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Direito Aplicado

aos Negócios
Material Teórico
Direito do Trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Tercius Zychan

Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Direito do Trabalho

• Direito do Trabalho
• Preocupação Constitucional com o Direito do Trabalho
• Fontes do Direito do Trabalho
• Princípios do Direito do Trabalho
• Sujeitos do Contrato de Trabalho
• Contrato de Trabalho
• Direitos dos Trabalhadores

OBJETIVO DE APRENDIZADO
Ao final desta Unidade, o aluno será capaz de:
» Entender o que vem a ser Direito do Trabalho.
» Quais as fontes e princípios que fundamentam o Direito do Trabalho.
» Entender como se dão as relações trabalhistas.
» Reconhecer quais são os principais direitos trabalhistas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Direito do Trabalho

Direito do Trabalho
Trata-se de um ramo específico do direito para acompanhar e disciplinar todas
as relações jurídicas que redundam do trabalho, ou melhor, das denominadas
relações trabalhistas.

A origem do Direito do Trabalho encontra-se na necessidade de regularizar e


normatizar a relação do empregador com o empregado, os quais devem coexistir
de forma harmônica, pois dessa relação surgem direitos e deveres para ambos.

No entendimento de Cassar (2009), podemos entender como Direito do Trabalho:


[...] um sistema jurídico permeado por institutos, valores, regras e prin-
cípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos em-
pregadores, empresas coligadas, tomadores de serviço, para tutela do
contrato mínimo de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de
trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade trabalhadora,
sempre norteadas pelos princípios constitucionais, principalmente o da
dignidade da pessoa humana. Também é recheado de normas destinadas
aos sindicatos e associações representativas; à atenuação e forma de so-
lução dos conflitos individuais, coletivos e difusos, existentes entre capital
e trabalho; à estabilização da economia social e à melhoria da condição
social de todos os relacionados.

Preocupação Constitucional
com o Direito do Trabalho
Em nossa Constituição Federal de 1988, o direito do trabalho é reconhecido no
artigo 6º como um direito social. Nesse caso, trata-se de uma grande preocupação
do Estado interferir de forma significativa para assegurar o pleno emprego, daí esse
direito ser do ramo do Direito Público.

Segundo o pensamento de Arnaldo Süssekind (2011, p. 9-10), o direito do


trabalho se caracteriza como de direito público:
Os que defendem o enquadramento do Direito do Trabalho no Direito
Público ponderam que, nas relações de trabalho, a livre manifestação da
vontade das partes interessadas foi substituída pela vontade do Estado, o
qual intervém nos mais variados aspectos dessas relações por meio de leis
imperativas e irrenunciáveis.

Alguns defendem que o Direito do Trabalho tem natureza jurídica de direito


privado, onde as partes, embora com limites, possuem certa liberdade para
pactuarem os contratos de trabalho, dando-lhes certa liberalidade.

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Fontes do Direito do Trabalho
Você Sabia? Importante!

Você lembra o que são fontes do direito?


Onde nascem ou surgem as normas jurídicas e os princípios gerais da ciência do direito.

As fontes do Direito do Trabalho podem ser divididas em duas espécies, as


denominadas fontes materiais e as formais.

Fontes formais compreendidas como aqueles acontecimentos que dão origem


aos regramentos jurídicos, geralmente essas fontes abrolham a partir de um fato
social, econômico que faz surgir a norma ou o que lhe interfira na sua interpretação.

Você sabe qual é a principal fonte formal do Direito do Trabalho?


Explor

A CLT é uma norma legislativa de regulamentação das leis referentes ao Direito do Trabalho
e do Direito Processual do Trabalho no Brasil. A CLT foi aprovada pelo Decreto-lei n. 5.452,
de 1º de maio de 1943, e sancionada por Getúlio Vargas, o presidente do Brasil na época.

As chamadas fontes formais são aquelas positivadas pelo legislador que in-
terferem ou regulam as denominadas relações jurídicas, mais conhecidas como
relações trabalhistas. Outro bom exemplo de fonte formal, que pode ser citada, é
a atual Constituição Federal.

A Constituição Federal de 1988 dedicou-se aos direitos dos trabalhadores,


inseridos, do ponto de vista constitucional, nos denominados direitos sociais,
podendo ser vistos entre os artigos 7° e 11°, nos quais foram pontuados diversos
fundamentos jurídicos tão presentes no Direito do Trabalho – como, por exemplo,
a validade das convenções coletivas de trabalho e proibição da intervenção do
Estado na organização sindical.

Podem, ainda, ser consideradas como fontes formais do direito do trabalho


os tratados internacionais, as sentenças normativas, os acordos e convenções
coletivas, os regulamentos das empresas, os contratos de trabalho, os costumes.

Um fato importante, quanto à criação de normas trabalhistas, é disposto no


artigo 22 da Constituição Federal, estabelecendo a competência para legislar sobre
o Direito do Trabalho como privativa da União:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;

As fontes materiais são aquelas que dão compreensão às normas jurídicas, tais
como o fato social, ou seja, qualquer coisa que ocorra na sociedade e mereça uma
apreciação conjunta com as fontes formais do direito.

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UNIDADE Direito do Trabalho

Trocando ideias...Importante!
Você teria um exemplo de fato social que possa ser relevante ao Direito do Trabalho?
Um bom exemplo pode ser o surgimento de uma crise econômica, que interfira
diretamente nas relações de trabalho, não sob o aspecto individual, mas sim coletivo.
Essas relações podem ser denominadas de necessidades coletivas

As necessidades coletivas podem ser divididas em três espécies:

1. A Necessidade de Proteção Tutelar


Gerando um equilíbrio na relação patrão empregado com a intervenção do Estado.
Exemplo: a crise econômica faz surgir a necessidade de contratos temporários
de trabalho, a fim de reduzir o desemprego e os custos do trabalhador.

2. A necessidade da organização profissional


Ou seja, a imposição de regras entre empregados e empregadores. Nela o Estado
age impondo normas de coordenação, que permitam a empregados e empregadores
certa liberdade e, consequentemente, condições equilibradas para contratar.

3. A necessidade de colaboração, decorrente da necessidade de obter uma forma


de convivência entre o Estado, patrões e empregados, permitindo o enfreta-
mento de graves problemas, tais como o desemprego e a superprodução.
Exemplo: seria a discussão sobre determinados direitos trabalhistas que devam
ser interpretados de uma forma que respondam como solução diante de uma
crise econômica.

Princípios do Direito do Trabalho


Podemos entender que a expressão princípio possa significar o início de algo ou
alguma coisa, a origem, o começo, o que dá fundamento e orientação.

Para o Direito, princípio pode ter o mesmo sentido ou núcleo da ciência jurídica
– para a presente aula, trará a base do Direito do Trabalho.

Conhecendo o significado do que vem a ser princípio, identificaremos alguns


deles, ligados especificamente ao Direito do Trabalho.

Princípio da Proteção
Intimamente ligado ao Direito do Trabalho, tem o Princípio da Proteção o objetivo
de garantir um caráter protetor à parte mais fraca na relação trabalhista. Ou seja,
assegurará uma relação de igualdade entre as partes, respondendo ao objetivo de
estabelecer um amparo preferencial a uma das partes que, hipoteticamente, é a
“mais fraca”, o trabalhador.

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Pode-se subdividir esse princípio em outros três:

1. Aplicação da norma mais favorável;


2. Condição mais benéfica;
3. In dúbio pró-mísero.

Princípio da Aplicação da Norma Mais Favorável


Este princípio significa que a norma, ao ser aplicada, deva levar em conta a mais
favorável ao trabalhador.

Qual seria um bom exemplo de aplicação de tal princípio?


A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT estabelece que o trabalhador noturno
fará jus a um adicional de 20% sobre a hora normal, mas, no caso de uma Convenção
Coletiva estabelecer que para certa categoria esse trabalho seja remunerado
com 50% sobre a hora normal, para esse casso, aplica-se a disposição da norma
convencional e não a CLT.

Princípio da Condição Mais Benéfica


Segundo esse princípio, as denominadas cláusulas benéficas para o trabalhador
não poderão ser suprimidas do contrato de trabalho ou removidas.

Tal princípio encontra amparo em nossa Constituição Feral, no artigo 5º inciso


XXXVI, que trata do denominado Direito Adquirido, princípio esse repetido no
artigo 468 da CLT:
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.

[...]

Princípio do In Dúbio Pró-Mísero ou In Dúbio Pró-Operário


Em razão desse princípio, em havendo mais de uma interpretação a ser dada ao
texto da norma legal, deve ser aplicada aquela que melhor atenda aos interesses
do trabalhador.

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UNIDADE Direito do Trabalho

Trocando ideias...Importante!
Você compreendeu quando se utiliza o Princípio do In Dúbio Pró-Mísero ou In Dúbio
Pró-Operário?
Sempre que uma relação trabalhista é apreciada pelo Poder Judiciário, esse nunca pode
se eximir de dizer quem tem o direito. O Princípio denominado In Dúbio Pró-Mísero ou
In Dúbio Pró-Operário somente é utilizado quando o Magistrado, diante dos elementos
constantes no processo, tiver dúvidas a quem deva conceder o direito, daí então,
pairando dúvida, deverá decidir em favor do empregado.

Princípio da Irrenunciabilidade aos Direitos Trabalhistas


Não há qualquer liberalidade do trabalhador em renunciar seus direitos
assegurados nas normas trabalhistas, nem tão pouco renunciar à proteção legal. É
o que determina o artigo 9º da CLT:
Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

Dessa forma, não pode o empregado renunciar a férias, mesmo recebendo-as


em dinheiro, não ter registro em carteira, etc.

Princípio da Continuidade da Relação de Emprego


Não resta dúvida que esse princípio está efetivamente ligado à natureza alimentar
do salário, pois o trabalhador não possui uma subordinação somente jurídica com
seu empregador, vez que o trabalho é sua fonte de sustento.

Existe a presunção de que o trabalhador não deixa o emprego. Sempre que existir
uma relação de trabalho, presume-se que essa forma um vínculo de emprego. Ou
seja, em caso de eventual demanda na Justiça do Trabalho, o empregador deverá
provar que o trabalhador não era seu empregado

O Princípio da Continuidade vem sendo objeto de inúmeras discussões, com a


justificativa de dar à relação jurídica trabalhista uma certa flexibilização, o que se deno-
minada de Flexibilização do Direito do Trabalho, Direito do Trabalho do século
novo ou ainda Direito do Trabalho da emergência. Quem defende a essa forma
interpretativa a justifica apontando a necessidade do Direito do Trabalho em adequar-
-se aos imperativos econômicos da era globalizada, sem, no entanto, desvirtuá-lo.

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Princípio da Primazia da Realidade
Para o Direito do Trabalho é muito importante levar em consideração o que
ocorre no mundo real, ou seja, o fato oriundo da relação trabalhista.

De tal sorte, que o fato provado prevalece sobre documentos em sentido contrário.

Exemplificando: se um determinado trabalhador em uma reclamação alega que


iniciou suas atividades laborais em 2010, mas a empresa discorda, pois na sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social – CTPS consta o ano de 2011, e o trabalhador fizer
prova da data que aponta mediante prova testemunhal, prevalecerá o ano de 2010
como início de sua relação trabalhista.

Sujeitos do Contrato de Trabalho


Os sujeitos da relação trabalhista ou do denominado contrato de emprego são:
o empregado e o empregador.

Vamos analisá-los isoladamente.

Empregado

Figura 1
Fonte: Wikimedia Commons

O conceito de empregado pode ser entendido como aquele disposto no artigo


3º da CLT, conceitua empregado como:
[...] toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

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UNIDADE Direito do Trabalho

Para que exista a relação entre empregado e empregador, devem existir conco-
mitantemente os seguintes requisitos:
a. Trabalho por Pessoa Física;
b. Pessoalidade;
c. Não-eventualidade;
d. Onerosidade;
e. Subordinação.

Empregador
O artigo 2º da CLT estabelece o conceito do que vem a ser empregador:
Considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Não há como reconhecer a existência do Empregador se não diante de um


contrato bilateral, pois a oferta de trabalho torna implícita, na maioria das vezes,
a busca por parte desse de atividade que lhe garanta lucro, seja por intermédio da
produção, da distribuição e do consumo, seja de bens ou serviços.

Certo é que os riscos no desempenho da atividade econômica devem ser


integralmente assumidos pelo empregador, pois a ele cabe a direção dos negócios,
o que o torna plenamente responsável pelos bons ou maus resultados.

Aqui também podemos citar as empresas de trabalho temporário, cuja atividade


dispõe determinadas atribuições a serem realizadas num determinado espaço
de tempo, contratando pessoas qualificadas para o serviço, as quais deverão ser
remuneradas no período laboral.

Contrato de Trabalho
O contrato individual de trabalho é um ajuste de vontades, onde uma pessoa física
(empregado) compromete-se a prestar de modo pessoal serviços não eventuais,
subordinando-se a outrem (empregador), mediante o recebimento de salário. Esse
contrato pode se apresentar das seguintes formas: tácito ou expresso, verbal ou
escrito, por prazo determinado ou indeterminado.

O contrato de trabalho representa a formação de uma relação de emprego,


as partes nesse ajuste possuem liberdade de pactuar; contudo, devem respeitar
às disposições de proteção do trabalho, às convenções coletivas que lhe sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

São características desse contrato que:

1. uma pessoa física preste serviço não eventual a outra pessoa física ou jurídica;
2. o exercício dessa prestação transcorra mediante subordinação hierárquica;
3. exista o pagamento de uma contraprestação denominada salário.

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O Contrato de Trabalho está configurado quando presentes os seguintes requisitos:

1. Continuidade – O trabalho deve ser prestado com continuidade, de tal sorte


que aquele que presta serviços apenas eventualmente não seja empregado;

2. Subordinação – O empregado exerce sua atividade com dependência ao


empregador, por quem é dirigido. Tal subordinação pode ser econômica,
técnica, hierárquica, jurídica ou até mesmo social. O empregado é subordinado
economicamente ao empregador por depender do salário que recebe;

3. Onerosidade – O trabalho não é gratuito e sim oneroso. Assim, o empregado


recebe salário pelos serviços prestados ao empregador;

4. Pessoalidade – O contrato de trabalho é intuitu personae, ou seja, realizado


com certa e determinada pessoa. O empregado não pode se fazer substituir
por outra pessoa, sob pena do vínculo se formar com a última.

Você já ouviu falar de serviço voluntário? São, por exemplo, pessoas que exercem
atividades por pura filantropia, assistenciais. Será que o serviço voluntário pode
gerar vínculo trabalhista e se transformar em uma relação trabalhista?
Atualmente, esse tipo de atividade está disciplinado pela Lei n. 9608, de 18 de
fevereiro de 1998, que em seu artigo primeiro estabelece:
Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não
remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou
a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais,
educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação
de natureza trabalhista previdenciária ou afim.

Contrato Temporário de Trabalho


Para falarmos do contrato temporário de trabalho é fundamental sabermos o
que efetivamente é um trabalho temporário, assim, vejamos:

Considera-se trabalho temporário o serviço prestado por pessoa física a uma


determinada empresa, para atender à necessidade transitória de substituição
de pessoal, regular e permanente, ou motivado pelo acréscimo extraordinário
de serviços.

O trabalho temporário deve ser formalizado mediante contrato formal, ou


seja, escrito, firmado com empresa de trabalho temporário. Portanto, o contrato
só será válido quando formada uma relação tríplice trabalhista, englobando os
seguintes personagens:

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1 – Empresa tomadora de Serviço ou Cliente;

2 – A empresa de trabalho temporário;

3 – O empregado.

Como se vê, essa relação é formada de modo diverso da permanente, cuja a


composição se dá por intermédio de uma relação bilateral (empresa e empregado).

Direitos dos Trabalhadores


Aviso Prévio
O denominado aviso prévio é um dos instrumentos jurídicos utilizado nos contra-
tos por prazo indeterminado, quando da rescisão do pacto laboral. Ocorre quando
um dos contratantes, empregador ou empregado, quiser de modo imotivado romper
a relação contratual, devendo para isso comunicar ao outro, com certa antecedência
mínima, de modo que o avisado disponha de um prazo de tempo para se ajustar.

As regras e observações básicas com relação ao instituto do aviso prévio estão


claramente dispostas no artigo 487 da CLT:

Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo,
quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a
antecedência mínima de:

I - 3 dias, se o empregado receber, diariamente, o seu salário;

I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;

II - 8 dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;

II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham
mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa.

§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o


direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre
a integração desse período no seu tempo de serviço.

§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador


o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

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§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os
efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos
últimos 12 (doze) meses de serviço.

§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta.

§ 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso pré-


vio indenizado.

§ 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso


prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que
tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período
do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Importante destacar, ainda, o que trata a Lei n. 12.506, de 11 de outubro de


2011, ao tratar do aviso prévio:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Conso-
lidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452,
de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias
aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos


3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máxi-
mo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

Com certeza você ouviu falar muito sobre o Fundo de Garantia, também conhecido
por FGTS. Mas você sabe o que ele efetivamente é?
Bem, incialmente, cabe uma informação: o termo correto é Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS. Esse direito do trabalhador foi criado pela Lei n. 5.107, de
13 de setembro de 1966, a qual iniciou seus efeitos a partir de 1 de janeiro de 1967. A
finalidade do FGTS é a de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, formando
uma reserva de dinheiro para o trabalhador que lhe dará amparo imediato.

Os valores que compõem esse fundo são oriundos de depósitos mensais,


realizados pelo empregador, em conta especifica, criada para cada trabalhador.
O valor de cada depósito corresponde à 8% do total bruto das verbas salariais
recebidas pelo empregado, incluindo, além do respectivo salário: horas extras,
adicional noturno, entre outras.

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UNIDADE Direito do Trabalho

O FGTS* pode ser sacado nas seguintes ocorrências:


–– Na demissão sem justa causa;
–– No término do contrato por prazo determinado;
–– Na rescisão do contrato por extinção total da empresa; supressão de parte de
suas atividades; fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou
agências; falecimento do empregador individual ou decretação de nulidade do
contrato de trabalho - inciso II do art. 37 da Constituição Federal, quando mantido
o direito ao salário;
–– Na rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;
–– Na aposentadoria;
–– No caso de necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural
previsto no Decreto n. 5.113/2004 (clique aqui), que tenha atingido a área de
residência do trabalhador, quando a situação de emergência ou o estado de
calamidade pública for assim reconhecido, por meio de portaria do Governo Federal;
–– Na suspensão do Trabalho Avulso por prazo igual ou superior a 90 dias;
–– No falecimento do trabalhador;
–– Quando o titular da conta vinculada tiver idade igual ou superior a 70 anos;
–– Quando o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
–– Quando o trabalhador ou seu dependente estiver acometido de neoplasia
maligna – câncer;
–– Quando o trabalhador ou seu dependente estiver em estágio terminal, em razão
de doença grave;
–– Quando a conta permanecer sem depósito por 3 (três) anos ininterruptos cujo
afastamento tenha ocorrido até 13/07/90, inclusive;
–– Quando o trabalhador permanecer por 3 (três) anos ininterruptos fora do regime
do FGTS, cujo afastamento tenha ocorrido a partir de 14/07/90, inclusive,
podendo o saque, nesse caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do
titular da conta;
–– Na amortização, liquidação de saldo devedor e pagamento de parte das prestações
adquiridas em sistemas imobiliários de consórcio;
–– Para aquisição de moradia própria, liquidação ou amortização ou pagamento de
parte das prestações de financiamento habitacional concedido no âmbito do SFH.
Fonte: http://www.fgts.gov.br

A Lei n.º 13.467/171 criou mais uma possibilidade de acesso aos recursos do
FGTS, ou seja, no caso de extinção do contrato de trabalho por acordo entre o
empregado e o empregador. Nesse caso, o trabalhador poderá movimentar da
conta vinculada, contudo, há uma limitação, ou seja, esse acesso somente poderá
ocorrer a 80% do valor dos depósitos.

1 Essa lei passa a terá eficácia em novembro de 2017.

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Jornada de trabalho
Trata-se do período diário em que o trabalhador fica à disposição da sua empresa.
No Brasil, a jornada de trabalho está regulamentada na Constituição Federal em
seu artigo 7º:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e


quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos


de revezamento, salvo negociação coletiva;

Para o cálculo dessas horas de jornada não se considera como fazendo parte
dessas o período de repouso, refeição e o tempo despendido pelo empregado até
o local de trabalho.

A CLT prevê a quantidade máxima de 8 horas diárias, um total de 44 horas


semanais; desde que não seja definido outro horário específico.

Podem ser pactuadas, mediante acordo individual ou coletivo, jornadas de


trabalho com 12 horas, desde que:

• Seja respeitado o máximo semanal de 48 horas;

• A cada jornada de trabalho de 12 horas haja 36 horas de descanso.

Horário Noturno
É considero como trabalho noturno as atividades urbanas de trabalho realizadas
entre as 22 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte.

No tocante às atividades rurais, essas serão consideradas noturnas quando o


trabalho na lavoura se der entre 21 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte;
e na pecuária, entre 20 e 4 horas do dia seguinte.

A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois)


minutos e 30 (trinta) segundos.

Adicional Noturno
O adicional noturno é a importância que deve ser acrescida à remuneração do
empregado quando da realização de trabalho noturno. O motivo que fundamenta esse
adicional está ligado à compensação ao natural desgaste físico maior do trabalhador.

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UNIDADE Direito do Trabalho

Com relação ao pagamento do adicional noturno, esse deverá constar na folha de


pagamento, bem como no respectivo recibo de pagamento de salários (“holerite”).

As horas noturnas do trabalho urbano serão calculadas com acréscimo de, no


mínimo, 20% sobre o valor da hora de trabalho diurno; quanto ao empregado
rural, a alíquota de acréscimo é de 25%.

Um detalhe a ser observado é que o valor da hora de trabalho noturna deverá


ser utilizado para determinar o valor de outros benefícios, tais como férias, 13º
salário, FGTS, entre outros.

Repouso Semanal Remunerado


O repouso semanal remunerado trata-se hoje de um direito do trabalhador consa-
grado na Constituição Federal (Artigo 7, inciso XV, da Constituição Federal), estando
delimitado em 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, concedido preferencialmente
aos domingos.

Importante mencionar que tal direito é garantido tanto ao trabalhador urbano


quanto ao rural.

13º Salário
A então gratificação de Natal implantada no Brasil em 1962 com o advento da
Lei n. 4.090 hoje é conhecida como 13º salário. Tal direito é assegurado a todo
aquele que trabalhar o mínimo de 15 dias com carteira assinada.

O pagamento do 13º salário poderá ser feito em duas parcelas. A primeira é


chamada adiantamento, corresponde à metade do salário recebido no mês anterior
e deve ser pago entre fevereiro e novembro de cada ano, segundo escolha do
empregador. No caso da segunda parcela, essa deve ser paga até 20 de dezembro.

Caso o trabalhador não tenha completado um ano de serviço, o 13º salário é


proporcional, calculado dividindo-se o valor da remuneração no mês de dezembro
por 12 e multiplicando-se o resultado pelo número de meses trabalhados.

Férias
É direito de todo empregado o gozo de um período de férias anualmente, sem
prejuízo da remuneração. A cada doze meses de trabalho, o empregado fará jus a
um período de férias, esse tempo é denominado como aquisitivo.

Essas férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição
do direito, período esse chamado de concessivo. O valor da remuneração das
férias corresponde ao de um mês de trabalho, mais um terço, na conformidade do
artigo 7º inciso XVII da Constituição Federal:

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;

Uma questão importante, com relação às férias, é a existência do chamado abono


de férias ou abono pecuniário das férias, uma opção que o empregado tem caso
deseje converter uma parte de suas férias em dinheiro. O valor da conversão será
de no máximo 1/3 do período, devendo o restante ser usufruído em descanso, ou
seja, 20 dias de descanso e o restante em remuneração pecuniária.

Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas


em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos
e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada um.

Também deve ser destacado que não é permitido o início das férias no período
de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Licença à Gestante, sem Prejuízo do Emprego e do Salário


Nossa Constituição Federal de 1988 no seu artigo. 7º, inciso XVIII, concede o
mencionado direito dizendo: “[...] licença à gestante, sem prejuízo do emprego e
do salário, com a duração de cento e vinte dias”.

O artigo 392 da mesma CLT estipula um período de 120 dias, sendo 28 dias
antes e 92 após o parto, podendo excepcionalmente ser estendido por mais duas
semanas antes e duas após, segundo critérios médicos.

O artigo 393 da citada consolidação garante à mulher o direito ao salário integral e,


quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho.

Estabilidade provisória à empregada gestante


A estabilidade da pessoa gestante corresponde ao período de garantida de
uma trabalhadora à sua permanência no emprego, ainda que contra a vontade do
empregador. A mencionada estabilidade tem início com a confirmação da gravidez
e até cinco meses após o parto.

Licença-paternidade
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o
art. 7º, I, da Constituição:
[...]
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
[...]
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto.

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UNIDADE Direito do Trabalho

A licença-paternidade possibilita ao trabalhador ausentar-se do serviço com o


intuito de auxiliar à mãe de seu filho, que não precisa ser necessariamente sua
esposa, no período de puerpério (período que se segue ao parto até que os órgãos
genitais e o estado geral da mulher retornem à normalidade), e também para re-
gistrar seu filho.
Art. 7º da Constituição Federal: são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

Vale Transporte
O denominado vale transporte constitui-se em benefício em que o empregador
antecipará ao trabalhador as despesas de deslocamento da residência para o
trabalho e vice-versa. Esse deslocamento corresponde à soma dos segmentos
componentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte,
entre sua residência e o local de trabalho.
Não existe norma que estipule a distância mínima para que seja obrigatório o
fornecimento do vale transporte. Dessa forma, mesmo que o empregado utilize
do transporte coletivo, para uma mínima distância, o empregador será obrigado
a fornecê-lo.

Seguro Desemprego
O seguro desemprego é uma assistência financeira temporária ao trabalhador
demitido sem justa causa. O benefício hoje integra o Programa do Seguro
Desemprego, auxilia o cidadão a manter ou buscar emprego por meio de ações de
orientação, recolocação e qualificação profissional.
De um modo geral, o trabalhador dispensado sem justa causa poderá solicitar
o pedido do benefício. Nesse caso, não poderá receber nenhum outro benefício
previdenciário – exceto a pensão por morte do cônjuge ou o auxílio acidente – e
não ter outros rendimentos ou rendas que possam lhe servir de sustento financeiro.
Abaixo seguem as regras vigentes para se solicitar o benefício:

Regras Seguro Desemprego*


Ao solicitar o benefício pela primeira vez, será necessário ter pelo menos 12 meses de
carteira assinada consecutivos antes da demissão;
–– Caso seja a segunda vez que você solicita o benefício, serão necessários pelo
menos 9 meses consecutivos de carteira assinada no último emprego para a
solicitação do seguro desemprego;
–– Caso seja sua terceira solicitação do benefício (ou mais), serão necessários 6 meses
de carteira assinada.

Fonte: https://goo.gl/uNCBEK

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No caso de rescisão do contrato de trabalho por acordo entre o empregado
e o empregador, aquele não terá direito ao ingresso no Programa de Seguro-
Desemprego.

Homologação do Contrato de Trabalho


A denominada homologação da rescisão de contrato de trabalho tem por escopo
orientar e esclarecer empregado e empregador do cumprimento da lei, bem como
conferir o pagamento das parcelas correspondentes na rescisão contratual.
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá
proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento
das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.

§ 1º (Revogado).

§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que


seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a
natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor,
sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.

§ 3º (Revogado).

§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:

I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem


as partes; ou

II – em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto.

§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo


anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do
empregado.

§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a


comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como
o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo
de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do
término do contrato.

§ 7º (Revogado)

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o


infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento
da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário,
devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,
comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.

§ 9º (vetado).

§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho e


Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do seguro
desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia

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UNIDADE Direito do Trabalho

do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a comunicação


prevista no caput deste artigo tenha sido realizada.

Em razão das modificações da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


provocadas pela Lei n.º 13.467/17 não existe mais a necessidade de que a
homologação se faça no Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do
Trabalho e Previdência Social. Dessa forma, é possível que ela ocorra na sede
da empresa, desde que observados os demais dispositivos do mencionado artigo
477 da CLT.

Tabela 1 - Quadro Resumo do Direito dos Trabalhadores

Trabalhadores Urbanos Rurais


30 dias havendo uma redução de 2h das jornadas
Aviso prévio De 30 dias, devendo existir 1 dia de folga por semana.
diárias ou descanso durante 7 dias no decorrer do aviso.
FGTS A alíquota de 8% sobre o salário do empregado. A alíquota de 8% sobre o salário do empregado.
Duração de 8h diárias com um total de 44h semanais. Duração de 8h diárias com um total de 44h semanais.
Podem ser estabelecidos, mediante acordo individual Podem ser estabelecidos, mediante acordo individual escrito,
Jornada escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, jornadas
trabalho, jornadas de trabalho de 12 horas seguidas por de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas
36 horas ininterruptas de descanso. de descanso.
Considerado entre as 20h e 4h para o trabalhador rural da
Horário noturno Considerado entre as 22h e 5h.
pecuária. E entre 21h e 5h para o agrícola.
Adicional noturno Acréscimo de uma alíquota de 20%. Acréscimo de uma alíquota de 25%.
Repouso semanal
Devendo existir 1 vez a cada 3 semanas aos domingos. Concedido preferencialmente aos domingos.
remunerado,
13º salário Farão jus. Farão jus.
Férias De 30 dias acrescidas de 1/3 do salário. De 30 dias acrescidas de 1/3 do salário.
Férias proporcionais Farão jus. Farão jus.
Licença à gestante, Será de 120 dias. Haverá o pagamento do salário Será de 120 dias. Haverá o pagamento do salário
sem prejuízo do maternidade pela empresa e terá direito à compen- maternidade pela empresa e terá direito à compensação a
emprego e do salário sação a essa nos recolhimentos à previdência social. essa nos recolhimentos à previdência social.
Estabilidade
A contar da a confirmação da gravidez até 5 (cinco) A contar da confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após
provisória empregada
meses após o parto. o parto.
gestante
Licença-paternidade De 5 dias corridos de acordo com o artigo 10 do ADCT. De 5 dias corridos de acordo com o artigo 10 do ADCT.
Vale-Transporte Será de até 6% do salário contratado. Será de até 6% do salário contratado.
Seguro-Desemprego Quando da dispensa sem justa causa. Quando da dispensa sem justa causa.
Homologar a rescisão do contrato de trabalho com Homologar a rescisão do contrato de trabalho com mais de 1
Homologação
mais de 1 ano de prestação de serviços. ano de prestação de serviços.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Evolução Histórica do Direito do Trabalho, Geral e no Brasil
Nesse artigo, o leitor encontrará informações sobre a evolução histórica do Direito do Trabalho
no Brasil e no mundo, bem como seu período de ocorrència no tempo.
https://goo.gl/H9aYVU

Vídeos
Luis Roberto Barroso – Constituição e o Direito do Trabalho
https://youtu.be/PxYkiLnmI74

Leitura
A Constituição de 1988 e o Direito do Trabalho
https://goo.gl/51fZUU
Direitos Humanos do Trabalho: A Proteção Legal aos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores
https://goo.gl/H9aYVU

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UNIDADE Direito do Trabalho

Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br>.

BRASIL. Código Civil Brasileiro, de 10 jan. 2002. Senado Federal: Centro


Gráfico, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.

CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 40.


ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.

CASSAR. Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 3. ed. Niterói: Editora Impetus, 2009.

GOMES, Orlando; GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 19. ed.


Rio de Janeiro: Forense, 2012.

OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso do Direito do Trabalho. 29. ed. São


Paulo: Editora Saraiva, 2014.

_________. Iniciação ao Direito do Trabalho. 40. ed. São Paulo: Editora LTr, 2015.

REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 1993.

SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991.

SÜSSEKIND, Arnaldo. Da Relação de Trabalho. FONTE: LTr 74-03/263 - 2010.


Material da Aula 6ª da Disciplina: Atualidades em Direito do Trabalho, ministrada
no Curso de Pós-Graduação Televirtual de Direito e Processo do Trabalho –
Anhanguera-Uniderp | Rede LFG, 2011. p. 9-10

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