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Matéria/assunto: revisão de imunologia

Transcritores: Rafaela – Letícia Meira – Ludmila

Data:
Parte/grupo: parte 1 – grupo 9

Vamos tentar sintetizar o que a gente precisa, temos muito conteúdo ai, vou
tentar priorizar os pontos principais pra gente conseguir fazer essa revisão.
Começando com a resposta imediata a infecção, é importante rever a
sinalização do sistema imune inato. Então a resposta mediada a infecção, ela é
uma resposta que vai acontecer pela sinalização de receptores de
reconhecimento de padrão e esses receptores vão induzir a ativação da
cascata bioquímica, o recrutamento dos fatores de transcrição, como a gente já
sabe para as funções efetoras. Precisamos enforcar essas funções efetoras: a
quimiotaxia que é o recrutamento celular, ele pode ser mediado por
quimiocinas, pode ser mediado pelo complemento.

Qual a importância da quimiotaxia para a resposta imediata a essa infecção?


Direcionar a célula do vaso para o tecido, com objetivo de aumentar a
expressão de moléculas de adesão no endotélio para que possa ser feita
adesão, rolagem, em seguida a diapedese. Porque quando as moléculas de
adesão são expressas, os mediadores estão sendo libertados que vão voltar a
permeabilidade vascular. Então juntamente com o aumento da permeabilidade
vascular, a expressão dessas moléculas de adesão vão fazer com que a gente
tenha o aumento da afinidade dessa célula com o endotélio, para que ocorra a
rolagem e em seguida a diapedese.

Ai só dois pontos importantes que a gente falou: quimiotaxia e diapedese. Qual


a importância desse evento? Quando a gente repensa na resposta imediata a
infecção, a gente pensa em uma resposta inflamatória. Então os eventos que
marcam a resposta inflamatória é esse recrutamento celular. Então vocês vão
lembrar sempre disso, resposta inflamatória é uma resposta celular, vascular,
com a liberação de mediadores, que permite com que o tecido responda aquele
agente agressor, para isso o vaso vai receber essa sinalização da expressão
das moléculas de adesão, juntamente com o aumento da permeabilidade pelos
mediadores e a quimiotaxia para que essas células cheguem até o tecido alvo.
Chegue até o tecido e ele consiga responder aquele agente agressor.

Então a gente vê que a resposta inflamatória, ela esta dentro daquela


sinalização que eu comecei com vocês olha: reconheceu pelo receptor de
reconhecimento de padrão, induziu a liberação de citocinas, a expressão de
moléculas de adesão, a gente vai puxando tudo isso, resgatando coisa que a
gente viu lá na primeira etapa.
Voltando lá, liberou citocinas, as citocinas podem estimular síntese de
proteínas de fase aguda. Proteínas de fase aguda são mediadores da resposta
inflamatória, então a gente vê lá, a importância da PCR, da opsonização, a
importância da PCR em limitar uma nova infecção, a importância dela de como
ser rastreio de infecção, amilóide do soro, a lectina ligadora de manose,
complemento e assim, fator de coagulação, cininas, completando essas
proteínas de fase aguda.

Isso tudo é uma resposta imediata a infecção, o sistema imune inato esta se
preparando para responder. Além disso, quando as células forem direcionadas
para o tecido, em resposta, elas também vão produzir mediadores. Então a
gente viu que existem mediadores que são chamados de mediadores
derivados do acido araquidônico, temos a prostaglandina, o leucotrieno, o
tromboxano, o PAF, as prostaciclinas. Todos esses mediadores vão promover
respostas ali vasculares e celulares com objetivo da resposta inflamatória. O
que caracteriza uma resposta inflamatória? Saída de liquido e células para o
terceiro espaço para ir pro tecido na verdade, o aumento da quimiotaxia, o
aumento da permeabilidade vascular, tudo isso é resposta inflamatória.

Então quando aqueles mediadores forem liberados, nós teremos esses efeitos,
ai a gente caracterizou os derivados do ácido araquidônico: a prostaglandina
tem um efeito de aumentar a permeabilidade, relacionada a dor, relacionada a
febre, os leucotrienos tem o diferencial que é a produção do muco, se eu estou
pensando em uma resposta inflamatória desencadeada por um alérgeno, a
asma por exemplo, tem muita produção de leucotrieno. Além desses
mediadores derivados do ácido araquidônico, a gente discutiu também que há
os mediadores que são pré-formados, que estão prontos, as aminas vasoativas
que são liberadas, principalmente pelos mastócitos.

Então a histamina é uma metabolito que já fica pronto, por isso é chamado de
pré-formado, que em resposta ao complemento, que em resposta ao C3a, ao
C4a, ao C5a é liberado ou em resposta a uma sinalização que pode vir mais
tarde da IgE, mais tarde pela ligação cruzada de um alérgeno ou helminto, para
que isso acontece a degranulação. Então a gente lembra lá que o C3a, C4a,
C5a, eles estimulam a degranulação dos mastócitos, a gente une essas duas
funções.

Para liberar histamina tem um estimulo vem do complemento, por isso que
aquelas células vão ter um receptor para reconhecer o complemento, coloquei
isso na prova de vocês, lembram? Receptor do C3a que vai reconhecer o sinal
e estimular a degranulação. Uma outra coisa importante, essa resposta inata
além desses mediadores, ela é caracterizada por um processo de fagocitose
que foi o que a gente mais trabalhou.

A fagocitose se dá por esse reconhecimento através desse reconhecimento de


receptor de padrão, a interiorização, a formação do fagossomo. Uma vez que o
fagossomo é formado, ele desconecta do lisossomo para formar o
fagolisossomo, para permitir com que as enzimas possam atuar da seguinte
maneira: enzimas proteolíticas para a conversão de proteínas em peptídeos,
enzimas que participam do metabolismo do oxigênio oxidativo (como a oxidase
fagocitica, a mieloperoxidase) e enzimas envolvidas com a síntese do oxido
nítrico. Feito isso, nós teremos peptídeos antigênicos formados, nós teremos
espécies microbicidas e de fato a explosão respiratória, com a formação
dessas espécies microbicidas. Quando os peptídeos são formados, a gente já
tem um elo de ligação para que esse peptídeo seja apresentado lá na
imunidade adaptativo, então isso já esta favorecendo esta comunicação via
sistema imune adaptativo.

Na fagocitose o que a gente precisa ressaltar? Que a gente tem de destaque a


enzima oxidase fagocitica é dependente do NADPH. Esse NADPH é oriundo da
via da pentose fosfato, esse agente redutor juntamente com a enzima ele forma
o complexo NADP oxidase fagocitica, que tem objetivo da formação das
espécies microbicidas. Então se ocorrer uma falha nessa atividade enzimática
leva o comprometimento da fagocitose, isso leva a uma destruição que acaba
sendo não completo do patógeno, isso leva ao acumulo do antígeno e a
formação de um granuloma na tentativa de bloquear a multiplicação daquele
patógeno, com a formação de linfócitos, macrófagos, células gigantes em torno
desse patógeno para tentar conter esse agente.

O que é importante falar também sobre esse processo é que a gente viu
doenças que são correlacionadas a fagocitose. A gente viu a doença
granulomatosa crônica que é o defeito na síntese da oxidase fagocítica, nós
vimos também Chediak- Hisashi que é uma mutação na proteína de trágico
lisossomal que impede a formação do fagolisossomo. Entao a gente viu
defeitos nesse contexto, além de que, a gente tem que ressaltar que não
adianta só o mecanismo de fagocitose para que de fato o antígeno seja
eliminado. A gente pode associar outros defeitos nessa capacidade de ação
dos neutrófilos, pode ser a neutropenia congênita, quando tem diminuição
dessas células do progenitor, é uma imunodeficiência primaria, a gente pode
considerar deficiência da adesão leucocitária. Pois se não tem as moléculas de
adesão, não tem de fato o recrutamento para o tecido, a gente tem lá um
evento de ativação da medula óssea para produzir leucócitos, mas esses
leucócitos não são encaminhados para o sitio de defesa.

Podemos fazer outras correlações, como por exemplo, hiper IgE, a gente tem o
aumento da imunoglobulina E que acaba sendo tóxica a ação da quimiotaxia
dos neutrófilos. Então eu já tenho lá uma outra condição que é o aumento de
uma imunoglobina e uma diminuição das demais, mas esse aumento ele acaba
sendo tóxico e gerando um efeito de menor ação quimiotática do neutrófilo e
isso vai fazer com que em qualquer uma dessas condições, bactérias e fungos,
sejam os agentes predominantes.
Então o que eu preciso que vocês saibam reconhecer para mim é como se dá
o processo de fagocitose, qual a importância desse processo, o que pode estar
associado a fagocitose, quais os defeitos, pode ser lá na formação do
fagolisossomo, na enzima, no recrutamento, na falha da célula, na diminuição
celular. Isso é importante vocês terem ciência e lembrar os principais agentes
associados, como as bactérias recorrentes e os fungos também.

Uma coisa que a gente trabalhou bastante em relação a imunidade inata foi a
resposta de febre, foi no mesmo modelo ai. A gente tem a detecção de um
PAMP´s que vai gerar a liberação de citocinas, essas citocinas são os agentes
pirogênicos que vão ativar o sistema nervoso.Ou seja, vão levar o sistema
nervoso a aumentar a temperatura corporal no titulo de limitar o crescimento
microbiano, aumentar a transformação linfocitária, melhorar a resposta de
fagocitose principalmente no baço e no fígado, aumentar a expressão de
receptores como o do tipo toll-like, aumentar a quimiotaxia.

Então a gente tem uma resposta benéfica em relação a febre, a febre é positiva
para o sistema imunológico, ativa as chaperonas moleculares, faz com que o
curso da resposta imune se prepare para isso de modo que o próprio
metabolismo se programe. Então metabolicamente suprime o metabolismo de
glicose para não ter glicose disponível para o patógeno, começa a favorecer a
utilização de substratos como os ácidos graxos, o TAG, para poder gerar
mediadores da resposta inflamatória que vem lá dos ácidos graxos, começa a
se preparar para sintetizar proteínas de defesa, então estimula o fígado a
utilizar o pool de aminoácidos para a produção desses mediadores.

Então nesse contexto a gente tem a prostaglandina 2, que nós vimos, a


interleucina 1, o TNF, a interleucina 6. Elas são fundamentais para que esse
mecanismo aconteça. Iai a gente viu que esses efeitos da febre vão aumentar
a mobilização do tecido gorduroso, do tecido marrom, isso vai fazer com que a
gente tenha uma alteração vascular para que possa conservar ou manter a
temperatura.

A gente acaba tendo como conseqüência, respostas fisiológicas para poder o


corpo manter essa temperatura elevada. Então eu preciso que vocês possam
ver ai, quais são os eventos imunológicos associados ao quadro da febre, eu
dei até uma listinha para vocês, eu entreguei até impresso. Então o que é
importante, quais as ações imunológicas que a gente tem da febre. É o que eu
tinha comentado com vocês, é o aumento da quimiotaxia, o aumento da
transformação linfocitária, aumento de fagocitose esplênica e hepática.

Então a gente tem ai adaptação do corpo para responder o patógeno,


lembrando que a febre pode ocorrer em resposta ao patógeno, a febre pode
ocorrer segundo a formação de imunocomplexos ligados ai a formação de
doença autoimune, ela pode estar ligada a neoplasia. Então são possibilidades
para que a gente tenha esse evento. O mais importante é dessa sinalização, é
vocês reverem o conceito de febre e lembrar que automaticamente e
metabolicamente o corpo esta todo preparado para isso, o músculo, o tecido
adiposo marrom, a vasculatura, todos os vasos vão se preparar para esse tipo
de resposta. Então de febre é isso.

Uma pergunta que vocês fizeram para mim: eu preciso saber de todos os
mediadores? Então eu vou revê-los na resposta imediata a infecção. O que eu
tenho lá de mediadores possíveis? Temos as proteínas de fase aguda, temos
complemento que também é proteína de fase aguda, temos as enzimas
participantes da fagocitose, as enzimas de dano tecidual que são as proteases,
nós temos os metabolitos ligados ao acido araquidônico que são os
eicosanóides, temos as citocinas e quimiocinas para que toda essa resposta
imediata a infecção aconteça.

No contexto mais de resposta inata, o que eu anotei mais para vocês focarem é
a parte de fagocitose, é a parte da febre. Como que mantém a temperatura?
Esse circuito é bem simples, como que libera a prostaglandina 2, a gente tem a
liberação da COX, a noradrenalina, mas é bem simples. O que mais vai ter
para vocês falarem mesmo é da parte imunológica, mas isso é importante
vocês saberem, pois no contexto lá, vocês vão precisar não descrever essa
informação, mas vocês vão precisar ler sobre isso.

Na parte imunológica você tem como conseqüência um aumento da expressão


de receptores, aumento da produção de proteínas de fase aguda. Se aumentar
a temperatura, quais são as alterações imunológicas, é claro que as
bioquímicas contam muito, liberação da noradrenalina, liberação da COX, tudo
isso são eventos. O efeito é se esta aumentando a quimiotaxia, então existe
uma lista ai para vocês de atividades, isso é importante vocês saberem.
Passado isso, que é aquela aula de número 7 e a aula 8 que pega a febre.

Depois a gente começa com as moléculas que são importantes para a


sinalização de LT e LB. Qual o meu objetivo agora? Passar todas as moléculas
que são importantes, para depois a gente dar seqüencia de cada resposta.
Porque primeiro eu preciso entender, o que eu preciso processar, o que é
processamento para chegar em uma resposta intera, só depois que a gente vai
ver as fases. A gente vai ver o que é necessário para gerar a resposta celular e
a humoral.

Olha só para a resposta celular, que é a resposta do LT, nós vamos precisar
fazer algumas considerações. Na natureza antigênica o antígeno
necessariamente precisa ser uma proteína e essa proteína ela precisa passar
por uma via de processamento, essa via de processamento ela tem um objetivo
de transformar a proteína em peptídeo e associá-la ao MHC. A via de
processamento ela é escolhida segundo a natureza desse antígeno ser intra ou
um antígeno citosólico. Se o antígeno é extracelular, ele vai ser interiorizado, a
via de processamento é chamada de via de vesículas acidas.
A via de vesículas acidas é uma via que tem como mecanismo principal a ação
de enzimas proteolíticas, essas enzimas tem como objetivo converter a
proteína antigênica em peptídeos. Para que essa via aconteça nós vamos
precisar da participação do MHC de classe 2, de um componente chamado de
cadeia invariante e nós vamos precisar também do HLA-DM. Como que ocorre
essa via de processamento? Então ela é uma via que sempre vai acontecer
nas apresentadoras de antígenos, o LB, macrófago e as células dendríticas.

A via de vesículas acidas, ela é na verdade o reconhecimento daquele


antígeno extracelular, ele é interiorizado com a formação de um fagossomo. Da
ação do fagossomo se liga ao lisossomo para a formação do fagolisossomo, na
qual as enzimas proteolíticas teram uma ação sobre a proteína para formar
peptídeos. Enquanto isso, nós temos um reticulo endoplasmático rugoso será
responsável pela síntese de MHC de classe 2, é uma proteína de membrana
que apresenta duas cadeias, sendo cadeia alfa e cadeia beta.

Essas cadeias são alinhadas pelas chaperonas moleculares formando uma


região de fenda que é ocupada pela cadeia invariante. O complexo MHC 2-
cadeia invariante é encaminhado ao complexo de golgi pra que ele seja
liberado. Quando ocorre essa liberação há fusão com a vesícula contendo os
peptídeos antigênicos pra que agora de fato haja atuação do HLA-DM, que é
removedor dessa cadeia invariante, pra que o peptídeo antigênico reconheça a
região de fenda e em uma resposta de imunodominância, ou seja, quem é o
peptídeo mais imunodominante vai se ligar à região de fenda pra formar o
complexo MHC-peptídeo. Que é o complexo MHC 2-peptídeo. Que será
exposto na superfície celular pra promover a ativação do LT CD4.

Então, toda vez que a via de processamento for a via de vesículas ácidas, nós
teremos a ativação do CD4.

A outra via de processamento é a via citosólica. Então, a natureza antigênica é


citosólica, é intracelular. Essa proteína antigênica é sinalizada pela ubiquitina
ocorrendo a poliubiquitinação da proteína antigênica. Isso vai fazer com que
haja o endereçamento ao proteassomapra formação do peptídeo antigênico
que será transportado via TAP, um transportador antigênico, podendo ser
chamado de TAP 1, TAP 2 que por gasto de energia, por ATP é translocado
para o retículo endoplasmático rugoso. Lá será sintetizado cadeia alfa, cadeia
beta. Lembrando que a cadeia beta é uma microcadeia, uma microglobina.
Essas cadeias são alinhadas formando uma região de fenda e agora sim, por
imunodominância, o peptídeo antigênico reconhece região de fenda e já forma
o complexo MHC 1-peptídeo. Será encaminhado para o complexo de golgi para
que seja liberado na vesícula exocítica que tem a região transmembrânica de
ancorar a superfície celular de modo a vir a ativar o LT CD8.

Então, características da resposta celular: a proteína antigênica pode ser


extracelular ou citosólica, isso vai definir a escolha da via. O antígeno sempre
em que ser processado pra que ele possa ser convertido em proteína e
associar ao MHC. Então, o objetivo do processamento é isso: formar o
complexo MHC-peptídeo.

Além disso, pra resposta celular acontecer, nós vamos precisar de molécula da
sinalização. Primeiro delas é o TCR. O TCR é o receptor, basicamente aqui a
gente só vai falar de receptor TCR alfa beta, que é o que a gente vai usar.
Lembrando que o do gama delta é só do intraepitélio. Esse TCR tem o objetivo
de reconhecer o complexo MHC- peptídeo e induzir a sinalização que veio lá
pelos motivos tirosina quinase dependente de receptor. Pra ativar aquela
cascata bioquímica. Juntamente com o TCR nós temos a molécula do primeiro
sinal que é o CD3. O CD3 está sempre próximo, acoplado ao TCR de modo a
transduzir esse sinal. Juntamente com o CD3 nós temos os correceptores que
serão ou o CD4 ou o CD8. E, além disso, nós teremos a molécula de
sinalização que é o CD28, que é o responsável pelo segundo sinal.

Além disso, nós vamos precisar, como a resposta do LT é uma resposta


dependente de 2 sinais. Nós vamos precisar que além do MHC com peptídeo,
do complexo MHC- peptídeo, que a célula apresentadora de antígeno tenha
também a expressão de moléculas que são chamadas de coestimuladoras. O
coestimuladores são glicoproteínas da família B7. Podendo ser chamadas de
B7-1, B7-1, CD80 e CD86. Essas glicoproteínas são expressas e serão
reconhecidas pelo CD28 a fim de gerar o segundo sinal. Então, o segundo sinal
ocorre por meio dessa sinalização.

A falta do coestimulador leva à anergia celular ou ausência de sinalização.


Então, é muito importante que essa sinalização aconteça. Além disso, nós
vamos precisar da expressão de integrinas pra que esses sinais se
mantenham, esses receptores, correceptores, moléculas de sinalização se
mantenham próximas pra que a cascata bioquímica seja ativada no interior das
células. Uma coisa importante também lembrarmos é que o CD28 é
caracterizado como marcador do envelhecimento celular. Então, lá fazendo
feedback com o envelhecimento neurológico. Então, uma vez que ocorra a
depressão dessa molécula, isso marca o envelhecimento neurológico e a falha
do segundo sinal. Por isso, a resposta do idoso é mais lentificada em
decorrência da diminuição da expressão dessa molécula.

Uma coisa também importante é que independente se a gente tem, a via de


processamento é citosólica ou a via é de vesículas ácidas, o objetivo é formar o
complexo MHC- peptídeo pra que toda essa sinalização aconteça.

Aluna: quando tem o reconhecimento intra e extracelular vai ter diferença,


quando você está falando da ativação vai ser igual pra ambos?

Raquel: então, olha só, até agora eu só estou falando assim: o que precisa pra
iniciar uma resposta celular? Os componentes. Eu não dei a sequência ainda
não. Mas as fases são as mesmas, mas as moléculas ligantes são diferentes, a
via de processamento é diferente e a gente conta ainda com a apresentação
cruzada que é pro LT CD8. Então, nós vamos chegar lá ainda, colocar as
diferenças. Até agora eu estou em um momento que eu anotei assim na aula,
eu fiz uma lista, o que é importante pra ter a resposta celular e humoral. Vocês
lembram que eu fiz uma lista disso?

Eu estou tentando mais ou menos colocar na sequência exata que a gente fez
aqui no quadro. Pra ficar mais lógico pra vocês.

Então, isso que a gente precisa pra ter a resposta celular. Agora, eu só quero
fazer mais algumas observações sobre o MHC. O MHC é uma proteína de
membrana, a codificação pra essas proteínas estão relacionadas ao
cromossomo 6 e ao cromossomo 15. E essas moléculas de MHC estão
correlacionadas a um polimorfismo genômico. Então, os genes que codificam
essas proteínas são genes polimórficos, são genes variáveis. E essa variação
vai fazer com que uma população a gente tenha diferentes MHCs. Cada um vai
ter sua individual produção de MHC, embora todos sejam competentes, exceto
pra aquelas condições que a gente viu pro linfócito desnudo. Quando tem a
diminuição da expressão do MHC 1 ou 2 ou os dois em conjunto. O MHC só se
liga a peptídeo e a correspondência é sempre ser o peptídeo imunodominante.
O MHC não se liga a outras naturezas bioquímicas, então, não adiante ser
carboidrato, não adianta o antígeno ser lipídeo, só o peptídeo. E só vai ligar o
que seja imunodominante, ou seja, aquele que vai mais estimular o sistema
imune. Então, o encaixe é perfeitinho ali pra que ocorra essa resposta.

Uma coisa também, o MHC, a gente está focando principalmente no MHC de


classe 1 e classe 2, mas a gente lembra que tem MHC de classe 3 e 4. Mas o
enfoque é gente saber do 1 e 2 na apresentação de antígeno e também na
resposta ao transplante. Dessas moléculas vocês têm alguma dúvida? De qual
a importância do CD3, do CD4, do CD28, B7, do MHC? Tem alguma coisa das
vias de processamento que quer que repita?

Só pra completar aí a gente tem o CTLA-4 que agora ele não é pra ativar a
resposta, ele é pra frear a resposta. Por isso, deixei ele por último, porque ele
não é pra iniciar, ele é pra fechar a resposta. Expressa o sinal inibitório. Ele vai
inibir o segundo sinal, a expressão o CTLA-4.

Pra que a gente tenha a resposta celular, são essas molecular. Agora a gente
precisa coordenar essa resposta. Ela acontece em fases. A primeira fase é
reconhecer o antígeno, a segunda fase é promover a ativação, a terceira
fase é a expansão clonal, a quarta as funções efetoras, a quinta eliminar o
antígeno, diferenciar células de memória e homeostase. É dividido em 5
fases.
Vou coordenar a nossa revisão da seguinte maneira, nós vamos fazer primeiro
pra resposta do CD4. Então, a celular, a ativação do auxiliador e depois vamos
fazer tudo pro LT CD8. Então, eu vou falar pra vocês a sequência de toda a
resposta do CD4, depois eu falo a sequência pro CD8 e depois eu vou falar pra
vocês o que precisar ter pro B, a gente faz a mesma coisa e depois fala as
fases. O timo dependente e independente.

O CD4. Primeira pergunta: por que ativar o CD4? O que a gente está
esperando com a ativação do CD4? Reconhecimento de patógenos
extracelulares. E qual o objetivo desse reconhecimento dos extracelulares?
Desses antígenos que serão interioriazados? A gente pode ter várias
respostas, porque no final se a gente for pensar que quando o CD4 produzir
citocinas, ele pode ir por muitos caminhos. Ativar as células da resposta
inflamatória e estimular os neutrófilos, estimular o macrófago, estimular a
capacidade do LB a produzir opsionina que é o anticorpo. Estimular o LB a
produzir outras imunoglobulinas, estimular o LT citotóxico. A gente pode ter
várias ações. Então, depende, o antígeno é extracelular, depende se a gente
vai direcionar uma resposta mais celular ou humoral, porque a gente lembra
que dentro do CD4 a diferenciação do perfil TH1 pra um tipo de resposta e TH2
pra outro tipo de resposta. TH1 pra um tipo de resposta mais celular e TH2 pra
uma resposta mais humoral.

Pra fazer o reconhecimento a gente conta a APC. Vou falar de maneira geral.
Apresentadora de antígeno, reconheceu o antígeno, ele foi interiorizado, esse
antígeno foi encaminhado pra via de processamento chamada via de vesículas
ácidas. Então, a proteína antigênica foi desdobrada em peptídeos por ação das
enzimas proteolíticas. Nós temos a formação do MHC de classe 2, a
incorporação da cadeia invariante a esse MHC de classe 2, o encaminhamento
desse complexo para o golgi para a liberação da vesícula. Quando a vesícula
contendo peptídeo se fundir com a vesícula contendo o MHC 2 e a cadeia
invariante, há atuação do HLA-DM para que o peptídeo imunodominante
reconheça a fenda e forme o complexo MHC- peptídeo. Será dirigido à
superfície pra formar agora esse complexo exposto pra induzir a segunda fase
que é chamada de ativação.

Então, a primeira fase de reconhecer é esse englobamento, é a via de


processamento até chegar ao complexo MHC 2- peptídeo na superfície celular.
Isso é reconhecer.

Então, a gente vai pra segunda fase: ativar. O que a célula apresentadora faz?
Ela vai levar esse antígeno, se estou pensando em uma célula dendrítica, ela
vai levar esse antígeno para a região de zona T, lá do órgão linfóide secundário
pra que a ativação aconteça. A gente sabe que a ativação vai acontecer nos
órgãos linfóides secundários. Quando chegar lá, o linfócito tem o seu aparato
de sinalização, ele tem o TCR que vai ser reconhecedor do complexo MHC 2-
peptídeo. Esse sinal é transferido pro CD3. Então, isso é chamado de primeiro
sinal juntamente com o CD4. Então, CD4, CD3, TCR reconhecendo o MHC 2
com peptídeo.

Vem lá o segundo sinal. Quem é o segundo sinal? O coestimulador B7, CD80


E CD86 sendo reconhecido pelo CD28. Ocorreu o segundo sinal. Ocorreu o
segundo sinal, a gente vai induzir o quê? Ativação das cascatas bioquímicas.
Então, ativa os motivos tirosina dependentes de imunorreceptor, de receptor e
vai ativando. Eu lembro que a gente resumiu, a gente colocou assim: ativação
de quinases, ou a gente colocou só ativação de cascata bioquímica? (alunos
respondem) Antes da gente chegar na cascata em si, eu estava esquecendo e
foi ótimo vocês terem me ajudado. Aumenta a expressão de moléculas de
adesão, das integrinas, pra que essa sinalização aconteça. Aconteceu essa
sinalização, ativa esses motivos de tirosina dependente de receptor ou de
imunorreceptor e ativa a cascata bioquímica. O objetivo é ativar os fatores de
transcrição pra que sejam produzidos o quê? Se é o CD4, o objetivo dele é o
quê? A citocina. Então, o objetivo de ativar a transcrição é pra transcrever
citocina e automaticamente o receptor pra citocina e moléculas de sinalização.
A gente colocou assim de maneira geral. Isso pra que a resposta possa dar
continuidade. Então, eu coloquei lá pra vocês o exemplo do CD40L pensando
lá na cooperação que vai acontecer entre o T e o B. Mas a gente pode
colocar como efeitos dessa sinalização do LT CD4: citocinas, receptores
de citocinas e moléculas de sinalização.

Aluna: inaudível.

Raquel: a sinalização vai ser pra que isso aconteça.

Aluna: esse é o mecanismo imunológico?

Raquel: então, quais são os passos da ativação? Os receptores, correceptores,


moléculas de sinalização, dá primeiro e segundo sinal. Ativa os motivos de
tirosina dependente de receptor, ativa a cascata bioquímica, fator de
transcrição. E qual o efeito disso? Produzir citocinas, receptores de citocinas e
moléculas de sinalização.

Então, por exemplo, pra vocês verem, vamos discutir uma coisa aqui. na prova
1, estava lá pra vocês fagócitos. O fagócito reconheceu o PAMPs, depois de
toda a sinalização pediu 4 efeitos. Aí vocês podiam colocar tanta coisa, que a
gente falou muita coisa. Aqui, se eu fosse perguntar pra vocês: o linfócito T
CD4 passou pelo primeiro e segundo sinal, ativou cascata bioquímica, ativou
fator de transcrição, quais as respostas esperadas? Síntese de citocinas,
receptores de citocinas e moléculas de sinalização.

Terceira fase: expansão clonal. Se você já ativou a célula, agora a gente tem
que multiplicar, formar clones passam ser efetores agora e produzir a
diferenciação que a gente quer. O que marca a expansão clonal? Produção
da interleucina 2 e do receptor pra interleucina 2 e o aumento do número
de cópias de LT CD4 antígeno-específica. Ela tem que ser específica.
Lembrando que essa expansão clonal que vai garantir que as células possam
fazer o retorno pro sítio de infecção. Se vocês estão lá ativando a célula, ela
passa pela expansão clonal, é pra quê? Pra que aquela quantidade de células
sejam dirigidas pro sítio que vocês querem. Então, por exemplo, aconteceu a
reposta lá no linfonodo mais próximo, passou pela expansão clonal, tem lá
linfadenopatia, aquelas células vão migrar pra onde precisa ter resposta.

Quando essas células migrarem, passado a expansão clonal, a gente tem a


quarta fase que é a fase de funções efetoras. Esse linfócito TCD4 é chamado
de TH0. O TH0 agora ele passa a ser responsivo ao estímulo antigênico mais o
tipo de citocina produzida pra que ele possa se diferenciar em TH1 e TH2.
Então a gente tem o estímulo antigênico mais a interleucina 12, isso vai
promover a diferenciação do TH1. Estímulo antigênico mais a interleucina 4,
nós teremos a diferenciação do TH2.

Lá no exercício de vocês que vocês tinham de resposta celular, e perguntava


pra vocês: quais os critérios que levavam a diferenciação das subpopulações
do CD4? O tipo de antígeno e a citocina produzida, que tipo de antígeno é?
Antígeno + IL-4, antígeno + IL-12. Então isso que diferencia.

Quais são as ações dessa célula? O TH1 continua produzindo a IL-12, ele vai
produzir o TNF e vai produzir o interferon gama. Essas citocinas vão ter ações
que é, há recrutamento de resposta inflamatória, estimular atividade
microbicida dos macrófagos, estimular a síntese de anticorpos que vão atuar
como opsoninas, a favorecer a resposta de fagocitose. Tudo pra melhorar a
resposta do macrófago. Nós temos também atividade citotóxica do LTCD8.

Então, eu preciso que vocês consigam fazer essa separação pra mim, antígeno
mais interleucina 12 resulta em diferenciação de TH1, quais são as citocinas
que ele vai produzir? Interferon, 12 e TNF. Quais são as respostas que a gente
vai ter? (Alunos respondem tudo que foi citado acima). Isso é um ponto
importante, essa diferenciação.

Se for o TH2, nós vamos ter a produção de interleucina 4, 5, 6, 10 e 13. Quais


são as ações disso do TH2? Ele pode estimular a produção da IgE especifica
pra que ela possa sinalizar com os mastócitos pra que possa ocorrer a
sensibilização de mastócitos. Ou também, no desenho de vocês não tinha
mostrado, mas eu falei com vocês que pode acontecer isso com o eosinófilo
pela resposta ao helminto, né? Nós temos a importância de anticorpos
neutralizantes, e a gente lembra de principalmente uma resposta que pode ser
conhecida como resposta imediata ou hipersensibilidade imediata, que ela é
pelo IgE, pelo mastócito e eosinófilo. A gente tem a resposta aos helmintos e é
mediada pela IgE, os eosinófilos, como complementar, tá? Se eu colocar que
ativou o eosinófilo ou ativa IgE, essa é a resposta aos helmintos, eu to falando
da mesma coisa, pode ser formas de expressar diferentes.

(Pergunta inaudível)

RAQUEL: Isso, é qual resposta você tem, é igual aquela perguntinha, acho que
a pergunta 4 dessa atividade, pergunta pra vocês quais eram os fatores
correlacionados a diferenciação da subpopulação de CD4, então é o estímulo
antigênico e a citocina, então o padrão sempre vai ser definido pra isto. Aí eu
até falei assim, a pergunta era só o fator, o fator é o antígeno mais a citocina,
mas eu falei vamos colocar pra estudar, a 4 e antígeno, TH2, a 12 e o
antígeno, TH1.

Olha só, quando o TH2 tiver nessa ação, pra ele estimular esse linfócito B a
produzir a IgE específica, pra resposta alérgica, resposta aos helmintos, ou
mesmo pra produzir anticorpos neutralizantes que podem ser outras
imunoglobulinas, vai ser necessário a interação, então a gente vai ter que fazer
um link porque o LTCD4 do tipo TH2 expressa um ligante chamado CD40L, o
CD40L é reconhecido pelo CD40 do LB pra que essa cooperação aconteça e o
LB possa ser ativado. É só saber qual é a interação de cooperação que é o T
com CD40L e o B com o CD40, pra essa resposta acontecer.

ALUNA: Pra produzir o anticorpo?

RAQUEL: Isso, pra produzir o anticorpo.

Então, funções efetoras realizadas, tá na hora de fazer o quê? A ação daquele


linfócito pra debelar a infecção e agora, a gente começar a recrutar o T-reg.
Quando o T-reg for recrutado, ele vai estimular a expressão do CTLA4, a
expressão de citocinas inibitórias, a apoptose das células efetoras, a privação
metabólica pra que ocorra a paralisação celular, pra que não tenha mais
efetividade, no caso do exemplo que a gente teve lá, foi a sinalização
interrompida do (?), e também essa eliminação das células efetoras, pra que o
organismo tende a voltar a homeostase, mas algumas células efetoras vão ser
recrutadas pra sobreviverem, por estímulo de sobrevivência dos órgãos
linfoides.

Então, desse estímulo, pra que elas respondam a esse estímulo, elas precisam
expressar marcadores de memória, precisa saber quais são os marcadores de
memória? Não, falei que não precisa ficar preocupado com isso, com
numeração, só com a da sinalização que precisa, o primeiro e segundo sinal e
da cooperação, 40L com 40, isso eu preciso que vocês saibam. Agora, aqui é
lembrar da expressão dos marcadores de memória, e também do recrutamento
de macrófagos pra liberação de fatores de remodelamento tecidual, para que o
tecido possa ser remodelado, e aí essa célula de memória vai guardar o sinal
desse antígeno pra que ela possa fazer uma resposta mais rápida e efetiva em
um próximo encontro. Essa célula pode se manter nos órgãos linfoides
secundários ou a medula óssea pode receber alguns plasmócitos por exemplo,
algumas células de memória, e o próprio timo também.

ALUNO: (inaudível) essa (?) de memória é menor dependência de continuação,


maior receptores de (?)

RAQUEL: Tá dentro da expressão dessa fase final, porque olha só, essa
resposta mais rápida, e menos dependente de coestimulação, é porque ela já
guarda uma memória anterior. Então, na hora que ela vai atuar, por que ela
consegue fazer a resposta mais rápida? Porque o sinal do estímulo não precisa
ser tamanha como precisou ser na primeira resposta. Por isso que fala que ela
tem menor dependência de coestímulo.

ALUNA: (inaudível)

RAQUEL: Pode ser pra bactéria, mas pode ser também, por exemplo, pra você
responder a um fungo também, não só bactérias, pode ser um fungo, pode ser
um helminto, pode ser um próprio alérgeno, interiorizou o alérgeno e pra você
estimular a IgE que vem lá da cooperação do CD40L com o 40, não
necessariamente é só a bactéria. Poderia ser um agente intracelular também?
Por exemplo, essa bactéria pode ter sido fagocitada pela apresentadora de
antígeno, uma célula dendrítica, só que essa bactéria, ela fica lá dentro do
macrófago, então, a célula apresentadora de antígeno só foi o disparo pra
ativar TH1 pro TH1 vir ativar o macrófago pra sumir aquela bactéria lá dentro.
Então, pode acontecer outras formas de sinalização, porque senão vai ficar
restrito, por que então ativa a capacidade microbicida do macrófago? É pra
matar os intracelulares, principalmente as bactérias que são sobreviventes, a
gente deu exemplo, a Listeria é sobrevivente dentro do macrófago, por isso que
você precisa ter resposta de TH1, pra você ter resposta de TH1 a via de
processamento foi a via de vesículas ácidas. A diferença é você pensar que
não quer dizer que aquele antígeno que você pegou, aquela bactéria que tava
extracelular, ela sobreviva no espaço extracelular, ela vai sobreviver dentro de
uma célula, ela pode ficar ali dentro, o espaço pra ela crescer é ali, só que o
organismo pegou ela aonde? Quando ela tava fora ainda. Então, toda vez que
pegar algo fora e interiorizar, a vida de processamento tem que sempre ser a
via de vesículas ácidas. Se a gente parte do pressuposto que o antígeno já tá
lá dentro, e é citosólico, tá sobrevivente lá dentro, a via de processamento tem
que ser a citosólica.

Olha só, do TH1, TH2, nós precisamos saber isso aqui. Agora nós vamos pro
LTDC8, que é a via citosólica. Aí nós vamos focar no ponto mais importante,
que é a apresentação cruzada, descrever as fases todas, considerando a
apresentação cruzada que é a principal resposta que o LTCD8 vai ter, e aí é
claro que é essa que eu vou estar cobrando de vocês. Essa é a estratégia.
O que a gente tem pra ocorrer a apresentação cruzada? Uma célula que foi
infectada por um agente intracelular, ela foi englobada por uma célula
apresentadora de antígeno, então apresentação cruzada é isso. Então, por
exemplo, eu tinha lá uma célula de mucosa e tinha um agente intracelular, e aí
ela foi e o que aconteceu? Ela englobou aquela célula. Quando ocorreu esse
englobamento, a célula vai ter que expor o seu antígeno no citosol, e quando
ela expõe o antígeno no citosol, ele passa a ser caracterizado como antígeno
citosólico, se é antígeno citosólico, nós vamos ter uma via de processamento
chamada citosólica.

Então, a proteína é marcada pela ubiquitina, mais de uma vez, então ocorre a
poliubiquitinação, endereçamento ao proteassoma, pra formação do peptídeo
antigênico. Ele é transportado via TAP ao retículo, com gasto de energia. No
reticulo, tá sendo sintetizado um MHC de classe 1, cadeia alfa, beta. Já por
imunodominância, o peptídeo encaixa na região de fenda ou sulco, pra
formação do complexo MHC I-peptídeo. Quando ocorre a formação do
complexo MHC-peptídeo, ele já é endereçado ao Golgi pra formar a vesícula
exocítica de liberação, pra expor essa proteína de membrana juntamente com
o peptídeo antigênico. Então, essa fase de reconhecimento é isso, é uma
apresentadora captando a célula infectada que a gente chama de
apresentação cruzada.

Reconheceu, a gente vai pra fase de ativação. O que a gente vai reconhecer
da fase de ativação? Primeiro que o linfócito LTCD8, ele vai reconhecer o
complexo MHC I-peptídeo, não pode errar isso, juntamente com o CD3 e o
CD8, primeiro sinal dado, ele não é suficiente. Vem o segundo sinal B7, se liga
ao CD28, segundo sinal. Quando o segundo sinal acontece, ativa o motivo
tirosina dependente de receptor, e em seguida, nós temos a ativação da
cascata bioquímica, o recrutamento de fatores de transcrição, pra que a gente
possa ter o estímulo, a síntese dos grânulos, perforinas, granzimas, pra que
haja a ação lítica dessa célula.

O objetivo agora é um pouco diferente, o CD4 o objetivo era produzir citocinas,


moléculas de sinalização, aqui o objetivo é aumentar o estímulo da produção
dos grânulos citotóxicos, são esses grânulos citotóxicos responsáveis pelo
mecanismo efetor. E a gente colocou também a sinalização que veio das
moléculas de sinalização, pra completar isso.

Olha só, pra não ficar aquela coisa de “ah, eu vou ter que decorar essa
sequência”, pensa, qual é o papel do CD8? É liberar perforinas e granzimas.
Então, se ele tá ativado, vai melhorar a capacidade dele de produzir essas
moléculas, já que o mecanismo efetor depende disso. Se o mecanismo efetor
de CD4 é a citocina, o carro chefe é o que? Citocina e o receptor que ela tem.
Então, vocês não vão errar isso. É só lembrar o que a célula faz.

(Pergunta inaudível)
RAQUEL: O mecanismo efetor de CD8 é produzir os grânulos citotóxicos,
perforinas e granzimaspra fazer a lise celular, é isso que vai fazer, que é
aquele conteúdo que a gente viu lá na primeira etapa, aqui a gente sabe só
como ele fez essa produção.

Então, olha só, a fase de ativação é bem simples, é igualzinha a outra, só


considerar, é o MHC I, é o CD8, e o mecanismo efetor final é diferente.

Terceira fase é igual pras duas? É uai, terceira fase é expansão clonal.
Expansão clonal é a (?) pra multiplicação dos linfócitos efetores, é a
multiplicação dos linfócitos, e aí a gente tem como destaque o que
principalmente? Lembram que a expansão clonal do CD8 é maior se considerar
o CD4? Porque o CD4 age ativando outras células, o CD8 é como expliquei pra
vocês, age sozinho ali. Então, a expansão é muito maior, o perfil de mudança.

(Pergunta inaudível)

RAQUEL: Não, isso a gente só comparou, porque o CD8 aumenta muito mais
que o CD4, só pra vocês saberem.

Uma coisa também importante, passou pela expansão clonal, nós temos aí as
funções efetoras, que serão muito simples. (Aluna interrompe com pergunta
inaudível)

RAQUEL: Igualzinho, mesma coisa, só que ao invés de você ter cópias de


CD4, você vai ter cópias de CD8, tá bom?

Expansão clonal, só voltando, vai produzir interleucina 2, receptor da IL-2,


aumento do número de cópias de LTCD8, agora a gente vai pras funções
efetoras, que é a quarta fase.

Então, a gente tem lá a liberação de perforinas e granzimas, ativação do


circuito de caspasespra indução da morte celular, da lise celular. E aí a gente
comentou que em alguns tipos de antígeno, principalmente os que
caracterizam as infecções mais crônicas, como vírus da hepatite, como vírus
HIV, pode ser que ocorra o que a gente chama de exaustão do LTCD8. Ele
começa a expressar o PD-1 começa a expressar o CTLA-4, e impedindo a
célula de desencadear o mecanismo efetor. Então, isso vai garantindo a
sobrevivência desses patógenos no tecido ou na célula.

Então, o que significa exaustão do LTDC8? A expressão de sinais inibitórios,


como a CTLA4, a molécula inibitória PD1, na qual ele não consegue ativar os
mecanismos efetores, isso vai fazer com que haja sobrevivência do patógeno.
Vocês também têm uma perguntinha dessa no roteiro, então, na hora que
vocês forem rever o roteiro do exercício, dá uma revisão nisso, mesma
pergunta que fiz aqui agora.
Em seguida, funções efetoras foram realizadas, tá na hora de eliminação do
antígeno, homeostase, geração de memória. Então, a gente tem recrutamento
do T-reg. Quais são os 4 mecanismos do T-reg? Citocinas inibitórias, privação
metabólica, apoptose e expressão do sinal inibitório que é CTLA-4, certo?

Em seguida, T-reg atuando, a gente tem a expressão de algumas células,


algumas vão se diferenciar em células de memória, pra apresentar os
marcadores de memória imunológica que vão garantir a sua sobrevivência, e
menor dependência de coestimulo na resposta secundária. O que a gente tem
de importante é que essas células efetoras não serão transformadas em
memória, vão ser encaminhas pra apoptose pra que o organismo volte a
quantidade de linfócitos, que não tem lá a quantidade de elevação de células.

(Pergunta inaudível)

RAQUEL: Parte vai pra memória, parte é diferenciada em memória, as demais


que não vão ser mais usadas, elas são encaminhadas pra morte celular, como
o próprio reg faz isso, faz o sinal pra apoptose, e aí pra que o organismo
consiga voltar a essa homeostase. E tenho aí, a ativação do remodeladores
teciduais, ativação do macrófago, praticamente a mesma coisa, então não vai
mudar essa sequência não. Expansão clonal, a parte de eliminação, é tudo
igualzinho, o que vai mudar é a apresentação e os sinais da ativação, e as
funções efetoras.

A gente ainda precisa caracterizar todos os elementos da B, fazer B timo


dependente e independente, e a parte das imunodeficiências.

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