Você está na página 1de 12

FILIPENSES

PARTE 3
PROPÓSITOS & EXPECTATIVAS

#013
Na mesma página
Nossa fé:
Se por estarmos em Cristo nós temos alguma
motivação, alguma exortação de amor, alguma
comunhão no Espírito, alguma profunda
afeição e compaixão, completem a minha
alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o
mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.
(Filipenses 2.1-2)
COMUNHÃO NO ESPÍRITO - a comunhão espiritual é a supercola
que une uma igreja, uma comunidade. Para além dos interesses
comuns, dos afetos compartilhados e percepções convergentes,
a comunhão espiritual estabelece um sentimento de cuidado, de
responsabilidade, de compaixão, de entendimento, de gentileza e
perdão, a partir da ação do Espírito Santo na vida daqueles que
se colocam debaixo do senhorio de Jesus Cristo de Nazaré. A
comunhão espiritual se fortalece na oração mútua, na confissão
de pecados, na caminhada do discipulado, nas relações de
convivência, na comunhão de mesa, nos espaços de serviço e
assistência as demandas e necessidades uns dos outros.
Propósito de Leitura Bíblica:
QUA: Sl 90-92 DOM: Sl 112-113
QUI: Sl 93-95 SEG: Sl 114-116
SEX: Sl 96-98 TER: Sl 117-119
SAB: Sl 109-111

Agenda semanal
Terça-feira, 20h
EcosPG - Pequenos Grupos

Quinta-feira, 20h
MoriLIVES - Missão Portas Abertas

Domingo, 19h
Transmissão do culto pelo youtube;
Contribua com o Moriah
Dados bancários
Associação Cristã Acampamento Moriah
CNPJ 07.700.736/000111
Banco Sicoob -756
AG 3084 / CC 110769.0

DOE ONLINE COM PAGSEGURO

Aniversário do Moriah

Domingo - 23/AGO/16h
- Culto ao ar livre no Acampamento Moriah;
Propósitos x Expectativas
Filipenses 1:12-15 - Quero que saibam, irmãos, que aquilo
que me aconteceu tem antes servido para o progresso do
evangelho. Como resultado, tornou-se evidente a toda a
guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por
causa de Cristo. E a maioria dos irmãos, motivados no Senhor
pela minha prisão, estão anunciando a palavra com maior
determinação e destemor.

Motivados no Senhor
A prisão de Paulo poderia ser um duro golpe no ímpeto missionário
do apóstolo. Sem dúvida, era uma notícia que carregava pesar e
preocupação as comunidades cristãs do primeiro século.

A perseguição e os obstáculos que as comunidades enfrentavam


poderiam constituir um forte argumento para esmorecer a
vitalidade do anúncio do Evangelho - afinal, o baque era forte e a
mensagem de Roma estava ganhando corpo: o Evangelho de Jesus
Cristo apresentava-se como adversário dos interesses políticos e
culturais greco-romanos.

Contudo, o texto aponta para uma realidade muito diferente: Paulo


reconhece que as adversidades permitiram que ele pregasse o
Evangelho aos guardas do Palácio e elucidasse os motivos de sua
prisão.
Existem diversos impulsos que podem motivar uma comunidade,
uma associação, um grupo de pessoas com algum interesse
comum: legado, diversão, reconhecimento, tradição, cultura. No
entanto, sempre que a relação de custo-benefício se torna
precária, é normal que as pessoas que se sentem prejudicadas
abandonem projetos, comunidades, grupos, relações...

Quando o que nos motiva não está "no Senhor", estabelecemos


uma relação de conveniência e/ou interesse que torna frágil e
inconstante os vínculos de comunhão, pertencimento e
relacionamento. 

O que acontece com Paulo - bem como com toda a igreja durante
o acirramento das perseguições nos anos subsequentes - seria um
bom motivo para enfraquecer o movimento de Jesus nas
comunidades pioneiras, que se estabeleciam na marginalidade da
religiosidade judaica.

Ocorre que a motivação que sustenta os vínculos e os propósitos


daqueles a quem Paulo faz referência está "no Senhor" - essa é
uma chave importante para compreender a dinâmica da vida em
comunidade, o nosso papel como irmãos e irmãs em Cristo e o
propósito espiritual e sobrenatural de nosso testemunho de fé e
vida.

Quando nosso propósito esta ancorado "no Senhor", nossas


expectativas e objetivos ganham outros contornos e outras
motivações - capazes de resistir e ganhar força quando os
desafios se tornam mais intensos.
A verdade inconfundível do Evangelho
Filipenses 1:15-18 - É verdade que alguns pregam a Cristo
por inveja e rivalidade, mas outros o fazem de boa vontade.
Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para
a defesa do evangelho. Aqueles pregam a Cristo por ambição
egoísta, sem sinceridade, pensando que me podem causar
sofrimento enquanto estou preso. Mas, que importa? O
importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos
ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me
alegro.

É absolutamente improvável que Paulo estivesse autorizando ou


relativizando a pregação do Evangelho por interesse próprio,
egoísmo ou contenda. Há uma incompatibilidade absoluta entre
esses valores e a mensagem do Reino de Deus, estampada na vida
e nos ensinos de Jesus Cristo, bem como em diversos textos do
próprio Paulo e de outros apóstolos.

A hipóteses mais coerente, que nos ajuda a elucidar este texto é a


de que Paulo está ser referindo aos seus acusadores, que diziam
que o apóstolo pregava acerca de Jesus Cristo, um judeu
crucificado em Jerusalém que se dizia Filho de Deus, o Ungido de
Israel, Salvador e Luz do Mundo; que este mesmo Jesus havia
ressuscitado três dias depois e subido aos céus, estabelecendo
seu Reino sobre toda a terra.
Essas acusações contra Paulo eram graves, pois feriam as
prerrogativas políticas do imperador de Roma: César detinha o
título de "Filho de Deus", "Cristo", "Luz do Mundo. Quando Roma
conquistava um povoado e o anexava ao seu império, dizia-se que
"a luz de Roma havia chegado" e apregoava-se a "Pax Romana"
como símbolo de civilidade, organização social e estabilidade
política. Quando Jesus diz, como foi registrado em João 14.27
"deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o
mundo a dá", o recado está dado contra todos os impérios que
mercadejam uma paz falsificada pelo medo e pela tirania.
De fato, essas acusações são absolutamente verdadeiras: Jesus é
o Cristo e estabeleceu entre nós o Reino de Deus, no qual não
existe nenhuma autoridade superior a sua.

Propósitos & Expectativas


Filipenses 1:19-23 - De fato, continuarei a alegrar-me, pois
sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação,
graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus
Cristo.  Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei
envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de
sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu
corpo, quer pela vida quer pela morte; porque para mim o
viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no
corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que
escolher! Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e
estar com Cristo, o que é muito melhor; contudo, é mais
necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo.
Paulo encontrou propósito para a sua vida ao ser encontrado pelo
Senhor no caminho de Damasco. Esse trecho da carta aos
Filipenses é uma tremenda confissão de fé: madura, profunda e
sincera, na qual os propósitos e as expectativas do apóstolo
transbordam a perspectiva da graça e do amor de Cristo.

Morrer ou viver não são mais as questões primordiais: tanto uma


quanto outra estão guardadas sob a mão de Deus e o Espírito de
Jesus. Paulo entende sua missão, tem apreço por seus planos e
projetos mas, ao mesmo tempo, reconhece aquilo que lhe espera
na eternidade: Jesus. Não há o medo da morte, nem o desejo de
abandonar a vida como rendição e desespero. Paulo confessa que
desejaria morrer e estar com Cristo de uma vez por todas, mas não
lhe falta o ânimo e a vontade de continuar a realizar sua missão,
até que o propósito de Deus para a sua vida esteja cumprido.

Ele não tem vergonha de pregar o Evangelho. Não tem vergonha


de não ser mais o líder, reconhecido em Jerusalém e frequentador
dos círculos sociais refinados e influentes dos membros do
sinédrio. Não tem vergonha de se dizer seguidor de um Nazareno
crucificado e desprezado pelo seu povo. Não tem vergonha de
sentar-se a mesa com gentios, pagãos, homens e mulheres
simples, compartilhando com eles a sua autoridade e liderança.
Não tem vergonha de aceitar como irmãos os gregos, judeus,
romanos, homens, mulheres, escravos e livres.

Por fim, Paulo assume que Cristo será engrandecido de todas as


formas: quer por sua vida, quer por sua morte. E esse é o propósito
da sua existência: que o nome de Jesus seja exaltado.
A esperança que frutifica pela fé
Filipenses 1:25-26 - Convencido disso, sei que vou
permanecer e continuar com todos vocês, para o seu
progresso e alegria na fé, a fim de que, pela minha presença,
outra vez a exultação de vocês em Cristo Jesus transborde
por minha causa.

Há uma usina de esperança e confiança abastecendo o coração de


Paulo de todo o ânimo e alegria: o desejo sincero de poder se
reencontrar com seus irmãos em Filipos e celebrar a vida e a
edificação espiritual na caminhada com Jesus. A vida de fé anseia
pelo encontro, pela celebração, pela partilha, pela ceia. A dimensão
comunitária do Evangelho de Jesus Cristo nos convida a valorizar
os espaços em que podemos estar juntos.

Paulo sabe que seus irmãos em Filipos oram por sua libertação e
também anseiam poder estar junto dele. Há uma santa saudade
que aquece o coração do apóstolo, e é comum entre irmãos na fé
que se reconheceram em algum momento sob o mesmo propósito
e caminham sob a mesma expectativa.

Propósitos e expectativas alicerçados "no Senhor" não se perdem


nas demandas do dia-a-dia, nem perdem seu vigor com o passar
dos anos. Paulo nos ensina que, muito além das circunstâncias e
dos momentos, a eternidade é quem baliza os esforços, os
objetivos e os resultados na jornada espiritual dos discípulos de
Jesus.
Compromisso
Considere seus propósitos diante de Deus
O que baliza suas escolhas e movimenta o sua alma? Para ondem
apontam os seus planos, objetivos e preocupações? Para que você
vive e trabalha? Qual é a dimensão do outro na sua vida? O que
impulsiona a tua participação junto a uma comunidade de fé? 

Há um propósito em sua vida, você já o encontrou?

Expectativas
Algumas pessoas vendem a fé cristã como um seguro contra o
sofrimento, as injustiças, as dores de viver em um mundo complicado,
hostil e egoísta. Se esta for sua expectativa, saiba que Jesus Cristo
nunca ofereceu esse tipo de barganha em troca de sua adoração: este
é o acordo típico dos ídolos e dos falsos deuses. Todos estamos
sujeitos a sofrer as consequências de uma realidade corrompida pelo
pecado: seja por nossas escolhas, seja pelas escolhas de outras
pessoas. Não estamos livres de problemas financeiros, doenças,
decepções e frustrações.

A chave que muda a nossa mentalidade é compreendermos que toda a


nossa experiência - de vida e morte - se encontra eternamente em
Jesus Cristo, desde antes da fundação do mundo até a consumação
dos séculos. Essa perspectiva nos liberta do medo da morte, para
vivermos diante de Deus uma vida com significado e propósito.
Nossas orações
a) Milhares de famílias choram o luto de seus
familiares e outras tantas lutam contra situações
de dor e desespero. Ore para que Deus conforte os
seus corações, iluminando suas vidas com
propósitos e expectativas consolidadas "no
Senhor".

b) Ore para que Deus lapide em seu coração os


seus propósitos e suas expectativas, apontando
direções e orientando sua sensibilidade para
encontrar-se em Cristo, seja qual for a
circunstância;

c) Seja sinal do Reino de Deus na vida de alguém.


Faça um doação para quem precisa, esteja
presente na vida de quem está sofrendo. Ore para
que possamos nos encontrar em breve e para que
essa pandemia encontre fim.

ENCONTRE-NOS NAS REDES SOCIAIS - ACAMPAMENTO MORIAH

Você também pode gostar