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Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto

Departamento de Engenharia Electrotécnica e de


Computadores

Sistemas de Automação
Ramo Automação, Produção e Electrónica Industrial

Implementação dos Trabalhos Práticos

2005/06
FEUP-DEEC

Índice
Índice ............................................................................................... 2
Introdução.......................................................................................... 3
Características Gerais ............................................................................ 3
Metodologia de Trabalho......................................................................... 5
Sistema de Dosagem .............................................................................. 8
Sistema de Diluição ............................................................................... 9
Sistema de Agitação ............................................................................. 10
Sistema de Prensagem........................................................................... 11
Sistema de Cozedura ............................................................................ 12
Sistema de Armazenagem....................................................................... 13

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Introdução
Este documento tem como objectivo apresentar para cada trabalho prático a
metodologia de trabalho proposta, a atribuição de tarefas aos alunos e os objectivos a
atingir na fase de implementação.

Características Gerais
Indicam-se seguidamente as características gerais aplicáveis à implementação de
todos os trabalhos:

• Cada trabalho ficará atribuído a uma única bancada, que é comum a todas as
turmas que partilham o mesmo trabalho.

• Em cada bancada existirá:

o 1 Autómato Programável.
o 1 Simulador de Processos Industriais (ver documento informativo).
o 1 Computador pessoal com software de Scada.
o Vários equipamentos adicionais.

• As ligações entre o Simulador e o Autómato devem ser únicas, i.e. devem ser
realizadas apenas uma única vez, e têm que ser iguais para todos os grupos que
realizem o mesmo trabalho.

• Para cada trabalho serão apresentadas três perspectivas para a implementação


do trabalho:

1. Implementar a aplicação de controlo do processo industrial no Autómato


Programável.

A partir das RdsP referente ao controlo do processo industrial e dos


respectivos alarmes, desenvolvidas na fase de modelação, será definido um
processo de conversão das mesmas para uma das linguagens de programação
suportada pelo autómato programável, resultando posteriormente na sua
implementação.

As principais funções desta aplicação são:

I. Implementar o controlo do processo industrial.


II. Suportar a ocorrência de alarmes e agir de forma apropriada.
III. Garantir o funcionamento do sistema mesmo quando ocorrem
situações de avaria do autómato programável:
• Falha de alimentação
• Re-arranque do processo.

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2. Implementar uma aplicação de Supervisão de Monitorização do processo


industrial.

Partindo da especificação do trabalho e das RsdP desenvolvidas na fase de


modelação, deverão ser especificados quais os requisitos que uma aplicação
deste tipo deve possuir, sendo posteriormente implementados através de
um software de Scada que executa sobre um computador pessoal.

As principais funções desta aplicação são:

I. Permitir a um operador supervisionar o funcionamento do processo


industrial, nomeadamente:
• Visualização, de forma organizada, de toda a informação
relevante para o operador do processo.
• Introdução de elementos gráficos e animações que
indiquem de forma intuitiva o estado corrente do processo.
• Indicação de situação de alarmes ao operador do processo
de forma apropriada.

II. Monitorizar o funcionamento do processo industrial,


nomeadamente:

• Suportar a manutenção de dados históricos sobre o


processo.
• Suportar a geração de relatórios sobre a evolução processo.

III. Implementar as comunicações entre o Scada e o Autómato


Programável.

3. Implementar a interacção entre os Equipamentos Externos e a aplicação


de controlo do processo industrial desenvolvida em 1.

Partindo da especificação do trabalho e das RsdP desenvolvidas na fase


de modelação, implementar no Autómato código referente às
interacções com os equipamentos externos.

Os equipamentos externos ao processo industrial são dos seguintes tipos:

I. Controladores de processos e de temperatura;


II. Consolas gráficas e de texto;
III. Redes de sensores e actuadores;
IV. Equipamento de identificação;
V. Variadores de velocidade.

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A implementação desta interacção é realizada sob duas perspectivas,


função do tipo de equipamento utilizado:

I. Implementação das comunicações que permitem enviar/receber


comandos de/para o equipamento externo. Esta implementação é
realizada no Autómato.
II. Implementação de uma aplicação no próprio equipamento externo,
que comunica de forma transparente com o Autómato.

Metodologia de Trabalho
A metodologia proposta nesta fase do trabalho tem os seguintes objectivos:

• Desenvolver capacidades de trabalho em grupo.


• Desenvolver métodos de implementação de Redes de Petri em arquitecturas de
controlo de processos industriais.
• Desenvolver conhecimentos ao nível dos equipamentos de
controlo/supervisão/monitorização de processos industriais.

Para cumprir os objectivos acima propostos adoptou-se a seguinte metodologia:

1. Tarefas dentro de um grupo.

Será atribuída a cada elemento do grupo uma tarefa específica, que constituirá a
base da sua avaliação.

2. Cooperação de Tarefas dentro do Grupo

A implementação do trabalho apresentada é constituída por 3 tarefas


denominadas: Autómato, Scada e Equipamento Externo, cada uma atribuída a um
elemento do grupo em particular.

Cada tarefa em si é quasi-independente das restantes, embora seja necessário


alguma cooperação com as restantes de forma a garantir o comportamento global.

Estas interdependências obrigam a uma análise prévia de qualquer


implementação. De forma a garantir um comportamento coerente é necessário
que todos os elementos do grupo discutam e especifiquem previamente a forma
como as tarefas cooperam para garantir o funcionamento global.

Para evitar deferentes especificações entre os vários grupos, optou-se por definir à
partida a forma pela qual as várias tarefas comunicam entre si, sem contudo
entrar em detalhes de implementação, adoptando-se o mecanismo de partilha de
memória.

Segundo este mecanismo, várias tarefas comunicam entre si lendo ou escrevendo


para uma zona de memória partilhada, que foi previamente especificada em
tamanho, tipo de dados e método de acesso.

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Estas zonas de memória estão preferencialmente definidas no Autómato tendo em


conta o seu papel central na arquitectura do sistema, embora em alguns casos
estas estejam também definidas ao nível do Scada. Ficam assim definidas as
seguintes zonas de memória partilhada:

1. AS. Esta zona de memória é utilizada para as trocas de dados entre o


Autómato e o Scada. Cabe aos 2 elementos responsáveis pela
implementação no Autómato e no Scada a respectiva especificação. A
implementação das comunicações entre o Autómato e Scada é da total
responsabilidade deste último.

2. AE. Esta zona de memória é utilizada para as trocas de dados entre o


Autómato e o Equipamento Externo. Cabe aos 2 elementos responsáveis
pela implementação no Autómato e no Equipamento Externo a respectiva
especificação. A implementação das comunicações entre o Autómato e o
Equipamento Externo é da total responsabilidade deste último.

3. SE. Esta zona de memória é utilizada para as trocas de dados entre o Scada
e o Equipamento Externo. Cabe aos 2 elementos responsáveis pela
implementação no Scada e no Equipamento Externo a respectiva
especificação. A implementação das comunicações entre o Scada e o
Equipamento Externo é da total responsabilidade deste último.

SE

AE AS

EQUIPAMENTO
AUTÓMATO PROGRAMAVÉL SCADA
EXTERNO

Os tipos de dados definidos nas áreas de memória partilhado são:

• Área AS:
i. Estado dos sensores e actuadores.
ii. Estado da aplicação de controlo.
iii. Situações de alarme.

• Área AE:
i. Dados de/para o equipamento externo.

• Área SE:
i. Dados de/para o equipamento externo.

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Em termos resumidos as tarefas e respectivas implementações atribuídas a cada


elemento do grupo são as seguintes:

TAREFA IMPLEMENTAÇÃO

Autómato 1. Estudar a arquitectura de funcionamento do autómato.


2. Estudar o software de programação do autómato.
a. Linguagem de programação a utilizar: C
3. Definir as zonas de memória partilhadas AS e AE.
4. Implementar a RdP no autómato.
5. Disponibilizar informação de/para as zonas de memoria
partilhada e garantir o acesso concorrente às mesmas.
Scada 1. Estudar a arquitectura de funcionamento do Scada.
2. Definir os requisitos da aplicação de Supervisão e
Monitorização.
3. Implementar, no Scada, a aplicação que satisfaz esses
requisitos.
4. Implementar, no Scada, as comunicações entre este e o
autómato, utilizando a zona de memória partilhada AS deste
último.
5. Disponibilizar informação de/para a zona SE.
Equipamento 1. Estudar o funcionamento do equipamento externo.
Externo 2. Definir o comportamento do equipamento externo na
perspectiva da aplicação de controlo.
3. Implementar, no autómato ou Scada ou equipamento externo
(função do trabalho), este comportamento.
a. Implementar, no autómato, as comunicações entre o
equipamento externo e o autómato, utilizando a zona de
memória partilhada AE deste último.
b. Implementar, no Scada, as comunicações entre o
equipamento externo e o Scada, utilizando a zona de
memória partilhada SE deste último.
4. Disponibilizar informação de/para a zonas AE e SE.

Por fim importa realçar que nem todas as sub-tarefas de implementação


anteriormente definidas necessitam de ser realmente implementadas, tais como:

• O Scada já suporta e implementa todos os protocolos de comunicação com os


Autómatos utilizados nos trabalhos práticos. A sua utilização é quase
transparente, sendo apenas necessário conhecer o respectivo funcionamento.

• Apenas 1 equipamento externo está atribuído a cada elemento do grupo.

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Sistema de Dosagem

Tarefa Equipamento Actividades


Implementar a aplicação de controlo.
TSX PREMIUM
Entradas digitais: DEY 16D2
TSX DEY 16D2
Autómato Saídas digitais: DSY 16T2
TSX DSY 16T2
Entradas analógicas: ASY 410
TSX AEY 410
Programação do autómato: PL7/C
Implementar a aplicação de supervisão &
Scada CITECT monitorização.
TSX SCY 21601 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre RS485.
Ligar ao processador de sinal (K3NX) o sensor DSP e
implementar as comunicações com o autómato
Equipamento OMRON K3NX (SCP 114) e a respectiva interface com a aplicação
Externo TSX SCP 114 de controlo.
Protocolo de comunicação: Proprietário sobre
RS485.

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Sistema de Diluição

Tarefa Equipamento Actividades


Implementar a aplicação de controlo.
TSX MICRO Entradas & saídas digitais: DMZ 28DR
Autómato
DMZ 28DR Entradas & saídas analógicas: CPU
Programação do autómato: PL7/C
Implementar a aplicação de supervisão &
Scada CITECT monitorização.
TSX SCP 114 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre RS485
Ligar o motor ao variador de velocidade (3G3JV) e
Equipamento OMRON 3G3MV implementar a respectiva interface com a
Externo aplicação de controlo utilizando sinais analógicos e
digitais.

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Sistema de Agitação

Tarefa Equipamento Actividades

Implementar a aplicação de controlo.


TSX MICRO
Autómato Entradas & saídas digitais: DMZ 28DR
DMZ
Programação do autómato: PL7

Implementar a aplicação de supervisão &


Scada CITECT monitorização.
TSX SCP 114 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre RS485
Implementar uma aplicação de supervisão com as
mesmas características da do Scada, através de um
Terminal XBTP terminal de texto (XBTP).
Programação da consola: XBTL-1000
Protocolo de comunicação: UNITELWAY
Equipamento Ligar à rede AS-I (ARM21) os sensores & actuadores
Externo Rede AS-I AM1 e AM2, e implementar as comunicações com
TSX ARM21 autómato e respectiva interface com a aplicação
Coluna AS-I de controlo.
Teclado AS-I Associar uma coluna luminosa AS-I aos alarmes.
Introdução através do teclado AS-I dos tempos
associados à agitação.

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Sistema de Prensagem

Tarefa Equipamento Actividades

Implementar a aplicação de controlo.


TSX PREMIUM
Entradas digitais: DEY 16D2
TSX DEY 16D2
Saídas digitais: DSY 16T2
Autómato TSX DSY 16T2
Entradas analógicas: AEY 414
TSX AEY 414
Saídas analógicas: ASY 410
TSX ASY 414
Programação do autómato: PL7/C

Implementar a aplicação de supervisão &


Scada CITECT monitorização.
TSX SCP 114 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre RS485
Implementar uma aplicação de supervisão &
monitorização com as mesmas características da do
Equipamento
Consola XBFT Scada, através de uma consola gráfica (XBFT).
Externo
Programação da consola: XBTL-1000
Protocolo de comunicação: UNITELWAY

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Sistema de Cozedura

Tarefa Equipamento Actividades


TSX PREMIUM Implementar a aplicação de controlo.
TSX DEY 16D2 Entradas digitais: DEY 16D2
TSX DSY 16T2 Saídas digitais: DSY 16T2
Autómato
TSX AEY 800 Entradas analógicas: AEY 800
TSX ASY 800 Saídas analógicas: ASY 800
Programação do autómato: PL7/C
Implementar a aplicação de supervisão &
Scada CITECT monitorização.
TSX ETY 110 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre TPC/IP
Ligar ao o controlador de temperatura (OMRON
E5CK) o sensor CST e implementar as comunicações
Equipamento OMRON E5CK com o autómato e respectiva interface com a
Externo TSX SCP 114 aplicação de controlo.
Protocolo de comunicação: Proprietário sobre
RS485.

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Sistema de Armazenagem

Tarefa Equipamento Actividades


Implementar a aplicação de controlo.
TSX PREMIUM
Entradas digitais: DEY 16D2
Autómato TSX DEY 16D2
Saídas digitais: DSY 16T2
TSX DSY 16T2
Programação do autómato: PL7/C
Implementar a aplicação de supervisão &
Scada CITECT monitorização.
TSX ETY 110 Protocolo de comunicação: MODBUS sobre TPC/IP

Leitor de código Quando uma peça chega ao armazém é gerado um


de barras código de barras para a mesma, que é impresso
Impressora na impressora térmica.
Equipamento
térmica. Quando a peça sai do armazém a leitura da
Externo
TSX SCY 21601 respectiva informação (para efeitos de controlo
TSX SCP 111 de inventário) é feita por intermédio de um leitor
de código de barras.

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