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GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

ITS 04 – PROCEDIMENTO PARA TRABALHOS EM ALTURA.

ITS 04 - PROCEDIMENTO PARA TRABALHOS EM ALTURA.

ITS 04 ELABORADO REVISADO APROVADO


Nome: Everton dos Santos Jorge Bomfim David Prats
Técnico de Segurança Coordenador de Segurança Gerente de Segurança

Ass:

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ITS 04 - PROCEDIMENTO PARA TRABALHOS EM ALTURA.

1. OBJETIVO

Estabelecer, em todos os empreendimentos do RODOANEL - NORTE, os procedimentos


para trabalhos realizados em estruturas ou equipamentos com desnível de mais de 2,00 m
(dois metros), de onde possa haver risco de queda de pessoas.
Para efeito da presente, a expressão "desnível de mais de 2,00 m" será designada, de
agora em diante, por "altura".

2. APLICAÇÃO

Este documento aplica-se a toda obra de Construção do Rodoanel Trecho Norte Lote 6.

3. DEFINIÇÕES

Balancim ou andaime suspenso: Plataforma para trabalhos em "altura", sustentada por


cabos de aço e movimentada por meio de guinchos. É caracterizado como:

 Leve: quando se destina à utilização para, no máximo, 2 empregados.


 Pesado: quando se destina à utilização para mais de 2 usuários; deve ter largura
mínima de 1,50 m.

Andaime Tubular: Plataforma de trabalho montada sobre estrutura de tubos metálicos em


módulos / painéis ou fixados um a um por meio de braçadeiras metálicas.

Andaimes Móveis: Plataforma de trabalho montada sobre estrutura tubular metálica


formada por módulos, com dimensão mínima de 1,20 m e máxima de 2,00 m, sobre 4
rodas com sistema de travamento, a fim de evitar deslocamentos acidentais.

Gaiola: Plataforma de trabalho fechada lateralmente e içada por guindaste utilizada para
conduzir e manter empregados em postos de trabalho, onde os meios convencionais são
proibitivos ou inviáveis tecnicamente.

Cinto de Segurança: Cinturão em material sintético, conectado a faixas que envolvem as


pernas e os ombros, ligado a um dispositivo de fixação para interrupção da queda livre.

Trava-quedas: Dispositivo fabricado em aço, ligado a uma pequena corda sintética que se
fixa ao cinto de segurança. Tem a função de interromper uma queda, quando adaptado a
uma corda / cabo guia. É utilizado para prevenir quedas de altura, quando existe
movimentação do usuário ou do equipamento onde ele se encontra.

Mosquetão: Também conhecido como gancho, é o dispositivo em forma de gancho,


confeccionado em aço forjado e trava de fechamento. Sempre ligado a uma corda de
material
sintético de comprimento máximo de 1,60 m, sua função é a de fixação do cinto de
segurança a uma estrutura fixa.

4. DESENVOLVIMENTO

Procedimentos Gerais de Prevenção de Quedas com Diferença de Nível

O planejamento dos trabalhos em "altura" deve ser feito por:

Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executados por trabalhador

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capacitado e autorizado.
A organização, detalhamento e conhecimento da equipe sobre o trabalho a ser
desenvolvido deve ser feita através do Diálogo Diário de Segurança, no início de cada
turno de trabalho e no início de cada nova atividade, coordenada pelo
Encarregado/Supervisor.

A “Liberação do Trabalho em Altura”(PT) será feita pelo Supervisor, Encarregado do


trabalho ou Técnico de Segurança, após avaliação e conferência de conformidade das
condições de trabalho, preenchimento e
assinatura do check list.

No caso de haver alguma “não conformidade” para a "Liberação do Trabalho em Altura"


Supervisor, Encarregado ou Técnico de Segurança deve regularizá-la para posterior
liberação

O documento de Liberação de Trabalho em "Altura"(PT) deverá ser encaminhado, no final


da sua validade, para a área de Segurança do Trabalho.

O empregado que trabalha em "altura" só poderá iniciar suas atividades nos


empreendimentos da Empresa depois de:

 Ter sido considerado apto pelo médico do trabalho para a função.


 Ter passado pelo treinamento da NR 35 com carga horaria mínima de 8 horas.
 Possuir todos os EPI necessários para a execução da sua tarefa.
Os treinamentos terão validade de dois anos.

O encarregado e supervisor de uma equipe que executa trabalhos em estruturas elevadas


devem:

 Possuir as Análise Preliminar de Riscos (APR) das atividades que coordena e ter
domínio do seu conteúdo.
 Ter sido treinado para Liberação de Trabalhos em "Altura”.

EQUIPAMENTO PROTEÇÃO INDIVIDUAL DE ALTURA

Todos os empregados, durante realização de trabalhos em "altura", devem usar:

 Cinto de Segurança tipo paraquedista com espia / talabarte de comprimento máximo de


1,60 m e mosquetão de aço forjado com dupla trava com amortecimento.
 Capacete de Segurança com a alça jugular passada sob o queixo.

Para trabalhos onde haja riscos de queda do empregado e o deslocamento vertical deste
seja uma premissa, caso seja possível ter uma corda guia instalada verticalmente em
estrutura fixa e resistente, o empregado, além dos equipamentos citados no item 5.3.1,
deverá utilizar um dispositivo trava-quedas afixado na argola D da cintura do cinto de
segurança.

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Para trabalhos onde haja riscos de queda do empregado e o seu deslocamento horizontal
seja necessário, deve-se instalar uma corda ou cabo guia horizontalmente, em estrutura
fixa e resistente, e prender seu mosquetão ao cabo.
Para situações onde haja riscos de queda do empregado e o seu deslocamento vertical
seja necessário, mas não seja possível ou viável a fixação de uma corda guia
verticalmente, como é o caso de montagem de andaimes tubulares, o cinto de segurança
dos empregados deverá estar equipado com duas espias e mosquetões. Nesse caso, a
escalada deve ser feita de forma que pelo menos um dos mosquetões sempre esteja
afixado na estrutura.

Para a seleção do dispositivo trava-quedas, deve-se considerar se a utilização será com


corda ou cabo e qual a bitola desse, pois existem trava-quedas específicos para cada faixa
de bitola de cordas e outros para cada bitola de cabos de aço. Quando se definir pela
utilização de cordas, elas devem ser sintéticas e trançadas.

A definição da bitola do cabo de aço ou corda a ser utilizado deve levar em consideração a
queda dinâmica da quantidade de pessoas que estarão afixadas a ela e a resistência do
seu local de ancoragem.

Todos os Equipamentos de Proteção Individual, com exceção dos acessórios, deverão


possuir número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA DE ALTURA

A adoção de proteção coletiva contra quedas de "altura" deve ter prioridade sobre as de
proteção individual.

A adoção de proteções coletivas para a proteção contra quedas não elimina a necessidade
de utilização dos equipamentos de proteção individual básicos, como cinto de segurança e
capacete, durante o acesso a estruturas elevadas nos empreendimentos em construção.

A Área de Engenharia com a Área de Segurança do Trabalho devem elaborar um padrão


das proteções coletivas contra quedas de pessoas e materiais, a ser adotado neste
empreendimento e, sempre que for necessária a instalação de uma proteção coletiva, esse
padrão deve ser citado no projeto executivo.

Quando as proteções coletivas padronizadas não se adequarem a algum projeto executivo


específico, a Área de Engenharia com a Área de Segurança do Trabalho deverão
desenvolver projeto de proteção específico para a situação.

Os pontos de ancoragem dos cabos e cordas guia deverão ser avaliados previamente e,
sempre que possível, previstos nos projetos executivos.

Os projetos dos sistemas de interrupção de quedas de pessoas ou materiais por redes em


estruturas verticais, ou em trabalhos sobrepostos, deverão ser dimensionados por
profissional habilitado.
Toda abertura no piso deve possuir proteção provisória resistente. Os pequenos desníveis

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em áreas de passagem devem possuir rampas e as pontas de vergalhões devem ser


protegidas.

Qualquer desnível maior que 2,00 m, onde seja necessária a presença de empregados,
deve ser protegido por sistema de guarda-corpo com as seguintes características:
Travessão superior conectado aos montantes a 1,20 m de altura. Deve suportar esforços
concentrados de 150 kgf/m. Travessa intermediária a 0,70 m. Rodapé com altura de 0,20
m. Fechamento dos vãos com tela, para evitar queda de material, ou isolamento e
sinalização da área abaixo, caso seja local com acesso a pessoas.

As escadas provisórias de uso coletivo, as rampas e as passarelas que gerem riscos de


queda de pessoas também devem ser providas de sistema de guarda-corpo com as
características acima descritas.

As escadas do tipo marinheiro com lances superiores a 9,00 m, sem patamar intermediário
de descanso, devem ser providas de cabo de aço instalado verticalmente, ao longo da sua
extensão, a fim de ser utilizado para adaptação do dispositivo trava-quedas, quando do
seu acesso. Essa situação é comum para acesso a grandes guindastes (Grua).

As escadas fixas do tipo marinheiro com mais de 6,00 m de extensão devem possuir gaiola
de proteção costal a partir de 2,00 m até 1,00 m acima da superfície superior.

ANDAIMES

Todo andaime fixo deve possuir um projeto executivo aprovado pela Área de Engenharia
do empreendimento.

Os andaimes suspensos também deverão possuir projeto de instalação e liberação para


utilização pela Área de Engenharia.

Os andaimes suspensos (balancins) devem ser providos de cabo ou corda guia com
fixação independente da do balancim, para neles serem adaptados os dispositivos trava-
quedas dos empregados.

A forração do andaime deve fechar toda a extensão do piso e deve ser fixada de modo a
não se deslocar.

As tábuas utilizadas devem ser de boa qualidade e ter espessura de 2,5 cm quando os
apoios não estiverem distanciados mais de 1,00 m, e de 4,0 cm quando esta distância for
de até 2,00 m.

Todo o perímetro do andaime deverá ser fechado por sistema de guarda corpo.

É proibida a execução de qualquer mudança que altere as características de projeto do


andaime, sem prévia autorização da Área de Engenharia.

O acesso ao andaime deve ser de maneira segura, sempre com a utilização de escadas.

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É proibida a utilização de andaime de madeira simplesmente apoiado.

Os andaimes tubulares não poderão ter sua altura maior que 4 vezes a menor dimensão
da sua base, sem que estejam estaiados.

Os andaimes móveis deverão possuir sistema de travamento nas suas rodas, a fim de
evitar movimentos acidentais.

Os andaimes tubulares deverão possuir fixação nos encaixes dos módulos, por meio de
contra-pinos ou travamento com parafusos e braçadeiras.

TRABALHO EM TELHADOS

Todo trabalho em telhados deve seguir as mesmas orientações para trabalhos em


"altura"de outras atividades.

É proibido andar diretamente sobre as telhas, a não ser com a aprovação da Área de
Engenharia. Nos trabalhos em telhados deve-se andar sobre pranchas de madeira,
instaladas no sentido transversal às longarinas ou caibros de sustentação do telhado.

Não é permitida a realização de qualquer tipo de trabalho em telhados em dias de chuva


ou quando o telhado se encontrar molhado e úmido.

No trabalho em telhados deve ser instalada corda guia para fixação do trava-quedas em
ponto específico de trabalho, ou ser instalado um varal de cabo de aço na cumieira do
telhado, onde se fixa a corda guia independente, para cada empregado acoplar o seu
dispositivo trava-quedas.

TRABALHO COM ESCADAS MANUAIS

É proibida a improvisação e construção de escadas, sem projeto aprovado pela Área de


Engenharia.

Toda escada de mão deve ser de madeira ou fibra, sendo proibido o uso de escadas
manuais metálicas.

A maior extensão permitida para escadas de mão de folha única é de 7,00 m e para
escadas de abrir é de 6,00 m.

Toda a escada deverá ser amarrada antes de sua utilização.

TRABALHO EM PLATAFORMA ELEVATÓRIA

Os postos de trabalho em plataformas elevatórias e cestos aéreos deverão possuir ponto


de fixação do cinto de segurança dos seus ocupantes.

As plataformas elevatórias e cestos aéreos devem possuir duplo comando, um na

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plataforma de trabalho e outro no nível do solo, com prioridade de comando.

Toda plataforma ou cesto aéreo devem possuir em local visível, no posto de trabalho,
indicação de capacidade de carga daquele equipamento.

5. SEGURANÇA

Utilizar capacete com jugular, óculos de segurança, sapato de segurança, cinto de


segurança, trava queda, linha de vida.

6. CONCLUSÃO

Com este procedimento implantado iremos assegurar a integridade física das pessoas que
executam trabalhos a mais de 2.00m de altura, com risco de queda.

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