Contabilidade de Custos

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de educação e comunicação

Discente: Felisberto Elidio Rodrigues

Docente: João Ribaue

O Objectivo deste trabalho e abordar sobre o tema Custeio ABC que consiste em observar
separadamente as várias actividades de uma empresa, e o presente tema visa demonstrar as Etapas
do custeio ABC, Estrutura do custeio ABC e as vantagens e desvantagens do custeio ABC em
relação aos métodos tradicionais. O Trabalho estruturado da seguinte forma: Introdução,
desenvolvimento, conclusão e as respectivas referências bibliográficas.

Método de Custeio ABC


Leone & Leone (2017) referem que “o custeio baseado em actividades, conhecido como ABC
(Activity-Based Costring), e um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indirectos, discutidas nos três últimos
capítulos” (p. 87).

O ABC, pode ser aplicado, também, aos custos directos, principalmente a mão-de-obra directa, e
recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação aos
chamados sistemas tradicionais. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos
indirectos. Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção, em
muitas indústrias os custos indirectos vêm aumentando continuamente, tanto em valores
absolutos quanto em termos relativos, comparativamente aos custos directos (destes, o item mão
de obra directa e o que mais vem decrescendo).

Outro fenómeno importante a exigir melhor alocação dos custos indirectos e a grande
diversidade de produtos e modelos fabricados na mesma planta que vem ocorrendo nos últimos
tempos, principalmente em alguns sectores industriais. Dai a importância de um tratamento
adequado na alocação dos CIP aos produtos e serviços, pois os mesmos graus de arbitrariedade e
de subjectividade eventualmente tolerados no passado podem provocar enormes distorções, Estas
dependerão dos dois factores citados: proporção de custos indirectos no total e diversificação das
linhas de produto. Uma observação muito importante: O Custeio Baseado em Actividades, tal
como estudado neste capítulo, restringe-se a uma limitação do conceito de actividade no contexto
de cada departamento. (Leone & Leone 2017).

Etapas do Custeio
Megliorini (2012) refere que:
A proposta do custeio ABC e apropriar os custos indirectos as actividades, pois, conforme a
filosofia por ele apregoada, são elas as geradoras de custos. Assim, cada um dos custos indirectos
deve ser relacionado as suas respectivas actividades por meio de direccionados de recursos que
melhor representam as formas de consumo desses recursos e, em seguida, apropriado aos
produtos, serviços ou outros objectos de custeio, conforme os direcionadores de actividades mais
adequados.

A primeira etapa do custeio ABC e identificar as actividades executadas em cada


departamento. Sugere-se identificar as consideradas mais relevantes, para o que se podem
utilizar diversas técnicas. Tais como entrevistas com os gestores, aplicação de
questionários aos gestores e observação directa (p. 189).

Custos
“As actividades podem ser representadas por acções ou trabalhos específicos realizados com o
objectivo de converter recursos produtos ou serviços. Resultam do emprego combinado de
recursos tecnológicos e financeiros, além de pessoas e materiais”.

A etapa seguinte e atribuir os custos dos recursos a elas e, posteriormente, aos objectos de
custeio. Essa atribuição deve ser realizada de acordo com a seguinte ordem:
1. Apropriação directa, quando e possível identificar o recurso com uma actividade
especifica.
2. Rastreamento por meio de direcionadores que melhor representam a relação entre o
recurso e a actividade. São exemplos de relação o número de funcionários, a área
ocupada, o consumo de energia, etc.
3. Rasteio, quando não houver condições de apropriação directa nem por rastreamento.
Efectua-se o rateio considerado uma base que seja adequada (Megliorini, 2012, p. 190).

Estruturas do custeio ABC


O custeio ABC pode ser estruturado em dois ou mais estágios, dependendo do nível de
detalhamento em que a empresa deseja operar o sistema de custos. No sistema de dois estágios,
no primeiro os custos dos recursos são apropriados as actividades, utilizando para isso os
direccionadores de recursos. No segundo estagio, apropriam-se os custos das actividades aos
produtos utilizando para isso os direcionadores de actividades.

 Direcionadores de recursos são aqueles que identificam como as actividades consomem


recursos, considerando a relação entre eles e as actividades e permitindo custeá-las.
 Direcionadores de actividades: são aqueles que identificam como os objectos de custeio
consomem as actividades, permitindo custeá-los (Megliorini, 2012)

Vantagens e desvantagens do custeio ABC em relação aos métodos tradicionais

Megliorini (2012) refere que “para mapear as actividades executadas pelos departamentos de
uma empresa, pode se agrupa-las em três categorias básicas”:

1. Actividades que agregam valor e são consideradas necessárias ao processo, e que os


clientes valorizam, como a pintura do produto e a compra de materiais, por exemplo.

2. Actividades que não agregam valor ao processo, mas são necessárias ou obrigatórias para
negócios da empresa, como os registos contabeis e o backup de arquivos.

3. Actividade que não agregam valor ao processo e que são desnecessárias como espera,
retrabalhos e controles supérfluos (p.191)

Tem também a vantagem de determinar custos aparentemente mais precisos. Para que
essa exactidão ocorra, e necessário que os contadores de custos se precavenham, quando
utilizarem o critério ABC, em relação a todas as suas limitações até aqui apresentadas.
Uma vez controladas essas variáveis, o critério ABC tem uma sólida base lógica, tem
potencial, e será, dentro de algum tempo, depois de ter sido testado e aperfeiçoado, a um
importante instrumento de análise de custos que se somara aos critérios já existentes.
(Leone & Leone, 2017).

Stark refere que:


 Ferramenta para controle e gestão no processo produtivo, mais precisão no custeio;
 Evidencia os factores causadores de custo, da importância as relações de causalidade;
 Apoio as decisões make or buy, ferramenta para estimar os custos de novos produtos;
 Ferramenta para o pricing, Apoio a decisão estratégica; (p. 191).

Contudo podemos perceber que os custos são essenciais para a empresa, o que é um factor
determinante. Hoje em dia, todas as decisões empresariais devem ser tomadas com base nas
informações fornecidas pelo custo.

Referencias Bibliográficas
Leone, G, S, G. & Leone, RJ, G, R. (2017). Curso de contabilidade de custos (4ª Ed). São Paulo,
Brasil: Atlas
Megliorini, E. (2012). Custos, Analise e gestão (3ª Ed). São Paulo, Brasil: Pearson Prentice Hall
Stark, J. A. (2007). Contabilidade de Custos. São Paulo, Brasil: Pearson

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