Você está na página 1de 4

Gambiarra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Este artigo ou secção tem passagens escritas com uma
linguagem inadequada para uma enciclopédia. Caso
deseje, tente transcrevê-lo para uma linguagem mais adequada.

Exemplo de gambiarra (improviso): Funil improvisado com guardanapo

Exemplo de gambiarra (improviso): suporte para planilha e porta-objetos em bicicleta

Exemplo de gambiarra (improviso): artefato de rápido recolhimento para vendedor ambulante

"Gambiarra" (substantivo feminino) é uma palavra com vários significados,


entre os quais os mais predominante são "extensão de luz" e, no Brasil,
"improvisação" (que terá correspondência no termo "desenrascanço", utilizado
em Portugal). Entre outros significados, destacam-se "ramificação de luzes"
(Ferreira, 1999), "ligação fraudulenta; gato" (Houaiss, 2001), "relação
extraconjugal" (Navarro, 2004). O termo "gambiarra" costuma ser usado
também como adjetivo, significando "precário", "feio", "tosco", "mal acabado".
Inflexões modernas da palavra (gírias), no sentido de improvisação: Cambiarã
se estende a novas interpretações e também conhecidos como Gambis;
Gambi; Gambota.
Contudo, usamos esta palavra para definir um acessório de iluminação num
teatro: (Luzes da Ribalta), conjunto de lâmpadas montadas na ribalta do teatro
para assegurar a iluminação frontal da cena e reduzir sombras indesejadas. A
gambiarra também serve para que os artistas não percam a concentração
durante o espetáculo, pois as luzes da ribalta encobrem a platéia.

Índice

• 1Gambiarra (Improviso)
• 2A Questão Etimológica
• 3Gambiarra na Arquitetura
• 4Gambiarra na Programação de Computadores
• 5Gambiarra em Outros Segmentos
• 6Ver também
• 7Bibliografia
• 8Ligações externas

Gambiarra (Improviso)[editar | editar código-fonte]


No sentido de improviso, improvisação, gambiarra é o próprio ato de constituir
uma solução improvisada. No contexto da cultura material, "gambiarra é o
procedimento necessário para a configuração de um artefato improvisado. A
prática da gambiarra envolve sempre uma intervenção alternativa, o que
também poderíamos definir como uma “técnica” de re-apropriação material:
uma maneira de usar ou constituir artefatos, através de uma atitude de
diferenciação, improvisação, adaptação, ajuste, transformação ou adequação
necessária sobre um recurso material disponível, muitas vezes com o objetivo
de solucionar uma necessidade específica. Podemos compreender tal atitude
como um raciocínio projetivo imediato, determinado pela circunstância
momentânea." [1]. Como processo, a gambiarra pode ser considerada uma
forma alternativa de design. "O uso informal do termo [como improviso] denota
uma propensão cultural relacionada ao que se costuma chamar de jeitinho
brasileiro. É uma manifestação não exclusiva, porém típica e muito presente na
cultura popular brasileira." (Boufleur, 2006:25)

A Questão Etimológica[editar | editar código-fonte]


Segundo o dicionário Hoauiss (2001), o termo gambiarra tem etimologia de
origem "contraditória e duvidosa". Nos principais dicionários brasileiros, a
primeira acepção para o termo gambiarra é "uma ramificação ou extensão de
luzes". Apesar do evidente e difundido uso informal do termo no Brasil, visto
como uma forma de "improvisação", nenhum destes dicionários inclui qualquer
acepção que se refira precisamente a este significado.
Indo mais adiante, "gambi" em italiano significa haste, perna, suporte e o sufixo
arra...arre...é uma expressão usada para algo que teve sucesso mesmo que
tardio.
No Brasil, o termo Gambiarra é tratado como uma sigla para Grande Artifício
da Mecânica Brasileira Inventada para Arrumar, Recuperar ou Realizar Algo.

Gambiarra na Arquitetura[editar | editar código-fonte]


Segundo "Dicionário Ilustrado de Arquitetura VL 01", p. 286: “Em teatros, série
de lâmpadas cobertas, suspensas acima da ribalta, dando um efeito especial a
iluminação da cena”. “Por extensão, sistema de iluminação formado por uma
ou várias lâmpadas enfileiradas sustentadas por um único suporte horizontal,
em geral um vegalhão. É usada principalmente para iluminação provisória do
estaleiro de obras; quando constituída por uma só lâmpada é comumente
utilizada para iluminar locais de difícil acesso que necessitem ser trabalhados”.

Gambiarra na Programação de
Computadores[editar | editar código-fonte]
Na programação, a gambiarra é uma maneira paliativa (e criativa) de resolver
um problema ou corrigir um sistema de forma ineficiente, deselegante ou
incompreensível, mas que mesmo assim funciona. Por exemplo:
Este é um código que imprime na tela a repetição da frase "Hello world!" 5
vezes utilizando-se para isto de um laço para controlar:

#include <stdio.h>
int main (void) {
int i;
for (i=0; i<5; i++) {
printf("Hello world!");
}
return 0;
}

Este é um código que imprime na tela a repetição da frase "Hello world" 5


vezes, porém utilizando-se de gambiarra para obter o resultado final:

#include <stdio.h>
int main (void) {
printf("Hello world!");
printf("Hello world!");
printf("Hello world!");
printf("Hello world!");
printf("Hello world!");

return 0;
}

De forma cômica, no Brasil a gambiarra na programação de computadores


também é citada como P.O.G. (Programação Orientada a Gambiarra), em
alusão ao conceito de programação orientada a objetos.
Em Portugal e na gíria informática é utilizado o termo "martelada" em vez de
gambiarra.

Gambiarra em Outros Segmentos[editar | editar código-fonte]


O termo é utilizado em diversas áreas profissionais como informática,
programação, eletrônica, engenharia civil, cinema, teatro, artes plásticas,
arquitetura, design, geralmente se referindo a soluções improvisadas,
adaptações, ajustes, muitas vezes como uma solução que não se utiliza de
métodos, plano ou projeto. A gambiarra é muitas vezes entendida de forma
pejorativa como algo em condições precárias, provisório, transitório, mal-
acabado ou rústico.

Ver também[editar | editar código-fonte]


• Tosco
• Improvisação
• MacGyver

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


• FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio - Dicionário da
Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Nova Fronteira, 1999
• HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro: Ed.Objetiva, 2001
• LIMA, Cecília M. e ALBERNAZ, Maria P. Dicionário Ilustrado de Arquitetura
(v. I). Pro Editores
• NAVARRO, Fred. Dicionário do Nordeste - 5000 palavras e expressões.
São Paulo: Estação Liberdade, 2004

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


• Reportagem sobre "O Valor do Improviso"
• Sobre relações entre Design e Gambiarra

Você também pode gostar