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Prevencao

da
BOLE
INFO TIM
Violencia Domestica
TRIM RMATIV

NÚMERO
ESTR O
AL 8 Out-Dez
2010

IV Plano Nacional contra a Violência Doméstica (2011-2013)

O Governo aprovou, na reunião da Presidência de Conselho de Ministros de 25


Novembro de 2010, o IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica, após
consulta pública.
Observatório das Mulheres
Assassinadas da UMAR De entre as 50 medidas constantes do Plano destacam-se a promoção do
envolvimento dos Municípios na prevenção e combate à violência doméstica; o
Segundo os dados do desenvolvimento de acções para a promoção de novas masculinidades e novas
Observatório de Mulheres feminilidades; a distinção e divulgação de boas práticas empresariais no
Assassinadas da UMAR,
aumentou em 2010 o número combate à violência doméstica; a implementação do rastreio nacional de
de mulheres assassinadas violência doméstica junto de mulheres grávidas; a implementação de programas
por violência doméstica e de uma intervenção estruturada para agressores; o alargamento a todo o
de género em relação ao território nacional da utilização da vigilância electrónica; e a criação do
ano anterior. Em 2009, de
acordo com dados ainda mapa de risco geo-referenciado do percurso das vítimas.
provisórios, 29 mulheres
foram assassinadas e em O Plano prevê que sejam implementadas medidas em torno das seguintes cinco
2010 esse número subiu áreas estratégicas de intervenção:
para 39. As tentativas de
homicídio também subiram, i. Informar, sensibilizar e educar;
de 28 em 2009 para 37 no ii. Proteger as vítimas e promover a integração social;
ano seguinte. iii. Prevenir a reincidência - intervenção com agressores;
Os homicidas, na maioria iv. Qualificar os profissionais;
dos casos em concordância
com os anos anteriores, v. Investigar e monitorizar.
continuam a ser os homens
com quem as mulheres, à A selecção destas áreas desenvolve as prioridades previstas no programa do
data, mantinham uma Governo, que preconiza o combate à violência doméstica em três domínios
relação de intimidade
(64%). Seguido do grupo fundamentais: i) na vertente jurídico-penal; ii) na protecção integrada das
dos homens de quem elas já vítimas e, iii) na prevenção da violência doméstica e de género.
se tinham separado, ou
mesmo obtido o divórcio Fonte: www.portugal.gov.pt
(20%). Enquanto 11% dos
crimes de homicídio de
mulheres são resultantes
da violência intra- Violência Doméstica contra as mulheres-sondagem Europeia
familiar, 8% vítimas de
descendentes directos e 3%
de outros familiares. A Eurobarómetro realizou uma sondagem à opinião pública da União Europeia para
avaliar a percepção acerca da violência contra as mulheres. Entre Fevereiro e
Fonte:
Março de 2010 foram entrevistados 26.800 cidadãos nos 27 Países Membros da
www.umarfeminismos.org
União Europeia. Esta sondagem segue-se a uma anterior realizada em 1999 nos 15
Países Membros à data.

O Relatório “Domestic Violence against Women” foi publicado no final de


Setembro de 2010. Este resultou da sondagem do Eurobarómetro, que forneceu
informação sócio-demográfica detalhada ajudando a compreender a forma como os
diferentes grupos da sociedade europeia vêem a problemática da violência
contra as mulheres. Por outro lado, permitiu uma análise comparativa dos
resultados das respostas e a sua evolução entre os dois estudos, na última
década. 1/2
Segundo os resultados deste Estudo obtidos em Portugal, a maioria dos inquiridos ouviu falar de violência
doméstica contra as mulheres na televisão (96%), seguido de nas revistas ou jornais e através de amigos
(ambos com 33%). A maioria considera que a violência doméstica contra as mulheres é comum em Portugal
(86%), referindo a violência física (78%) como a mais grave. Quando questionados quanto às causas da
problemática, apontaram o alcoolismo e o consumo de drogas como as principais (ambos com 94%) e 88%
referiram que na sua opinião a violência contra as mulheres é inaceitável e deve ser punida por lei. Em
relação às instituições, organizações ou pessoas que devem ajudar vítimas de violência doméstica,
Serviços Sociais e, família e amigos aparecem como os mais assinalados com 97%, seguido da Polícia e
Serviços de Saúde com 96%. A nível de legislação, a maioria dos inquiridos afirma que existem leis
específicas em Portugal em relação ao apoio social das vítimas e à punição de agressores (ambos com 75%).
Apesar das respostas não apresentarem diferenças significativas, o Ensinar aos jovens o respeito mútuo
(99%) seguida da aplicação mais dura das leis existentes e, leis mais rígidas (98%, cada um) são apontadas
como as formas mais úteis para combater a violência doméstica contra as mulheres. Quanto à experiência
indirecta, a maioria respondeu que não conhecia nenhuma mulher que tenha sido vítima de qualquer forma de
violência doméstica, tanto no círculo de amigos e família (76%), como no seu bairro/vizinhança (77%) e
onde trabalha ou estuda (86%). Também a maioria não conhecia ninguém que tenha submetido uma mulher a
qualquer forma de violência doméstica, igualmente em todos os locais atrás referidos (78%, 74% e 90%).
Os números referentes a Portugal são bastante similares à média dos resultados obtidos nos restantes
países da União Europeia.

Fonte: http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/eb_special_359_340_en.htm

Seminário “Prevenção e Detecção de Maus Tratos a Crianças e Idosos”

No dia 26 de Novembro de 2010 teve lugar na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto
Politécnico de Castelo Branco o Seminário e Workshops subordinados ao tema “Prevenção e Detecção de Maus
Tratos a Crianças e Idosos”. Esta iniciativa foi desenvolvida pela ADIBB no âmbito do projecto
“REconhecer para DEfender-contra a Violência Doméstica. Estiveram presentes vários especialistas que
debateram e informaram os presentes acerca das problemáticas dos maus tratos a crianças e idosos.
O Seminário iniciou por volta das 10h30 com os representantes das entidades convidadas para a Sessão de
Abertura: Sr. César Fatela do Abrigo de São José - Obra de Socorro Familiar e ADIBB; Dr. Vítor Pinheira da
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias e a Professora Madalena Ribeiro da Escola Superior de Artes
Aplicadas.
Os trabalhos iniciaram às 11h00 com a moderadora da mesa Dra. Clara Ramos, Chefe da Divisão da Acção Social
da Câmara Municipal do Fundão e o prelector Dr. Paulo Peixoto do Centro de Estudos Sociais da Universidade
de Coimbra, que apresentou as principais conclusões do Estudo “Percepção da Violência Doméstica no
Distrito de Castelo Branco” realizado pelo Centro de Estudos para a ADIBB.
Seguiu-se a Dra. Lurdes Vicente do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco que falou sobre os maus
tratos a crianças e a sua experiência enquanto Pediatra no Núcleo Hospitalar de Apoio à Criança e Jovem em
Risco.
A última intervenção da manhã ficou a cargo da Dra. Joana Abrantes do Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra
da APAV, que apresentou a problemática dos maus tratos a pessoas idosas e o trabalho desenvolvido por esta
entidade no combate ao mesmo.

Na parte da tarde retomaram-se os trabalhos às 15h00, com dois Workshops que decorreram em simultâneo, um
sobre maus tratos a crianças e jovens que ficou a cargo da Dra. Ana Isabel Sani da Universidade Fernando
Pessoa e outro sobre maus tratos a pessoas idosas que foi dirigido pela Dra. Ana João Santos da
Universidade do Minho. Os worshops terminaram às 17h30, sendo de seguida apresentadas as conclusões pelos
relatores presentes em cada workshop, o Dr. Marco Domingues, Director Técnico da Casa de Infância e
Juventude de Castelo Branco, que expôs as principais ideias discutidas no workshop “Prevenção e Detecção
de Maus Tratos em Crianças e Jovens” e a Dra. Marta Tonel, Directora Técnica do Lar Major Rato, que
apresentou um resumo do workshop “Prevenção e Detecção de Maus Tratos em pessoas Idosas”. Os trabalhos
deram-se por encerrados aproximadamente às 18h00.

O feedback recebido dos participantes revelou que gostaram da discussão das temáticas apresentadas e
referiram que deviam ser desenvolvidas mais iniciativas destas no Distrito, pois neste território ainda
existe um grande défice de formação para técnicos, principalmente com temas relacionados com a violência
doméstica.

Projecto promovido pela ADIBB-Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Baixa e co-financiado pela União Europeia e pelo Estado Português, no âmbito
da Tipologia 7.3 do POPH do QREN, tendo como entidade intermediária a CIG-Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

CONTACTO ADIBB:

Rua João Franco, 59 6230-363 Fundão ‫׀‬ Tel: 275 771 734 ‫׀‬ Fax: 275 771 732 ‫׀‬ C. Elect.: redevd.adibb@mail.telepac.pt

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