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COMO VER O BUDA 
 
Posso encontrar buda fora de mim? 
Se ele estiver fora de mim, só o verei através das janelas dos sentidos, neste caso buda será 
como todos os enganos dos sentidos. 
Posso encontrar buda dentro de mim? 
Se ele estiver dentro de mim, só o verei através da percepção e sensações do “eu”, neste caso 
buda será como todos os enganos do auto‐centramento. 
Onde quer que buda surja ele será um engano, ainda assim ele revela‐se em todo surgimento. 
Talvez então se veja buda através do eu, através do outro e todos os surgimentos. 
Todos os surgimentos são coemergente com o surgimento do “eu”. 
O encontro do “eu” é um caminho interior, pois de todas as experiências de surgimento a mais 
intima é a experiência do surgimento do “eu”. 
Contemplando o surgimento do “eu”, dependente, impermanente e condicionado, vejo a 
inseparatividade do interno e do externo. 
Contemplando a incessante possibilidade do surgimento do “eu”, coemergente com todos os 
fenômenos, mas ao mesmo tempo livre da manifestação condicionada, contemplo a natureza 
livre. 
Contemplando a natureza livre incessantemente disponível, não nascida, e por isso livre, 
contemplo o buda. 
A ação não condicionada, não autocentrada, e movida pela compaixão pela vida manifestada 
em todos os seres, é emanação do buda. 
 
Todos os ensinamentos, métodos, e práticas que despertam a mente búdica dela 
mesmo surgem. 
 
      
 
 
 
 
 
 
 

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