0,3

0,3

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Branca/Amarela Negra Indígena Ignorado

Figura 47. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo raça/cor, por ano.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

No que se refere à estratificação por escolaridade (em anos de estudo), apesar de ligeira melhora
na completitude do campo observada no período analisado, a proporção de indivíduos com escolaridade
ignorada foi de 44% (255 mil) em 2018 (Figura 48). A proporção de pessoas com mais de 12 anos de
estudo passou de 10% (21 mil), em 2009, para 14% (83 mil) no ano de 2018 e daquelas com até sete anos
de estudo passou de 26% (53 mil) para 21% (125 mil), respectivamente, para 2009 e 2018.

67
MINISTÉRIO DA SAÚDE

300

255
250

236
196
200
Número de PVHIV (em milhares)

170
148
150

131

125
121
118
117

111
107

102
95

95

92
100

88

83
81

75

75
74
67

64
60

58
56
53

53

49

48
43

50
40
37

37

34
29
25
21

21

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0-7 8-11 12+ Ignorado

Figura 48. Número de PVHIV de 18 anos ou mais em TARV segundo escolaridade (em anos de
estudo), por ano. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

68
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Tabela 2 mostra a distribuição das PVHIV em TARV por UF de residência. Nota-se que em SP
residem quase um quarto das PVHIV em TARV; 13% moram no RJ; e 10% no RS.

Tabela 2. Número de PVHIV em TARV*, segundo UF. Brasil, 2009-2018

UF 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
RO 1.024 1.229 1.436 1.646 1.940 2.292 2.718 3.072 3.596 3.910
AC 249 293 345 415 448 507 597 643 770 845
AM 189 225 233 4.297 4.975 6.749 8.803 9.502 10.670 12.943
RR 215 258 86 675 809 938 1.033 1.167 1.423 1.616
PA 4.236 4.884 6.058 6.980 8.435 10.313 13.026 14.974 16.696 18.912
AP 391 446 509 601 658 880 1.088 1.106 1.481 1.678
TO 334 367 406 824 1.014 1.322 1.624 1.801 2.065 2.284
MA 2.621 3.012 3.434 4.979 5.892 7.133 8.448 9.590 10.976 12.399
PI 1.557 1.783 1.976 2.281 2.599 2.998 3.367 3.659 4.081 4.699
CE 4.349 4.790 5.653 6.325 7.359 9.536 11.128 12.648 14.820 16.661
RN 1.841 2.106 2.319 2.547 2.974 3.786 4.446 4.704 5.730 6.672
PB 2.180 2.418 2.670 2.934 3.396 3.870 4.512 4.991 5.616 6.366
PE 7.801 9.022 10.168 10.502 12.827 15.101 17.484 19.168 21.639 24.038
AL 1.609 1.826 2.093 2.284 2.696 3.231 3.622 4.164 5.178 5.753
SE 1.107 1.249 1.438 1.575 1.863 2.231 2.580 2.898 3.419 3.771
BA 4.122 6.550 7.962 9.233 10.965 12.944 15.796 17.789 20.827 23.284
MG 18.340 20.031 22.045 23.994 26.928 30.433 33.919 37.400 40.964 44.720
ES 3.929 4.490 4.986 5.512 6.346 7.541 8.691 9.653 10.705 11.354
RJ 29.246 34.330 38.671 41.626 46.370 53.530 61.548 66.795 72.154 76.889
SP 67.415 74.647 79.753 87.803 96.375 105.233 119.229 127.429 137.319 144.502
PR 11.955 13.211 14.475 15.926 18.145 21.293 24.405 26.581 29.285 32.213
SC 13.089 14.563 16.463 18.399 20.862 23.958 27.236 29.845 32.774 35.679
RS 24.341 26.664 30.072 33.259 37.516 42.875 48.105 52.416 56.424 60.037
MS 1.290 2.451 2.665 3.027 3.454 4.084 4.654 5.386 6.235 7.063
MT 2.982 3.365 3.829 4.200 4.780 5.628 6.457 7.296 8.254 8.994
GO 4.520 4.822 5.897 6.738 7.861 9.341 10.707 11.951 13.509 14.663
DF 3.304 3.603 4.043 4.590 5.237 6.131 6.863 7.561 8.369 8.973
Brasil* 214.829 243.289 270.336 303.905 343.711 394.968 453.288 495.585 547.459 593.176

Fonte: MS/SVS/DCCI.
Notas: (*) Definem-se “em TARV” aquelas PVHIV com pelo menos uma dispensação nos últimos 100 dias do ano.
(**) Não inclui PVHIV em TARV com UF de residência desconhecida, nem aquelas que recebem medicamento em UDM sem Siclom
operacional.

69
9. Esquemas de
tratamento das
PVHIV em TARV
MINISTÉRIO DA SAÚDE

9. Esquemas de tratamento das PVHIV em TARV


Os esquemas utilizados pelas PVHIV em TARV no país, desde 2009, estão apresentados na Figura
49. Observam-se importantes variações nas distribuições por ano. Enquanto em 2009 um terço das
PVHIV utilizavam TDF+AZT+EFZ, em 2018 o uso desse esquema não ultrapassava 6%. Por outro lado, em
2016, 44% das PVHIV em TARV faziam uso de TDF+3TC+EFZ, proporção que passou para 34% em 2018.
Em 2017, o DTG foi incorporado à lista de ARV utilizados no país, e ao final desse ano 10% das PVHIV em
TARV já faziam uso do esquema TDF+3TC+DTG. Em 2018, essa proporção passou para 25%.

100%

18% 16%
90%
31%
36% 4%
80% 43% 4%
47% 6%
51% 49%
53% 8%
56%
70% 0,3%
16%
0,2% 11%
60% 18%
0,2% 16%
0,2%
50% 0,2% 13%
0,2%
0,2% 10% 25%
0,1% 24%
11%
40%
29%
31%
32%
30% 33%
33% 9%

44%
20% 9% 41%
37%
8% 34%
7% 24%
10% 6%
5% 15%
10% 12%
6% 8%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
TDF + 3TC + EFZ TDF + 3TC + DTG TDF + 3TC + ATV/r TDF + AZT + EFZ TDF + 3TC + DRV/r Outros

Figura 49. Distribuição das PVHIV que estavam em TARV, segundo esquema utilizado, por ano.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

71
10. Retenção, adesão e
perda de seguimento
de TARV

% % % % % %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 50 apresenta o status das pessoas com 18 anos e mais que tiveram pelo menos uma
dispensação de medicamentos no ano, ao final de cada ano, com relação à adesão à TARV e à perda de
seguimento (óbito ou abandono de tratamento). Observa-se uma melhora progressiva dos indicadores
ao longo dos anos, em especial na proporção de adesão suficiente, quando comparada à insuficiente. A
proporção de perda de seguimento também apresenta redução, mas de maneira discreta. Das cerca de
232 mil PVHIV que tiveram pelo menos uma dispensação em 2009, 11% foram consideradas como perda
de seguimento ao final do mesmo ano; 24% estavam em TARV, porém com adesão insuficiente; e 65%
apresentavam adesão acima de 80%. Já em 2018, quando aproximadamente 637 mil pessoas tiveram
pelo menos uma dispensação, 75% apresentavam adesão suficiente ao final do ano, enquanto 17% tinham
adesão insuficiente e 8% foram consideradas como perda de seguimento. Ressalta-se que a maioria dos
óbitos ocorridos em 2018 não foram captados nesta análise, pois os respectivos registros ainda não se
encontravam disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).

100%

11% 10% 10% 10% 9% 10% 9% 9% 8% 8%


90%

17%
80% 21% 21% 21% 22%
22%
% PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano

24% 23% 23%


24%

70%

60%

50%

40%
75%
67% 69% 69% 70% 70% 70%
65% 66% 67%
30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano da dispensação

Adesão suficiente Adesão insuficiente Perda de seguimento*

Figura 50. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano, ao
final de cada ano, em relação à TARV e à perda de seguimento. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.

Na Figura 51, pode-se observar que os indicadores de adesão ao tratamento em homens são
melhores que em mulheres. Ao final de 2018, 77% dos homens apresentavam adesão suficiente, 15%
adesão insuficiente e 8% foram considerados como perda de seguimento; em relação às mulheres, as
proporções observadas foram 70%, 21% e 9%, respectivamente. Em ambos os sexos, há uma melhora na
proporção de adesão suficiente no período analisado.

73
MINISTÉRIO DA SAÚDE

100%

7%

8%
8%

10%
8%
10%

9%

10%
9%

11%

9%
9%
9%

11%

9%
11%
9%

11%
12%
12%
90%

15%
20%
19%

18%
19%

20%
21%
22%

21%
23%
% PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano

23%

80%

26%
25%

25%
25%

25%
26%

25%
26%
26%
70%

60%

50%

77%
40%

73%

73%

73%
72%

71%
70%
70%

70%
68%
67%

66%

65%
65%

65%
64%
63%

63%
63%
62%
30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Homens Mulheres
Ano da dispensação

Adesão suficiente à TARV Adesão insuficiente à TARV Perda de seguimento*

Figura 51. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no ano,
ao final de cada ano, em relação à TARV e à perda de seguimento, desagregado por sexo.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.

Em relação à raça/cor, pode-se observar na Figura 52 que os indivíduos brancos e amarelos


apresentam melhores indicadores. A proporção de perda de seguimento nesse grupo vai de 10% em 2009
a 7% em 2018, enquanto em indígenas varia de 18% a 12% e em negros, de 12% a 9% no mesmo período.
A adesão insuficiente é também inferior nos brancos e amarelos, enquanto a suficiente é superior: as
proporções foram de 15% e 78% em 2018, enquanto em negros foram de 18% e 72% e em indígenas de 21%
e 67%, respectivamente.
A desagregação por faixas etárias é apresentada na Figura 53. Pode-se observar que há uma
tendência de melhoria da adesão com o aumento da idade. Os mais jovens, apesar dos piores indicadores
de adesão, apresentaram uma melhora considerável no período analisado, sendo que a adesão suficiente
subiu de 46% em 2009 para 69% em 2018, e a perda de seguimento caiu de 27% para 13% no mesmo
período. A adesão nas PVHIV idosas foi a maior, sendo suficiente para 80% e insuficiente para 14% delas,
em 2018. Ainda assim, observa-se nesse grupo perda de seguimento de aproximadamente 6% durante
todo o período analisado.

74
% PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano % PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano
100%

100%
0%

0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%

10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
2009 46% 27% 27% 2009 68% 22% 10%
2010 49% 27% 24%
2010 69% 22% 9%
2011 51% 26% 22%
2012 53% 25% 22% 2011 71% 20% 8%
2013 57% 23% 20% 2012 72% 20% 9%

Fonte: MS/SVS/DCCI.
Fonte: MS/SVS/DCCI.
2014 58% 25% 17% 2013 74% 19% 8%
MINISTÉRIO DA SAÚDE

2015 62% 23% 15%

Brasil, 2009-2018
Brasil, 2009-2018
2014 73% 19% 8%

18 a 24 anos
2016 63% 22% 15%
2017 64% 23% 13% 2015 75% 18% 7%

Branca/Amarela
2018 69% 17% 13% 2016 75% 17% 8%
2017 75% 19% 7%
2009 61% 26% 13%
2018 78% 15% 7%
2010 61% 26% 13%
2011 63% 25% 12%
2012 63% 25% 13% 2009 62% 25% 12%

no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.


no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.
2013 66% 23% 12% 2010 63% 26% 12%
2014 65% 23% 11%
2011 64% 25% 11%
2015 68% 22% 10%
2012 64% 25% 12%

Adesão suficiente à TARV

Adesão suficiente à TARV


25 a 39 anos
2016 68% 21% 11%
2017 68% 22% 9% 2013 65% 24% 11%
2018 73% 17% 10% 2014 65% 24% 11%

Negra
2015 67% 23% 10%
2009 67% 24% 9%
2010 68% 24% 9% 2016 67% 23% 11%
2011 69% 23% 8% 2017 67% 24% 9%

75
2012 69% 23% 9% 2018 72% 18% 9%
2013 70% 22% 8%
2014 69% 22% 9%
2015 71% 22% 8% 2009 59% 23% 18%

40 a 49 anos
2016 70% 22% 8% 2010 53% 27% 20%

Ano da dispensação
Ano da dispensação

Adesão insuficiente à TARV


Adesão insuficiente à TARV
2017 69% 23% 7% 2011 57% 27% 16%
2018 74% 18% 8%
2012 56% 31% 13%
2009 72% 21% 7% 2013 61% 26% 13%
2010 72% 21% 7% 2014 57% 27% 15%
2011 73% 21% 6%
Indígena

2015 61% 27% 12%


2012 73% 20% 7%
2016 59% 29% 12%
2013 74% 19% 6%
2014 73% 19% 7% 2017 62% 27% 12%
2015 75% 19% 6% 2018 67% 21% 12%

50 a 59 anos
2016 74% 19% 7%
Perda de seguimento*

Perda de seguimento*
2017 74% 21% 6%
2009 64% 25% 11%
2018 78% 16% 6%
2010 63% 26% 11%
2009 74% 19% 8% 2011 64% 25% 10%
2010 73% 19% 7% 2012 65% 24% 10%
2011 76% 18% 6%
17% 7% 2013 67% 24% 10%
2012 76%
2013 77% 16% 7% 2014 66% 24% 10%
Ignorada

2014 76% 17% 7% 2015 67% 23% 9%


ano, ao final de cada ano, em relação à TARV e à perda de seguimento, por raça/cor.

2015 77% 16% 6% 67%


2016 23% 10%

60 anos ou mais
2016 77% 17% 7%
Figura 52. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no

Figura 53. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no
ano, ao final de cada ano, em relação à TARV e à perda de seguimento, por faixa etária.
76% 18% 6% 2017 67% 25% 8%
2017
2018 80% 14% 6% 2018 72% 19% 9%

Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 54 mostra a estratificação por escolaridade (em anos de estudo). Observa-se que um
quinto das PVHIV com até sete anos de estudo, em 2018, apresentaram adesão insuficiente à TARV,
enquanto que entre os mais escolarizados (12 anos e mais) a proporção é de 12%. Por outro lado, quase
82% dessas PVHIV com mais de 12 anos de estudo apresentavam adesão suficiente, proporção essa 15%
maior do que a observada entre aquelas com até sete anos de estudo (71%). Destaca-se, também, que o
perfil de adesão observado entre aqueles que não tinham informação de escolaridade foi um meio termo
entre os grupos com 0 a 7 e 8 a 11 anos de estudo.

100%

5%
6%

6%
6%

6%
6%
7%

7%
7%
7%
8%
8%

8%
10%
10%

10%
8%

10%

8%
8%

9%

9%
10%
10%

10%
9%
10%

10%
9%

11%
9%
9%
9%
11%
11%

9%
11%

11%
12%
12%

90%

12%
16%
15%
14%
15%
16%
18%
17%
16%

21%
19%
19%

20%
19%

18%
20%
21%
20%

20%
21%
% PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano

23%
22%

22%
22%

22%
22%
80%
23%

24%
23%

23%
23%
24%

24%
24%

25%
25%

24%

25%
25%
25%

70%

60%

50%

82%
79%
79%
79%
79%
40%

77%
76%
76%

76%

73%
73%

73%
73%

72%
72%
71%

71%
71%
71%
70%

69%
69%

68%
68%

68%
68%
67%

67%
67%
66%

66%
66%

66%
66%
65%

65%
65%

64%
63%
63%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
0 a 7 anos 8 a 11 anos 12 e mais anos Ignorada
Ano da dispensação

Adesão suficiente à TARV Adesão insuficiente à TARV Perda de seguimento*

Figura 54. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação no
ano, ao final de cada ano, em relação à TARV e à perda de seguimento, por escolaridade
(em anos de estudo). Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.

76
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na Figura 55, são apresentados os indicadores de abandono e adesão por unidades da federação,
somente para o ano de 2018. Observam-se os melhores indicadores no DF e MG, com baixos percentuais
de perda de seguimento e mais altos de adesão suficiente. PR e SC apresentaram também baixas
proporções de abandono e altas proporções de adesão suficiente. Por outro lado, dentre as PVHIV
em TARV residentes no MA e na PA, 60% e 66%, respectivamente, apresentaram adesão suficiente.
Ressalta-se, ainda, que foram observados maiores percentuais de abandono em alguns estados das
regiões Norte e Nordeste: AP, PI, RR, TO, AC, AL e PA.

100%
6%

7%

7%

7%

8%
8%
8%

8%
8%

8%

10%
8%

9%

10%
10%
11%

9%

9%
9%

11%
12%

12%
13%

13%
14%

17%
19%
90%
13%
10%

15%

15%

16%
10%

14%

18%
17%
14%

16%
15%

15%

19%
9%

23%
22%
15%

18%
9%

19%

20%
15%
80%

9%

21%
7%
% PVHIV com pelo menos uma dispensação no ano

29%
70%

60%

50%
82%

80%

79%

78%

78%

78%

40%
77%

77%

77%

77%

76%

76%

76%

75%

75%

74%

74%

73%

73%

72%

72%

71%

70%

70%

70%

66%

60%
30%

20%

10%

0%
DF MG GO SC AC PR ES TO RN SE MT SP MS RS BA AP AL RR RJ PI CE AM RO PE PB PA MA

Adesão suficiente Adesão insuficiente Perda de seguimento*

Figura 55. Status das PVHIV com 18 anos e mais com pelo menos uma dispensação em
2018, em relação à TARV e à perda de seguimento, por UF. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) A perda de seguimento refere-se à soma das PVHIV consideradas em abandono de tratamento e dos óbitos registrados
no SIM até 2017 e no Siclom até 31/12/2018.

77
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na Figura 56, são apresentados os indicadores de retenção 12, 24 e 60 meses após o início da TARV,
segundo o ano da primeira dispensação, para indivíduos de 18 anos e mais.
Observa-se uma melhora gradativa dos indicadores ao longo dos anos. Nesta análise, a retenção
em tratamento é calculada independentemente da adesão. A retenção aos 60 meses foi de 67% para as
PVHIV que iniciaram terapia em 2009, subindo para 72% para aquelas que a iniciaram em 2013. Quanto à
retenção aos 24 meses, cerca de 70% dos indivíduos que iniciaram TARV em 2009 estavam retidos dois
anos depois, atingindo 78% daquelas PVHIV que iniciaram TARV em 2016. A retenção após 12 meses de
TARV, por fim, subiu de 74% em 2009 para 86% em 2017.

90%
86%
82% 82% 82%
78% 79%
80% 78% 78% 78%
74% 75% 76%
74% 75%
72% 72%
70%
70%
71% 72%
68% 69%
67%
60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano da primeira dispensação

12 meses 24 meses 60 meses

Figura 56. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após
12, 24 e 60 meses do início, segundo o ano da primeira dispensação. Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

78
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Proporções maiores de retenção foram observadas entre os homens, apesar de o aumento


nas proporções referentes a esses indivíduos ter acontecido de maneira mais gradual do que entre
as mulheres (Figura 57). Os homens que iniciaram TARV em 2009 mostraram proporções de retenção
de 78% no primeiro ano, 74% no segundo e de 68% ao final de cinco anos de TARV. Entre as mulheres,
essas proporções foram de 68%, 66% e 64%, respectivamente. Já entre aquelas PVHIV do sexo
masculino que iniciaram TARV em 2017, a retenção aos 12 meses evoluiu para 87%, e entre aquelas
do sexo feminino, para 82%. Apesar do maior aumento observado entre as mulheres, a retenção
aos 12 meses das mulheres é ainda cinco pontos percentuais inferior à dos homens. Diferenças
são observadas também nas mensurações da retenção aos 24 meses (80% e 75%, para homens e
mulheres que iniciaram terapia em 2016, respectivamente) e aos 60 meses (73% e 69%, para aqueles
que iniciaram a TARV em 2013, respectivamente).

100%

90%
87%
78% 82%
80% 80%
74% 75%
73%
70% 68% 69%
68% 66%
64%
% de PVHIV redas

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Homens Mulheres
Ano da primeira dispensação

12 meses 24 meses 60 meses

Figura 57. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após
12, 24 e 60 meses do início, por sexo. Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

79
MINISTÉRIO DA SAÚDE

De forma semelhante aos indicadores de adesão e abandono, as melhores proporções de


retenção são observadas entre os indivíduos autodeclarados brancos ou amarelos, em toda a série
histórica (Figura 58). Entre aquelas PVHIV que iniciaram TARV no ano de 2017, 89% das autodeclaradas
brancas ou amarelas estavam retidas 12 meses depois, enquanto as mesmas proporções foram de 84%
em negros e 82% em indígenas. A retenção aos 24 meses foi de 82% entre PVHIV brancas/amarelas,
76% em negras e 73% em indígenas, dentre aquelas que iniciaram TARV em 2016. Por fim, a retenção aos
60 meses foi, para aquelas que iniciaram terapia em 2013, de 77%, 68% e 60% entre brancas/amarelas,
negras e indígenas, respectivamente. A maioria das curvas apresentaram um padrão ascendente nos
anos estudados, e as variações mais irregulares entre os indivíduos indígenas podem ser justificadas
pelo pequeno número de PVHIV nessa população.

100%

90%

80%

70%
% de PVHIV redas

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Branca/Amarela Negra Indígena Ignorado
Ano da primeira dispensação

12 meses 24 meses 60 meses

Figura 58. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após
12, 24 e 60 meses do início, por raça/cor. Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

80
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quando analisada a retenção por faixas etárias, observam-se variações mais acentuadas entre
os indivíduos de 18 a 24 anos, com uma tendência ascendente (Figura 59). Das pessoas que iniciaram
a TARV em 2009, apenas 52% apresentaram retenção após 12 meses, atingindo 85% para aqueles que
iniciaram a terapia em 2017, sendo essa última proporção bastante semelhante à observada entre os
indivíduos de outras faixas etárias. Da mesma forma, entre aquelas que iniciaram TARV em 2016, as
proporções de retenção aos 24 meses foram semelhantes em todas as faixas etárias analisadas. Por
outro lado, diferenças mais marcantes foram observadas na retenção aos cinco anos, para os indivíduos
que iniciaram TARV em 2013: 67% nos jovens de 18 a 24 anos, 72% nos adultos de 25 a 39 anos, 72% nos
de 40 a 49 anos, 74% nos de 50 a 59 anos e nos idosos de 60 anos ou mais.

100%

90%

80%

70%
% de PVHIV redas

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais


Ano da primeira dispensação

12 meses 24 meses 60 meses

Figura 59. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após
12, 24 e 60 meses do início, por faixa etária. Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

81
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 60 mostra a retenção por escolaridade (em anos de estudo). Diferenças importantes são
observadas entre as PVHIV mais escolarizadas quando comparadas às menos escolarizadas: 92% e 82%
de retenção após 12 meses, para aquelas que iniciaram TARV em 2017; 87% e 74% de retenção após 24
meses, para aquelas que iniciaram TARV em 2016; e 83% e 69% de retenção após 60 meses, para aquelas
que iniciaram TARV em 2013.

100%

90%

80%

70%
% de PVHIV redas

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
0-7 8-11 12+ Ignorado
Ano de primeira dispensa

12 meses 24 meses 60 meses

Figura 60. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que permaneceram retidas à TARV após
12, 24 e 60 meses do início, por escolaridade (em anos de estudo). Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

82
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Nas Figuras 61 a 63, são apresentadas, por UF, retenção aos 12 meses para os indivíduos que
iniciaram terapia em 2016, aos 24 meses para os que a iniciaram em 2015 e aos 60 meses para os que
iniciaram a terapia em 2012. Assim, as figuras representam três coortes distintas de início de tratamento.
A Figura 61 mostra que as maiores proporções de PVHIV que iniciaram TARV em 2017 e estavam
retidas 12 meses após o início foi observada entre aquelas residentes em RN (91%), SC (90%) e MG (90%).
Seis Unidades Federadas apresentaram retenção inferior à média nacional (82%), a saber: 81% no SE, PI e
AL; 80% no PA; 77% no AP e 73% em RR.

100%

91% 90% 90%


90% 89%
87% 87% 87% 87% 86% 86%
86% 85% 85% 85%
85% 85% 84%
83% 83% 82%
82% 81% 81% 81% Brasil
80%
80%
77%
73%

70%
% de PVHIV redas aos 12 meses

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
RN SC MG DF RO ES MT PR SP PB MS GO RS PE BA RJ AM CE TO MA AC SE PI AL PA AP RR

Figura 61. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2017 e
permaneceram retidas à TARV após 12 meses, por UF. Brasil, 2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.

83
MINISTÉRIO DA SAÚDE

De acordo com a Figura 62, observa-se que a retenção 24 meses depois do início da TARV entre
aquelas PVHIV que iniciaram a terapia em 2016 variou de 84% em MG e 82% em SC a 68% no AC, 67% em
RR e 63% no AP.

100%

90%
84%
82% 81% 81% 81% 81% 81% 81%
80% 80% 80% 79%
80% 79% 78% 78% 78%
Brasil
76% 75%
73% 72% 72% 72%
72%
71%
70% 68%
67%
63%
% de PVHIV redas aos 24 meses

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
MG SC GO DF PB RN MT PR RO SP ES BA MS RS RJ CE PE AL PI SE TO AM MA PA AC RR AP

Figura 62. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2016 e
permaneceram retidas à TARV após 24 meses, por UF. Brasil, 2016
Fonte: MS/SVS/DCCI.

84
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Com respeito à retenção ao final de 60 meses, entre as PVHIV que iniciaram terapia em 2013, 10
UF apresentaram valores superiores à média nacional (71%), sendo que DF (79%), MG (78%) e SC (77%)
apresentaram apresentaram os maiores valores (Figura 63). Já no AM e AP, a retenção 60 meses após o
início da TARV não ultrapassou 60%.

100%

90%

80% 79% 78%


77%
75% 75% 75%
74% 73% 73% 73%
71% 71% Brasil
70% 69% 69%
70% 68% 67%
66% 66% 66%
65% 64% 64% 64%
62%
% de PVHIV redas aos 60 meses

60% 58%
54%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
DF MG SC ES PR RN GO RJ SP PB RS BA RO CE MT MS PE SE TO AL MA PI AC PA RR AM AP

Figura 63. Proporção de PVHIV de 18 anos e mais que iniciaram tratamento em 2013 e
permaneceram retidas à TARV após 60 meses, por UF. Brasil, 2013
Fonte: MS/SVS/DCCI.

85
11. Supressão viral
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quando analisada a carga viral das PVHIV com 18 anos e mais, com pelo menos seis meses de
tratamento, pode-se observar que, no ano de 2018, 94% apresentavam carga viral abaixo de 1.000 cópias/
mL e, se considerarmos o corte de 50 cópias/mL, a proporção foi de 87% (Figura 64).

2018 87% 94%

2017 84% 92%

2016 84% 91%

2015 82% 90%

2014 78% 88%

2013 78% 88%

2012 80% 88%

2011 77% 87%

2010 76% 86%

2009 75% 85%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

<50 <1.000

Figura 64. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses,
com CV <50 cópias/mL e com CV <1.000 cópias/mL, segundo o ano da coleta da CV.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

87
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 65 mostra que a proporção de PVHIV em TARV há pelo menos seis meses com CV inferior
a 1.000 cópias/mL e 50 cópias/mL foi menor entre as mulheres, quando comparadas aos homens,
durante todo o período analisado. Ao final de 2018, 94% dos homens e 93% das mulheres em TARV –
todos adultos – apresentaram supressão viral, considerando o corte de 1.000 cópias/mL, e 88% e 86%,
respectivamente, considerando o corte de 50 cópias/mL.

100%
93% 94% 93%
91% 92% 91%
90% 88% 90% 89% 89% 89% 90%
86% 87% 86% 87% 86% 86%
88% 83% 84%
85% 86%
80% 83% 85%
81% 82% 83%
78% 80% 80% 80%
76% 77% 77%
% PVHIV em TARV há pelo menos seis meses

75% 76% 76%


70% 73% 74%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Masculino Feminino
<1000 <50

Figura 65. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses,
com CV <50 cópias/mL e com CV <1.000 cópias/mL, segundo o sexo, por ano da coleta da
CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

88
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Entre 2009 e 2018, observa-se que, de acordo com a Figura 66, houve uma diminuição das
diferenças na supressão viral observadas no início e no fim do período analisado, mantendo-se o gradiente
de aumento da resposta virológica com o aumento da idade. PVHIV jovens de 18 a 24 anos tiveram o
maior incremento (28%) na supressão viral considerando o corte de 1.000 cópias/mL, passando de 71%,
em 2009, para 91%, em 2018; e de 40%, considerando o corte de 50 cópias/mL, passando de 60% para
84%, no mesmo período. Ainda assim, essa população manteve a pior resposta ao tratamento dentre
todas as faixas etárias, não alcançando, ao final de 2018, o resultado observado entre PVHIV de 60 anos
e mais em 2009: 92%, considerando o corte de 1.000 cópias/mL.

96%
97%
96%
95%
95%
100%

95%

94%
94%

94%
94%
94%
93%

93%

93%
92%

92%

92%
92%

91%
91%
91%
91%
91%

90%
90%

90%
89%
89%

89%

88%
88%

88%
88%
87%

87%
87%

85%
85%
90%
85%

92%
84%

84%
83%

82%

90%
90%
82%

89%

89%
88%
87%
87%
86%

86%
86%
78%

86%

86%

85%
77%
77%

84%
84%
84%
84%

84%
76%

83%
80%

82%
82%
82%

82%

82%
81%

81%
73%

80%
80%
79%
71%

79%
79%
78%

78%
% PVHIV em TARV há pelo menos seis meses

77%

76%
76%
75%

74%
73%

70%
73%
72%

72%
71%
65%

65%
64%

60%
63%
60%
59%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009

2011

2013

2015

2017

2010

2012

2014

2016

2018

2009

2011

2013

2015

2017

2010

2012

2014

2016

2018

2009

2011

2013

2015

2017
18-24 25-39 40-49 50-59 60+
<1000 <50

Figura 66. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses,
com CV <50 cópias/mL e com CV <1.000 cópias/mL, segundo a faixa etária, por ano da
coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

89
MINISTÉRIO DA SAÚDE

No que se refere à raça/cor durante todo o período analisado, PVHIV brancas apresentaram as
maiores supressões virais quando comparadas às outras raças/cores, atingindo 95% de supressão,
considerando o corte de 1.000 cópias/mL, entre PVHIV brancas em tratamento há pelo menos seis
meses (Figura 67). Nota-se, por outro lado, que a população indígena apresentou os piores resultados de
supressão em 2018.

100%

95%

93%
93%
93%

93%

92%
92%

91%
91%

90%
90%

90%
90%

90%
89%
89%

88%
88%

88%
88%

87%
87%

87%
87%

87%
87%

87%

86%
86%

86%
86%

85%
85%
90%

85%
85%

84%
84%

84%
83%

83%
89%

87%
86%

86%
85%

84%
84%

83%
80%

82%
82%

82%

82%
81%
80%
80%

80%

79%
79%

79%
79%
79%

78%
78%
77%
% PVHIV em TARV há pelo menos seis meses

77%
77%

76%
76%

76%
75%

75%
75%
75%

74%

74%
74%
73%
73%
73%

70%

72%
60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Branca/Amarela Negra Indígena Ignorada
<1000 <50

Figura 67. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses,
com CV <50 cópias/mL e com CV <1.000 cópias/mL, segundo raça/cor, por ano da coleta
da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

90
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A análise da estratificação por anos de estudo mostra que as maiores proporções de PVHIV em
supressão viral encontram-se entre as pessoas com mais anos de estudo (Figura 68). No entanto,
ao longo dos anos, percebe-se uma diminuição das diferenças na supressão viral observadas no
início e no fim do período analisado, quando se comparam os dados entre as pessoas de menor e
maior escolaridade.

96%
95%
100%

95%
94%
94%

93%
93%
93%

93%
92%
92%

92%

92%

92%
91%
91%

91%
90%

90%
90%
89%
89%

89%
89%

88%
88%
88%

88%
87%
87%
87%
87%

86%
86%

86%
85%

85%

90%

84%
92%
84%
82%

90%
89%
89%

88%

87%
86%
86%

85%
85%
85%
85%

84%
84%

84%
83%
80%

82%
82%

82%
81%
81%
80%

80%

79%
79%
79%

79%

78%
78%
78%
77%
77%
% PVHIV em TARV há pelo menos seis meses

76%
75%

75%
75%

75%
75%
73%

70%
72%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009 2011 2013 2015 2017 2010 2012 2014 2016 2018 2009 2011 2013 2015 2017 2010 2012 2014 2016 2018
0-7 8-11 12+ Ignorado
<1000 <50

Figura 68. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos seis meses,
com CV <50 cópias/mL e com CV <1.000 cópias/mL, segundo escolaridade (em anos de
estudo), por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

91
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na Figura 69, apresenta-se a supressão viral (CV <1.000 cópias/mL) entre as PVHIV em TARV
há pelo menos seis meses ao final de 2018, por UF. Destaca-se o desempenho do DF e de GO, com
91% e 90%, respectivamente, de CV <50 cópias/mL. A menor proporção de supressão viral (89%)
encontra-se no AM, sendo que o PA apresenta a menor proporção de supressão viral (81%) com o
corte de 50 cópias/mL. É importante observar, também, que 6% das PVHIV residentes no RN, AM, AP
e PA apresentavam CV ≥10.000 cópias/mL.

0%

10%

20%

30%

40% 82% 82% 81%


86% 85% 85% 85% 84% 84% 84%
90% 89% 89% 89% 89% 89% 88% 88% 88% 87% 87% 87% 87% 87% 87% 86% 86%
91%

50%

60%

70%

80%
4% 5% 5%
4% 4% 3% 4% 4% 5%
3% 3% 4% 3% 5% 3% 3% 3%
90% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 5% 3% 3% 3%
4% 3% 4% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 3% 3%
3% 4% 2% 2% 3% 3% 3% 4% 4% 4%
2% 2% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 3% 4% 3%
2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
2% 2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
2% 2% 5% 5% 6% 6% 6% 6%
3% 3% 4% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4% 3% 4% 4% 3% 4% 5% 4% 5% 5% 5% 5%
100% 2%

DF GO MG AC SP PI ES SC RJ PR BR MT RO TO RR CE RS BA PE MA SE RN PB MS AL AM AP PA
<50 50-199 200-999 1000-9999 10000+

Figura 69. Distribuição (%) das PVHIV em TARV há pelo menos seis meses segundo o
valor da última CV, por UF. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

92
12. Supressão viral
sustentada
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na análise das PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos e com a última
carga viral abaixo de 50 cópias/mL, apresentada na Figura 70, pode-se observar aumento de 40% na
proporção de pessoas em supressão viral sustentada, ou seja, pessoas que permaneceram, pelo menos
por dois anos, com a carga viral inferior a 50 cópias/mL, quando comparados os dados de 2009 e 2018.

90%

84% 85%
80% 84%
82%
80%
78% 78%
77%
75% 76%
70%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos

60% 63%
60%
57%
50% 52% 52% 53%
51%
48% 48%
45%
40%

30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Úlma CV <50 <50 Sustentada*

Figura 70. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos,
com CV <50 cópias/mL e com CV <50 cópias/mL sustentada, por ano da coleta da CV.
Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
(*) PVHIV em TARV há pelo menos dois anos e com CV suprimida nesse período.

95
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na análise por sexo (Figura 71), percebe-se que a proporção de PVHIV em TARV há pelo menos dois
anos com a última carga viral inferior a 50 cópias/mL foi maior entre os homens quando comparados às
mulheres, durante todo o período analisado, assim como a proporção de PVHIV em TARV há pelo menos
dois anos com carga viral sustentada abaixo de 50 cópias/mL. No ano de 2018, entre os adultos, 74% dos
homens e 69% das mulheres em TARV apresentaram carga viral sustentada abaixo de 50 cópias/mL, um
acréscimo de 37% e 38%, respectivamente, quando comparado a 2009.

100%

90%
88%
85% 85% 85%
80% 83%
81% 82% 83%
80% 80% 80%
79% 78%
76% 77%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos

75% 76% 76%


70% 74% 73% 74%
71%
69% 69%
65% 66% 63%
66%
60% 63%
61% 60%
57% 58% 57% 58%
54% 55%
50% 53% 53%
50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Homens Mulheres
Úlma CV<50 CV <50 Sustentada*

Figura 71. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos,
com CV <50 cópias/mL e com CV <50 cópias/mL sustentada, segundo sexo, por ano da
coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
(*) PVHIV em TARV há pelo menos dois anos e com CV suprimida nesse período.

96
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 72 mostra que, quanto maior a faixa etária, maior a proporção de pessoas em TARV
há pelo menos dois anos, com a última carga viral inferior a 50 cópias/mL e com supressão viral
sustentada nesse período. Ressalte-se que apenas 59% das PVHIV com 18 a 24 anos possuíam carga
viral sustentada em 2018.

100%

90%

92%
90%
90%
89%

89%
88%
87%
87%

86%
86%
86%

86%

85%
85%

84%
84%
84%
84%
83%
83%

80%

82%
82%
82%

82%

82%
81%

81%

80%

80%
80%
79%

79%

79%
79%
78%

78%
77%

77%
76%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos

76%

75%
75%

75%
74%

74%
73%

73%
73%

70%
72%

72%

72%
72%
71%

70%

70%
69%
68%
68%

68%

67%
67%
67%

66%
65%

65%

64%
64%

64%
64%
64%

60%
63%

62%

62%
61%

61%
60%
60%

59%
59%
59%

58%
57%
56%
56%
54%
54%

53%
53%

50%
51%
50%
50%
47%
47%

40%
39%
37%
36%
35%

30%
32%
30%
30%

20%

10%

0%
2009 2011 2013 2015 2017 2010 2012 2014 2016 2018 2009 2011 2013 2015 2017 2010 2012 2014 2016 2018 2009 2011 2013 2015 2017
18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais
Úlma CV<50 CV <50 Sustentada*

Figura 72. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos,
com CV <50 cópias/mL e com CV <50 cópias/mL sustentada, segundo faixa etária, por
ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
(*) PVHIV em TARV há pelo menos dois anos e com CV suprimida nesse período.

97
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na estratificação por raça/cor, os dados mostram que, ao final de 2018, foram encontradas as
maiores proporções de PVHIV com supressão viral sustentada, considerando carga viral inferior a 50
cópias/mL, entre as pessoas autodeclaradas brancas ou amarelas (74%) (Figura 73).

100%

90%

89%

86%
86%
85%

85%

84%
84%

83%
80%

82%
82%

82%
81%

81%
80%
80%
80%

80%
80%

79%
79%

78%
78%
77%

77%

77%

77%
77%

77%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos

76%

76%

76%

76%

76%
75%
75%

75%
74%
74%

74%
73%
70% 73%

72%
71%

69%
69%
69%

67%
66%
66%
66%
65%

64%
64%

64%
60%
62%

62%
61%
60%

60%
59%
59%
59%

58%

58%
57%
57%

57%
57%

55%
55%

55%
55%

54%

54%
54%

53%

53%
53%

50%
50%

50%
40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Branca/amarela Negra Indígena Ignorado
Úlma CV<50 CV <50 Sustentada*

Figura 73. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos,
com CV <50 cópias/mL e com CV <50 cópias/mL sustentada, segundo raça/cor, por ano
da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) PVHIV em TARV há pelo menos dois anos e com CV suprimida nesse período.

98
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quando desagregada por anos de estudo (Figura 74), os dados mostram que, em todos os
períodos analisados, a proporção de pessoas com supressão viral sustentada é diretamente proporcional
ao tempo de estudo. Ao final de 2018, aproximadamente 68% das PVHIV com 0 a 7 anos de estudo, 73%
daquelas com 8 a 11 e 79% daquelas com 12 anos e mais de estudo apresentaram supressão sustentada
por pelo menos dois anos.

100%

90%

91%
90%
89%
88%

88%

87%
86%
86%

85%
85%
85%
84%

84%
84%

84%
83%
80%

82%
82%

82%
81%
81%
80%

80%

79%
79%
79%
79%

79%

78%
78%
78%
77%
77%

77%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos

76%
75%

75%
75%

75%
75%

75%
73%

73%
70%
72%

72%
72%
70%

70%

69%
68%
68%
68%

67%
66%
65%

64%

64%

64%
64%

63%
63%

60%
62%

62%
61%
60%

60%
60%
59%

58%
58%
58%

57%
56%

56%
55%
54%
53%

53%
50%
52%
49%

40%

30%

20%

10%

0%
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018

2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
0-7 8-11 12+ Ignorado
Úlma CV<50 CV <50 Sustentada*

Figura 74. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos,
com CV <50 cópias/mL e com CV <50 cópias/mL sustentada, segundo escolaridade (em
anos de estudo), por ano da coleta da CV. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) PVHIV em TARV há pelo menos dois anos e com CV suprimida nesse período.

99
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 75 mostra a supressão sustentada estratificada por UF. No período analisado, nove
estados apresentaram proporções maiores que a nacional (que é de aproximadamente 72%): GO e
PI, com 77%; DF, com 75%; MG e SP, com 74%; RJ e MT, com 73%; e ES e CE, com 72%. As demais UF
apresentaram proporções menores, com destaque para o AP, cuja proporção no ano de 2018 (53%) está
bem próximo do resultado observado em 2009 (50%) para o estado.
90%
% PVHIV em TARV há pelo menos dois anos em supressão viral sustentada (<50

80% 77% 77%


75% 74% 74%
73% 73% 72%
72% 72% 72% 72% 72% 71% 71%
71% 70% 70%
70% 69% 69%
70% 69% 68%
67%
66%
64% 64%

60%
59% 58%
57% 53%
54% 55%
50% 53% 53% 52%
cópias/mL)

52% 51% 50% 49% 50% 50%


49% 49% 48%
47% 47% 47% 47% 47%
46%
40% 43%
40% 40%

35%
30%
28%

20%

10%

0%
GO PI DF MG SP RJ MT ES CE BR SE AC PR SC TO BA RR RO RS RN PE MA PB MS AL PA AM AP

2018 2009

Figura 75. Proporção de PVHIV com 18 anos e mais, em TARV há pelo menos dois anos com
CV <50 cópias/mL sustentada, por UF. Brasil, 2009 e 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

100
13. Crianças expostas
ao HIV que foram
infectadas

100
%

77
%
60
%
49
%
35
%
25
15 20 %
% %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 76 apresenta a proporção de crianças de até 18 meses identificadas como infectadas


pelo HIV e que estão em acompanhamento no serviço público, por ano de nascimento de 2010 a 2017,
utilizada como proxy da transmissão vertical do HIV. Observa-se uma queda de 77% no período analisado,
passando de 4,8% em 2010 para 2,4% em 2017. Vale destacar que a proporção de crianças com status
indefinido, ou seja, que tiveram apenas uma carga viral no período de 18 meses depois do nascimento,
ou, então, duas cargas virais com valores discordantes, foi bastante semelhante durante todo o período
analisado, variando de 21% em 2010 a 17% em 2017.

6,0%

5,0% 4,8%

4,3% 4,2%

4,0%

3,4% 3,3%
3,2%

3,0%

2,4% 2,4%

2,0%

1,0%

434 386 375 313 308 337 242 252


0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

Figura 76. Proporção de crianças de até 18 meses identificadas como infectadas pelo HIV e que
estão em acompanhamento no serviço público, por ano de nascimento. Brasil, 2009-2017
Fonte: MS/SVS/DCCI.
Nota: (*) Para o ano de 2017, as crianças foram acompanhadas por apenas um ano e, assim, o valor apresentado ainda é preliminar.

103
14. Profilaxia Pós-
Exposição (PEP)
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O uso de PEP vem aumentando expressivamente no período analisado, conforme mostra a Figura
77, passando de 15.540 dispensações, em 2009, para 107.345, em 2018. Nos últimos anos, em torno de
19% das dispensações foram realizadas em Unidades de Referência em Exposição (URE) e, portanto,
não se possuem informações para as estratificações – ou seja, apenas as dispensações realizadas em
Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) serão incluídas nas análises seguintes.

107.345

87.251

73.062
Número de dispensações

52.016

35.811

28.863
25.469
21.156
17.630
15.540

4.450 5.711 6.859 8.096 7.362 8.520 10.626 15.361 17.090 20.293

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total URE

Figura 77. Número de PEP dispensadas, por ano da dispensação. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.
URE – Unidades de Referência em Exposição

105
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quando analisadas por tipo de exposição, observa-se uma mudança no perfil das dispensações
desde o início da disponibilização da PEP sexual nos serviços de saúde públicos, em 2009 (Figura 78).
Em 2009, enquanto 72% (8 mil) das dispensações ocorriam por exposição ocupacional, em 2018 a
proporção correspondente foi de 29% (25,5 mil). No ano de 2017, o uso de PEP por exposição ocupacional
não ultrapassou 26% (18 mil) do total de dispensações.
Em contrapartida, ainda de acordo com a Figura 78, se observadas as dispensações de PEP por
exposição sexual consentida, nota-se que a proporção passou de 3% em 2009 (0,3 mil) para 64% em
2018 (56 mil).
Apesar da diminuição observada na proporção de dispensações de PEP realizadas por violência
sexual, de 21% para 13%, entre 2009 e 2017, o número de dispensações quadriplicou no período, de 2 mil
para 9 mil, respectivamente (Figura 78). Em 2018, o número de dispensações por violência sexual foi de
5 mil (6%).

100%
5% 5% 4% 5% 4% 4% 3% 5% 4% 6%

90% 14% 13%


13%
20% 18% 19%
21% 21% 20%
80% 29%

70% 26%
33%
37%
60%

48%
50% 54%
58%
64%
40% 69%
72%

64%
30%
57%
50%
45%
20%

29%
24%
10%
17%
11%
3% 5%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Exposição sexual consenda Acidente ocupacional Violência sexual Outros pos de exposição

Figura 78. Distribuição das dispensações de PEP por tipo de exposição, segundo o ano da
dispensação. Brasil, 2009-2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

106
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Figura 79 mostra a distribuição das dispensações de PEP por exposição, pelas populações que as
utilizaram, em 2018. Tanto nos casos de acidente ocupacional como nos casos de violência sexual houve
maior proporção de dispensações para mulheres cis – 65% (8,5 mil) e 86% (2,5 mil), respectivamente.
Com relação às dispensações de PEP por exposição sexual consentida, 38% (11 mil) foram realizadas
para homens cis heterossexuais, 37% (10,8 mil) para gays e outros HSH e 21% (6 mil) para mulheres cis.

100% 1% 1% 2%
3% 1% 2% 1%
4%
90% 7%

80% 31%
37%

70%

60%

50%

86%
40% 38%

65%
30%

20%

10% 21%

0%
Exposição sexual consenda Acidente ocupacional Violência sexual

Mulheres cis Homens cis hetero Gays e outros HSH Mulheres trans/travess Homens trans

Figura 79. Distribuição das dispensações de PEP por população, segundo o tipo de exposição.
Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

107
MINISTÉRIO DA SAÚDE

No ano de 2018, a maioria das pessoas que fizeram uso de PEP tinham entre 25 e 39 anos (50%),
seguidas pelos jovens de 18 a 24 anos (27%) (Figura 80). Observa-se que gays e outros HSH e pessoas
trans apresentaram maiores proporções de jovens de 18-24 anos, ultrapassando 37%. Por outro lado,
aproximadamente um quarto das mulheres cis e dos homens cis heterossexuais estavam nessa faixa
etária; e 13% e 15%, respectivamente, tinham entre 40 e 49 anos.

100%
2% 4% 4% 6% 8% 6%
6%
90% 11% 11%
13% 12%
15%
80%

70%
52%
60% 50% 49%
51% 50%
46%
50%

40%

30%

20% 37% 33% 33% 23%


24% 27%

10%

7%
1% 3% 3% 4% 4%
0% 0,1% 0,7% 0,8% 1,5% 1,6% 1,1%
Gays e outros HSH Mulheres Homens trans Mulheres cis Homens cis hetero Total
trans/travess
0 a 11 12 a 17 18 a 24 25 a 39 40 a 49 50 anos ou mais

Figura 80. Distribuição das dispensações de PEP por população, por faixa etária. Brasil, 2018
Fonte: MS/SVS/DCCI.

108
APÊNDICE 1

% % % % % %
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Notas metodológicas
Os indicadores aqui apresentados foram gerados, basicamente, a partir de dados provenientes dos
sistemas de informação do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (DCCI), do Ministério da Saúde, a saber, o Sistema de Informação de Controle de Exames
Laboratoriais (Siscel) e o Sistema de Informação de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Foram
utilizados dados de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2018.
A maioria dos indicadores aqui apresentados refere-se à população adulta, vez que o Sistema
de Monitoramento Clínico (SIMC) foi inicialmente criado para o acompanhamento da implantação,
pelo Brasil, do tratamento para todas as PVHIV com idade acima de 18 anos, a partir de dezembro de
2013 (BRASIL, 2018). Além disso, a população menor de 18 anos tem peculiaridades no tratamento
e no manejo clínico que tornam seu monitoramento bastante distinto daquele adotado para adultos.
Encontram-se em desenvolvimento indicadores específicos para PVHIV menores de 18 anos, os quais
serão incorporados na próxima versão deste relatório.
Buscando melhora da qualidade das informações geradas nos Relatórios de Monitoramento
Clínico, a partir de agosto de 2016, os bancos de dados analisados passaram a ser preparados com uma
nova metodologia de identificação de duplicidades. Até julho de 2016, era aplicado método de verificação
determinística das duplicidades, utilizando-se as variáveis: nome da PVHIV, nome da mãe da PVHIV
(todos com modificação para caixa alta e retirada dos espaços duplos) e o código do IBGE da cidade de
nascimento, com seis dígitos. Com esse método, eram identificadas, em média, 10% de duplicidades no
banco global de cadastro do Siscel e do Siclom. A partir de agosto, agregou-se a esse procedimento um
segundo passo, que inclui a verificação do cadastro de pessoa física (CPF) da PVHIV, quando preenchido.
Assim, o indivíduo pode ser considerado duplicidade se o conjunto das três variáveis anteriormente
explicitadas for o mesmo ou, então, se o CPF for igual. Com esse novo método, foi possível identificar
19% de duplicidades no banco de cadastro dos dois sistemas. Portanto, alguns números, quando
comparados com publicações anteriores, poderão ter sofrido alguma diminuição, devido à identificação
de um maior número de registros duplicados.
O conceito utilizado, o método de cálculo e as fontes de informações para cada um dos indicadores
incluídos neste relatório estão dispostos no Apêndice 2, Quadro 1.
Esses indicadores foram estratificados por sexo (homens e mulheres), faixa etária (18-24, 25-
39, 40-49, 50-59 e 60+), raça/cor (branca/amarela, negra, indígena e ignorada), escolaridade em anos
de estudo (0-7 anos, 8-11, 12+ e ignorado) e UF de residência.
Vale destacar que, neste documento, as populações branca e amarela foram agrupadas para
análise pelo fato de os dados apresentarem proporções e comportamento muito similares, e, ainda,
pelo número bastante reduzido de indivíduos que se autodeclararam amarelos. Da mesma maneira, de
acordo com o padrão do IBGE, agregaram-se as pessoas autodeclaradas pardas e as autodeclaradas
pretas, e essas foram analisadas como população negra. Além disso, uma vez que em torno de 30% das
PVHIV não tinham informação de raça/cor, esses dados ignorados foram considerados uma categoria à
parte na análise.
Analisaram-se as informações desagregadas por grau de escolaridade (em anos de estudo).
Reconhece-se que o grande volume de PVHIV com informação ignorada pode afetar as conclusões das
análises por essa variável, mas é sabido que o uso da informação está entre as formas de melhorar a
qualidade dos dados.
No que se refere às cascatas de cuidado contínuo, as estimativas foram realizadas considerando-
se as seguintes definições operacionais:

• PVHIV: modelo matemático, elaborado pelo instituto Avenir Health, em cooperação com o
Unaids, e disponibilizado por meio do software Spectrum, disponível em <http://www.unaids.
org/en/dataanalysis/datatools/spectrum-epp> (acesso em 29/06/2019). É importante
destacar que novos parâmetros e hipóteses foram utilizados no modelo matemático de
estimação do número de pessoas vivendo com HIV, o que mudou ligeiramente os números
apresentados quando comparados aos dos anos anteriores.

111
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Diagnosticadas: buscam-se todas as pessoas que fizeram algum exame ou que tiveram
alguma dispensação de medicamentos no ano. A essas, somam-se todas as pessoas que
foram notificadas no Sinan – com HIV nos dez anos anteriores ou com aids nos cinco anos
anteriores – e não apareceram no Siscel, Siclom ou SIM, corrigidas para subnotificação e para
a cobertura de plano de saúde.

• Vinculadas: no ano, são as PVHIV que fizeram pelo menos um exame de CD4 ou carga viral ou
que tiveram pelo menos uma dispensação de antirretrovirais. A cobertura da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) é utilizada para estimar o número de pessoas vinculadas na
rede privada e que não estão em tratamento.

• Retidas: no ano, são as PVHIV que apresentaram pelo menos dois exames de carga viral ou
dois exames de CD4 ou dispensação nos últimos 100 dias do ano. Aqui, também é aplicada a
correção para a rede privada.

•• Em TARV: os indivíduos que tiveram alguma dispensação de ARV nos últimos 100 dias do ano.
Supressão viral: busca-se a última carga viral das PVHIV que estão em TARV há pelo menos
seis meses no ano e verifica-se se esse exame está abaixo de 1.000 cópias/mm³.
Maiores detalhes sobre a elaboração da cascata brasileira podem ser encontrados no “Manual
técnico de elaboração da cascata de cuidado contínuo” (BRASIL, 2017).
A partir deste relatório, o indicador de gap (lacuna) de tratamento foi substituído pela cobertura
de PVHIV em TARV e pessoas sem tratamento na rede pública, definido como a proporção de PVHIV
que fizeram pelo menos um exame de CD4 no ano, com resultado dentro do critério de elegibilidade de
TARV segundo o tempo entre a solicitação do exame de CD4 e a data de início da TARV. Os critérios de
elegibilidade de TARV foram definidos para cada ano, a saber: 2009 a 2012, 350 células/mm³; 2013, 500
células/mm³; e a partir de 2014, tratamento para todos.
Quanto à supressão viral, passou-se a apresentar o ponto de corte de 50 cópias/mL, que, além
de ser o limite de detecção dos testes de CV mais comum durante o período analisado, é o ponto de
corte realmente utilizado na clínica para avaliação da PVHIV. Na análise das metas 90-90-90, foi mantido
o valor de 1.000 cópias/mL, para permitir a comparação internacional. Além disso, foram calculados
indicadores de supressão sustentada, ou seja, a proporção de PVHIV que estavam em TARV há pelo
menos dois anos e que mantiveram CV <50 cópias/mL durante todo esse período.
Neste relatório foram apresentados, também, indicadores de adesão, retenção e abandono
de tratamento. A adesão suficiente foi definida como adesão superior a 80%, conforme ponto de
corte sugerido por estudo de metanálise publicado recentemente (BEZABHE et al., 2016). De forma
complementar, a adesão insuficiente é aquela abaixo de 80%. Essas proporções são calculadas por
meio da duração das dispensações registradas ao Siclom. Indivíduos também foram classificados como
“perda de seguimento”, que inclui aqueles em abandono e aqueles cujo óbito foi registrado no Siclom
ou SIM. Mais especificamente, são definidos como em abandono aqueles que não fizeram nenhuma
retirada de medicamentos nos 100 dias anteriores à data da análise. Esse valor é utilizado porquanto as
PVHIV recebem dispensações para no máximo 90 dias, sendo a maior parte para 30 dias. Por sua vez,
os óbitos são identificados pelo Siclom e pelo SIM (causa básica B20 a B24), sendo o último sistema
responsável pela identificação da maior parte deles. O banco do SIM para 2018 ainda não está disponível
e, por isso, só foram usadas as informações do SIM até 2017 e os óbitos registrados no Siclom; por isso,
a proporção de óbitos é praticamente 0% nos anos mais recentes.
Por fim, para a retenção ao tratamento aos 12, 24 e 60 meses, foi realizada uma análise por coortes
de início de tratamento, conforme usualmente monitorado por outros programas, além de constante em
artigos acadêmicos e recomendado pela OMS (FOX; ROSEN, 2015; WHO, 2015). Em consonância com
o conceito de abandono de tratamento, foram utilizados os 100 dias ao fim do período de seguimento
para a busca dos medicamentos. Assim, pacientes considerados retidos aos 12 meses são aqueles que
tiveram uma dispensação entre 265 e 365 dias após o início da TARV. os retidos aos 24 meses, entre
630 e 730 dias; e os retidos aos 60 meses, entre 1.726 e 1.826 dias.

112
APÊNDICE 2
Quadro 1: Matriz de indicadores do monitoramento clínico das PVHIV
Denominação Conceituação Interpretação/usos Método de cálculo Fontes

Pessoas vivendo Software


Número total estimado de
com HIV – PVHIV Monitorar a prevalência do HIV. Modelo matemático. Spectrum(1)
PVHIV no país.
(cascata) Avenir Health
PVHIV O método detalhado pode ser consultado no Siclom
Número estimado de PVHIV que Monitorar o acesso ao diagnóstico
MINISTÉRIO DA SAÚDE

diagnosticadas “Manual Técnico de Elaboração da Cascata do Siscel


conhecem sua sorologia. do HIV.
(cascata) Cuidado em HIV” (BRASIL, 2017). Sinan
Siclom
PVHIV que, no ano da análise,
O método detalhado pode ser consultado no Siscel
PVHIV vinculadas fizeram algum exame de CD4 Monitorar a vinculação das PVHIV
“Manual Técnico de Elaboração da Cascata do Sinan
(cascata) ou carga viral ou tiveram aos serviços de saúde.
Cuidado em HIV” (BRASIL, 2017). Agência Nacional
dispensação de TARV.
de Saúde (ANS)
PVHIV que, no ano da análise, Siclom
fizeram pelo menos dois exames O método detalhado pode ser consultado no Siscel
PVHIV retidas Monitorar a retenção das PVHIV aos
de CD4 ou carga viral ou tiveram “Manual Técnico de Elaboração da Cascata do Sinan
(cascata) serviços de saúde.
dispensação de TARV nos Cuidado em HIV” (BRASIL, 2017). Agência Nacional
últimos 100 dias do ano. de Saúde (ANS)
Monitorar o número de pacientes

115
PVHIV que, no ano da análise, adultos em TARV, no período Número total de indivíduos com pelo menos
PVHIV em TARV tiveram dispensação de TARV desejado. uma dispensação no Siclom nos últimos 100 dias Siclom
nos últimos 100 dias do ano. Direcionar as ações para melhoria da do ano.
cobertura de TARV.
Monitorar a efetividade da TARV. Siclom
Número e proporção de PVHIV
O método detalhado pode ser consultado no Siscel
Supressão viral que apresentam carga viral Contribuir para o monitoramento “Manual Técnico de Elaboração da Cascata do Sinan
(cascata) suprimida após pelo menos seis da adesão ao tratamento e da Cuidado em HIV” (BRASIL, 2017). Agência Nacional
meses de TARV. resistência. de Saúde (ANS)
Numerador: número de PVHIV virgens de
Monitorar se o diagnóstico se deu
tratamento que, em dado ano, fizeram pela
em tempo oportuno. Quanto maior o
primeira vez um exame de CD4 registrado no
CD4 ao diagnóstico, menor o tempo
Proporção de PVHIV que iniciam de evolução da infecção e melhor o Siscel cujo resultado ficou abaixo de 100 e 200
Proporção de células/mm3. Siscel
seguimento com CD4 abaixo de prognóstico da PVHIV.
diagnóstico tardio Siclom
100 e 200 células/mm3. Denominador: número total de PVHIV virgens
A apresentação tardia ao sistema
de tratamento que, em dado ano, fizeram pela
de saúde é um indicativo de falha no
primeira vez um exame de CD4 registrado ao
acesso ao diagnóstico.
Siscel.
(continua)
(continuação)

Denominação Conceituação Interpretação/usos Método de cálculo Fontes


Numerador:
Até 2013: PVHIV que realizaram pelo menos um
exame de CD4 no ano e que eram elegíveis para
TARV, segundo início de TARV em menos de um
Até 2013: proporção de mês, entre 2 e 3 meses, entre 4 e 6 meses, mais
indivíduos adultos HIV+ em
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Monitorar o número de PVHIV que de seis meses depois da solicitação do exame


seguimento laboratorial no não iniciaram terapia antirretroviral. ou que não tinham nenhuma dispensação
SUS, elegíveis à TARV pelo Estimar a falta de acesso à TARV. registrada ao Siclom.
protocolo clínico vigente por sua Contribuir no direcionamento das
contagem de CD4, segundo o ações para melhoria da cobertura de A partir de 2014: PVHIV que realizaram pelo
Cobertura de tempo que levaram para o início menos um exame de CD4 no ano, segundo
TARV. Siscel
tratamento e da TARV. início de TARV em menos de um mês, entre Siclom
tempo para início 2 e 3 meses, entre 4 e 6 meses, mais de seis
Obs.: refere-se apenas aos indivíduos
da TARV meses depois da solicitação do exame ou que
em seguimento laboratorial no ano e
aos indivíduos que nunca entraram não tinham nenhuma dispensação registrada
em terapia, não sendo contabilizados ao Siclom.
aqueles em abandono de tratamento. Denominador:
A partir de 2014: proporção
de indivíduos adultos HIV+ em Até 2013: PVHIV que realizaram pelo menos
seguimento laboratorial no um exame de CD4 no ano e que eram elegíveis

116
SUS, por sua contagem de CD4, para TARV.
segundo o tempo que levaram
A partir de 2014: PVHIV que realizaram pelo
para o início da TARV.
menos um exame de CD4 no ano.
Numerador: número de PVHIV que tiveram
resultado do exame de CD4 realizado até 6
Proporção dos indivíduos meses antes do início da TARV, nas faixas de
que iniciaram TARV por Monitorar se o início da TARV se <200, 200-349, 350-499 e 500+, segundo ano
CD4 ao início de de início de tratamento. Siscel
ano, segundo valor do dá de forma tardia ou conforme o
tratamento Sicom
CD4 (agrupado em quatro preconizado. Denominador: número total de PVHIV que
categorias). realizaram um exame de CD4 em até 6 meses
antes do início da TARV, segundo ano de início de
tratamento.
Tempo, em dias, entre a data da Monitorar a oportunidade do acesso à
solicitação do primeiro exame TARV na rede pública.
Tempo entre o Número de dias calculados entre a data da Siscel
de CD4 registrado no Siscel e a Monitorar a implementação das
primeiro CD4 e o primeira dispensação e a data da solicitação do Siclom
data da primeira dispensação recomendações de tratamento
início da TARV primeiro exame de CD4.
registrada no Siclom, por ano de para todos, independentemente da
início da TARV. contagem de CD4.
Número de adultos HIV+, Monitorar o número de novos Número de indivíduos HIV+ (total e com 18+
PVHIV que
virgens de tratamento, que pacientes adultos em TARV, a cada anos) com primeira dispensação identificada no Siclom
iniciaram TARV
iniciam TARV por ano. mês ou a cada período desejado. Siclom, no ano.
(continua)
(continuação)

Denominação Conceituação Interpretação/usos Método de cálculo Fontes

Distribuição das PVHIV adultas Numerador: número de PVHIV com 18 anos ou


Monitorar em que proporção os primeiros mais que iniciaram TARV no período, segundo o
Esquema de de 18 anos e mais, que iniciaram
esquemas de tratamento da TARV primeiro esquema dispensado.
tratamento ao TARV no período analisado, Siclom
dispensados seguem as recomendações
início da TARV segundo o primeiro esquema
vigentes em cada ano. Denominador: número de PVHIV com 18 anos ou
dispensado.
MINISTÉRIO DA SAÚDE

mais que iniciaram TARV no período.

Numerador: número de PVHIV com 18 anos ou


Distribuição das PVHIV adultas Monitorar quais esquemas de mais que estavam em TARV no período, segundo
Esquema de de 18 anos e mais, em TARV tratamento estão sendo utilizados o esquema dispensado.
tratamento das no período analisado, segundo pelas PVHIV em TARV, e se estes estão Siclom
PVHIV em TARV o esquema que está sendo de acordo com as recomendações
Denominador: número de PVHIV com 18 anos ou
utilizado. vigentes em cada ano.
mais que estavam em TARV no período.

Monitorar se as PVHIV em seguimento Numerador: número de PVHIV elegíveis(2) de 18


laboratorial no SUS (isto é, com exames anos ou mais que realizaram pelo menos um CD4,
Cobertura de Proporção de PVHIV elegíveis(2) de CD4 e/ou CV), elegíveis para terapia, segundo o tempo para início de TARV (ou que não
PVHIV em TARV de 18 anos ou mais segundo o estão entrando oportunamente em a iniciaram), por ano do primeiro CD4 realizado.
tratamento. Siscel

117
e pessoas sem tempo para início de TARV (ou
Siclom
tratamento na que não a iniciaram), por ano do Monitorar a implementação das
rede pública primeiro CD4 realizado. recomendações de tratamento Denominador: número de PVHIV de 18 anos ou
para todos, independentemente da mais que realizaram pelo menos um CD4, por ano
contagem de CD4. do primeiro CD4 realizado.

Numerador: número de PVHIV em TARV (i.e.,


com pelo menos uma dispensação nos 100
dias anteriores à análise) e cuja adesão está
acima de 80%. A adesão é calculada em
função da data das duas últimas dispensações
PVHIV em TARV e da duração da dispensação: duração da
PVHIV em TARV com adesão Monitorar o nível de adesão das PVHIV
com adesão dispensação / (data da última dispensação - Siclom
maior ou igual a 80%. em TARV.
suficiente data da penúltima dispensação).

Denominador: número de PVHIV em TARV (i.e.,


com pelo menos uma dispensação nos 100 dias
anteriores à análise).

(continua)
(continuação)

Denominação Conceituação Interpretação/usos Método de cálculo Fontes

Numerador: número de PVHIV em TARV (i.e.,


com pelo menos uma dispensação nos 100 dias
anteriores à análise) e cuja adesão está abaixo
de 80%. A adesão é calculada em função da data
PVHIV em TARV das duas últimas dispensações e da duração da
PVHIV em TARV com adesão Monitorar o nível de adesão das dispensação: duração da dispensação / (data Siclom
com adesão
MINISTÉRIO DA SAÚDE

menor que 80%. PVHIV em TARV. da última dispensação - data da penúltima


insuficiente
dispensação).
Denominador: número de PVHIV em TARV (i.e.,
com pelo menos uma dispensação nos 100 dias
anteriores à análise).
Numerador: número de PVHIV com pelo menos
uma dispensação no ano e que se encontravam
em perda de seguimento, ou seja, não tiveram
PVHIV em nenhuma dispensação nos últimos 100 dias
abandono de PVHIV em abandono de TARV. Monitorar o abandono da terapia. do ano ou tiveram seus óbitos registrados no Siclom
TARV Siclom e/ou e no SIM

Denominador: número de PVHIV que tiveram

118
pelo menos uma dispensação no ano

Numerador: número de indivíduos que estão


em TARV (i.e., pelo menos uma dispensação
nos 100 dias anteriores à data da análise) aos
Proporção de PVHIV que se Monitorar a retenção das PVHIV à
12, 24 e 60 meses após a data do início, por ano
Retenção em TARV mantêm retidas à terapia 12, 24 e terapia, de forma prospectiva, 1, 2 e Siclom
de início da terapia.
60 meses após o início. 5 anos após o início da TARV.
Denominador: número de indivíduos que
iniciaram terapia em determinado ano.

Numerador: PVHIV com 18 anos e mais em


TARV (com dispensação nos últimos 100 dias
da mensuração) e que tiveram resultado do
exame de CV após pelo menos 6 meses do início
Número e proporção de PVHIV Monitorar a efetividade da TARV. do tratamento com valor inferior a 50 ou 1.000
Supressão viral
que apresentam carga viral cópias/mL. Siscel
(dos indivíduos em Contribuir para o monitoramento de
suprimida após pelo menos seis Siclom
TARV) adesão ao tratamento e resistência.
meses de TARV. Denominador: PVHIV com 18 anos e mais em
TARV há pelo menos 2 anos (com dispensação
nos últimos 100 dias da mensuração) e que
fizeram pelo menos 2 exames de CV após pelo
menos 6 meses do início do tratamento.
(continua)
(conclusão)

Denominação Conceituação Interpretação/usos Método de cálculo Fontes

Numerador: PVHIV com 18 anos e mais em


TARV (com dispensação nos últimos 100 dias
da mensuração) e que tiveram resultado do
Proporção de PVHIV que exame de CV após pelo menos 6 meses do início
Supressão viral do tratamento com valor inferior a 50 ou 1.000
apresentam carga viral
sustentada (dos Monitorar a efetividade da TARV no cópias/mL. Siscel
MINISTÉRIO DA SAÚDE

suprimida por dois anos


indivíduos em longo prazo. Siclom
consecutivos, após pelo menos Denominador: PVHIV com 18 anos e mais em
TARV)
seis meses de TARV. TARV (com dispensação nos últimos 100 dias da
mensuração) e que tiveram resultado do exame
de CV após pelo menos 6 meses do início do
tratamento.
Numerador: número de crianças que tiveram pelo
menos dois exames de carga viral realizados no
Monitorar a evolução da transmissão período de 18 meses após o nascimento, sendo o
Proporção de crianças de até
vertical, por meio de proxy. valor de pelo menos dois deles superior a 5.000
18 meses identificadas como
Crianças expostas cópias/mL, por local e ano de nascimento(3).
infectadas pelo HIV e que Monitorar se as ações de prevenção Siscel
pelo HIV que foram
estão em acompanhamento da transmissão vertical do HIV estão Denominador: número de crianças com até 18 Siclom
infectadas
no serviço público, por ano de sendo tomadas em tempo oportuno. meses que fizeram pelo menos dois exames
nascimento. de carga viral no serviço público de saúde e que

119
estão em acompanhamento no Siscel, por local e
ano de nascimento.
Numerador: número de dispensações de
Distribuição das dispensações Monitorar a proporção de cada tipo esquemas de PEP para indivíduos expostos à
PEP por tipo de PEP por tipo de exposição no de exposição à infecção pelo HIV que infecção pelo HIV, por tipo de exposição, no ano. Siclom
período analisado(4). levou os indivíduos a buscarem PEP.
Denominador: número total de dispensações de
PEP, no ano.
Numerador: número de dispensações de
esquemas de PEP por exposição sexual ocasional,
Distribuição das dispensações para indivíduos expostos à infecção pelo HIV, por
de PEP por exposição sexual tipo de população, no período analisado.
PEP sexual por Monitorar quais populações estão
ocasional, segundo o tipo Siclom
população utilizando a PEP sexual. Denominador: número de dispensações de
de população, no período
analisado(5). esquemas de PEP por exposição sexual
ocasional, para indivíduos expostos à infecção
pelo HIV, no período analisado.
Notas:
(1) Adaptado de MAHIANE et al., 2017.
(2) Definidas como aquelas que fizeram pelo menos um exame de CD4 com resultado dentro do critério de elegibilidade de TARV definido para cada ano: 2009-2012 = 350 células/mm3; 2013 = 500 células/mm3; e 2014-2018 = tratamento para todos.
(3) Consideradas as crianças com até 18 meses que realizaram pelo menos uma carga viral no serviço público de saúde e que estão em acompanhamento no Siscel.
(4) Tipos de exposição: 1) ocupacional; 2) violência sexual; 3) exposição sexual ocasional; 4) reprodução assistida; 5) outros.
(5) Tipos de população: 1) gays e outros homens que fazem sexo com homens; 2) pessoas que usam álcool e outras drogas; 3) profissionais do sexo; 4) pessoas transexuais; 5) outras populações.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE

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