Você está na página 1de 35

Cálculo III – Cálculo Vetorial

Professora: Viviana Cocco Mariani


DELT/UFPR
Reflexão
Se você está deprimido,
Você está vivendo no passado.

Se você está ansioso,


Você está vivendo no futuro.

Se você está em paz,


Você está vivendo no momento presente.

(Lao Tzu)
Sumário

 Funções Vetoriais de Várias Variáveis


 Campos Escalares
 Campos Vetoriais
 Gradiente
 Derivada Direcional
Funções Vetoriais de Várias Variáveis
Reais/Campos Vetoriais

Linhas de fluxo em um canal, o


fluido corre mais rápido a medida
que o canal se estreita

Vetores velocidade de um escoamento ao


redor de um aerofólio de avião

Viviana Cocco Mariani


Funções Vetoriais de Várias
Variáveis Reais/Campos Vetoriais

5
Funções Vetoriais de Várias
Variáveis Reais

 Se F é uma função vetorial dada pelas


variáveis (x, y e z) pode ser expressa como:

F(x,y,z) = f1(x,y,z)i+f2(x,y,z)j+f3(x,y,z)k

onde f1, f2 e f3 são funções escalares.


 Significado físico e geométrico de F interpretamos F(X)
como um vetor aplicado em X onde F é um campo
vetorial.
 Limite, continuidade e derivadas parciais são obtidas
de forma análoga a funções escalares de várias var.
Exemplo 1
Se F(x,y) = xi+ sqrt(1-x2-y2)j é uma função
vetorial, qual o seu domínio?

Então seu domínio é dado por x2+y21.


Logo o domínio de F é o círculo unitário centrado
na origem.
Exemplo 2

Seja F = y2i+zcos(x)j+zsen(x)k
(a) Descreva a curva obtida fazendo y=0 e z=3.

Com y = 0 e z = 3 temos
F = 3cos(x)j + 3sen(x)k que descreve uma
circunferência de raio 3 no plano yz, a variável
x pode ser interpretada como o parâmetro t
como vimos na aula passada.
Exemplo 2

Seja F = y2i + zcos(x)j + zsen(x)k


(b) Represente nesta curva a derivada parcial
com relação a x no ponto P = (/6, 0, 3).

F/x = (0, -zsen(x), zcos(x)) em P temos


F/x = (0, -3sen(/6), 3cos(/6))=
F/x = -1,5j + 1,5sqrt(3)k = -1,5j+2,6k
Vetor tangente a circunferência de raio 3 do
item (a) em P.
Solução exemplo 2
z

-1,5j+2,6k
Exemplo 3

Seja F(x,y) = (xcos(y),xsen(y),4-x2)


para 0 x2, 0y2.
Determine as curvas fazendo
(a) x = sqrt(2) e
(b) y = /4
Solução exemplo 3
(a) Se x = sqrt(2) tem-se:
F = (sqrt(2)cos(y),sqrt(2)sen(y),2) p/ 0  y  2;
tem-se uma curva representada por uma
circunferência de raio sqrt(2) centrada em (0,0,2)
isto é no plano z = 2.
(b) Se y = /4 tem-se: F =
(sqrt(2)x/2,sqrt(2)x/2,4-x2) p/ 0  x  2; temos a
componente x = y logo z = 4-x2 (temos um plano
y=x e um parabolóide) a curva (o hodógrafo) é a
parábola intersecção do plano e o parabolóide.
Solução exemplo 3
Exemplo 4

Seja F(x,y) = (xcos(y),xsen(y),4-x2)


para 0 x2, 0y2.

Determine as derivadas parciais em


x = sqrt(2) e y = /4 e represente-os
geometricamente junto com as curvas.
Solução exemplo 4

F/x = (cos(y),sen(y),-2x)
F/y = (-xsen(y),xcos(y),0)

F/x = (sqrt(2)/2, sqrt(2)/2,-2sqrt(2))


= (0,7;0,7;-2,8)

F/y = (-1,1,0)
Desenhe estes vetores junto das curvas
Campos Escalares e Vetoriais

Dada uma região de um espaço a cada ponto


pertencente a esta região podemos associar um
escalar ou um vetor.

 Um corpo sólido ou fluido podemos associar a cada


ponto uma temperatura (campo escalar).
 A cada partícula presente em um fluido podemos
associar uma velocidade (campo vetorial).

Um campo escalar é definido por uma função escalar


e um campo vetorial por uma função vetorial.
Campo Escalar
Se f é uma função escalar definida em um
domínio D a cada ponto do domínio
associa-se um escalar f(P). A região D
juntamente com cada f(P) respectivo forma
um campo escalar (uma superfície).

 Função distância d = sqrt(x2 + y2 + z2)


 Função temperatura, pressão, propriedades
térmicas de um material (k, , cp, )
Campo Escalar
Campo Escalar
Campo de Temperaturas (Isotermas)
Campo Vetorial
Se F é uma função vetorial definida em um
domínio D a cada ponto do domínio
associa-se um vetor F(P). A região D
juntamente com cada vetor F(P) constitui
um campo vetorial.
Exemplo 5

Represente geometricamente o campo


vetorial F(x,y) = j

Campo vetorial constante, associa a


cada ponto (x,y) do R2 o vetor j = (0, 1)
aplicado em (x,y).
Gradiente de um Campo Escalar
Operador Nabla (Operador Diferencial)

O gradiente de uma função escalar f(x,y,z) é um


VETOR (campo vetorial) denotado por grad(f) e é
definido por

f= grad(f) = (f/x, f/y, f/z)


Gradiente de um Campo Escalar
 Seja S uma superfície de nível de f através de um
ponto P. Se grad(f) é não nulo em P, então o vetor
gradiente é perpendicular a S em P.

 O vetor gradiente aponta na direção em que f


cresce mais rapidamente.

 O comprimento do vetor gradiente é a taxa


máxima de crescimento de f (o módulo do
gradiente).
Exemplo 6

Encontre o campo gradiente das


funções (escalares):

a) f(x,y,z) = ln(xyz)
b) f(x,y,z) = cos(x2 + y2 + z2)
Derivada Direcional de um
Campo Escalar

• O cálculo da derivada direcional nos auxilia a


escolher a direção que devemos nos deslocar em
uma função crescendo ou decrescendo-a.
• Dado um campo escalar f e escolhido um ponto P e
uma direção dada por um vetor unitário, u.
Du(f) = =grad(f).u

• A derivada direcional de f em P em uma direção


dada unitária u expressa quanto a função cresce se
andarmos uma unidade naquela direção.
Derivada Direcional de um
Campo Vetorial
 Considere um campo vetorial F = (F1,F2,F3),
um ponto P deste espaço vetorial e um
vetor unitário u em uma dada direção em P.
 Logo a derivada direcional de F em P na
direção de u = (u1,u2,u3) é dada por (matriz
Jacobiana):
Exemplo 7

 Um alpinista vai escalar uma montanha


cujo formato se aproxima de z=25-x2-y2
com z  0. Partindo de P(4,3,0)
 Determine a trajetória r(t) que ele deverá
descrever supondo que busque sempre a
direção de maior aclive.

 Solução: próximo slide


Exemplo 7
A direção de maior aclive é dada pelo grad(f) = (-2x,-
2y). Vamos pensar a projeção da trajetória r(t) sobre o
plano xy em t = 0; logo o vetor gradiente é tangente à
projeção da trajetória isto é r’(t)=grad(f) logo

(dx/dt,dy/dt)=(-2x,-2y) 
dx/dt=-2x;x(t) = C1e-2t;  x(0)=4  x(t)= 4e-2t
dy/dt = -2y; y(t)=C2e-2t; y(0)=3  y(t)= 3e-2t

Logo a trajetória é dada por r(t)=(4e-2t, 3e-2t,25-25e-4t)


Exercícios
1) Represente graficamente os seguintes
campos vetoriais

(A) F(x,y) = xi+yj (campo radial)


(B) F(x,y) = xi
(C) F(x,y,z) = xi + yj + zk
(D) F(x,y) = (x, y/2)
Exercícios

2) Suponha que a temperatura em um ponto (x,y,z) do


espaço é dada por x2+y2+z2. Um partícula P se move de
modo que no tempo t a sua posição é dada por (t, t2, t3).
(A) Identifique a função escalar que nos dá a
temperatura em um ponto qualquer do espaço.
(B) Identifique a função vetorial que descreverá o
movimento da partícula P.
(C) Determine a temperatura no ponto ocupado pela
partícula em t = ½.
Exercícios

3) Encontre e esboce o campo gradiente das


funções (escalares):
a) f(x,y,z) = xyz

b) f(x,y,z) = sen(x2 + y2 + z2)

c) f(x,y) = x+y
Exercícios
4) Calcule a derivada direcional dos
campos escalares. Ilustre
a) f(x,y)=x2+y2 em P(2,1) na direção de v =
(-1,2).
b) f(x,y,z)=x2+y2-2z2 em P(1,2,2) na direção
de v = (1,2,2).
c) f(x,y,z)=5x2-6xy+z em P(-1,1,0) na
direção de v=(2,-5,2).
Exercícios
5) Seja T(x,y,z)=10-x2-y2-z2 um campo de
temperatura. Uma partícula estando no
ponto P(2,3,5) quer esquentar-se o mais
rápido possível.
 Outra partícula no ponto B(0,-1,0) quer
esfriar-se o mais rápido possível. Qual a
direção e sentido que ambas devem tomar?
 Qual a taxa (módulo – medida) máxima de
crescimento da temperatura em P e qual a
taxa máxima de decrescimento da
temperatura em B?
Exercícios

6) Calcule a derivada direcional de


F=(ex,ey,ez) no ponto P(1, 2, 2) na direção do
vetor (2, -1,1).
Exercícios

7) Seja f(x,y,z)=z-x2-y2 estando uma


partícula em (1,1,2)
 Que direção e sentido deve-se tomar para
que f cresça mais rapidamente?
 Qual o valor máximo da derivada direcional
neste ponto?

Você também pode gostar