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SOBRE O ENCONTRO DA LUZ E ESPAÇO

Todas as visões são construções. Tive uma visão.

Primeiro vi o espaço sem luz e sem escuridão.


Surgiu um ponto de luz e simultaneamente surgiu a escuridão onde havia espaço.
A luz se amplia e toma uma forma incompleta. Simultaneamente, impulsionada pela
incompletude da luz, onde havia escuridão surgem formas que completam a forma da luz, já
não há escuridão, já não há espaço, embora o espaço ainda esteja lá.
As formas que surgem são voláteis, e dissolvem assim como surgiram.
A luz agora tem nova forma, porém também forma incompleta.
A luz incompleta se amplia e simultaneamente, impulsionada pela incompletude da luz, onde
havia escuridão surgem novas formas que completam a forma da luz, já não há escuridão, já
não há espaço, embora o espaço ainda esteja lá.
Um dia a luz ver sua incompletude.
Um dia a luz ver a dissolução das formas voláteis que parecem a ela completar.
Um dia a luz ver a escuridão.
Um dia a luz ver o espaço.
Diante dessa visão a luz se reconhece como espaço, mas continua sendo luz, e como luz
incompleta continua a impulsionar formas. Formas que embora dando sustentação e
completude volátil a luz, apontam para o espaço não volátil e incessantemente presente.

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