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E-BOOK

EFEITO DA LUZ VISÍVEL


SOBRE A PELE
SOBRE NÓS
O IC - Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele, presente há 12 anos no
mercado, é a união de profissionais de alto nível que hoje atuam no setor
Cosmético, Nutracêutico e Farmacêutico em todo Brasil. Temos o objetivo
principal de levar e compartilhar conhecimento para capacitar os profissionais
da área da saúde através de métodos de ensino atualizados e de altíssimo
nível.

Oferecemos cursos de Pós-Graduação nível Especialização presenciais


reconhecidos pelo MEC nas áreas de Cosmetologia, Nutrição e Farmácia, onde
o aluno recebe dupla certificação, pois além do título de Especialista pelo MEC
recebe também o certificado da Sociedade Brasileira de Educação. Além disso,
ainda oferecemos cursos de extensão presenciais ou cursos de extensão à
distância. Ambos com avaliação e certificação de aproveitamento reconhecida
pela própria Sociedade Brasileira de Educação.
AUTOR
Farmacêutico, especialista em cosmetologia, diretor das Pós- graduações
da Icosmetologia Educacional. Hi Nutrition Educacional, do Departamento
de Desenvolvimento de Formulações e da Consulfarma Assessoria.
Atuou como coordenador de desenvolvimento de produtos na Natura
Cosméticos e como gerente de P&D na AdaTina Cosméticos. Possui 17
anos de experiência na área farmacêutica e cosmética. Além disso, é
Lucas professor e coordenador dos cursos de Pós-graduações com MBA do
Instituto IPUPO/ SBE Educacional.
Portilho Coordena estágios internacionais em desenvolvimento de cosméticos na
Itália, França e Mônaco. Atua em desenvolvimento de formulações para o
mercado Brasileiro, Europeu e América Latina. Atuou em indústria
farmacêutica, farmácias magistrais e elaborou diversos projetos de
desenvolvimento de linhas de produtos cosméticos na empresa
Consulfarma Assessoria. Colunista do Prospector.
Um fato bastante conhecido é que a exposição à radiação UVB leva a danos
diretos no DNA e isso contribui para efeitos carcinogênicos. Posteriormente,
constatou-se que maiores comprimentos de onda da luz UVA também
apresentam efeitos carcinogênicos indiretamente pela produção de
fotosensibilizada de espécies reativas de oxigênio (EROs). Atualmente há
indícios cada vez mais fortes de que a luz visível, principalmente a azul/violeta,
pode ser igualmente danosa prejudicando a pele e também a via de produção
de EROs (Nakashima et al., 2017).
A luz visível é composta por comprimentos de ondas que variam de 400 a 700
nm e podem ser classificadas em cores associadas a cada frequência de seu
espectro, nas quais as mais curtas se propagam na coloração violeta e
aumentam continuadamente através da coloração azul, verde, amarelo,
alaranjado e, por fim, vermelho. Sabe-se que quanto menor o comprimento das
ondas, maior sua intensidade e seu potencial energético, dessa maneira, a luz
azul é considerada como luz visível de alta energia, uma vez que possui
comprimentos de ondas próximo a 434 nm.

Figura 1. Quanto maior o comprimento de


onde, maior será a penetração da luz na
pele
Além da exposição de luz azul emitida naturalmente pelo Sol, estamos cada vez
mais expostos por fontes artificiais de iluminação e eletrodomésticos com
tecnologia LED, como, smartphones e tablets, monitores dos computadores e
até mesmo as TV’s de tela plana, e que estão sendo cada vez mais utilizada
devido ao seu baixo consumo de energia, melhor durabilidade, essas luzes
contém uma luz muito mais prejudicial que a luz gerada pelas lâmpadas
incandescentes. De acordo com estudos, essa luz está relacionada a diversas
patologias, como melasma, envelhecimento cutâneo precoce, câncer de pele,
eritema, fotodermatoses, geração de radicais livres e indução de danos ao DNA
por processos indiretos.
PRINCIPAIS EFEITOS
DA LUZ AZUL
SOBRE A PELE
Já foi comprovado que a luz visível promove pigmentação cutânea mais intensa
que a radiação UVA.
O objetivo de um estudo conduzido por Mahmoud . (2010) foi determinar os
efeitos da exposição à luz visível (400 a 700 nm) sobre as pigmentações
imediata e tardia da pele melanocompetente (fototipos IV a IV), sendo que os
resultados obtidos foram comparados àqueles oriundos da exposição à
radiação UVA (340 a 400 nm).
Os resultados demonstraram que, embora ambos os tipos de radiação sejam
capazes de estimular a melanogênese, a luz visível promoveu uma
hiperpigmentação mais intensa e proeminente, com maior tempo de duração.
O espectro que compreende a luz visível é bastante extenso e é hipotetizado
que os comprimentos de onda entre 400 e 700 nm não exerçam os mesmos
efeitos fotobiológicos sobre a pigmentação. Duteil . (2014) avaliaram os efeitos
pró-pigmentantes de dois comprimentos de onda localizados nas extremidades
do espectro da luz visível: a luz azul (λ = 415 nm) e a luz vermelha (λ = 630 nm).
Foram realizadas avaliações colorimétricas, clínicas e histológicas com doses
crescentes dessas luzes em voluntários saudáveis. Em seguida, esses
resultados foram comparados com a pele exposta à radiação UVB e com a pele
não exposta.
As análises colorimétricas demonstraram que os efeitos decorrentes da
exposição à luz com comprimento de onda de 415 nm são dependentes da
dose, em indivíduos com fototipos cutâneos III e IV, enquanto o comprimento de
onda de 630 nm não promoveu hiperpigmentações.
Em comparação com a radiação UVB, a luz azul (415 nm) induziu uma
hiperpigmentação mais pronunciada, sendo que esta apresentou duração de 3
meses.
Chiarelli-Neto et al. (2014) demonstraram que a exposição à luz visível é capaz
de gerar danos aos melanócitos, através de uma fotossensibilização da
melanina e geração de radicais oxigênio singleto, reduzindo, assim, a
viabilidade celular, aumentando a permeabilidade da membrana e gerando
foto-oxidação do DNA.
REDUÇÃO DE
CAROTENOIDES E LUZ
Vandersee et al. (2015) utilizaram uma fonte simuladora de luz azul/violeta para
avaliar seus efeitos e sua potencial influência sobre o status antioxidante da
pele humana. Para isso, após exposição à radiação, foi mensurada a
concentração de carotenoides em voluntários saudáveis através de
espetroscopia Raman.

A degradação de carotenoides mostrou ser dose-dependente, sendo que esta


foi estimada em 13,5% após exposição à luz visível na dose de 50 J/cm² e de
21,2% na dose de 100 J/cm².
A degradação de carotenoides cutâneos demonstra indiretamente a
quantidade de radicais livres gerados, especificamente as espécies reativas de
oxigênio. Todos os voluntários apresentaram redução da concentração de
carotenoides cutâneos, de maneira similar à causada pela exposição às
radiações ultravioleta e infravermelha, levando à conclusão que a exposição à
luz visível exerce efeitos deletérios sobre a pele.
REFERÊNCIAS
Nakashima Y1, Ohta S1, Wolf AM2. Blue light-induced oxidative Espinoza JH1, Mercado-Uribe H2.Visible light neutralizes the
stress in live skin. Free RadicBiol Med. 2017 Jul;108:300-310. effect produced by ultraviolet radiation in proteins. J
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Vandersee S1, Beyer M1, Lademann J1, Darvin ME1. Blue-violet
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Mahmoud BH1, Ruvolo E, Hexsel CL, Liu Y, Owen MR, Kollias N,


Lim HW, Hamzavi IH. J Invest Dermatol. 2010 Aug;130(8):2092-7.
doi: 10.1038/jid.2010.95. Epub 2010 Apr 22.

Chiarelli-Neto O1, Ferreira AS1, Martins WK1, Pavani C1, Severino


D1, Faião-Flores F2, Maria-Engler SS2, Aliprandini E3, Martinez
GR3, Di Mascio P1, Medeiros MH1, Baptista MS1. Melanin
photosensitization and the effect of visible light on epithelial
cells. PLoS One. 2014 Nov 18;9(11):e113266. doi:
10.1371/journal.pone.0113266. eCollection 2014.
E-BOOK
EFEITOS DA LUZ VÍSIVEL
SOBRE A PELE

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