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Materiais complementares ao texto do Módulo I

Criação junto às ferramentas digitais


Fotografia e Arte

Objetivos potenciais Conteúdos possíveis Atividades potenciais


- Produzir imagens fotográficas dando
forma ao indizível, dando forma ao
- Refletir sobre a invisível (fotografia de sons),
- A câmara escura (sem
circunstância que faz fotografar as sombras, os reflexos, o
TIC);
uma expressão ser movimento, fazendo imagens
- A fotografia1;
nomeada como arte; abstratas;
- A fotografia
- Refletir sobre a - Percorrer o espaço e recolher, junto
contemporânea;
democratização dos 2 ao aparato fotográfico, os
- A selfie e o autorretrato ;
meios de criação a tempos/espaços mais significativos;
- O “ensaio fotográfico”;
partir das câmeras - Fazer um ensaio fotográfico a partir
- A fotografia como arte;
digitais; de temáticas de interesse geral;
- O instante fotográfico e
- Empoderar o - Apropriar-se de imagens da cultura
as intervenções na imagem
educando com vistas à visual e recriá-las “colocando-se no
fotográfica como formas
criação e à produção de lugar de”;
de construção da imagem.
conhecimento. - Em imagens realizadas aplicar
diferentes filtros e analisar,
comparativamente, as visualidades.
Equipamento: Máquina fotográfica/aparelhos celulares com câmera/tablets.
Programa/software: Photoshop, Paintbrush; no caso de pós-edição há a possibilidade de
aplicação de filtros online (PhotoFiltre/ Photogramio), baixados (Picasa) ou em aplicativos nas
câmeras digitais (Instagram).

Nessas atividades, o objetivo nunca será o equipamento, mas, junto aos recursos potenciais do
meio, a criação. O foco está no processo de criação, nas discussões possíveis a partir das
imagens criadas.

1
Exemplo de projeto e sequência didática em: PERES, Paula; KRAUSE, Maggi. Técnica e
intencionalidade em fotografias feitas pelo celular. Nova Escola, n. 278, 1 dez. 2014. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/3559/tecnica-e-intencionalidade-em-fotografias-feitas-pelo-celular>.
Acesso em: mar. 2017.
2
Ver: SOARES, Luciano de Sampaio. Do autorretrato ao selfie: um breve histórico da fotografia de si
mesmo. Tuiuti: Ciência e Cultura, Curitiba, n. 48, p. 179-193, 2014. Disponível em: <http://www.utp.br/tuiu
ticienciaecultura/ciclo_4/tcc_48_hist_da_ccao/pdf_48/art_12.pdf>. Acesso em: mar. 2017.
1
Imagem em movimento
Conteúdos
Objetivos potenciais Atividades potenciais
possíveis
- Elaborar uma narrativa, a partir de um
tema geral, e criar uma animação que dê
- O storyboard visualidade à questão proposta;
- Refletir sobre a construção (sem TIC); - Recolher, em sequências fotográficas,
da imagem em movimento; - O flipbook (sem aspectos de uma questão e depois
- Refletir sobre a relação TIC); agregar as sequências de forma a
entre narrativa e linguagem; - O stop motion/ construir uma narrativa;
- Empoderar o educando com A animação3;
- Fazer uma animação para uma música
vistas à criação e à produção
que possua letra e outra para uma música
de conhecimento. - A narrativa
que não possua letra;
videográfica.
- Criar um gif (stop motion em loop);
- Criar um vídeo a partir do conhecimento
sobre a poética de artistas da videoarte.
Equipamento: No caso do stop motion (animação), podem ser usadas pinholes, câmeras
fotográficas analógicas e digitais, câmeras fotográficas de celular ou câmeras fotográficas de
tablets. No caso da narrativa videográfica, podem ser usadas filmadora, filmadoras de celular,
câmeras filmadoras de tablets.
Programa/software: Para a pós-edição, em ambos os casos, podem ser usados o programa
Movie Maker, que é do pacote Office, o Manipulador Universal de Animação (Muan), o
Première (software pago), aplicativos de edição para celular e tablets (como o iMovie para o
iPad). No caso da criação de gifs, pode ser usado o programa gratuito Gif Maker.

As atividades propostas, inclusive as de apreciação sobre as quais falaremos logo mais, devem
visar tanto o uso potente do aparato tecnológico, quanto dar espaço e liberdade à criação. São
bem-vindos os encaminhamentos de atividades que deixem o educando manipular forma e
conteúdo após ter acesso a uma instrumentalização mais técnica, pois assim ele se apropriará
com mais segurança e entusiasmo desse fazer, buscando subverter as ferramentas frente a um
desejo verdadeiro de expressão, pois, quanto mais direcionada a atividade, maior o risco de
não acontecer a apropriação em função de um desejo verdadeiro, de não ser significativa.

3
Exemplo de projeto e sequência didática em: VICHESSI, Beatriz; SCAPATICIO, Márcia. Como trabalhar
animações. Nova Escola, n. 246, 1 out. 2011 Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2119/co
mo-trabalhar-animacoes>. Acesso em: mar. 2017.
2
Visualidade da palavra
Conteúdos
Objetivos potenciais Atividades potenciais
possíveis
- Elaborar um poema
- Refletir sobre a visualidade da palavra;
concreto;
- Refletir sobre a relação entre poesia e
- Poesia concreta; - Ilustrar uma produção
arte;
- Ilustração; textual;
- Refletir sobre a relação entre texto e
- Editoração/ - Elaborar a capa para uma
imagem;
Diagramação. produção textual;
- Empoderar o educando com vistas à
- Elaborar página de um
criação e à produção de conhecimento.
jornal com texto e imagem.
Equipamento: Computadores, tablets.
Programa/software: Paintbrush/ PowerPoint/ Word/ CorelDRAW (software da Adobe)/
InDesign (software da Adobe).

Os equipamentos e programas indicados são apenas um referencial inicial. Cada grupo, e


muitas vezes os próprios educandos, poderão contribuir com ideias de programas e
aplicativos. Não será raro que os educandos nos surpreendam com propostas e possibilidades
que desconhecemos, uma vez que suas subjetividades estão sendo formadas dentro desse
universo, enquanto as nossas foram forjadas em um tempo ainda de transição frente à
revolução digital que se vive na contemporaneidade.
Para muitos professores esse “desconhecimento” é angustiante, mas não deveria. Quando
compreendemos o ambiente de aprendizagem como um espaço de troca de saberes,
podemos, sim, ser os “aprendizes da vez” que, junto aos educandos, desbravarão novas
possibilidades e ferramentas. É claro que podemos nos instrumentalizar para “saber” antes de
ensinar ao educando, mas isso não será garantia de anteciparmos todos os conhecimentos
frente a alunos que possuem outra qualidade (tempo, investimento, fluência, frequência, uso)
de relação com as tecnologias digitais, programas, aplicativos, soluções ou atalhos. A situação
de aprendizagem é sempre dialógica, professor e aprendiz vão significar o conhecimento no
encontro. Constatar que o professor não sabe é a possibilidade de ensinar a um outro que eu
admiro e que é, como eu, humano. Ver o professor aprender, é compreender que o caminho
da aprendizagem não cessa nunca, que a curiosidade e o desejo pelo conhecimento não
diminuem com a idade.

3
Narratividade da imagem
Objetivos potenciais Conteúdos possíveis Atividades potenciais
- Livro de imagens (sem
- Refletir sobre a narratividade
texto escrito);
da imagem; - Fotonovela (upload de
- Elaborar uma narrativa visual
- Refletir sobre a relação entre
fotografias feitas pelos
(contar uma história
texto e imagem; alunos);
utilizando apenas imagens);
- Empoderar o educando com - Fotonarrativa;
- Elaborar uma fotonovela.
vistas à criação e à produção de
- Histórias em quadrinhos
conhecimento. (upload dos desenhos dos
alunos).
Equipamento: Computadores, tablets.
Programa/software: Comic Creator, Pikikids, Pikistrips.

O momento de escolha do programa/software é um momento importante. Ao fazermos uma


busca na rede, encontraremos uma infinidade de programas e aplicativos, cada qual com sua
especificidade. A escolha dependerá dos objetivos que temos, mas, no caso das atividades
expressivas, é importante escolher interfaces que permitam a maior quantidade possível de
manipulações. No caso da narratividade da imagem, por exemplo, os fatores que contam para
a interferência são a alteração do formato dos quadros, reposicionamento dos balões de fala,
interferência no layout geral da folha, a utilização de imagens concebidas a priori
(desenhos/fotografias). Há diversos programas que já oferecem imagens prontas e layouts
fixos, apenas para serem arranjadas, porém, não é isso que desejamos, pois essa maneira de
propor uma atividade é como se ensinássemos que a aquarela deve ser usada apenas em uma
proposta de representação acadêmica. O caminho e as ferramentas oferecidas devem
possibilitar a liberdade expressiva, sem resultado previsível.
A camada estética da arte, em sua função política, ensina o valor que está no sujeito, defende
que o mais importante é a alteridade humana e não a manipulação cartesiana da ferramenta.

4
Desenho/ Pintura/ Escultura

Objetivos potenciais Conteúdos possíveis Atividades potenciais


- Desenhar;
- Pintar;
- Projetar volumes;
- Desenhar e pintar utilizando
diferentes soluções gráficas para fazer
cores, linhas, pontos, traços, manchas,
- Elementos
áreas, sobreposições, camadas;
constitutivos do
- Construção do - Desenhar, pintar ou projetar volumes
desenho, da pintura, da
pensamento visual; a partir da escolha de um tema
escultura;
- Saber que forma é específico;
- Especificidades do
conteúdo; - Desenhar coletivamente (em rede);
desenho, da pintura e
- Valorizar e respeitar a - Elaborar um trabalho sobre o
da escultura;
diferença; desenho das cidades a partir da
- Interface entre linha e
- Empoderar o educando navegação no Google Earth;
plano;
com vistas à criação e à - Pintar digitalmente um desenho
- Interface entre plano
produção de próprio digitalizado;
e volume;
conhecimento. - Desenhar sobre uma pintura própria
- A representação da
digitalizada;
profundidade.
- Com linhas, desenhar o que está na
frente e o que está mais ao fundo na
representação de um espaço;
- Pintar de forma monocromática as
áreas de um desenho com linhas de
diferentes tipos.
Equipamento: Computadores, tablets, mesa digitalizadora (equipamento para desenhar com
uma caneta própria “fora” do computador), impressoras 3D.
Programa/software: Podem ser usados Paintbrush (pacote Office), Photoshop (pago), Google
Earth. No caso de projetar volumes, usar os aplicativos que acompanham as impressoras 3D,
canetas 3D.

Elementos tradicionais da “plástica” podem ser facilmente abordados, a partir de dispositivos


digitais, e, nesse caso, a materialidade será outra (com prós e contras), mas a construção do
pensamento visual que sustenta esse fazer ainda assim acontecerá.

5
Instalação
Objetivos potenciais Conteúdos possíveis Atividades potenciais
- Relação entre arte e
- Refletir sobre a relação vida;
entre arte e vida; - A instalação; - Elaborar instalações, com materiais
- Refletir sobre as - A arte tecnológicos e não tecnológicos, para
possibilidades da contemporânea; lugares específicos da escola, refletindo
instalação; - A ocupação do sobre os sentidos agregados;
- Empoderar o educando espaço; - Elaborar instalações com aparatos
com vistas à criação e à - O projeto de uma tecnológicos, refletindo sobre os
produção de intervenção no sentidos agregados.
conhecimento. espaço;
- Arte e hibridismo.
Equipamento: Computadores, tablets, celulares, microfones, caixas de som, ligações elétricas,
lâmpadas, ventiladores, projetores, retroprojetores, televisões etc.
Programa/software: Todos aqueles que forem necessários à produção da instalação.

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