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Relatividade

Isso significa que qualquer experiência física


realizada dentro de um laboratório deverá obter os
mesmos resultados de um experimento idêntico re-
alizado dentro de um trem que viaja com velocidade
constante, ou seja, não existe referencial inercial
Albert Einstein nasceu dia 14 de março de 1879, absoluto.
em Ulm, uma pequena cidade alemã. Após passar
sua infância em Munique, mudou-se para a Suíça,
onde começou seu estudo em Física. Em 1901, já
graduado bacharel em Física, Einstein naturalizou-
se suíço no mesmo ano em que foi nomeado fun-
cionário do departamento de patentes em Berna,
após algumas frustradas tentativas como professor
universitário. Em 1905, aos seus 26 anos de idade,
Einstein publicou, no Anuário Alemão de Física, Imagine que um astronauta se encontra no es-
três artigos que mudariam a história da Ciência: um paço sideral longe de qualquer campo gravitacional,
sobre o movimento browniano; outro sobre o efeito imerso na escuridão do universo. Suponha que a
fotoelétrico e um sobre a relatividade (mais tarde única coisa que esse astronauta consegue enxergar
denominada relatividade restrita ou especial). Sua é um ponto brilhando no escuro movendo-se na sua
nova teoria traz novas concepções a respeito dos direção com velocidade constante. Nessas condi-
conceitos de tempo e espaço, criando uma nova visão ções, o astronauta não é capaz de determinar se o
de mundo. Em 1916, Einstein anuncia a nova teoria movimento é do ponto, dele ou de ambos. Assim,
da relatividade geral, em que ele amplia suas ideias dizemos que não existe nenhum referencial inercial
para referenciais não-inerciais, criando uma nova privilegiado.
teoria para a gravitação.
2.º postulado de Einstein
Postulados
A velocidade da luz no vácuo tem sempre o
da relatividade restrita mesmo valor em todos os referenciais inerciais.
Em 1905, Einstein apresenta ao mundo sua
nova teoria: a relatividade restrita. Seu trabalho Isso significa que a velocidade da luz é uma
teve o intuito de mostrar a incompatibilidade entre constante universal. Em qualquer referencial inercial
a teoria eletromagnética de Maxwell e a mecânica medido a velocidade da luz sempre será 300 000km/s,
newtoniana, questão que o preocupava desde a independentemente do movimento relativo entre a
adolescência. Convicto das falhas da mecânica clás- fonte e o observador.
sica, após muitas reflexões e experimentos mentais,
Einstein apresenta seus dois postulados que podem
ser enunciados da forma como se segue.

1.º postulado de Einstein


As leis da Física são as mesmas em qualquer Imagine um motoqueiro guiando sua moto-
eferencial inercial. cicleta em uma estrada retilínea, com velocidade
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1
constante e igual a 300 000km/s. Apesar de sua ve- Considere, por exemplo, dois torcedores, A e B,
locidade em relação ao solo ser igual à velocidade da em posições A e B de um estádio de futebol:
luz, o motoqueiro consegue enxergar seu reflexo no

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espelho da motocicleta. Esse fato decorre do primeiro
postulado de Einstein, pois, do contrário, as leis da
Física seriam diferentes no referencial da motoci-
cleta. Assim, apesar de sua altíssima velocidade, a
velocidade da luz medida em relação à motocicleta
será igual a 300 000km/s.

Simultaneidade
A figura a seguir representa um evento ocorrido
dentro de um trem que viaja com velocidade cons-
tante, observado por um passageiro. Depois que a
lâmpada é ligada, ambas paredes são atingidas pelos Como os observadores se encontram em pontos
raios luminosos simultaneamente. diferentes do estádio, não poderão observar simul-
taneamente um evento que ocorre dentro do campo
(uma jogada de cruzamento na área, por exemplo).
Isso porque os fótons que transportam essa informa-
ção visual viajam com mesma velocidade em todas as
direções; assim, o observador A enxergará o evento
antes do observador B. Naturalmente, essa diferença
entre os intervalos de tempo que o observador A leva
para receber as informações e aquele que o observa-
dor B leva é muito pequena; porém, não é nula.

Dilatação do tempo
A partir das ideias lançadas pela teoria da rela-
tividade de Einstein, grandezas como espaço, tempo,
massa e energia perdem seu status de grandezas
A próxima figura representa o mesmo evento ob- absolutas e passam a depender do referencial em
servado por um pedestre que se encontra em repouso relação ao qual estão sendo medidas. Isso pode pare-
em relação ao solo. Repare que esse observador verá cer impossível, à primeira vista, em termos do senso
os raios luminosos atingirem a parede da esquerda comum, mas veremos como a teoria da relatividade
primeiramente. mostra, de maneira muito simples, que a mecânica
clássica de Newton não é válida para altas veloci-
dades, próximas à da luz, constituindo-se apenas
de uma boa aproximação para velocidades baixas,
muito inferiores à c.
Considere um evento que possa ser observado
de dois diferentes referenciais inerciais.
A figura representa um único feixe de luz que
parte de uma lâmpada localizada no teto de um vagão
de um trem, que viaja com velocidade constante v,
Assim, concluímos que a simultaneidade dos em direção ao piso deste vagão, observado por um
eventos ocorridos é relativa, dependendo do refe- passageiro do trem.
rencial inicial adotado. Como na natureza todos os
corpos ou informações viajam com uma velocidade
limite, c, não é possível que dois observadores, situa-
dos em referenciais diferentes, recebam uma mesma
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informação em um mesmo instante de tempo.

2
A distância percorrida pelo feixe de luz, obser- 2
(c.t) = (v.t) +(c.t 0 )
2 2
vado pelo passageiro do trem, é dada por
c2 .t2=v 2 .t2+c2 .t20
d0=c.t0
c2 .t2 -v 2 .t2=c2 .t20

(c2 -v 2 )t2=c2 .t20


onde c representa a velocidade da luz e t0 é o inter-
valo de tempo medido por um cronômetro no interior c2 .t2
t2= 2 02
do vagão. (c -v )
A figura a seguir mostra o mesmo evento obser- c2 .t02
t2=
vado por um pedestre que se encontra em repouso v2
em relação ao solo. c2 .(1- )
c2
t2
t2= 0 2
v
1– 2
c
t20
t=
v2
1–
A distância percorrida pelo feixe de luz obser- c2
vada por um pedestre em repouso em relação ao solo
é dada por
t0
d=c.t t=
2
v
1–
c
onde t é o intervalo de tempo medido por um cro-
nômetro que se encontra em repouso em relação ao
solo. A distância percorrida pelo trem durante esse Essa é a equação da dilatação do tempo. Ou
mesmo intervalo de tempo é dada por seja, o intervalo de tempo t medido pelo observador
no referencial fora do trem é maior do que o intervalo
D=v.t de tempo t0 medido pelo observador no referencial do
trem em movimento, para o mesmo evento. Podemos
dizer, dessa forma, que o tempo dilatou-se para o
onde v é a velocidade do trem em relação ao solo.
referencial em movimento do trem.
A partir do teorema de Pitágoras, é possível
Podemos perceber desta equação que se a velo-
analisar a relação entre o intervalo de tempo medi-
cidade v do trem for muito menor do que a velocidade
do no referencial do trem, t0, e o intervalo de tempo
da luz, o termo elevado ao quadrado se aproxima de
medido no referencial do solo:
zero e ficamos com:
t ≅ t0

Ou seja, para movimentos acontecendo a uma


velocidade muito inferior à da luz, a dilatação do
tempo pode ser considerada como desprezível. Da
equação da dilatação do tempo, vemos que os inter-
valos de tempo t e t0 relacionam-se a partir de um
fator , tal que:
Assim, colocando as distâncias no teorema de
Pitágoras e isolando t, temos:
t 1 1
= → γ=
t0 v
2
v
2
1– 1–
c c
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3
Assim, temos:
L=v.t0
t=γ .t0

Assim, relacionando as duas medidas de com-


O fator é conhecido como fator de Lorentz. primento, temos
Importante: não é uma constante! É um fator que L0
v.t
depende da relação entre a velocidade do movimento =
L v . t0
considerado e da velocidade da luz no vácuo, c.
A partir de uma análise cuidadosa da equação, L0
t
podemos concluir que: =
L t0
•• nenhum corpo que tenha massa pode viajar
com velocidade maior do que a velocidade da L0
luz, pois isso resultaria em uma raiz quadrada =
de um número negativo; L t0

•• nenhum corpo que tenha massa pode viajar 2


v
com velocidade igual à velocidade da luz, 1–
c
pois isso resultaria em uma fração com de-
nominador zero; t0

•• para qualquer corpo que viaje com velocidade


próxima a velocidade da luz, o tempo “passa 1
mais devagar”. L0 2
= v
L 1–
c
Contração do espaço
A contração do espaço é uma consequência da
dilatação do tempo. Imagine um trem que viaja a uma
2
velocidade próxima à velocidade da luz e se afasta v
de uma plataforma. Um observador em repouso em L= L0 1–
c
relação à plataforma resolve medir o comprimento
desta utilizando-se de uma trena. Outra forma de
se calcular o comprimento da plataforma é medindo Em termos do fator de Lorentz, , temos:
o intervalo de tempo t necessário para que o vagão
do trem, que viaja com uma velocidade v, percorra L
toda a extensão da plataforma. Esse comprimento L= 0
γ
é chamado de comprimento próprio L0, pois, em
relação a esse observador, a plataforma está em
repouso. O intervalo de tempo t não pode ser con- Essa é a equação da contração do espaço. Um
siderado tempo próprio, pois são necessários dois corpo que viaja com velocidade próxima à velocidade
cronômetros sincronizados para registrar os dois da luz em relação a um determinado referencial mede
eventos (a passagem de um ponto do trem por cada distâncias mais curtas que um corpo em repouso em
extremidade da plataforma). O comprimento L0 da relação a esse mesmo referencial.
plataforma é dado por

L0=v.t Dinâmica relativística

Dentro do trem, um outro observador mede o Massa e energia


comprimento da plataforma. Com apenas um cro-
nômetro, ele registra o intervalo de tempo t0 que a Para que a conservação da quantidade de mo-
plataforma leva para atravessar completamente sua vimento continue válida para colisões em sistemas
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janela. Se a velocidade do trem é v, o comprimento isolados, pela teoria da relatividade é preciso que a
da plataforma medido por esse observador é dado massa deixe de ser uma grandeza invariável e passe
por: a depender da velocidade.
4
Se designarmos de m0 a massa de repouso de
do para uma missão muito importante: viajar pelo
uma partícula, sua massa m a uma velocidade v será
Universo em uma incrível espaçonave que atinge
dada por:
uma velocidade de 80% da velocidade da luz!
m0 O grande dia chegou: Pedro já está preparado
m= para a viagem, e se despede de João. Eles sabem,
2
v porém, que Pedro voltará, e quando esse dia
1–
c chegar, eles poderão retomar as suas vidas nor-
malmente. No entanto, essa volta de Pedro traria
surpresas que eles jamais poderiam imaginar...
Ou, em termos do fator do Lorentz: Após registrar em sua espaçonave um tempo
de viagem de 30 anos, Pedro voltou para casa,
m=γ .m 0 com a idade de 55 anos. Ao chegar, percebe
com espanto que seu irmão está com 75 anos de
idade! Ou seja, enquanto para Pedro, viajando a
Assim, temos que se >1, ou seja, se o corpo uma velocidade próxima à da luz, passaram-se
apresenta velocidade diferente de zero, sua massa 30 anos, para seu irmão João que ficou na Terra
é maior do que a sua de repouso. passaram-se 50 anos.
O aumento de massa não significa aumento Isso é explicável pela teoria da relatividade
na quantidade de matéria; um elétron acelerado restrita: para referenciais que viajam à velocida-
continuará sendo apenas um elétron. Porém, com des próximas à da luz, o tempo se dilata, passando
maior inércia em relação ao referencial em que ele “mais devagar”.
se move.
Pois bem... Onde está o paradoxo?
A equação que estabelece a relação entre massa
e energia é, talvez, a mais famosa de todas as equa- O paradoxo é que, para Pedro, a sua nave
ções da Física: está estática e a Terra viaja em relação a ele a
uma velocidade muito próxima à da luz! Assim,
o tempo deveria passar mais devagar para o seu
E=m.c2
irmão, João, e não para ele...Parece que há uma
simetria entre os papéis dos irmãos mas isso não
Nessa expressão, E é a energia total do corpo em é verdade.
movimento em relação a um observador que mediu a João fica sempre num referencial não ace-
massa m. Com o corpo em repouso em relação a esse lerado (para simplificar) e pode fazer cálculos
observador, teremos que a sua energia de repouso de relatividade restrita. Já no caso de Pedro, o
E0 será dada por: foguete decola e aterrissa, sofre aceleração e de-
saceleração. Nesses referenciais acelerados, não
E0=m 0 .c2 se pode aplicar a relatividade restrita. Conclusão:
acredite só na resposta do irmão que ficou na
Terra: ele está mais velho quando se reúne com
A partir da equação de Einstein, pode-se cons- seu gêmeo astronauta.
tatar que massa e energia são duas manifestações
diferentes de uma mesma grandeza física; toda
energia possui massa, e vice-versa. Se fosse possível A
B
converter completamente em energia a massa de C
D
1kg, essa seria suficiente para manter uma lâmpada E
de 100W acesa durante 28 milhões de anos!
1. Um elétron com energia cinética de 20 GeV, que po-
deria ser gerado no acelerador linear de partículas de
Stanford, Estados Unidos, tem uma velocidade v = 0,999
999 999 67c. Se esse elétron competisse com um pulso
de luz numa corrida até a estrela mais próxima, fora do
sistema solar (Proxima Centauri, situada à distância de
O paradoxo dos gêmeos 4,3 anos-luz = 4,0 . 1016 m), por quanto tempo o pulso
de luz venceria a corrida?
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Imagine dois irmãos gêmeos, Pedro e João,


com 25 anos de idade. Pedro é astronauta, e João `` Solução:
não gosta muito de sair de casa. Pedro foi escolhi-
5
Sendo L a distância até a estrela, a diferença entre os d = v .t 0
tempos de percurso é:
d =0,8 . c .75 anos
L L c-v d = 60 anos
∆t = - ⇒∆t =L
v c vc
Ou seja, para o referencial da nave em movimento
Como v é muito próximo de c, podemos fazer v = c no passaram-se 75 anos, e não 125 anos, como medido
denominador desta expressão. Porém, não no numera- na Terra, e a distância percorrida foi de 60 anos-luz, ao
dor! Fazendo isto, obtemos: invés de 100.

L v  (4,0.1016 )(1-0,99999999967) A
∆t = 1-  ⇒∆t = B
C
c c 3,0.108 D
E
∆t =0,044s ⇒∆t =44ms
1. (UEL) A teoria da relatividade restrita, proposta por
2. Uma nave afasta-se da Terra a uma velocidade constante Albert Einstein (1879-1955) em 1905, é revolucionária
v = 0,8.c. Sabendo que a distância percorrida pela nave, porque mudou as ideias sobre o espaço e o tempo, mas
medida por um observador na Terra, é de 100 anos-luz, em perfeito acordo com os resultados experimentais. É
determine: aplicada, entretanto, somente a referenciais inerciais.
Em 1915, Einstein propôs a teoria geral da relatividade,
a) o tempo de viagem medido por um observador na Terra;
válida não só para referenciais inerciais, mas também
b) o tempo de viagem medido por um observador para referenciais não-inerciais. Sobre os referenciais
dentro da nave (dilatação do tempo); inerciais, considere as seguintes afirmativas:
c) a distância percorrida pela Terra medida por um ob- I. São referenciais que se movem, uns em relação aos
servador em repouso em relação ao referencial da outros, com velocidade constante.
nave (contração do espaço).
II. São referenciais que se movem, uns em relação aos
outros, com velocidade variável.
`` Solução:
III. Observadores em referenciais inerciais diferentes
a) O tempo de viagem, medido port0um observador na
t = medem a mesma aceleração para o movimento de
Terra é dado por: v
1-( ) 2 uma partícula.
c
d0 = v.t Assinale a alternativa correta.
t0
125 anos=
100.anos.c =0,8.c.t 0,8.c 2 a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
1-( )
100.anos.c c b) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
=t
0,8.c t0
125 anos= c) As afirmativas I e II são verdadeiras.
t = 125 anos 1-(0,8)2
d) As afirmativas II e III são verdadeiras.
t0
b) a dilatação do tempo é 125
dadaanos=
por: e) As afirmativas I e III são verdadeiras.
1-0,64
t0 2. A Super-Menina voa com uma velocidade c, ou seja,
t
t = 125 anos= 0 igual à da luz, enquanto se maquia em frente a um
v 2 0,36
1-( ) pequeno espelho plano. Responda: ela conseguirá ver
c t a sua própria imagem refletida no espelho?
125 anos= 0
t0 0,6
125 anos=
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0,8.c 2
1-( ) t0 =125 anos.0,6
c
t0 t 0 = 75 anos
125 anos=
1-(0,8)2
t0
125 anos=
1-0,64
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t0
125
c) aanos=
contração
0,36do espaço pode ser calculada por:
t0
125 anos=
6 0,6
t0 =125 anos.0,6
t 0 = 75 anos
3. (UFMG) Observe esta figura: nas posições fornecidas por esses satélites, é necessário
corrigir relativisticamente o intervalo de tempo medido
pelo relógio a bordo de cada um desses satélites. A
Priscila
teoria da relatividade especial prevê que, se não for feito
nave esse tipo de correção, um relógio a bordo não marcará o
mesmo intervalo de tempo que outro relógio em repouso
plataforma na superfície da Terra, mesmo sabendo-se que ambos
os relógios estão sempre em perfeitas condições de
funcionamento e foram sincronizados antes do satélite
ser lançado. Se não for feita a correção relativística para
Paulo Sérgio, viajando em sua nave, aproxima-se de uma o tempo medido pelo relógio de bordo:
plataforma espacial, com velocidade de 0,7c, em que c
a) ele se adiantará em relação ao relógio em terra en-
é a velocidade da luz.
quanto ele for acelerado em relação à Terra.
Para se comunicar com Paulo Sérgio, Priscila, que está
b) ele ficará cada vez mais adiantado em relação ao
na plataforma, envia um pulso luminoso em direção à
relógio em terra.
nave.
c) ele se atrasará em relação ao relógio em terra du-
Com base nessas informações, é correto afirmar que a
rante metade de sua órbita e se adiantará durante a
velocidade do pulso medida por Paulo Sérgio é de:
outra metade da órbita.
a) 0,7c
d) ele ficará cada vez mais atrasado em relação ao re-
b) 1,0c lógio em terra.
c) 0,3c 7. (UFLA) Quando aceleramos um elétron até que ele atinja
uma velocidade v = 0,5c, em que c é a velocidade da
d) 1,7c
luz, o que acontece com a massa?
4. No instante t = 0, um pulso de luz é emitido do ponto O.
a) Aumenta, em relação à sua massa de repouso, por
O tempo que a luz demora para percorrer a distância L
L um fator
é t= , onde c é a velocidade da luz no vácuo.
c b) Aumenta, em relação à sua massa de repouso, por
um fator
c) Diminui, em relação à sua massa de repouso, por
um fator
d) Diminui, em relação à sua massa de repouso, por
um fator
e) Não sofre nenhuma alteração.
8. (UFSE) A teoria da relatividade de Einstein formaliza
Se a fonte luminosa estivesse se deslocando para a adequadamente a mecânica para os corpos que viajam
direita, quando da emissão do pulso, o tempo, para a velocidades muito altas, evidenciando as limitações
percorrer a distância L, seria: da mecânica newtoniana. De acordo com essa teoria,
analise as afirmações:
L
a) menor do que (01) A velocidade limite para qualquer corpo é a velo-
c
L cidade da luz no vácuo, aproximadamente, 3.108
b) maior do que
c m/s.
c) igual a L (11) O tempo pode passar de maneira diferente para
c
d) impossível de ser determinado observadores a diferentes velocidades.

5. Considerando o exercício anterior, qual seria resposta (22) As dimensões de um objeto são sempre as mes-
se a fonte luminosa estivesse se movimentando para a mas, quer ele esteja em repouso, quer em movi-
esquerda quando da emissão do pulso? mento.
(33) A massa de um elétron viajando à metade da ve-
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6. Nos dias atuais, há um sistema de navegação de alta


precisão que depende de satélites artificiais em órbita locidade da luz é maior do que a do elétron em
em torno da Terra. Para que não haja erros significativos repouso.
7
(44) A célebre equação E = mc2 pode explicar a ener- A
B
gia que o Sol emite quando parte de sua massa se C
D
converte em energia. E

Soma ( ) 1. Independentemente dos efeitos provocados pelos


9. (UFBA) Considerem-se os seguintes dados: movimentos de rotação e de translação da Terra, um
referencial ligado a um laboratório na Terra não é, a rigor,
•• velocidade da luz no vácuo: c = 3 . 108 m/s; um referencial inercial porque, em geral, uma partícula
colocada em repouso neste referencial não permanecerá
•• massa do elétron: me = 9,11 . 10-31 kg;
em repouso; ela cairá sob a ação da gravidade. Muitas
•• massa do próton: mp = 1,67 . 10-27 kg; vezes, porém, os eventos acontecem tão rapidamente
que podemos ignorar a aceleração da gravidade e tra-
•• constante de Planck: h = 6,63 . 10-34 J.s;
tar o referencial como se fosse inercial. Considere, por
•• um elétron-volt: 1 eV = 1,6 . 10-19 J. exemplo, um elétron com velocidade v = 0,992c, proje-
Com base nesses dados e de acordo com a teoria da tado horizontalmente numa câmara de ensaio, fixa num
relatividade e a física quântica, é incorreto afirmar: laboratório, onde ele percorre uma distância de 20cm.
Quanto tempo leva o elétron nesse percurso?
a) ao acendermos os faróis de um automóvel que se
movimenta em linha reta, com velocidade v, a velo- 2. No exercício anterior, calcule a que distância o elétron
cidade do sinal luminoso, medida por um observa- cairia durante o intervalo de tempo encontrado. O que
dor parado na estrada, é igual a v + c. podemos concluir sobre a conveniência de se aceitar o
laboratório como um referencial inercial?
b) a ordem de grandeza da energia de repouso de um
átomo de hidrogênio é de 10-10 J. 3. A velocidade típica de deriva de um elétron num condu-
tor que transporta uma corrente (0,5mm/s).
c) a energia que deve ser fornecida a um átomo de
hidrogênio, para fazer seu elétron passar da órbita 4. Um limite de velocidade numa auto-estrada (90km/h).
mais interna de energia (E1 = -21,73.10-19 J) a uma 5. A velocidade típica de recessão de um quasar distante
órbita mais externa de energia (E2 = -5,43.10-19 J), (3,0 . 104 km/s).
é de aproximadamente 10 eV.
6. (UFRN) Bastante envolvida com seus estudos para a
d) O comprimento de onda da radiação eletromagné- prova do vestibular, Sílvia selecionou o seguinte texto
tica que, absorvida por um átomo de hidrogênio, sobre teoria da relatividade para mostrar à sua colega
faz passar o elétron da órbita de energia E1 para Tereza:
a órbita de energia E2, sendo E2 > E1, é dado por
hc À luz da teoria da relatividade especial, as medidas de
λ= .
E2 – E 1 comprimento, massa e tempo não são absolutas quando
realizadas por observadores em referenciais inerciais di-
e) A radiação eletromagnética manifesta tanto proprie-
ferentes. Conceitos inovadores como massa relativística,
dades ondulatórias (na interferência e na difração)
contração de Lorentz e dilatação temporal desafiam o
como propriedades corpusculares (nos processos
senso comum. Um resultado dessa teoria é que as di-
de absorção e de emissão).
mensões de um objeto são máximas quando medidas
10. (Ufc) A energia cinética de um elétron relativístico é N em repouso em relação ao observador. Quando o objeto
vezes a sua energia de repouso. A energia relativística se move com velocidade V, em relação ao observador, o
é K =Mc2 1 2–1 resultado da medida de sua dimensão paralela à direção
v do movimento é menor do que o valor obtido quando em
1–
c2
repouso. As suas dimensões perpendiculares à direção
do movimento, no entanto, não são afetadas.
(c é a velocidade da luz no vácuo, M a massa de repouso
do elétron no referencial em que sua velocidade é v). Se Depois de ler esse texto para Tereza, Sílvia pegou um
cubo de lado L0 que estava sobre a mesa e fez a seguinte
a razão v = 15 , o valor de N é:
c 16 questão para ela:
a) 1
Como seria a forma desse cubo se ele estivesse se mo-
b) 2 vendo com velocidade relativística constante, conforme
c) 3 direção indicada na figura 1?
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d) 4 A resposta correta de Tereza a essa pergunta foi:

e) 5
8
para se obter esse resultado, a velocidade v teria de ser,
aproximadamente:
a) 50% da velocidade da luz no vácuo.
b) 87% da velocidade da luz no vácuo.
c) 105% da velocidade da luz no vácuo.
a) d) 20% da velocidade da luz no vácuo.
8. (UFC) Uma fábrica de produtos metalúrgicos do distri-
to industrial de Fortaleza consome, por mês, cerca de
b) 2,0×106kWh de energia elétrica (1kWh = 3,6×106 J).
Suponha que essa fábrica possui uma usina capaz de
converter diretamente massa em energia elétrica, de
acordo com a relação de Einstein, E = m0c2. Nesse caso,
a massa necessária para suprir a energia requerida pela
c)
fábrica, durante um mês, é, em gramas:
a) 0,08

d) b) 0,8
c) 8

7. (UFRN) André está parado com relação a um referencial d) 80


inercial e Regina está parada com relação a outro refe- e) 800
rencial inercial, que se move com velocidade (vetorial)
9. (UFC) De acordo com a teoria da relatividade, de Eins-
constante em relação ao primeiro. O módulo dessa
tein, a energia total de uma partícula satisfaz a equação
velocidade é v. André e Regina vão medir o intervalo de
E2=p2c2+m02c4, onde p é a quantidade de movimento
tempo entre dois eventos que ocorrem no local onde
linear da partícula, m0 é sua massa de repouso e c é
esta se encontra. (Por exemplo, o intervalo de tempo
a velocidade da luz no vácuo. Ainda de acordo com
transcorrido entre o instante em que um pulso de luz é
Einstein, uma luz de frequência v pode ser tratada como
emitido por uma lanterna na mão de Regina e o instante
sendo constituída de fótons, partículas com massa de
em que esse pulso volta à lanterna, após ser refletido
repouso nula e com energia E = hv, onde h é a cons-
por um espelho).
tante de Planck. Com base nessas informações, você
A teoria da relatividade restrita nos diz que, nesse caso, pode concluir que a quantidade de movimento linear
o intervalo de tempo medido por André (∆tAndré) está p de um fóton é:
relacionado ao intervalo de tempo medido por Regina
a) p = hc
(∆tRegina) através da expressão: ∆tAndré = .tRegina. Nessa
relação, a letra gama ( ) denota o fator de Lorentz. O b) p = hc/v
v
gráfico abaixo representa a relação entre e , na qual c) p = 1/hc
c
c é a velocidade da luz no vácuo.
d) p = hv/c
e) p = cv/h
10. (UFPI) “O Sol terá liberado, ao final de sua vida, 1 044
joules de energia em 10 bilhões de anos, correspon-
dendo a uma conversão de massa em energia, em um
processo governado pela equação E=mc2 (onde E é
a energia, m é a massa e c2, a velocidade da luz ao
quadrado), deduzida pelo físico alemão Albert Einstein
(1879-1955), em sua teoria da relatividade, publicada
em 1905.”
(Revista Ciência Hoje, n. 160, p. 36)
Imagine que, realizadas as medidas e comparados os A massa perdida pelo Sol durante esses 10 bilhões
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resultados, fosse constatado que ∆tAndré = 2. ∆tRegina . de anos será, aproximadamente, em quilogramas (use
c = 3 . 108m/s):
Usando essas informações, é possível estimar-se que,
9
a) 1 021
b) 1 023
c) 1 025
d) 1 027
e) 1 029
11. (UFPI) Uma galáxia de massa M se afasta da Terra com
3
velocidade v = c, onde c é a velocidade da luz no
2
vácuo. Quando um objeto se move com velocidade v
comparável à velocidade da luz (c = 3,0 x 108 m/s),
em um referencial em que sua massa é M, então a
energia cinética desse objeto é dada pela expressão
relativística:

1
K =Mc2 –1
v2
1–
c2

de acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein.


Assim, a energia cinética relativística K dessa galáxia,
medida na Terra, é:
a) K = Mc2
b) K = 2Mc2
c) K = 3Mc2
d) K = 1/2Mc2
e) K = 1/3Mc2

12. Podemos usar a equação de Einstein para calcular


a energia potencial armazenada nos núcleos dos
átomos. Essa equação é muito importante para se
determinar a quantidade de energia liberada numa
reação nuclear, objeto de interesse da química nu-
clear. Observe a reação nuclear abaixo:

59
Co+projétil→ 60 Co

O projétil usado é:
a) um próton.
b) um nêutron.
c) radiação gama.
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d) uma partícula alfa.


e) uma partícula beta.

10
4. 8,33.10-8 → não
5. 0,1 → sim
6. 20 meses.
1. E
7. A
2. Sim.
8. B
3. B
9. A
4. C
10. D
5. C
11. D
6. D
12. A
7. B
8. 22 falsa.
9. A
10. C

1. 6,72 . 10-10s
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2. 2,26 . 10-18m
3. 1,6 . 10-12 → não

11
12
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