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PROCEDIMENTOS

MONTAGEM E MANUTENÇÃO EM

TORRES ESTAIADAS

TORRE 93M – REN IV

CLIENTE: BROOKFIELD

LOCAL: PARQUE EÓLICO RENASCENÇA IV


DATA: 17/11/2017

GRUPO SAN SOLUÇÕES


ENG. SÉRGIO NASCIMENTO
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Sumário
1. PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA / CORRETIVA............................ 3
1.1 Checklist de inspeção técnica periódica para manutenção preventiva ..................... 3
CHECK LIST DE INSPEÇÃO PERIÓDICA – TORRE ESTAIADA .................................. 4
NC que podem se caracterizar comprometedora da estabilidade estrutural ................... 6
1.2 Procedimento de substituição de estaios ................................................................. 6
Execução ........................................................................................................................ 7
1.3 Procedimento de alinhamento de torre .................................................................... 8
1.3.1 Procedimento de Alinhamento da Torre – método visual ....................................... 8
1.3.2 Procedimento de Alinhamento da Torre – método Teodolito .................................. 9
1.4 Procedimento de avaliação ou medição da tensão nas cordoalhas da torre .......... 10
CORDOALHAS 7 FIOS GALVANIZADAS .................................................................... 10
Método Direto - Escolha do Dinamômetro .................................................................... 11
Método Indireto – O Método de Pulso ou Vibração ....................................................... 12
1.5 Procedimento de repintura da torre ....................................................................... 14
1.5.1 Tratamento de superfícies com ferramentas manuais .................................... 15
1.5.2 Tratamento de superfície com ferramentas mecânicas ................................... 15
1.5.3 Limpeza de superfícies por compostos químicos ............................................ 16
1.5.4 Procedimento de Pintura ................................................................................ 17
2. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM ............................................................................. 18
2.1 Procedimento de escaladas em segurança ........................................................... 18
2.2 Montagem da torre através do uso de “pau-de-carga” ........................................... 21
2.3 Montagem da torre através do uso de Guindaste .................................................. 25
2.4 Pretensão nas cordoalhas ..................................................................................... 25
2.5 Instalação do sistema de balizamento noturno ........................................................... 25
2.6 Instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ............... 27
2.7 Instalação dos sensores e comissionamento da estação ........................................... 29
3. Responsabilidade Técnica ............................................................................................ 30
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1. PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA / CORRETIVA


Este procedimento visa reunir todas as informações necessárias à manutenção
preventiva/corretiva aplicada nas torres estaiadas.
Trata-se de um procedimento a ser aplicado pelos colaboradores que exercerem qualquer
atividade em torres estaiadas.

1.1 Checklist de inspeção técnica periódica para manutenção preventiva


As manutenções e inspeções de torres metálicas e acessórios podem ser realizadas pelo
proprietário da estrutura conforme rotina definida neste item.
É importante que toda a estrutura seja inspecionada depois da ocorrência de
ventos muito fortes, acima de 20 m/s (72 Km/h), independentes da inspeção rotineira.
Os tempos de inspeção e manutenção deverão ser avaliados e reduzidos para as
torres instaladas em ambientes agressivos, tais como salinidade elevada,
atmosferas corrosivas (poluição elevada) e em áreas sujeitos a vandalismo.

Os proprietários de torres deverão realizar uma inspeção provida de manutenção


para garantir a segurança e aumentar a vida útil da estrutura. É recomendável que
uma inspeção detalhada seja feita no mínimo a cada 1 ano para torre estaiada e a
cada 2 anos para torres autoportantes. Os serviços deverão ser realizados somente por
pessoal habilitado e que tenham experiência em subir e efetuar reparos em torres,
profissionais de nível técnico ou superior com conhecimentos em estruturas metálicas.

Em caso de dúvida ou falta de conhecimento técnico específico uma solicitação formal deve
ser feita ao fabricante da estrutura a fim de dirimir a discussão. Mantenha uma boa
comunicação direta com o fabricante da estrutura.

É impreterível uma vez por ano, subir na torre para que a inspeção seja cuidadosamente
realizada. Para tanto, é necessário observar as orientações de segurança inclusivas neste
procedimento.
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CHECK LIST DE INSPEÇÃO PERIÓDICA – TORRE ESTAIADA


ITEM VERIFICAÇÃO PERIOD. C NC N/A
Colunas, • Há peças empenadas ou soltas? Anual
diagonais, • Há peças soltas?
travamentos • Há peças faltando?
Suportes de • O suporte está na posição correta? Anual
Antenas, • A fixação na torre está de acordo?
equipamentos • As antenas/equipamentos estão
devidamente fixadas nos suportes?
• A conexão dos cabos estão ok?
• Foi instalado outros equipamentos não
previsto no quadro de carregamento da
estrutura, segundo o fabricante?
Parafusos e • Há parafusos soltos? Anual
grampos • Há parafusos faltando?
fixadores • Estão completos com arruelas, porcas,
contra porcas (palnuts)?
• Há parafusos enferrujados?
Pintura e • Há pontos de ferrugem superficial? Anual
Galvanização • As condições de acabamento da pintura
(em cada estão conformes?
módulo e • As cores estão em faixas brancas e
componente) laranjas?
• Há corrosão avançada em algum ponto?
• A galvanização da torre foi comprometida?
Balizamento • As luminárias estão acendendo? Mensal
Noturno • O sistema de pisca está funcionando?
• O relê (fotocélula) está funcionando?
• Eletrodutos estão intactos?
• A ligação dos fios está segura?
• Condição das placas de painéis
fotovoltaicos.
Aterramento e • O cabo de aterramento existe e está Mensal
SPDA devidamente conectado com a torre e o
para-raios?
• A malha de aterramento está ok?
• As conexões da malha de aterramento
estão devidamente conectadas com a
haste de aterramento?
• As caixas de passagens e inspeção estão
ok?
• A conexão da torre
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Verticalidade • A torre está inclinada? Bimestral


e Estaios: • As cordoalhas estão frouxas?
Inspeção • Percebeu se as cordoalhas estão
visual excessivamente tensionadas? (parece com
uma corda de violão)
• Os esticadores estão em bons estados?
• Alguma deformação ou corrosão visual dos
esticadores ou sapatilhas ou grampos de
fixação?
• A base do conjunto esticadores e
cordoalhas estão devidamente protegidos
contra a corrosão?
• A torre apresenta algum comportamento de
vibração visível?
• Houve deslocamento relativo entre as
cordoalhas e os fixadores (grampos)?
Fundação • Os blocos de estaios estão aparentemente Bimestral
ok?
• Percebeu algum deslocamento relativo
entre o bloco de estaio e o solo?
• As barras de ancoragem estão em boas
condições?
• Há ferrugem nas barras de ancoragem?
• O Bloco central da torre sofreu recalque?
Sistema trava • Trava quedas em boas condições? Bimestral
quedas e • Boas condições da Placa de sinalização?
condições • Há evidências de vandalismo em geral?
gerais • O site está limpo?
Instrumentos / • Direção e prumo dos suportes verticais e Anual
Equipamentos horizontais de cada instrumento?
• Boas condições gerais e reaperto dos
instrumentos?
• Verificação do cabeamento e conexão,
inclusive com a torre.

Energia • Funcionamento do sistema de alimentação.

Toda e qualquer Não Conformidade (NC) encontrada deve ser detalhada em relatório
específico acompanhada de comprovação fotográfica e reportada ao superior imediato para
fim de programar uma manutenção corretiva.
É altamente recomendado encaminhar esse relatório para o fabricante da torre ou à empresa
responsável pela manutenção da torre, especialmente em caso de não conformidade que
possa comprometer a estabilidade estrutural da torre. Neste caso, o fabricante deve ser
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imediatamente informado para que uma análise de resistência seja verificada. Ver a seguir a
relação de NC que o fabricante deve ser informado o mais breve possível.

NC que podem se caracterizar comprometedora da estabilidade estrutural


• Peças soltas, empenadas, tortas ou faltando.
• Instalação de outros equipamentos ou antenas não previstos no projeto do fabricante.
• Parafusos faltando ou pontos de corrosão avançada em alguma peça ou parafuso.
• Inclinação da torre ou cordoalhas frouxas ou excessivamente tensionadas (efeito
cordas de violão)
• Vibração visível na torre (efeito de ressonância).
• Os blocos de estaios sofreram deslocamentos relativos em relação ao solo ou o bloco
central afundou (recalcou).
• Deslocamento relativo da cordoalha com os fixadores (grampos).

1.2 Procedimento de substituição de estaios


Este procedimento foi elaborado visando a boa prática da montagem e a engenharia de
segurança, a fim de evitar acidentes com colaboradores e queda da estrutura.
As falhas operacionais durante a manutenção já foram palco da queda de torres estaiadas.
Há evidências e conclusão destes fatos devidamente registrados em relatórios investigativos
e laudos.
Se a torre se apresentar inclinada, NÃO prosseguir com a tentativa de alinhar a torre sem
antes informar a engenharia responsável pela torre. Somente proceder com o realinhamento
da mesma ou sequência de substituição dos estaios após a engenharia validar qual o melhor
processo de substituir as cordoalhas.
É imprescindível medir a tensão aplicada nos cabos a fim de assegurar que a tração nos
cabos não esteja acima da recomendada pelo fabricante (normalmente 10% da tração de
ruptura da cordoalha).
Chamaremos de NÍVEL DE ESTAIO para referir-se a altura que o estaio estiver fixado na
torre, portanto o primeiro nível o de altura menor e o último nível é na altura mais perto do
topo.
Denominamos de LINHA DE ESTAIO as direções dos estaios que são em 0º, 120º e 240º. Se
não indicado em projeto, vamos denominar que a primeira linha de estaio será a mais voltada
para o norte. No sentido horário, denominaremos de linha A, B e C.
Denominamos de primeiro bloco de ancoragem o que está mais perto da torre e o último o
mais distante. Assim normalmente indicaremos com o índice 1, 2 ou 3.
Jamais efetuar o procedimento de soltar a cordoalha existente com o montador em cima da
torre. É proibido substituir cordoalhas sem que uso de dinamômetro para aplicar a pretensão
correta prevista em projeto.
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Execução
1.2.1 Execute os preparativos antes de proceder com a substituição. Providencie:
projeto, procedimento, ferramentas, EPI, cordas, não trabalhar com clima chuvoso
e evite ventos fortes acima de 12,5 m/s (45 km/h).
1.2.2 Se necessário, proceder com a limpeza da vegetação entorno dos estaios e da
torre.
1.2.3 Identifique o sistema de implantação da torre e blocos de ancoragem e denomine
linha A, B e C, no sentido horário, sendo a linha A direcionada para o norte. Se
tiver o projeto em mãos siga o mesmo.
1.2.4 Planejar a substituição de um estaio por bloco por vez, dos blocos mais perto até
o mais afastado (1, 2 e 3). Em relação a torre, a sequência é do primeiro nível (o
mais baixo) para o último nível (topo).
1.2.5 Fixar as 3 cordoalhas novas na torre, no mesmo nível e na mesma posição que a
cordoalha existente, que é o ponto de ancoragem definido pelo fabricante da torre.
Em seguida descer da torre para que o procedimento de substituição possa ocorrer
com segurança. Se a equipe dispor de 3 conjuntos catraca e dinamômetro, deve
seguir os próximos passos 1.2.6 até 1.2.10. Se possuir apenas um conjunto
catraca e dinamômetro, prosseguir com os passos 1.2.11 em diante. É proibido
substituir cordoalhas sem que uso de dinamômetro para aplicar a pretensão
correta prevista em projeto.
1.2.6 Esticar as cordoalhas nas Linhas de Estaios dos respectivos blocos de ancoragem
e fixar a catraca ou tirfor (junto ao ponto de ancoragem) seguida do dinamômetro
e depois fixar o rabicho na cordoalha nova acima do esticador de maneira que o
esticador possa ser devidamente fixado na ancoragem. Esticar suavemente as
cordoalhas, simultaneamente.
1.2.7 Prosseguir simultaneamente o afrouxamento das respectivas cordoalhas
existentes, no mesmo nível. Jamais solte uma cordoalha existente enquanto os
outros dois respectivos estaios ainda estão tensionados, isso poderá provocar o
efeito chicote e risco de queda.
1.2.8 Esticar as cordoalhas novas por meio de catraca ou tirfor juntamente com um
DINAMÔMETRO, tal que a tração aplicada seja conforme valor especificado em
tabela, no projeto. A recomendação é de 7% a 15% da tração de ruptura da
cordoalha. Normalmente adotado 10%.
1.2.9 Jamais remover dois níveis de estaios consecutivos simultaneamente, isso pode
expor ao risco de colapso da torre pois a mesma não é dimensionada para ficar
com vãos livres consecutivos de dois ou mais estaios.
1.2.10 Repetir esse processo em cada nível até o último e assim finalizar esse processo.
1.2.11 Se não tiver 3 conjuntos de catraca e dinamômetros para atuar simultaneamente,
é possível prosseguir uma substituição por vez, mas sem afrouxar as cordoalhas
existentes. Para isso deve substituir uma cordoalha somente por vez e seguir o
processo 1.1.1 até 1.2.5 e depois seguir o procedimento 1.2.12 em diante.
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1.2.12 Esticar a cordoalha na Linha de Estaio do respectivo bloco de ancoragem e fixar a


catraca ou tirfor (junto ao ponto de ancoragem) seguida do dinamômetro e depois
fixar o rabicho na cordoalha nova acima do esticador de maneira que o esticador
possa ser devidamente fixado na ancoragem. Esticar suavemente a cordoalha
nova até o limite indicado em projeto. Normalmente adotado 10%. O limite mínimo
é 7% e o máximo de 15%, em relação a tração de ruptura da cordoalha. Jamais
ultrapasse esse limite a não ser que o projeto tenha considerado em cálculo.
1.2.13 Soltar a respectiva cordoalha existente e remover o esticador e cordoalha para que
a nova cordoalha possa ser instalada no mesmo local.
Atenção: jamais solte uma cordoalha existente sem antes pretensionar
devidamente a nova cordoalha conforme item acima. Soltar uma cordoalha
existente sem antes fixar a nova cordoalha e pretensioná-la corretamente poderá
provocar o efeito chicote e risco de queda da estrutura, seguido de risco de vida
dos operários.
1.2.14 Instalar a nova cordoalha e apertar o esticador de tal forma que a tração do cabo
no esticador seja igualada a tensão medida no dinamômetro. Neste momento o
mesmo começará a diminuir a pretensão ao ponto de zerar o dinamômetro.
1.2.15 Repetir esse processo em cada nível até o último e assim finalizar esse processo.

Exemplo típico, vamos supor que a pretensão definida em projeto seja de 300 Kgf, então após
acionar a catraca até o dinamômetro atingir essa medida, prossegue com a remoção do cabo
existente e em seguida instalação e aperto do novo cabo até o ponto que esse dinamômetro
zere.

1.3 Procedimento de alinhamento de torre


Procedimento de alinhamento de torre consiste em duas maneiras, o processo somente visual
e o processo por teodolito, dependendo da precisão desejada.
Quando a precisão não tão exigida, o processo visual é satisfatório e normalmente aplicado.
Esta decisão cabe ao proprietário da torre e definido na especificação.
1.3.1 Procedimento de Alinhamento da Torre – método visual
Este processo é simples e demanda uma atenção da equipe ou fiscal para conseguir colocar
a torre alinhada satisfatoriamente. É importante salientar que este procedimento é
normalmente aplicável exceto quando especificado que seja com teodolito ou previsto em
projeto.
• Alinhamento perpendicular: durante a montagem da torre este procedimento é feito
módulo a módulo e sempre fazendo 3 tomadas fotográficas de alinhamento da torre,
uma em cada direção da linha de estaio. Afastar o suficiente para que a torre fique
visível na máquina fotográfica.
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• Alinhamento pelos montantes: consiste em olhar visualmente e registrar com fotos


cada um dos montantes da torre, módulo a módulo em cada montagem. Pode-se fazer
uso de um sistema de linha, embora normalmente o vento atrapalhe muito.
• O procedimento de alinhamento perpendicular e pelos montantes consiste no trabalho
de esticar ou afrouxar as cordoalhas conforme a necessidade. É altamente
recomendado o trabalho simultâneo de 3 colaboradores, um em cada bloco de estaio
e sob orientação de um técnico montador experiente um afrouxa e o outro aperta
colaborando com sentido que o trecho a ser alinhado está necessitando.
• Assim procede até o final. Após o alinhamento final, as medições das pretensões nas
cordoalhas precisam ser revistas a fim de não termos uma cordoalha mais tensionada
que a outra. Normalmente há variação permissível entre 7% a 15% da resistência da
cordoalha. O Ideal é conseguir 10%. Proceder com processo anterior até que a tração
da cordoalha não seja fora do limite apresentado, exceto se explicitado no projeto.
1.3.2 Procedimento de Alinhamento da Torre – método Teodolito
Este é o método mais preciso e recomendado. O custo é mais elevado, mas a precisão é
perfeita além de ser desenvolvido por um profissional qualificado e capacitado que faz a
medida emitindo uma ART do laudo de verticalidade.
O objetivo aqui não é tratar como se faz com relação a operação do teodolito pois o
profissional técnico sabe devidamente como operar o mesmo.
A equipe deverá seguir as instruções deste profissional que informará a direção e quanto se
deve apertar ou afrouxar os estaios.
O objetivo aqui é informar os procedimentos que a equipe de montadores deve executar.
Neste caso, independentemente se o processo de medição da perpendicularidade da torre e
a linearidade dos montantes seja pelo método visual, que depende da habilidade e
experiência do montador, ou se pelo método de utilização de um equipamento de medição
altamente preciso como o Teodolito.
• Após o posicionamento do Teodolito, o técnico informará qual estaio deve ser
tensionado e qual deve ser afrouxado conforme orientação do mesmo.
• O procedimento de alinhamento perpendicular e pelos montantes consiste no trabalho
de esticar ou afrouxar as cordoalhas conforme a necessidade. É altamente
recomendado o trabalho simultâneo de 3 colaboradores, um em cada bloco de estaio
e sob orientação de um técnico topógrafo, um afrouxa e o outro aperta colaborando
com sentido que o trecho a ser alinhado está necessitando.
• Assim procede até o final. Após o alinhamento final, as medições das pretensões nas
cordoalhas precisam ser revistas a fim de não termos uma cordoalha mais tensionada
que a outra. Normalmente há variação permissível entre 7% a 15% da resistência da
cordoalha. O Ideal é conseguir 10%. Proceder com processo anterior até que a tração
da cordoalha não seja fora do limite apresentado, exceto se explicitado no projeto.
• Atentar para os cuidados e procedimentos tomados para medir a tensão na cordoalha
da torre, bem como da substituição.
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1.4 Procedimento de avaliação ou medição da tensão nas


cordoalhas da torre
Embora o conceito da física para “tensão” e “tração” sejam diferentes, aqui vamos utilizar
como sinônimos pois assim é tratado entre os montadores de torres.
Na física a “tensão” é o efeito que a força atuante causa numa área ou seção transversal, em
nossa aplicação “tensão” normalmente é dada na unidade kgf/cm2 que significa o valor da
tração dividido pela seção transversal da cordoalha (a soma da área da seção transversal dos
fios de aço dada em cm2). Enquanto que tração é uma força, dada normalmente em Kgf, neste
estudo. O projeto fornece a força e o dinamômetro vai medir a força aplicada. Caso o projeto
informe a tração em N (Newton) divida por 10 e terá o valor em Kgf que quer dá a melhor
sensação da força, pois 10 N equivale a 1 Kgf, ou seja, a força necessária para levantar um
objeto de massa 1 kg.
Como o objetivo deste procedimento é usar uma linguagem de montador e não de engenheiro
necessariamente, é comum denominar tensão nos estaios quando nos referirmos a tração
nos cabos, logo estes termos sendo diferentes na física, são utilizados como sinônimos no
entre os montadores. Esta simplificação é feita conscientemente pela engenharia a fim de
alinharmos a conversa com o montador, quem de fato é o usuário deste procedimento.
Há dois métodos básicos de medir a tensão/tração na cordoalha, o método direto e o indireto.
O método direto é o mais indicado dos métodos para medir a tensão/tração nas cordoalhas
da torre que consiste em utilizar um dinamômetro. Neste caso o modelo mais prático e direto
é representado na figura 01.
Sempre consulte o fornecedor da cordoalha para saber qual o valor recomendado para a
pretensão a ser dada na cordoalha. Normalmente são utilizadas do tipo HS ou EHS. Abaixo
uma tabela de tensão de ruptura das principais bitolas e qualidade de cordoalhas utilizadas
em torres estaiadas.

CORDOALHAS 7 FIOS GALVANIZADAS


Cordoalha dos tipos (SM) média resistência, (HS) alta resistência e (EHS) extra alta resistência.
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Tabela 1

Método Direto - Escolha do Dinamômetro


O dinamômetro mais prático é o Medidor de Tensão, na figura 01 a seguir segue o modelo
proposto deste medidor. Na figura 02 o dinamômetro analógico convencional que pode ser
utilizado juntamente com a catraca ou tirfor que pode ser outra opção, embora dê um pouco
mais de trabalho.

Figura 01 Figura 02

• O medidor da Figura 01 é direto, basta selecionar o diâmetro e o tipo da cordoalha ou


informar a tensão de ruptura conforme a tabela 01 e fazer a leitura diretamente sem
ter que instalar nada.
• Se for utilizado o dinamômetro da figura 02 é necessário utilizar a catraca e fixar um
rabicho na cordoalha e medir no dinamômetro até que a o esticador da cordoalha
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esteja livre para ser solto. É altamente recomendado não ultrapassar o limite de 15%
da resistência de ruptura, para não aplicar mais carga na torre. Se o estaio estiver
acima disso já é recomendado a manutenção para afrouxar o cabo. Não
recomendamos enquanto a inspeção fazer qualquer interferência nem para tracionar
ou afrouxar as cordoalhas, pois esta tarefa deve ser efetuada com planejamento e
seguir o procedimento de segurança, inclusive pode desalinhar a torre.
• Anotar as medições encontradas em cada estaio. Usar a nomenclatura de projeto e
ler a introdução do item 1.2.
Método Indireto – O Método de Pulso ou Vibração
Há duas técnicas mais comum para o método Indireto: o Método de Pulso ou Vibração e o
Método da Tangente. Vamos nos basear na referência normativa do Anexo E – TIA (
http://www.floridatowers.com/tia/Annexes/e_1.htm#e8 ). Vamos propor aqui o primeiro.

A medição indireta serve para avaliar a tração das cordoalhas e, portanto, se aproximar da
tração que as cordoalhas estão submetidas sem a utilização de dinamômetros. Estes métodos
demandam cálculos mais específicos, poderá encontrar no anexo E – Manutenção de Torres
Procedimento de Inspeção - da norma americana TIA/EIA. Aqui vamos ser bem práticos e
simplificar o método para um gráfico que fornecerá a frequência de vibração da cordoalha
considerando uma pretensão dada de 10% do valor da resistência de ruptura da cordoalha,
conforme praticas normativas já comentadas no item 1.3.

• Um puxão pontual é aplicado a cordoalha perto da sua conexão com a âncoragem,


fazendo com que um pulso ou uma onda viajem para cima e para baixo no cabo. No
primeiro retorno do pulso para a extremidade inferior deste cabo, o cronômetro é
iniciado. Uma série de retornos do pulso para a âncora são então cronometrados e a
tensão do cabo é calculada a partir das seguintes equações

Sendo as unidades inglesas aplicadas na fórmula:


TA = Tração na Cordoalha, medida perto do esticador (lbf)
TM = Tração média da cordoalha (lbf)
W = Total weight of guy, including insulators, etc. (lb)
L = comprimento da cordoalha (ft)
V = Altura Vertical que a cordoalha está fixada na torre, medida da base (ft)
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H = é a distância Horizontal da torre até a base de ancoragem (ft)


N = Número de Pulso ou ondas contadas em determinado Período (tempo) em
segundos
P - Período de tempo medido para uma determinada quantidade de pulsos ou ondas
(s)

Figura 03 – Gráfico do Ciclos por minuto em função do Comprimento da Cordoalha (HS / EHS)

Para converter a medida dada em metros pelo projeto para pés (feet) que é a unidade inglesa
do gráfico acima basta MULTIPLICAR o valor em metros pelo fator 3,28083. Em seguida
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procure o valor no eixo horizontal, cruze com curva da cordoalha desejada e encontre o seu
correspondente no eixo vertical.

Por exemplo, se a cordoalha especificada for ¼” tipo HS e o comprimento de 63.8m então


multiplicado pelo fator temos o comprimento de 209,4 ft e no gráfico da figura 03 obtemos o
valor de aproximadamente 50 ciclos/min. Como a medida recomendável da pretensão é 10%
sendo aceitável entre 7% a 15%, temos que a diferença em relação ao número de ciclos por
minuto (frequência) vai variar respectivamente -16% a +22% em relação ao número
encontrado no ábaco da figura 03. Assim sendo, se o número de ciclos for abaixo de 42 ou
acima de 61 ciclos/min temos que informar a não conformidade verificada para aquele cabo
especificamente. Assim aplicar sucessivamente e anotar numa tabela para tomar as
providencias de ajuste de tração nos cabos. Este método não é tão preciso quanto ao direto.

O ábaco é bastante preciso, com relação a fórmula, mas a leitura do número de ciclos por um
determinado período depende de um conhecimento técnico e experiência mais comprovada.

Referências de resultados:
1. Se a cordoalha estiver muito frouxa, ou seja, com tração abaixo de 5% é perceptível
visualmente. A concatenaria da cordoalha é bastante perceptível. Ao procurar vibrar a
cordoalha a mesma apresenta frequência menor 29% que o número de ciclos encontrados
neste ábaco. O risco é a torre oscilar conforme ação do vento, podendo sentir o seu efeito
visualmente.
2. Se a cordoalha estiver muito tensionada, ou seja, com tração acima de 20% é perceptível
visualmente. A concatenaria da cordoalha é bem reduzida e perceptível, a mesma parece
com o efeito de corda de violão bem afinada. Ao procurar vibrar a cordoalha a mesma
apresenta frequência maior que 41% do número de ciclos encontrados neste ábaco. O
risco é a torre receber uma carga de compressão não prevista e juntamente com a ação
do vento poderá ultrapassar seu limite de resistência e a mesma ruir.

1.5 Procedimento de repintura da torre


Os cuidados começam com o armazenamento das tintas, solventes e diluentes quando
chegam em campo. Devem ser armazenadas em local coberto, bem ventilados, não sujeito
ao calor excessivo, protegidos contra centelhas, descargas atmosféricas e raios diretos do
sol.
O processo de limpeza de superfície é o diferencial do processo de repintura em torres tendo
em vista o grau de limpeza desejado, o grau de intemperismo da estrutura existente e
processo contratado, claramente especificado na proposta técnica comercial.
As normas técnicas aplicáveis são:
ABNT NBR 15158 - Limpeza de Superfícies de Aço por Compostos Químicos;
ABNT NBR 15239 - Tratamento de Superfícies de Aço com Ferramentas Manuais e
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Mecânicas;
Seja qual for o método de tratamento de superfície, a estrutura deverá estar completamente
limpa, isenta de sujeiras, contaminantes gordurosos e seca. No caso de torres, o próprio vento
atua com secador natural.
Para o caso de torres, não aplica o método de tratamento de superfícies de aço com
jato abrasivo e hidro jateamento, conforme norma Petrobras N-9 ou Norma Eletrobrás NE-
003.

1.5.1 Tratamento de superfícies com ferramentas manuais


Segue a referência da NBR 15239 e a NE-007 da Eletrobrás.
O tratamento com ferramentas manuais constitui método aceitável para o preparo de
superfícies para grande parte dos trabalhos de pintura de manutenção, especialmente torres
metálicas. Constitui, entretanto, um processo dispendioso e de aplicação limitada. O
tratamento manual não remove todo o resíduo de óxidos nem a carepa intacta firmemente
aderida. É um processo satisfatório para pequenas áreas e para retoques.
Procedimentos que compreendem o emprego manual de escovas, espátulas, lixas, martelos,
raspadores, picadores e outras ferramentas manuais de impacto, ou a combinação das
ferramentas citadas. É exigida a remoção da carepa, óxidos, ferrugem e tinta antiga soltas,
bem como outros contaminantes prejudiciais. Não se espera, porém, que toda a carepa,
óxidos e tinta antiga sejam removidos por este processo. É aceitável a permanência de
oxidação ou pintura firmemente aderida.
É importante entender os papéis da pintura e galvanização a fogo em torres metálicas. O
papel principal de proteção contra a corrosão é da galvanização a fogo, enquanto que o da
pintura é o balizamento diurno atendendo a normativa do Comar, ou seja, somente para
sinalização aérea diurna.
Embora a tinta seja mais uma barreira de proteção contra a corrosão, cabe a galvanização
esse papel, portanto, é preciso tomar cuidado numa repintura. A opção de remover toda a
tinta existente poderá danificar significativamente a camada protetora do zinco e não
contribuir, além de tornar o processo muito mais custoso. Por esta razão este método é o mais
aplicado. Por isso é aceitável a permanência de pintura antiga que está aderida a estrutura e
pintada sobre a mesma.
Nos pontos de corrosão, o tratamento superficial é feito com produto convertedor de ferrugem,
depois de limpo, aplica-se uma demão de fundo a base de zinco denominado galvanizador a
frio ou CRZ e a tinta PU de base e acabamento.

1.5.2 Tratamento de superfície com ferramentas mecânicas


Segue a referência da NBR 15239 e a NE-007 da Eletrobrás.
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Procedimentos que compreendem o emprego de ferramentas elétricas ou pneumáticas,


escovas rotativas, lixadeiras ou esmerilhadeiras, pistola de agulhas ou outras ferramentas de
impacto ou rotativas ou a combinação destas. É exigida a remoção de placas de ferrugem,
ferrugem e tinta antiga soltas, bem como outros contaminantes prejudiciais à pintura. Não se
espera, porém, que toda a carepa, óxidos e tinta antiga sejam removidos por este processo.
É aceitável a permanência de oxidação ou pintura firmemente aderida.

1.5.3 Limpeza de superfícies por compostos químicos


A limpeza por ação de solventes, quando necessária, deve ser feita antes da execução dos
tratamentos de superfícies que removam ferrugem, carepa de laminação ou camada de tinta
antiga aderente e antes da aplicação de qualquer tinta.
A limpeza com solventes tem como finalidade a remoção de óleos, graxas e contaminantes
suscetíveis à ação do solvente empregado. Caso seja observada na superfície do aço a
presença de terra, salpicos de cimento e outros contaminantes sólidos que possam interferir
na limpeza com solventes, estes devem ser previamente removidos.
Segue como referência normativa a NBR 15.158 - Limpeza de superfícies de aço por
compostos químicos.

A limpeza com solventes deve consistir em:


Remover o óleo ou graxa pelo emprego de um dos seguintes métodos:
o a) para contaminações pequenas e localizadas: friccionar a superfície com
panos ou escovas embebidas com solvente; a limpeza final deve ser feita com
solvente limpo e panos ou escovas limpas;
o b) para contaminações generalizadas ou em grandes áreas: empregar,
preferencialmente, desengraxantes ou detergentes biodegradáveis
adequados, e posterior lavagem com água doce neutra, em volume suficiente
para remoção dos contaminantes.
Se forem usados removedores de tinta que tenham ação química, qualquer resíduo
de parafina destes que permanecer sobre a superfície deve ser eliminado pelo
emprego de solventes apropriados. Quaisquer resíduos alcalinos de removedores
devem ser eliminados pela lavagem da superfície com água doce limpa. Todos os
resíduos prejudiciais, quer sejam de tinta ou de agente removedor, devem ser
eliminados.
Deve ser observado o menor intervalo de tempo possível entre esta limpeza inicial e a
execução da etapa seguinte (aplicação de demão de tinta, preparo de superfície), de
modo a evitar nova contaminação. Caso esta contaminação ocorra, deve ser repetido
o procedimento de limpeza inicial.
Qualquer que tenha sido o método usado para a limpeza, não deve ser deixado
nenhum resíduo sobre a superfície
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1.5.4 Procedimento de Pintura


As tintas normalmente aplicadas em estruturas de torres são a base epóxi e a poliuretana.
Ambas são altamente resistentes as intempéries e de ótima qualidade.
As tintas Poliuretanas são tintas especialmente formuladas para aplicação em exteriores com
grande retenção de cor e brilho quando expostos ao intemperismo, em função de sua
resistência à radiação ultravioleta dos raios solares e às chuvas. Utilizados como acabamento,
em sistemas de pintura com primers ou tintas de fundo e/ou intermediárias epóxi, expostos a
ambientes onde a estética exige aparência de alta qualidade e alta durabilidade.
É utilizável e comumente aplicável em torres as tintas de poliuretano acrílico alifático de dupla
função. Recomendado como primer e acabamento para substratos galvanizados a fogo como
torres de telecomunicação e de transmissão, anemométricas e outras. Pode ser aplicado
sobre fundo epóxi. Possui secagem rápida, excelente resistência ao intemperismo, retenção
de cor e ótima aderência.
Métodos de Aplicação:
• Trincha ou Pincel - para retoques e reforços, áreas menores, etc.
• Rolo (necessita maior número de demãos para atingir a espessura desejada e uniformidade
na cobertura).
• Pistola convencional DeVilbiss JGA 502 FX 704 ou similar. *
• Pressão de pulverização: 2,5 – 3,5 kgf/cm² *
• Pressão no tanque: 1,5 - 2,5 kgf/cm² (21 a 35 psi).*
• Pistola Airless: Bicos 9 a 17.*
• Pressão de pulverização: 140 -175 kgf/cm² (2.500 a 3.000 psi). *
• Sólidos por volume (A+B): 42% (+/- 2) *
• Espessura seca por demão: 40 μm *
• Não aplicar com umidade relativa do ar superior a 85%.
• Somente aplicar se a temperatura do substrato estiver pelo menos 3°C acima do ponto de
orvalho.
* estas especificações podem variar de fabricante de tinta, recomendado consultar om boletim
técnico do fabricante de tintas. Utilizado como referência a tinta Durathane 4101 FC, Durabrax.
Devido a ação do vento, é mais aplicado o uso de pincel e rolo para pintar estruturas verticais
(torres) ao ar livre. Quando a estrutura estiver a nível do solo é possível e mais prático a
utilização de pistolas para maior rendimento.
É possível que haja alguma reação entre a tinta nova e antiga e bolhas apareça. É
recomendado fazer um teste numa pequena área antes de pintar toda a estrutura. Se aparecer
as bolhas, estas devem ser removidas com espátulas, lixada a área danificada e repintada.
É importante sempre manter a documentação técnica da tinta que fora aplicada juntamente
com os projetos da torre a fim de compatibilizar a tinta em caso de manutenções futuras.
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2. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM
Antes de iniciar a montagem de uma torre de estação anemométrica, um checklist detalhado
deve ser feito para confirmar que todos os itens necessários à instalação da torre estão
disponíveis:
• módulos, estais, parafusos, esticadores, suportes dos instrumentos, antitorção, anti-
escalada, para-raios e cabo, sistema trava-queda,
• instrumentos, rádios de comunicação e respectivas baterias, cabos.
• guincho elétrico, pau-de-carga, chaves, cordas, cabo de aço, dinamômetro e catraca
ou tirfor e etc.
• Atenção especial deve ser dada ao aspecto logístico, visto que grande parte dessas
instalações é executada em locais ermos, com pouco ou nenhum suporte a qualquer
tipo de serviço (saúde, transporte, alimentação, hospedagem etc.).
Para a montagem da estação, devem ser executadas as seguintes ações:
• visita prévia ao local da instalação: obter informações imprescindíveis de logística, recursos disponíveis e
segurança.
• verificação da estrutura da torre e seus acessórios: checklist completo e planejamento da montagem,
incluindo a pintura dos módulos em cores brancas e laranjas, conforme projeto.
• preparação do terreno: limpeza para montagem da torre e bases de estaios. Corte da vegetação em torno da
torre e das linhas de estaios.
• posicionamento da torre e das ancoragens dos estais: cuidados especiais para locação das bases da torre para
não localizar em cursos de águas das chuvas. Seguir o projeto de fundação. Tendo em vista que uma face da
torre triangular deverá estar perpendicular a direção principal do vento. Necessário encontrar o Norte.
• preparação da base para fixação da torre;

2.1 Procedimento de escaladas em segurança


• Em todo serviço executado a altura igual ou superior a 2 metros deverá ser previsto
sistema de proteção contra queda, conforme NR 35. Ver EPIs utilizados na figura 05.
• Quando as condições climáticas estiverem instáveis (chuvosas, ventos fortes ou de
alto risco de raios), será vetado o trabalho em altura.
• Todo procedimento de subida, movimentações e descidas deve seguir o método 100%
conectado, adequado a cada situação de trabalho e devidamente orientado por
profissional de Segurança e/ou Supervisores e Fiscais de obra presentes no local.
Figura 04.
• Os trabalhadores deverão usar capacete de segurança, cinto de segurança tipo
paraquedista, talabarte “Y”, calçado de segurança com solado de borracha, luva de
couro e evitar roupas largas e soltas em altura elevada. Complementa-se com óculos
de segurança e proteção solar, bem como os protetores solares.
• Os capacetes de segurança deverão ser bem ajustados à cabeça, admitir circulação
de ar junto à mesma e serem seguros ao queixo através da jugular.
• Deve ser empregado o talabarte “Y” com absorvedor de impacto de 1m, gancho de
110 mm de abertura e fita de ancoragem com comprimento de 60 cm.
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• Os cintos de segurança deverão ser sempre guardados e revisados e inspecionados


antes do início de uma obra.
• Ao subir em alturas mantenha as ferramentas amarradas junto ao corpo. quando usar
várias ferramentas utilize compartimento de armazenamento de matérias (bolsa, porta
objetos, etc.), todos devidamente amarrados.
• Os trabalhadores deverão descer ou subir nas torres preferencialmente pelas escadas.
Durante a montagem ou manutenção é permitido a escalada através das treliças.
• É expressamente proibida a descida das torres deslizando nos estais.
• Somente em caso de emergência é permitida a descida por corda e trava-queda
diretamente.
• Escalada usando talabarte em “Y”: a) o procedimento consiste em escalar a estrutura
sempre ancorado em um ponto, tanto em deslocamento vertical como horizontal,
conforme mostrado na figura 1 A; b) o talabarte deverá ser fixado em local seguro, que
sustente o peso do trabalhador, sendo tomada precaução para não ser preso em
peças frouxas ou frágeis. Figura 04.

Figura 04 – escalada 100% conectado por meio de cinto e talabarte

• Escalada com instalação da linha de vida com talabarte em “Y” e uso de trava quedas:
a) primeiramente, enquanto uma equipe prepara o ferramental na base da torre, um
trabalhador escala a torre usando talabarte em “Y”, levando a corda de linha de vida,
sendo está liberada por outro na base da torre. b) a corda linha de vida será ancorada
na estrutura da torre, no local onde serão realizados os serviços, por meio de fita de
alta resistência com uma volta ao redor do perfil metálico e presa por mosquetão pelas
duas pontas. A corda linha de vida é ancorada na estrutura com mosquetão de aço de
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40 kN, numa posição que melhor facilite a escalada da estrutura com trava-quedas; c)
após a ancoragem da corda linha de vida na estrutura superior e na base da torre com
um peso para mantê-la esticada, os demais trabalhadores sobem e descem a estrutura
utilizando trava-quedas. d) Ao término dos serviços, o último empregado descerá da
torre no procedimento inverso e tirando a corda linha de vida;

Capacete tipo alpinista Cinto de segurança


Óculos escuros Luvas Luvas

Protetor de
nuca e cabeça (região muito
ensolarada)

Cinto de segurança tipo


paraquedista Talabarte de
Talabarte regulável
de posicionamento ascensão em “y”

Botas de Segurança

Protetor solar Perneiras


Sistema trava quedas
(opcional)
Figura 05. Equipamentos de proteção individual.
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2.2 Montagem da torre através do uso de “pau-de-carga”


2.2.1. Fixação do primeiro módulo da torre: deve ser levantado com auxílio de cordas como
se as mesmas fossem os cabos, fixados no topo do módulo. Normalmente os módulos
são de 3 ou 6m de comprimento. Vamos considerar o módulo de 6m. Amarra-se as
cordas no topo e com o auxílio de corda e faz o içamento manualmente contendo a base
da torre para não escorregar. Uma vez em pé, ainda sob sustentação das cordas,
posiciona o módulo no pino central da base e prossegue com o alinhamento vertical
através de nível de bolha (ver Figura 06.a) ou inclinômetro (Figura 06.b) ou até mesmo
o uso de um prumo tipo de pedreiro. É imprescindível medir nos 3 montantes da torre
para manter a verticalidade, 900. Deve-se tomar muito cuidado no levantamento do
primeiro módulo para não sofrer queda. Depois de posicionado na vertical, os estaios
provisórios devem ser bem fixados.

Figura 06.a – Nível de Bolha Figura 06.b - Inclinômetro

2.2.2. Montagem do Pau de carga: ver figura 07 sobre as fases da montagem do pau de
carga. Este mastro tem em torno de 6 a 9m. Para módulos de 6m é recomendado pau
de carga de 9m. Na extremidade superior do pau de carga deve ter uma roldana por
onde passará o cabo de aço do guincho elétrico. O cabo deve ser guiado por meio de
roldanas a fim de direcionar para o guincho, que é fixado distante da torre a fim de dar
visibilidade durante o içamento dos módulos em alturas. Afasta-se aproximadamente
1/3 a 1/2 da altura da torre. Ver foto 09 do guincho típico, deve estar muito bem fixado
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no chão, para tal o guincho deve ser devidamente fixado por ancoras, podendo ser
troncos de madeira enterrados na terra e prendendo o guincho para que resista a tração
do içamento. Faça com segurança acima da solicitada pelo projeto para que o mesmo
não se desloque horizontalmente.
Na figura 07.e temos os principais elementos do sistema de içamento via pau de carga.
• 1 - Pau de carga fixado já passando sobre o topo do módulo montado,
preferencialmente um pouco mais que o comprimento do módulo a ser montado ou no
mínimo um pouco mais que a metade do comprimento dele.
• 2 - O ponto de amarração do módulo que está sendo içado em sua metade;
• 3 - Colocação de guia do cabo de içamento na parte superior do módulo que está
sendo içado; e
• 4 - Cabo de içamento

2.2.3. Sistema de roldana que permanecerá fixada na base da torre a fim de manter o cabo
de aço do guincho elétrico devidamente alinhado ao longo da torre, durante a
montagem. Ver figura 07.d / 07.e / 07.f
2.2.4. Assim que o segundo módulo é fixado necessariamente as novas cordoalhas devem
ser fixadas na torre e nos blocos de estaios. Refazer o processo de alinhamento do
módulo com o inclinômetro, esticar as cordoalhas e aplicar a pretensão determinada em
projeto, confirmada pelo dinamômetro. Ver procedimento item 1.3.2.
2.2.5. Este processo se repete continuamente até a montagem do último módulo.
2.2.6. Quando chegar nos níveis indicados pelo projeto para montagem do sistema de
antitorção, seguir rigorosamente a fixação do sistema na torre e esticar as cordoalhas
devidamente de maneira que os 6 cabos do antitorção estejam com a mesma tensão e
a torre permaneça alinhada e sem nenhuma torção. É fundamental avaliar este
processo com cuidado antes de prosseguir.

Figura 07.a – pau de carga ou haste de força Figura 07.b – detalhe da garra de apoio
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Figura 07.c – amarração da Haste no módulo


Figura 07.d – sistema de roldanas do guia do cabo

Figura 07.f – içamento dos módulos

Figura 07.e – Sistema de içamento do módulo


segundo em diante
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Figura 09 – Guincho elétrico típico

Figura 08 – isntalação das cruzetas na torre – níveis de


içamento das cordoalhas

2.2.1. Os módulos devem ser içados com seus estais já fixados. Na subida do módulo, o
pessoal da base deve ter atenção para evitar que os estais fixados ao módulo enrolem
em outros estais ou em cabos que estejam sendo usados para içamento de materiais.
A fixação dos estais no módulo da torre deve ser feita conforme indicado na Figura 08,
fixado nas cruzetas. Por isso é necessário também corda guia fixado no módulo que
está sendo içado para que um colaborador possa ir monitorando e direcionando a
subida, sempre o afastando da torre e qualquer outra interferência.
2.2.2. A comunicação por meios de sinais e de forma audível e rádio de comunicação é
imprescindível e deve ser bem ajustada previamente entre todos da equipe a fim de
qualquer risco, imediatamente o guincho seja desligado.
2.2.3. O operador do guincho deve ficar sempre atento ao procedimento de içamento, jamais
desviar sua atenção do processo durante o içamento, acompanhar atentamente todo o
trajeto de subida da peça ou até mesmo de descida. O guincho deve possuir sistema
de travamento em caso de interrupção de energia, evitando queda livre do material.
2.2.4. A fixação das cordoalhas devem ser conforme projetos. Podendo ser fixadas com alça
pré-formada ou grampos de fixação, conforme projeto.
2.2.5. Jamais subir o módulo superior sem que o de baixo esteja definitivamente fixado pelas
cordoalhas e pretensionados corretamente conforme projeto ou estaiado
provisoriamente por cordas nas 3 direções e devidamente esticadas. Este tipo de torre
não suporte vãos em balanço, sem estaio. Risco imediato de queda e até morte.
2.2.6. A fixação de um módulo no outro é por meio de parafusos de alta resistência. Seguir
conforme projeto. Deve ser devidamente apertado. Normalmente as torres vem com
pino guia ou uma marcação para que as faces sejam montadas com um alinhamento
mais preciso. Tomar o cuidado de não girar as faces e seguir recomendação do
projeto.
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2.3 Montagem da torre através do uso de Guindaste


A montagem com uso de guindaste agiliza a obra pois os módulos são montados no chão e
içados pelo guindaste. Sua aplicação é limitada a capacidade de içamento do guindaste.
Normalmente viável para alturas baixas, inferior a 40m.
O procedimento de segurança, preparativos, cuidados na escalada são os mesmos. Um
planejamento específico deve ser montado sempre que for utilizar o guindaste, juntamente
com o aval do operador, para que a segurança seja sempre garantida.
Como a estrutura é montada na horizontal e depois levantada, precisa planejar com
segurança, conforme capacidade de cada guindaste, se vai montar em partes e içar ou vai
levantar de uma única vez. Esse processo depende do aval do engenheiro responsável pela
torre, por isso não abordaremos mais detalhes deste processo, tem que ser cada caso um
processo específico.

2.4 Pretensão nas cordoalhas


Durante a fase de montagem dos módulos a torre vai sendo alinhada e os estaios são
devidamente esticados conforme recomendações aplicáveis procedimento de alinhamento ou
substituição de estaios.
• Esticar as cordoalhas novas por meio de catraca ou tirfor juntamente com um
DINAMÔMETRO, tal que a tração aplicada seja conforme valor especificado em
tabela, no projeto. A recomendação é de 7% a 15% da tração de ruptura da cordoalha.
Normalmente adotado 10%.
• Necessário o uso do dinamômetro, podendo ser uma das opções da figura 01 e 02.
• Na fase final, é recomendado o alinhamento final da torre por meio de teodolito. Para
tal seguir os passos do item 1.3.2.
• Depois de devidamente alinhada e ajustada a pretensão nas cordoalhas é
recomendado proteger os esticadores. É recomendado pintar a parte inferior da
cordoalha cobrindo todo o sistema de fixação e esticador.

2.5 Instalação do sistema de balizamento noturno


• O balizamento diurno é constituído de pintura nas cores laranja e branca
alternadamente. O último módulo, obrigatoriamente, deve ser da cor laranja;
preferencialmente em 7 faixas. Ver figura 10.
• No caso do balizamento noturno, deve-se atentar às cores e tipos das luzes instaladas:
baixa, média e alta intensidade. Os tipos das luzes, bem como sua distribuição pela
estrutura da torre, dependem da altura da torre, que sempre terá luz no seu topo. A
portaria n° 256/GC5 do Comando da Aeronáutica, de 13 de maio de 2011 estabelece
as diretrizes para o balizamento. É comum que o sistema de alimentação das luzes
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seja independente e neste caso por painel fotovoltaico, separado e isolado dos
instrumentos de medição anemométrica.
• O balizamento noturno, assim como o para-raios, deve ser montado e instalado de
forma que não provoque interferência no fluxo do vento nos instrumentos de medição
anemométrica. A Figura 12 mostra o topo de uma torre com todos os instrumentos e
equipamentos instalados (anemômetro de topo, anemômetro de controle, Wind Vane,
balizamento noturno e para-raios).

Figura 10 – Balizamento diurno Figura 11 – Balizamento noturno


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Figura 12 – Topo de uma torre com


instrumentos instalados
Figura 13 - Captador Franklin instalado
no topo da torre.

2.6 Instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)


O sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) deve ser composto por um
Captor tipo Franklin (Figura 13) instalado no topo da torre, cabo guia da descarga, suportes
isolantes (Figuras 14.a / 14.b) para fixação do cabo e eletrodos de aterramento. O cabo deve
ser fixado à torre por meio dos suportes isolantes, com espaçamento vertical de 1,5 metro, e
conectado diretamente ao sistema de aterramento no solo. A Norma NBR5419 – 1:2015
estabelece os requisitos técnicos para proteção contra descargas atmosféricas.

Figura 14.a – Suportes isolantes Figura 14.b – Suportes isolantes


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Figura 16 - Cabo de aterramento conectado


diretamente à torre

Figura 15 - Detalhe de um para-raios tipo


Franklin

O aterramento da torre deve ser feito por meio de hastes de aterramento interligados pela
malha de aterramento. Os estais da torre também deverão ser aterrados. A Figura 17 ilustra
o aterramento de uma torre anemométrica.
A estrutura que suporta o captor da descarga atmosférica deverá ser rígida e projetada de
forma que provoque a menor interferência no fluxo do vento, devendo ser fixada diretamente
na estrutura da torre. O para-raios pode ser instalado alinhado a uma das faces da torre e
necessariamente a sotavento (lado para onde o vento sopra) do anemômetro em relação à
direção mais frequente do vento (Figura 18). Dessa forma, nessa direção, o vento não
receberá interferência da estrutura do para-raios. A Figura 45 apresenta um modelo de para-
raios que confere menos turbulências ao fluxo de vento.
Recomenda-se uma distância mínima de 50 vezes o diâmetro da haste vertical do para-raios
em relação à torre.
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Figura 17 - Ilustração esquemática do aterramento de uma torre anemométrica

Figura 18 - Ilustração esquemática mostrando a orientação do para-raios

2.7 Instalação dos sensores e comissionamento da estação


Após a montagem da torre inicia-se a fase de instrumentação, de acordo com as alturas e
orientações definidas no projeto. Deve-se seguir as orientações descritas na IEC 61400-12-
1:2005, no seu anexo G, e na MEASNET.
Faz parte deste procedimento, referente a este item de instalação de instrumentos de
medição, a documentação técnica emitida pelo governo brasileiro através da EPE e pelo
governo alemão através da GIZ, com apoio do Ministério de Minas e Energia, denominado
“Instalação de Estações Anemométricas Boas Práticas”, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015.
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3. Responsabilidade Técnica
Este procedimento foi realizado pelo Engenheiro Responsável ART n.º 20174376865 são de
responsabilidade técnica do Engenheiro Mecânico Sérgio Aparecido Alves do Nascimento,
CREA-PR 26697/D, RG 8.470.622-1 SSP PR, CPF 101.642.998-31, com endereço comercial
na Rua Adélio Correa número 446, Bairro Jardim Osasco, cidade de Colombo, Estado do
Paraná, que abaixo assina.

Colombo, 17 de novembro de 2017.

_________________________________________
Eng. Mec. Sérgio Aparecido Alves do Nascimento
SAN Soluções Empresariais Ltda. EPP

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