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DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
LEGISLAÇÃO BÁSICA DA PM
MAIO/2020
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UNIDADE DIDÁTICA 01
“Art. 42. São servidores militares federais os integrantes das Forças Armadas e
servidores militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal os integrantes de
suas polícias militares e de seus corpos de bombeiros militares.”
“Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
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§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na
organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
Segundo Morais (2003) esta vedação é “em face das funções a eles [militares]
cometidas pela Constituição Federal, relacionadas a tutela da liberdade, da integridade
física e da propriedade do cidadão. Nesse sentido, pode-se concluir que por serem os
militares responsáveis pela preservação da ordem pública, estes estão proibidos de
realizarem greve, tendo em vista a insegurança pública que poderia resultar diante tal ato.
CONCEITOS BÁSICOS
ESTATUTO DA PMAL
Referência
Lei nº 5346, de 26 de maio de 1992.
Finalidade
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Estado de Alagoas, denominados Policiais Militares. Os policiais militares encontram-se
em uma das seguintes situações: na ativa ou na inatividade.
Com efeito, o Art 5º diz que carreira policial militar é caracterizada pela atividade
continuada e devotada às finalidades da Corporação. Destaque para:
§ 1º A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa.
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de Oficial da
Polícia Militar.
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CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA
SUBTENENTE
SUBTENENTE 1º SARGENTO
SARGENTOS 2º SARGENTO
PRACAS GRADUAÇÕES 3º SARGENTO
CABOS CABOS
SOLDADOS SOLDADOS
A violação dos deveres e das obrigações militares é tão grave quanto mais
elevado for o grau hierárquico de quem a cometer e se constituirão quando da prática de
crime, de contravenção e de transgressão disciplinar, de modo que no concurso de crime
militar e de transgressão disciplinar, considerar-se-á a violação mais grave.
A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou na falta
de exatidão no cumprimento dos mesmos, acarretará para o policial militar
responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, de conformidade com a
legislação específica ou peculiar.
Assim, observadas as disposições contidas no Art. 33, §1º e §2º, Art. 34, Art.
35, §1º e §2º, Art. 36, Art. 37, §1º, §2º e §3º e Art. 38, §1º e §2º, do Estatuto, combinados
com o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas, aprovado pelo
Decreto nº 37.042, de 06 de novembro de 1996, além da Lei n° 1001, de 21 de outubro de
1969; Lei nº 4.000, de 19 de dezembro de 1978; Lei nº 4.218, de 05 de dezembro de 1980
e Lei nº 9.299, de 07 de agosto de 1996.
Parágrafo Único: Os crimes de que trata este artigo (Art. 9º, do CPM),
quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da Justiça
Comum (conforme alteração na Lei nº 9.299, de 07 de agosto de 1996).
I – Férias (Art. 90, §1º, §2º e §3º, Art. 91, I, II e III, §1º, A, B e C, §2º, §3º, §4º,
A e B e §5º e Art. 92, §1º, §2º e §3º, do Estatuto): O período de férias anual é um
afastamento temporário do serviço, obrigatoriamente concedido aos policiais militares
para descanso, a partir do último mês do ano a que se refere e usufruído no ano seguinte.
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Os policiais militares têm direito por ano de serviço, ao gozo de trinta (30)
dias de férias remuneradas com pelo menos 1/3 (um terço) a mais da remuneração
correspondente ao período e paga até a data do início do período de repouso.
O período de férias não gozado por motivo de necessidade do serviço, mas
que o policial militar já tenha recebido a remuneração correspondente pelo menos 1/3 (um
terço), poderá ser contado em dobro, até o ano de 1998.
III – Trânsito e Instalação (Art. 95, Parágrafo Único e Art. 96, do Estatuto):
Trânsito é o período de afastamento total do serviço, concedido ao policial militar cuja
movimentação implique, obrigatoriamente, em mudança de guarnição ou para frequentar
cursos ou estágio fora do Estado; destina-se aos preparativos decorrentes dessa
mudança.
Os períodos concedidos relativos a trânsito são previstos em
regulamentação própria.
Instalação é o período de tempo concedido ao policial militar para fixar
residência, no limite máximo de (05) cinco dias, independentemente de ter gozado
trânsito.
As Licenças
Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em caráter
temporário, concedida ao policial militar, e pode ser:
I – Licença Especial (Art. 97, I e Art. 98, §1º, §2º, §3º, §4º, §5º, §6º e §7º, do
Estatuto): é o afastamento do serviço, relativo a cada quinquênio de efetivo serviço
prestado à Corporação, concedido pelo Comandante Geral da Polícia Militar ao policial
militar que a requerer, sem que implique em qualquer restrição para a sua carreira.
Tem duração de 03 (três) meses, será gozada de uma só vez, a critério do
interessado pode ser suspensa a qualquer época, não interrompe a contagem de tempo
de efetivo serviço.
II – Licença trato de Interesse Particular (Art. 97, II e Art. 99, §1º, §2º, §3º e
§4º, do Estatuto): é concedida, sempre com prejuízo da remuneração e do tempo de
efetivo serviço, pelo Comandante Geral da Polícia Militar, desde que o país não se
encontre em estado de defesa ou de sítio, ao policial militar que conte com 10 (dez) anos
ou mais de efetivo serviço e faça requerimento.
Tem duração de 02 (dois) anos contínuos ou não e após se completar o
prazo não se poderá obter nova licença.
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A pedido do interessado pode ser suspensa a qualquer época do período do
gozo, bem como, haverá suspensão ex-officio em caso de o país entrar em estado de
defesa ou de sítio e ainda para cumprimento de sentença que importe em restrição da
liberdade individual.
IV – Licença para Tratamento de Saúde Própria (Art. 97, IV e Art. 101, §1º e
§2º, do Estatuto): é concedida pelo Comandante Geral da Polícia Militar, ex-officio, ao
policial militar, mediante inspeção de saúde e terá duração de 30 (trinta) dias, podendo
ser prorrogada por iguais períodos.
Inicia-se no momento em que médico (se for civil, necessita homologar) ou
Junta Policial Militar de Saúde julgar o PM incapaz temporariamente para o serviço.
VII – Licença para Acompanhar o Cônjuge (Art. 97, VII e Art. 104, §1º, §2º,
§3º e §4º, do Estatuto): é obtida pelo policial militar cujo cônjuge seja mandado servir ou
frequentar curso fora do Estado. Quando de sua concessão o PM agregará.
Assim, também sendo policial militar o cônjuge do PM e o afastamento se
dando para curso de interesse da Corporação, a licença será sem prejuízo da
remuneração e do tempo de efetivo serviço.
No caso de ser policial militar o cônjuge do PM e o afastamento se der por
outros motivos que não curso de interesse da Corporação ou na hipótese de não ser
policial militar o cônjuge do PM, a licença será com prejuízo da remuneração e do tempo
de efetivo serviço.
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As Diversas Situações do Policial Militar
II – Desertor (Art. 41, I e II e Art. 42, §1º, §2º, §3º e §4º, I, II, III e IV, do
Estatuto): Considera-se assim o PM que por mais de 08 dias consecutivos deixa de
comparecer à sua OPM sem comunicar o motivo do impedimento ou afasta-se sem
licença, da OPM onde serve ou do local onde deva permanecer. (Redação dada pela Lei
nº 5.751, de 28/11/1995).
Tal situação acarreta uma interrupção do serviço ativo, a qual é
caracterizada após o cumprimento das formalidades legais, de forma que o desertor é
posto na condição de agregado, se oficial ou praça com estabilidade.
Passados seis meses de agregação, do oficial ou da praça com
estabilidade assegurada, em não havendo captura ou apresentação voluntária antes
deste prazo, dar-se-á a demissão (oficial) ou a exclusão (praça com estabilidade
assegurada). Por outro lado, em havendo a deserção de praça sem estabilidade
assegurada esta será automaticamente excluída após oficialmente declarada desertora.
Em caso de o desertor vir a ser capturado (oficial ou praça – com ou sem
estabilidade assegurada) ou de se apresentar voluntariamente, será submetido à
inspeção de saúde, nos termos seguintes:
a. Se julgado apto e não tenha sido excluído ou demitido, será submetido a
processo pelo Conselho competente.
b. Se julgado apto e já tiver sido demitido ou excluído, será readmitido ou
reincluído, agregado e responderá ao processo.
c. Se julgado incapaz definitivamente e não tenha sido demitido ou
excluído, se oficial, responderá a processo, se praça com estabilidade, será excluída e
isenta de processo.
d. Se julgado incapaz definitivamente e já tiver sido demitido ou excluído,
se oficial, responderá a processo, se praça ficará isenta do mesmo.
Como se vê, a deserção implica em uma série de consequências jurídicas,
vez que é crime militar e por isto sujeita o PM a um licenciamento da Corporação, a uma
prisão, a um processo penal e até a uma condenação. O rito a ser seguido nos casos de
deserção é objeto de Manual próprio, aprovado pela Portaria nº 039-CG-EMG, de 25 de
outubro de 1996.
III – Desaparecido (Art. 43, Parágrafo Único e Art. 46, Parágrafo Único, do
Estatuto): É o PM da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, viagem, operações
policiais militares ou em caso de calamidade pública, tiver seu paradeiro ignorado por
mais de 08 dias. Esta situação só será considerada se não houver indícios de deserção.
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IV – Extraviado (Art. 44, Art. 45, §1º e §2º e Art. 46, Parágrafo Único, do
Estatuto): O PM que permanecer desaparecido por mais de 30 dias será oficialmente
considerado extraviado e, a partir desta data, agregado.
Tal situação acarreta uma interrupção do serviço ativo, de modo que são
adotados os seguintes procedimentos:
a. Declaração de falecimento, quando o extravio for decorrente de
naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes oficialmente
reconhecidos.
b. Desligamento do serviço ativo, se passados seis (06) meses de
agregação por este motivo.
O reaparecimento do policial militar considerado desaparecido ou
extraviado, já desligado do serviço ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação
enquanto se apura as causas que deram origem ao afastamento.
O policial militar reaparecido será submetido a sindicância por decisão do
Comandante Geral da Polícia Militar, se assim julgar necessário.
V – Agregado (Art. 80, Art. 81, I, II, III, IV, V e VI, §1º e §2º, Art. 82, I, II, III, IV,
V, VI, VII, VIII, IX e X, §1º e §2º, Art. 83, Art. 84 e Art. 85, do Estatuto):
A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa fica
temporariamente afastado do exercício do cargo no âmbito da Corporação,
permanecendo no lugar em que lhe competir na escala hierárquica de seu Quadro ou
Qualificação, com a anotação esclarecedora da situação da abreviatura Ag.
O policial militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e
remuneração, à Organização Policial Militar que lhe for designado, continuando a figurar
no respectivo registro, sem número, no lugar que até então ocupava.
1) Não abre vaga para fins de promoção (Redação dada pela Lei n.º
6.150, de 11/05/2000).
2) Faz-se por ato do Comandante Geral da Polícia Militar (Redação
dada pela Lei nº 5.358, de 01/07/1992).
3) Sujeita o policial militar às obrigações disciplinares concernentes as
suas relações com outros militares e autoridades civis, salvo quando o titular de cargo que
lhe dê precedência funcional sobre outros militares mais graduados ou mais antigos.
10) Ter sido julgado incapaz temporariamente, após noventa (90) dias
contínuos ou não, no período de cento e oitenta (180) dias de licença para tratamento de
saúde.
11) Ter entrado de licença para tratar de assunto particular.
12) Ter entrado de licença para acompanhar tratamento de pessoa da
família, a partir das prorrogações.
13) Ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo
de reforma.
14) Ter sido considerado oficialmente extraviado.
15) Ter sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade assegurada.
16) Como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido
capturado e reincluído a fim de se ver processar.
17) Ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a seis (06)
meses em sentença transitado em julgado, enquanto durar a execução da mesma, exceto
se concedida a suspensão condicional.
18) Ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,
graduação, cargo ou função prevista no Código Penal Militar.
19) Ter entrado de licença para acompanhamento de cônjuge nos casos
previstos nos §§ 2º e 4º do Art. 104 deste Estatuto.
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A reversão do policial militar se faz por ato do Comandante Geral da Polícia
Militar.
VII – Excedente (Art. 88, I, II, III, IV, V e VI, §1º, §2º, §3º e §4º, do Estatuto):
É a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial militar que:
a. Havendo sido revertido, esteja completo o efetivo do quadro ou
qualificação a que pertença.
b. Tenha sido promovido por bravura, sem haver vaga, neste caso
ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o princípio de promoção a ser seguido para a
vaga seguinte.
c. Sendo mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapasse o
efetivo de seu quadro, em virtude de promoção de outro policial militar em ressarcimento
de preterição ou retorno ao serviço, aos termos do Art. 57, do estatuto.
O policial militar cuja situação é de excedente, ocupa posição relativa à
sua antiguidade na escala hierárquica, com a abreviatura "excd", e receberá o número
que lhe competir, em consequência da primeira vaga que se verificar.
O excedente é considerado, para todos os efeitos, como em serviço, e
concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem nenhuma
restrição, a qualquer cargo policial militar, bem como a promoção.
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UNIDADE DIDÁTICA 03
Finalidade
Conceituação de Hierarquia
Conceituação de Disciplina
Parte Disciplinar
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policial militar. O signatário deste tipo de documento, ao elaborá-lo, deve ter em mente o
seguinte:
Quanto ao policial militar sobre quem é narrado o fato, este sempre será:
1) De posto ou graduação igual à do signatário e de menor antiguidade.
2) De posto ou graduação inferior à do signatário.
Quanto à Solução da Parte (Art. 17, Art. 18 e Art. 19, parágrafo único do
RDPMAL):
7) A autoridade que receber Parte, não tendo competência disciplinar sobre
o transgressor, deve encaminhá-la ao seu superior imediato.
8) Nos casos de participação de ocorrência com policial militar de OPM
diversa daquela a que pertence o signatário da Parte, deve este, direta ou indiretamente,
ser notificado da solução dada, no prazo máximo de quinze dias úteis.
9) A solução de Parte será dada no prazo de quatro dias úteis, depois de
conferido ao transgressor o direito de defesa a que se refere o art. 78, do RDPMAL.
10) Quando a solução depender de resultado de exames médicos ou
perícias a que for submetido o transgressor, e não for possível cumprir o prazo
estabelecido neste artigo, a solução será proferida nos dois dias úteis subseqüentes ao
recebimento dos exames e/ou perícias.
Comunicação Disciplinar
Quanto a Comunicação (Art. 22, § 1.º e § 2.º e Art. 23, § 1.º e § 2.º, do
RDPMAL):
1) A Comunicação deve ser dirigida ao comandante da OPM a que
pertence o superior hierárquico, no prazo de dois dias úteis, contados da observação do
fato. Se o transgressor da disciplina for o comandante da OPM, a Comunicação será, no
mesmo prazo, dirigida ao seu comandante imediato.
a) Na condição de prazo prevista neste artigo, o signatário da
Comunicação remeterá cópia da mesma à autoridade nela referida, para o devido
conhecimento.
b) O comunicante deve ser afastado da subordinação direta da
autoridade contra quem formulou a Comunicação, se for o caso. Deve, no entanto, ser
mantido na localidade onde serve, salvo a existência de fatos que contra-indiquem a sua
permanência na mesma.
2) Não terá cabimento a Comunicação quando o ato ou fato de indisciplina
for presenciado por autoridade superior a do transgressor.
a) Transcorrido o prazo regulamentar, sem que seja apresentada a
Parte pela autoridade superior, fica automaticamente restabelecido o direito de
Comunicação, nos dois dias úteis subsequentes, ao policial militar de maior posto ou
graduação que, sendo inferior ao transgressor na escala hierárquica, presenciou a
ocorrência.
b) O direito de Comunicação a que se refere o parágrafo anterior será
exclusivo do policial militar que, por gesto de indisciplina praticado por superior
hierárquico, venha a ter, de qualquer forma, a sua dignidade pessoal afetada.
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c. Fumar em lugar ou ocasiões onde isso seja vedado, ou quando se dirigir ao
superior.
d. Não se apresentar a superior hierárquico ou de sua presença retirar-se, sem
obediência às normas regulamentares.
e. Usar, quando uniformizado, jóias e outros adereços que prejudiquem a
apresentação pessoal, penteados exagerados, perucas, maquilagens excessivas, unhas
demasiadamente longas ou com esmalte extravagante.
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O Policial Militar responsável pelo julgamento da Transgressão Disciplinar,
conforme determina o Art. 34, do RDPMAL, deverá previamente, para melhor formar seu
juízo de valor, fazer um exame e uma análise da transgressão, que considerem:
II - Os antecedentes do transgressor.
VI - As causas que as justifiquem (Art. 35, I, II, III, IV, V, VI, § 1.º, § 2.º e § 3.º,
do RDPMAL);
VIII - As circunstâncias que as agravem (Art. 37, I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, A,
B, C, D, E, F e G, § 1.º e § 2.º, do RDPMAL);
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2) Deve ser dosada quando ocorrerem circunstâncias atenuantes e
agravantes.
3) Os limites máximos previstos para a detenção e a prisão, conforme o
estabelecido no n.º IV do Art. 73, do RDPMAL, podem ser agravados para até trinta dias.
4) Por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma
punição.
5) Quando a simultaneidade de transgressões resultar de desígnios
autônomos, a cada uma deve ser imposta a punição correspondente. Em caso de
conexão, aplicasse-lhe a punição disciplinar correspondente à transgressão mais grave,
sendo consideradas as demais como agravantes da principal.
6) Sobrevindo sanção disciplinar de detenção ou de prisão por fato
posterior ao início do cumprimento da punição, far-se-á a unificação, desprezando-se,
para esse fim, o período de punição já cumprido. Hipótese em que o punido, mesmo que
da unificação resulte período superior, só cumprirá o limite de trinta dias.
Note-se que nos termos do Art. 58, do RDPMAL, quando uma
autoridade, ao julgar uma transgressão, concluir que a punição a aplicar está além do
limite máximo que lhe é autorizado, cabe à mesma, por escrito, expor os motivos e por fim
solicitar à autoridade superior, com ação disciplinar sobre o transgressor, a aplicação da
punição devida.
Por outro lado, é necessário também destacar que, conforme Art. 59, do
RDPMAL, a punição máxima que cada autoridade referida no Art. 11, do RDPMAL pode
aplicar, acha-se especificada no *quadro seguinte:
Classificação do Comportamento
De acordo com o disposto no Art. 75, I, II, III, IV e V, § 1.º, § 2.º e § 3.º, do
RDPMAL, observe-se o seguinte:
I – O comportamento das praças espelha o seu procedimento civil e policial
militar, e deve ser classificado nas seguintes categorias: excepcional, ótimo, bom,
insuficiente e mau.
II – Ao ser incluída na Polícia Militar, a praça será classificada no
comportamento “BOM”.
III – A melhoria e a degradação necessariamente devem ser publicadas em
Boletim e são da competência do Comandante Geral e dos Comandantes de OPM.
IV – A punição de advertência não é considerada para efeito de classificação
de comportamento.
Melhoria do Comportamento
Degradação do Comportamento
A degradação de comportamento nos termos do Art. 77, I, II, III, IV, V e VI, §
1.º e § 2.º, do RDPMAL, é automática e ocorrerá, nas condições e prazos seguintes:
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IV – Do bom para o insuficiente, quando a praça, no período de um ano, for
punida pela prática de até duas transgressões disciplinares classificadas como graves.
V – Do bom para o mau, quando a praça, no período de um ano, for punida
pela prática de mais de duas transgressões disciplinares classificadas como graves.
VI – Do insuficiente para o mau, quando a praça, no período de um ano, for
punida pela prática de mais de duas transgressões disciplinares classificadas como
graves.
Cancelamento de Punições
Tratado no Art. 95, § 1.º, I e II, Art. 96 e Art. 97, Parágrafo Único, do RDPMAL,
o Cancelamento de Punição é o direito conferido ao policial militar de ter cancelada a
averbação de punição e outras notas a ela relacionadas, em suas alterações.
Será conferido, mediante requerimento, ao policial militar que tenha
completado cinco anos de efetivo serviço sem que haja sofrido qualquer punição
disciplinar, inclusive a de advertência.
Anula todos os efeitos dela decorrentes, passando, inclusive, a contagem de
tempo para classificação de comportamento à data da última punição sofrida, anterior à
cancelada.
A solução de requerimento de cancelamento de punição é da competência do
Comandante da OPM a que pertence o interessado.
Destarte, todas as anotações relacionadas com as punições canceladas devem
ser tingidas de maneira que não seja possível a sua leitura. Na margem onde for feito o
cancelamento, deve ser anotado o número e a data do Boletim da autoridade que
concedeu o cancelamento, sendo esta anotação rubricada pela autoridade competente
para assinar as folhas de alterações.
Nas OPM onde a ficha disciplinar for informatizada, o espaço onde constava as
anotações da punição ficará em branco, devendo ser registrado, em local próprio, o
número e a data do Boletim em que publicou o cancelamento.
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Recompensas Militares
(Art. 98, Art. 99, I, II e III e Art. 100, Parágrafo Único)
O Elogio (Art. 99, I, Art. 101, I, § 1.º, § 2.º, § 3.º e § 4.º, do RDPMAL): Pode
ser individual ou coletivo.
Individual: Coloca em relevo as qualidades morais e profissionais,
somente poderá ser formulado a policiais militares que se hajam
destacado do resto da coletividade no desempenho de ato de serviço ou
ação meritória.
Os aspectos principais que devem ser abordados
são os referentes ao caráter, à coragem e desprendimento, à
inteligência, às condutas civil e policial militar, às culturas profissional e
geral, à capacidade como instrutor, à capacidade como comandante e
como administrador, e à capacidade física.
Só serão registrados nos assentamentos dos
policiais militares os elogios individuais obtidos no desempenho de
funções próprias a policia militar e concedidos por autoridades com
atribuição para fazê-lo.
Coletivo: Visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de policiais militares
ou fração de tropa ao cumprir destacadamente uma determinada missão.
Quando a autoridade que elogiar não dispuser de Boletim para a publicação, deve
ser feita, mediante solicitação escrita, no Boletim da autoridade imediatamente superior.
As Dispensas do Serviço, como recompensas, (Art. 99, II, Art. 102, I e II, §
1.º, § 2.º e § 3.º, do RDPMAL): Podem ser: dispensa total do serviço, que
isenta de todos os trabalhos da OPM, inclusive os de instrução e dispensa
parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos, que devem ser
especificados na própria concessão.
A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de oito dias e não deve
ultrapassar o total de dezesseis dias, no decorrer de um ano civil.
Esta dispensa não invalida o direito de férias. Para ser gozada fora da sede, fica
subordinada às mesmas regras de concessão de férias.
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É regulada por períodos de 24 horas, contados de Boletim a Boletim. A sua
publicação deve ser feita, no mínimo 24 horas antes do seu início, salvo motivo de força
maior.
Não justificam a ausência do serviço para o qual o policial militar está ou for
escalado e nem da instrução a que deva comparecer.
NOTA
Da Ampliação, Restrição e Anulação (Art. 104, do RDPMAL): São competentes
para anular, restringir ou ampliar as recompensas concedidas por si ou por seus
subordinados, as autoridades especificadas no Art. 11, do RDPMAL, devendo esta
decisão ser justificada em Boletim (Art. 104, do RDPMAL). O afastamento total do serviço,
bem como o seu gozo fora da guarnição,.
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UNIDADE DIDÁTICA 04
Do Comando
O Art. 3º trata do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Alagoas
que é constituído pelo Comandante Geral, Subcomandante Geral, Alto Comando,
Estado Maior Geral, Diretorias e Ajudância Geral, cabendo aos respectivos titulares
responsabilidades pelos atos praticados, na esfera de suas competências.
A cadeia de comando se caracteriza pelo escalonamento vertical dos
órgãos, a partir do Comandante Geral até o grupamento policial militar, onde, por meio
desse canal, estende-se do superior ao subordinado.
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O cargo de Comandante Geral poderá também, excepcionalmente, ser
exercido por Oficial do Exército, de posto correspondente ao último da escala
hierárquica da corporação, por período nunca superior a dois anos.
Art. 2º O efetivo global fixado no art. 1º desta Lei será distribuído nos graus
hierárquicos previstos nos quadros e qualificações da Polícia Militar do Estado de
Alagoas, do seguinte modo:
I – Quadro de Oficiais: constituído de 998 (novecentos e noventa e oito)
oficiais distribuídos nos seguintes quadros:
...
II – Quadro de Praças: constituído de 11.167 (onze mil, cento e sessenta e
sete) praças distribuídos nas seguintes:
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...
Art. 5º Ficam extintos o Quadro de Oficiais Especialistas em
Motomecanização e o Quadro de Oficiais Especialistas em Comunicação e passa a ser
denominado Quadro de Oficiais Músicos (QOM) o Quadro de Oficiais Especialistas
Músicos.
Parágrafo único. Os oficiais existentes no Quadro de Oficiais Especialistas
Músicos passam a integrar o Quadro de Oficiais Músicos e aqueles existentes nos
quadros extintos por esta Lei passam a integrar o Quadro de Oficiais de Administração,
sem prejuízo de suas antiguidades.
...
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Continuação Lei nº 6.399 de 15 de agosto de 2003.
Da Organização Básica
Da Estrutura Geral
Art. 59. A Policia Militar está estruturada organizacionalmente no modelo Estado
Maior Misto do seguinte modo:
Órgãos de Direção: composto pelos Órgãos de direção geral e setorial
que realizam o Comando e a administração da corporação, incumbindo-se do
planejamento em geral, visando a organização, as necessidades de pessoal e material a
ao emprego da corporação para o cumprimento de sua missão constitucional, acionado
por meio de diretrizes, planos e ordens os órgãos de apoio e de execução. Exemplos:
Comando Geral, EMG, DP, DF, DAL, DE, DS e outros.
Órgãos de Apoio: atende as necessidades em pessoal e material a
toda corporação, realizando a atividade meio e atuando no cumprimento das diretrizes,
planos e ordens, provenientes dos órgãos de direção, que planejam, coordenam,
controlam e fiscalizam suas atuações. Exemplos: CAS, APM, CFAP, DEFD, CSMMI,
CSMO, CMH, Gabinete Militar do Governador, AMALE, AMTJ e outros.
Órgãos de Execução: cumprem a destinação constitucional da
instituição, executando as diversas modalidades de policiamento, em conformidade com
as diretrizes, planos e ordens emanados dos órgãos de direção. Exemplos: CPC, CPI,
CPAI, unidades e subunidades independentes.
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UNIDADE DIDÁTICA 05
As normas que tratam para promoção de oficiais e praças foram aprovadas através
dos seguintes dispositivos legais:
Lei nº 6.514 de 23 de setembro de 2004, a qual foi regulamentada pelo Decreto nº
2.356 de 17 de dezembro de 2004;
Lei nº 6.544 de 21 de dezembro de 2004;
Lei nº 7.656, de 10 de setembro de 2014;
Lei nº 8.209, de 04 de dezembro de 2019.
Critérios de Promoção
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constarão os nomes de todos os Oficiais que satisfaçam os requisitos para
inclusão nos Quadros de Acesso.
Antiguidade: A Promoção por Antiguidade é aquela que se baseia na
precedência temporal do militar sobre os demais de igual posto ou
graduação dentro de um mesmo quadro ou qualificação.
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c) ser detentor do Curso de Formação Complementar para Praças, se
incluído nas fileiras da Corporação antes da promulgação desta Lei;
d) gozar de sanidade física e mental;
e) estar apto fisicamente;
f) estar no Comportamento Bom;
g) não estar respondendo a processo administrativo disciplinar por falta
atentatória ao sentimento do dever, ao decoro e ao pundonor militar;
h) não estar preso preventivamente ou em flagrante delito;
i) não estar cumprindo pena restritiva de liberdade transitada em
julgado, inclusive no caso de suspensão condicional da pena;
j) não estar em gozo de licença para tratamento de interesse particular;
k) não estar condenado à suspensão do exercício da graduação, cargo
ou função, prevista no Código Penal Militar, durante o prazo de sua suspensão; e
l) não se encontrar na situação de desaparecido, extraviado ou
desertor.
Promoção a 3º Sargento:
a) ser Cabo por tempo igual ou superior há 5 (cinco) anos;
b) possuir formação intelectual igual, equivalente ou superior ao ensino
médio;
c) gozar de sanidade física e mental;
d) estar apto fisicamente;
e) estar no Comportamento Bom;
f) não estar respondendo a processo administrativo disciplinar por falta
atentatória ao sentimento do dever, ao decoro e ao pundonor militar;
g) não estar preso preventivamente ou em flagrante delito;
h) não estar cumprindo pena restritiva de liberdade transitada em
julgado, inclusive no caso de suspensão condicional da pena;
i) não estar em gozo de licença para tratamento de interesse particular;
j) não estar condenado à suspensão do exercício da graduação, cargo
ou função, prevista no Código Penal Militar, durante o prazo de sua suspensão; e
k) não se encontrar na situação de desaparecido, extraviado ou
desertor.
Art. 9º As promoções serão realizadas por ato do Comandante-Geral,
com base em propostas apresentadas pela Comissão de Promoção de Oficiais e Praças,
órgão responsável pelo processamento das mesmas.
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Promoção a 2º Sargento
IV – Promoção a Subtenente:
a) 1/2 (um meio) por Merecimento; e
b) 1/2 (um meio) por Antiguidade. (...)
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critérios e as condições que asseguram aos oficiais e praças da ativa da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas acesso na hierarquia militar.
O acesso ao primeiro posto no Quadro de Oficiais Especialistas Capelães e
Assistentes Sociais (QOE) dar-se-á entre concursados, após conclusão com
aproveitamento em Estágio de Adaptação de Oficiais (EAO), preenchidas as demais
exigências da Lei a que se refere este artigo.
A matrícula no Curso de Habilitação de Oficiais será efetuada pelo critério de
antiguidade, obedecidas as demais exigências da Lei que institui o Sistema de Ensino
Militar, respeitando o limite de vagas fixado para o respectivo curso.
Os concluintes do Curso de Habilitação de Oficiais que alcançarem classificação
dentro do número de vagas existentes no seu Quadro serão promovidos ao primeiro
posto, por ato do Chefe do Executivo Estadual, na data do encerramento do curso. O
acesso ao primeiro posto para os remanescentes fica condicionado à existência de vagas
no Quadro, obedecida à ordem de classificação intelectual obtida no curso e demais
exigências da Lei de Promoções de Oficiais e Praças.
O Curso de Habilitação de Oficiais, necessariamente, será realizado em Academia
de Polícia Militar ou Bombeiro Militar e o militar promovido nas condições estabelecidas
nesta Lei, estará apto a galgar progressivamente as demais graduações e postos da sua
qualificação, desde que preenchidos os requisitos a elas inerentes.
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Os casos de morte por ferimento, doença, moléstia ou enfermidade
referidas neste artigo serão comprovados por atestado de origem, inquérito sanitário de
origem, sendo os termos do acidente, baixa em hospital, papeletas de tratamento em
enfermarias e hospitais e os registros de baixa, utilizados como meios subsidiários para
esclarecer a situação. No caso de falecimento do militar, a promoção por bravura exclui a
promoção “post-mortem” que resultaria das consequências do ato de bravura.
Condições Básicas
a. Interstício.
b. Teste de Aptidão Física.
c. Inspeção de Saúde.
d. Comportamento “BOM” para as Praças.
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e. Exame de suficiência artístico-musical para os militares músicos.
f. Ter concluído com aproveitamento, até a data prevista para a promoção,
curso que habilite ao desempenho do cargo ou funções próprias do posto ou graduação
imediatamente superior:
Curso de Formação de Praças - 3º Sargento e 2º Sargento;
Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - 1º Sargento e Subtenente;
Curso de Formação Complementar de Praça (Cb e 3º Sgt).
Art. 31. (Lei 6514). As promoções serão efetuadas, anualmente, por Merecimento,
Escolha e Antiguidade, exclusivamente nas seguintes datas:
I – Polícia Militar – dias 3 de fevereiro e 25 de agosto;
II – Corpo de Bombeiros Militar – dias 26 de maio e 29 de novembro.
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UNIDADE DIDÁTICA 06
Uniformes na PMAL
Referências
REFERÊNCIAS
Indicadas ao longo de cada Unidade Temática.
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