Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTRUMENTAÇÃO
Condicionadores de sinais – Parte I
Sensores Resistivos
Termorresisitores
Definições
Tipos de erros
Elementos normalmente empregados em
condicionamento de sinais
Medidas de resistências
• 2 fios
• 3 fios
• 4 fios
Prof. Valdir Melero Jr
vmjunior@maua.br
CONDICIONADORES DE SINAIS
São dispositivos usados para mudar
(adequar ou compatibilizar) a forma ou
o valor do sinal
A maioria dos sensores necessitam de
condicionamento de sinal para que o
dispositivo de aquisição de dados efetue
a medição de forma eficaz e exata
2
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
RUÍDO
Trata-se de um sinal indesejável, constituído por
3
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO NO ZERO
É a componente constante do desvio,
4
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO DE AMPLITUDE NA FAIXA NOMINAL
É a diferença entre o HREAL e o HIDEAL do conversor,
5
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO DEVIDO À LINEARIDADE
Desvio do sinal de saída da característica linear
ideal
6
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO DEVIDO À RESOLUÇÃO
Causado pela impossibilidade do conversor
7
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO DEVIDO À FASE
Causado pela diferença entre os ângulos de saída e
de entrada do sinal
8
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DEVIDO À TEMPERATURA
Causado pela mudança da temperatura ambiente
9
TIPOS DE ERROS COMUMENTE
INTRODUZIDOS
DESVIO DEVIDO AO EFEITO DE CARGA
Causado pela impedância da carga (normalmente
10
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
AMPLIFICAÇÃO
Os amplificadores aumentam o nível de tensão
ISOLAÇÃO
Os dispositivos com isolação passam o sinal da
fonte para o dispositivo de medição sem uma
conexão física
São utilizadas técnicas como, por exemplo: por
equipamentos de instrumentação
12
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
FILTRAGEM
Rejeitam ruídos indesejados dentro de uma
determinada faixa de frequência
Em instrumentação, normalmente são os filtros
passa-baixa, usados para bloquear ruídos de alta
frequência (incluindo 60 Hz)
13
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
EXCITAÇÃO
É necessária para muitos tipos de transdutores,
por exemplo: strain-gages, acelerômetros,
termistores e medidores de temperatura por
resistência (RTDs)
14
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
LINEARIZAÇÃO
É necessária quando os sensores produzem sinais
de tensão que não estão linearmente relacionados
com a medição física
Pode ser implementado por hardware e/ou
software
O Termopar é um exemplo clássico de um sensor
que requer linearização
15
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
16
ELEMENTOS NORMALMENTE EMPREGADOS EM
CONDICIONAMENTO DE SINAIS
17
MEDIDA DE RTD
RTD - Resistance Temperature Detector
Esse tipo de sensor não entrega na
sua saída um sinal elétrico do tipo
tensão ou corrente
Então deve ser convertido
adequadamente para ser lido, por
exemplo, por um conversor A/D
Sensores com resistências de platina:
19
MEDIDA DE RTD
RTD - Resistance Temperature Detector
o valor de α é a inclinacao media de 0 °C a 100 °C
tanto a inclinação quanto o valor absoluto são pequenos
devem ser considerarmos as resistências dos fios de
acoplamento (unidades até dezenas de Ohms)
20
MEDIDA DE RTD
RTD - Resistance Temperature Detector
uma pequena impedância do fio pode contribuir com erro
significativo na medição
uma impedância de 10 implica em erro de 10/0,385 ≅
26 °C na medição
até mesmo o coeficiente de temperatura do fio-guia (de
acoplamento) pode contribuir com um erro mensurável
SOLUÇÃO: utilizar Ponte de Wheatstone
21
PONTE DE WHEATSTONE
A tensão de saída da ponte é uma indicação indireta
da resistência do RTD
A ponte exige:
quatro fios de conexão: dois para alimentação e mais dois
para a medida da tensão
uma fonte externa
três resistores com coeficiente de temperatura próximo de
zero
um par de fios de extensão
(para o sensor)
22
PONTE DE WHEATSTONE
Conversão Resistência para Tensão
Equação geral:
23
PONTE DE WHEATSTONE
Caso particular – Ponte equilibrada
Vo = 0 V1 = V2
24
PONTE DE WHEATSTONE
Resposta Vo x Rx
admitindo três resistores de iguais valores R
o quarto resistor R1 = RX
RX com pequena variação próxima à R Rx = R + R
R pode ser positivo ou negativo
Voltando à equação geral:
25
PONTE DE WHEATSTONE
Observa-se que, a princípio, a variação de Vo com
R não é linear
26
PONTE DE WHEATSTONE
Se for admitida a condição: ∆𝑹 ≪ 𝑹
28
LIGAÇÃO A DOIS FIOS
No equilíbrio:
Se R2=R4:
29
PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO
LIGAÇÃO A TRÊS FIOS - I
Configuração comumente empregada na indústria
Nesta configuração RL1 será considerada em outro braço da ponte,
compensando o circuito
Diferentemente da configuração a dois fios, onde as resistências da
linha estavam em série com o sensor
30
LIGAÇÃO A TRÊS FIOS - I
No equilíbrio e admitindo R2=R4:
32
PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO
LIGAÇÃO A QUATRO FIOS
Uma fonte de corrente (I) alimenta a termorresistência
Um voltímetro (com alta resistência de entrada) pode efetuar a medida
de tensão diretamente sobre a termorresistência
A corrente no circuito é mantida constante, independente da
resistência da fiação de conexão
33
PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO
LIGAÇÃO A QUATRO FIOS
Essa configuração é pouco utilizada na indústria, pois o RTD deve ser
especial (alta potência)
Aplicação mais frequente em laboratório
34
EXERCÍCIOS GERAIS
1) Considere o esquema da figura anexa, conhecendo a tensão
de alimentação (Vcc), a tensão medida (Vg) e a resistência
R2, pede-se:
a) Calcular a resistência do RTD (R1), admitindo ponte desequilibrada,
R3=R4 e desprezando as perdas RL1 e RL2;
b) Nas condições do item anterior, calcule R1 considerando as perdas nos
fios de conexões simétricos (RL1=RL2=RL);
c) Admitindo que o valor real do RTD seja de 200 , RL = 1 ; R2= 100
e Vcc=+6 V, calcule o erro de medição, caso seja utilizada a equação
obtida no item (a).
Respostas:
35
EXERCÍCIOS GERAIS
2) A ponte ilustrada é utilizada em laboratório para
medir a resistência desconhecida R1. Admita que
R2, R3 e R4 sejam reostatos. Ajustes para levar a
ponte ao equilíbrio indicaram que os valores das
resistências são R1=12Ω, R2=6,0 Ω e R3=2,0 Ω.
a) determine R4;
b) qual o valor da corrente
elétrica no gerador (Ig), se
sua resistência interna (r)
vale 0,2Ω?
36
EXERCÍCIOS GERAIS
3) Fechando-se a chave K no circuito esquematizado
abaixo, determine o valor de Rx, de modo que o
galvanômetro G não acuse corrente.
37
EXERCÍCIOS GERAIS
4) Uma maneira de se determinar indiretamente a velocidade do vento é medir o
seu efeito em algum processo físico. Por exemplo, a taxa com que um objeto
aquecido resfria-se depende da velocidade do vento ao qual ele é exposto. No
intuito de idealizar um anemômetro (instrumento capaz de medir a velocidade
do vento) sem partes móveis, considere que um condutor de níquel-cromo
aquecido pela passagem de corrente elétrica, como mostrado no circuito da
figura a seguir, seja exposto ao vento. Para cada valor de velocidade do vento,
existe um valor da resistência R3 que torna nula a diferença de potencial entre
os pontos A e B. Dessa forma, pode-se associar o valor de R3 à velocidade do
vento a ser medida, permitindo a determinação desta. Para que esse
instrumento possa ser utilizado, ele é submetido a uma regulagem prévia,
chamada de calibração, em que o valor de R3 é ajustado de forma a se obter
diferença de potencial nula entre os pontos A e B na condição de temperatura
ambiente conhecida e ausência de vento. Considerando que, na situação acima,
R1=10 Ω, R2=20 Ω e a calibração do anemômetro tenha sido feita em um dia
quente e, sabendo-se ainda, que a resistência de um condutor aumenta com a
elevação da sua temperatura, julgue os itens abaixo quanto às suas veracidades:
38
EXERCÍCIOS GERAIS
a) Se, em uma determinada situação, a resistência do condutor de níquel-cromo for
igual a 3Ω, então, para que não haja diferença de potencial entre os pontos A e B,
a resistência R3 deverá ser ajustada para o valor de 6 Ω
b) Em um dia frio, o anemômetro proposto medirá uma velocidade do vento acima
do seu valor real.
c) Para que o anemômetro funcione corretamente, R3 deve ser uma função
crescente da velocidade do vento.
d) Se a resistência do condutor de níquel-cromo em uma determinada situação for
de 2 Ω, e a diferença de potencial entre os pontos A e B for nula, então a
resistência equivalente do circuito medida a partir dos pontos C e D será maior
que 6 Ω.
39
EXERCÍCIOS GERAIS
5) Alguns tipos de sensores piezorresistivos podem ser usados na confecção
de sensores de pressão, baseados em pontes de Wheatstone. Suponha que
o resistor Rx do circuito da figura seja um piezorresistor com variação de
resistência dada por Rx=k.P+10 , sendo P a pressão. Usando este
piezorresistor na construção de um sensor para medir pressões na faixa de
0,10 atm a 1,0 atm, assinale a faixa de valores do resistor R1 (mínimo e
máximo) para que a ponte de Wheatstone seja balanceada.
São dados: R2= 20Ω, R3=15Ω, k=2,0.10-4 Ω/Pa.
40
EXERCÍCIOS GERAIS
6) O circuito apresentado está sendo utilizado para determinar a temperatura de
óleo em um reservatório, no qual está inserido um resistor de fio de tungstênio
RT. O resistor variável R é ajustado automaticamente de modo a manter a ponte
sempre em equilíbrio, passando de 4,00 Ω (situação anterior) para 2,00 Ω
(situação atual). Sabendo que a resistência varia linearmente com a
temperatura e que o coeficiente linear de temperatura para o tungstênio vale
α= 4,00 x 10-3 °C-1, calcule a variação da temperatura do óleo.
41
REFERÊNCIAS
Pazoz, Fernando. Automação de Sistemas &
Robótica. Axel Books.
Omega. Manual de Referência Técnica de
Temperatura.
Thomazini, Daniel; Albuquerque, Pedro. Sensores
industriais – Fundamentos e Aplicações. 4 ed., Érica.
42