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Capítulo I

1. Introdução
A Ética profissional é um assunto de relevada importância, pois colabora para o bom
desempenho de um profissional dentro de sua classe. O profissional deve estar atento as
responsabilidades de sua profissão, agir segundo os princípios Éticos e morais estabelecidos no
código de ética que conduzem o profissional a obter uma postura que lhe garanta credibilidade e
respeito perante a sociedade.
A valorização da ética tem sido cada vez mais forte, tornando-se uma tendência mundial, e
vem sendo exigida nas empresas como um dos pontos fundamentais para a conduzir o
desenvolvimento profissional, não só para os profissionais em contabilidade, mas também em
todas as categorias e na vida de cada indivíduo.
Importa salientar que a profissão de contabilidade desempenha um papel fundamental no
mercado económico e cria inúmeras oportunidades para o contabilista como fornecedor de
informações contabilísticas e financeiras da entidade onde está inserido. Portanto Este
profissional torna-se necessário para auxiliar na tomada de decisão contributiva para o
crescimento das empresas.

O código de ética profissional considera circunstâncias que demanda do profissional uma análise
pessoal de si mesmo referente ao seu comportamento ético, sendo assim o profissional tem um
Código de ética do Profissional de Contabilidade que rege seus princípios éticos e moral, assim
como deveres e obrigações do profissional, visando um bem-estar para a sociedade buscando
certificar-se da sinceridade nos procedimentos. Desta forma este trabalho irá abordar a ética em
seus pressupostos na profissão, considerando a essência do código de ética e a importância do
mesmo no exercício da sua profissão,
1.1 Objectivos do trabalho
1.1.1 Geral
 Analisar o papel da Ética na profissão de Contabilidade.
1.1.2 Específico
 Descrever a importância da Ética na profissão de Contabilidade.
 Definir conceitos que estão relacionados com a Ética profissional na contabilidade
1.2 Justificativa

A questão do papel da Ética na profissão de Contabilidade é tema de grande preocupação das


organizações actuais, suscitando deste modo várias abordagens, o que também passa sendo
motivo do presente trabalho.

Portanto, a Ética tem como pressuposto a produtividade e manutenção de uma organização,


assim trabalho poderá contribuir significativamente com algumas linhas estratégicas sobre
aspectos organizacionais da Ética profissional, na contabilidade, aumentando o cumprimento dos
aspectos Éticos.

1.3 Problema

No nosso dia-a-dia sido visto vários cenários em que não se cumprem certas normas Éticas, que
conduzem alguém a cumprir normas de conduta humana, e, com base neste pressuposto se
coloca a questão “até que ponto a Ética é importante na profissão de contabilidade? ”

1.4 Hipóteses

Uma pré-resposta sugere:

Hipótese 1: As normas Éticas são importantes para as funções contabilísticas, devem ser
cumpridas para melhorar o desempenho, desta forma a profissão de contabilidade não pode ser
um meio apenas de ganhar a vida mas, e um meio de muita aprendizagem profissionalismo.

Hipótese 2: As normas Éticas são importantes para as funções contabilísticas, devem ser
cumpridas para melhorar o desempenho, desta forma a profissão de contabilidade não executada
conforme as normas pode levar a falência e fracasso de organizações
1.5 Metodologia

O trabalho baseia-se na pesquisa bibliográfica, onde foram usados instrumentos de pesquisa


como internet, entrevistas e inquéritos. Este trabalho está dividido em IV (quatro) capítulos,
nomeadamente:

-Capítulo I faz a descrição do trabalho, explicando as razões da elaboração do trabalho.


-Capítulo II encontram a revisão bibliográfica onde se apresentam os principais conceitos sobre o
tema.
- Capítulo III tem o estudo do caso, onde vai se fazer a parte prática do trabalho usando os
conceitos da versão bibliográfica para a pesquisa prática.
- Capítulo IV encontra-se a bibliografia.
Capítulo II
Revisão bibliográfica
Neste capítulo vai proceder-se á revisão bibliográfica dos principais conceitos que vão ser usados
como suporte do trabalho e entendimento do que se pretende discutir.
2.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
De acordo com Borges, (2010, p. 7) A palavra contabilidade, provem etimologicamente de
conta; esta, por sua vez, de cômputo, originaria do latim “computum”, que significa cálculo,
contagem.
É pacifico afirmar que as palavras contabilidade, conta e contagem, têm todas a mesma raiz e
que a contabilidade nasceu de uma necessidade prática, registar de maneira mais perdurável do
que a memória de certos factos da vida económica, mas também a evolução do homem, o
desenvolvimento da sociedade, as circunstancias e os desempenhos individuais e colectivos
ditaram que a contabilidade tenha o desenvolvimento que tem hoje.

De acordo com Borges, (2010, p. 7) entende-se a “como sendo o acto de registar e classificar de
uma forma organizada e em termos de unidades monetária, transacções e eventos que são, em
parte, de natureza financeira de forma a permitir a sua interpretação subsequente”.

Segundo o livro do professor, (1999, p. 33) “é a ciência que estuda, controla e interpreta os
factos ocorridos no património, mediante o registo, demonstração expositiva e revelação desses
factos”, A Contabilidade surgiu da necessidade que o Homem tem de controlar a riqueza que
possuí, o que gasta e o que deve a outros, assim como o que lhe era devido.

Contudo a Contabilidade explica, segundo vários autores, a necessidade sentida pelo Homem de
preencher as limitações de memória, mediante um processo de classificação, registo e reporte
que lhe permite recordar facilmente as variações do seu património.

2.1.1 Tipos de contabilidade

A contabilidade apresenta especificidade consoante a natureza das instituições -contabilidade


agrícola ou de empresas agrícolas, comercial, industrial, bancária, de transportes de seguros. etc.
Ou consoante as especialidades – contabilidade industrial, de custos ou de análise da exploração;
Quando versa concretamente a relação dos custos e dos proveitos ou de eficiência do sector
industrial, ou de produção de uma empresa; contabilidade orçamental quando releva valores
respeitantes de previsões ou programas orçamentados, etc. (Boges, 2010,p32)

Praticamente referem-se a duas grandes divisões da contabilidade, a saber:

 Contabilidade financeira, também denominada de contabilidade geral externa,


que visa o relato financeiro para o exterior da empresa por via das demonstrações
financeiras;
 Contabilidade de gestão, também denominada de contabilidade analítica de
exploração ou contabilidade interna, que visa o custo dos produtos vendidos e dos
serviços prestados e, bem assim, o controlo dos resultados a nível mais elementar
(negócios, mercados, áreas de responsabilidade, etc.

Tabela: 1- Diferença ente contabilidade financeira e contabilidade de gestão:

Contabilidade Financeira Contabilidade de Gestão


Principais utentes
Está vocacionada para preencher necessidades Está vocacionada para preencher necessidades
de informação prevalentemente externa. de informação interna ao nível da gestão; por
Os principais destinatários são os accionistas, regra, os accionistas não têm acesso. Os
mas também os financiadores, entidades de principais utentes são a administração,
supervisão e fiscais, fornecedores, clientes, direcção, chefias (divisão, departamento),
entidades sindicais. gerentes, etc.
Obrigatoriedade
É imposta por lei, servindo de suporte ao A lei não obriga à sua existência; são os
processo de prestação de contas. imperativos de gestão que a justificam e
justificam o seu desenvolvimento.
Periodicidade
Esta sujeita à normalização nacional e Não há sujeição a qualquer normalização quer
internacional, devendo respeitar a mesma seja nacional ou internacional; no âmbito dos
grupos das empresas e designadamente
daquelas cuja actividade está dispersa existe
alguma normalização.
Finalidade
Visa propósitos gerais, e para tal existe um Os propósitos visados são específicos e a
conjunto pré-definido de quadros informação a disponibilizar internamente não
informativos, demonstrações financeiras (DF), está pré-definida e não obedece aos PCGA.
que periodicamente são disponibilizados; na
aceleração das DF são adoptados os
denominados Princípios Contabilísticos
Geralmente Aceites (PCGA).
Normalização
Está sujeita à normalização nacional e Não há sujeição a qualquer normalização quer
internacional, devendo respeitar a mesma. seja nacional ou internacional; no âmbito dos
grupos de empresas e designadamente daquelas
cuja actividade está dispersa existe alguma
normalização.
Natureza dos dados evidenciados

Os dados evidenciados são os objectivos e Os dados evidenciados apresentam um cunho


verificáveis. que por regra é subjectivo, tendo em atenção as
preocupações estratégicas e da performance.

2.1.2 Objecto

Segundo o livro do professor (1999, p. 34) “ é o património das entidades económicas e


administrativas”, com o fim de oferecer informações sobre a composição do património, suas
variações e o resultado económico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

2.1.3 Objectivo
De acordo com O livro do professor (1999,p. 34), “ é permitir o estudo e o controle dos factos
decorrentes da gestão do património das entidades económico-admistrativas” contribuindo para
uma melhor credibilidade nas demonstrações de resultados do património.

2.1.4 Finalidade
De acordo com O livro do professor (1999, p. 34), “a principal função da contabilidade é
permitir a obtenção de informações económicas e financeiras acerca da entidade”. As
informações de natureza económica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de
despesas que geram lucros ou prejuízos e as variações no património da entidade.

Segundo Borges (2010, p11) A contabilidade, entendida num âmbito mais vasto, é de uma
utilidade extrema pois serve de suporte a várias e distintas actividades, de entre as quais
salientamos;

 O relato financeiro;
 A determinação dos custos dos produtos e serviços;
 Planeamento fiscal;
 A consultoria de gestão;
 A avaliação dos desempenhos sistemas de gestão ambiental e de qualidade;
 A auditoria;
 As contas públicas nacionais;
 A preparação de orçamentos de empresas e organizações;

A contabilidade nos dias de hoje é vista como um sistema de informação indispensável para a
tomada de decisão, pois ela constitui o interface entre a fonte de informação, a organização, e os
utilizadores dessa mesma informação dos stakeholdes, os clientes, os fornecedores, os
trabalhadores, os financiadores, etc.

Esta perspectiva é de grande importância, embora tenhamos de partir do princípio de que o


sistema contabilístico constitui o sistema de informação mais capaz de medir e de reportar a
realidade económico-finaceira-patrimonial das empresas, das organizações. Ao mesmo tempo

2.1.5 Características do Profissional de contabilidade


O profissional de contabilidade deve possuir certos requisitos para desempenhar sua profissão
com competência, honestidade e sociabilidade mas precisa ter em conta os conceitos:

 Contabilista
De acordo com o wikcionario entende-se como Contabilista o profissional responsável por
cuidar da contabilidade de uma empresa ou de uma instituição.

 Técnico de contas

Segundo o wikcionario, Técnico de contas é aquele que elabora a contabilidade de uma empresa
e tem responsabilidade técnica e fiscal que lhe sejam delegadas, ele é o elemento de ligação entre
as organizações e o fisco, sendo como tal o responsável oficial pelas contribuições empresárias
perante o estado, estes analisam e comunicam os factos relevantes para o funcionamento
financeiro de uma organização.

 Auditor

Assim o wikcionario define Auditor como sendo, perito a quem se incumbência de examinar e
dar parecer sobre as operações de uma empresa ou organização, atestando a correcção ou
incorrecção das mesmas e a veracidade do balaço geral

Segundo Lisboa (1997, p. 130): Através de sua competência, o profissional de contabilidade


mostra o quanto pode ser útil e sofisticado em sua produção de informação, através de sua
produtividade, ele consegue optimizar o tempo disponível a produzir mais informações, por meio
da sociabilidade,
Para Lisboa (1997, p. 131), “para ser ético é necessário ter algum tipo de fé”, isso não implica
em ter fé religiosa, mas acreditar em valores intangíveis como valores morais: honestidade,
amor, sinceridade, lealdade, responsabilidade entre outros

2.2 ÉTICA
2.2.1 Conceito
Segundo, Rocha (2010, p.15), “Etimologicamente a Ética radica da palavra grega ethos que
significa costume, e que a Ética indica razões filosóficas das decisões, ou seja, é a ciência que
estuda as regras de comportamento e a sua fundamentação”.
Enquanto Vazquez (1992, p.10), define como sendo “a teoria, investigação ou explicação de um
tipo de experiências humana ou forma de comportamento dos homens, o da moral, considerado
na sua totalidade, diversidade e variedade”.
Por sua vez Nunes (2004, p.16) assume a teoria anglo-saxónica que defende três diferentes
vertentes interpretativas do conceito.
 Ética normativa
 Ética descritiva
 Meta-ética

a) Ética normativa Ibdam (2004, p16) “expressão que se refere não apenas as normas e conduta,
mas também ao seu fundamento conceptual e a sua avaliação concreta”.

b) Ética descritiva que “reporta a investigação sistemática dos factos, assim como das crenças
sociais e das atitudes preponderantes no seio da sociedade” na presunção de que a investigação
tem objectivos e é verificável.

c) Meta-ética que “pretende efectuar uma análise dos argumentos explícitos e de ligação com os
valores”.

Portanto, considerando os elementos acima, pode-se considerar a Ética como sendo um conjunto
de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano, ao tentar explicar as
regras morais de forma racional e fundamentada da teoria que exprime a maneira como a cultura
e a sociedade definem para si mesmas o que julgam ser, por exemplo, o “mal” e, como
contrapartida, o que consideram ser o “valor” e o “bem”.

- Mal é tudo aquilo que prejudica, fere ou incómoda, enquanto o Bem e o contrário do mal

- Valor é um conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização que


determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interage com outros
indivíduos e com o meio ambiente
2.2.2 Ética profissional
De acordo com Sá (2007,p130), a expressão profissão provem do latim do substantivo
“professio”, que teve diversas acepções naquele idioma, mas foi empregado por como “acção de
fazer profissão’’.
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e
representam imperativos de sua conduta. Sá (2007, p130)

O conceito de fazer profissão, na actualidade é aquele que representa trabalho que se pratica com
habitualidade a serviços de terceiros ou seja prática contrastantes de um ofício desta forma o
profissional tem que conhecer os seguintes preceitos:
a) Valor da profissão
De acordo com Sá (2007,p131), A profissão, como a prática habitual de um trabalho oferece uma
relação entre necessidade no âmbito humano, que exige uma conduta específica para o sucesso
de todas partes envolvidas, quer sejam os indivíduos directamente ligados ao trabalho, quer os
grupos onde tal relação se insere.

b) Deveres profissionais
Sá (2007,p132) afirma que, Sendo o propósito do exercício profissional a prestação de uma
utilidade a terceiros, todas as qualidades pertinentes a satisfação da necessidade de quem requer
a tarefa, passaram a ser uma obrigação perante o desempenho. por isso existem deveres a serem
respeitados que veremos a seguir:

 Dever de conhecer a profissão – o exercício de uma profissão demanda a


aquisição de pleno conhecimento e domínio sobre a tarefa a forma de executa-la,
alem de actualização constante e aperfeiçoamento cultural, porque buscar
perfeição na execução de uma tarefa e um dever do profissional que depende do
conhecimento e da aplicação plena do mesmo
 Dever da execução das tarefas - a consciência profissional necessita de uma
formação especifico, não pode ser considerada eficaz uma tarefa realizada apenas
com pleno conhecimento material, sendo imprescindível que tudo se exerça sob a
actuação de todo um complexo de virtudes nas quais o zelo, a excelência do
produto, e uma das mais louvadas.
c) Valor e conduta Ética

Rocha (2010, p. 30) “afirma que a contabilidade sempre estará inserida no meio de agentes
sociais e com interesses antagónicos (divergentes), caracterizados por relações entre fisco,
contribuintes, patrões e empregados, proprietários e administradores, entre outros”. Nesse
sentido, é necessário que os contabilistas estejam preparados tecnicamente, e possuam um nível
de comprometimento capaz de identificá-los como profissionais diferenciados, mostrando os
seus valores e deveres Éticos.

Assim, para SÁ (2007, p.134) “os benefícios que os profissionais propiciam, cumprindo as
responsabilidades de seus trabalhos, passam a dar-lhes notoriedade, ampliando o grau de
satisfação em relação a eles e quase criando uma obrigação de retribuição moral por parte dos
beneficiados”. Esta a razão pela qual, com sucesso, muitos deles chegam a cargos melhores, com
relativa facilidade.

2.2 IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PARA O PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE

A ética é importante e inerente a toda acção humana, somente o homem pode ser ético ou
antiético, pois é a atitude do homem que constrói sua imagem, podendo essa ser delineada para
trilhar o caminho da moral e dos bons costumes, bem como seguir o caminho das margens
sociais, se aprofundando nas ilicitudes existentes, praticando actos que a sociedade desaprova.
Na execução da profissão de contabilidade é importante que a conduta Ética possa, em um
primeiro momento, agradar a quem se beneficia directamente desta conduta. Porém, a médio e
longos prazos, uma má pode contribui para denegrir não somente o profissional, como também à
comunidade (contabilística) como um todo.

2.2.1 Ética no exercício da profissão de Contabilidade


Segundo Sá (2007, p133) O papel do profissional de contabilidade consiste em um trabalho
exercido habitualmente nas células sociais, com o objectivo de prestar informações e orientações
baseadas na explicação dos fenómenos patrimoniais, cumprindo valores sociais, legais,
económicos, como na tomada de decisoes nas organizações.

Contudo, o profissional de contabilidade por sua formação tem se tornado um elemento de


referência na sociedade, influenciando positivamente o meio em que actua. A sociedade em seu
conjunto espera que este actue com integridade, objectividade e independência, que seus serviços
sejam desempenhados com competência, diligencia e descrição.

2.4.2 Código de Ética para o profissional de contabilidade.

De acordo com Rocha (2010, p. 231) “Um código de Ética é um documento que estabelece
formalmente as politicas, princípios ou regras que servirão de guia as pessoas que integram uma
organização” tendo em vista o desenvolvimento de acções e a tomada de decisões eticamente
correctas.

Um código de Ética de uma empresa corresponde a uma indignação formal e dos valores
comportamentos considerados pela organização como os mais adequados para determinadas
situações éticas profissionais, e é muito mais que uma simples relação de direitos, deveres,
limitações e punições, é um verdadeiro norteador que deve reger toda a conduta dos elementos
envolvidos.

2.4.3 Princípios fundamentais

De acordo com o código de Ética (2009, p. 7) destacam-se os seguintes princípios

 Objectividade
 Integridade
 Competência profissional e diligência
 Confidencialidade
 Comportamento profissional
 Conflitos de interesse

a) Objectividade

 O princípio da objectividade exige que todos os profissionais contabilistas não


comprometam o seu julgamento profissional ou de negócios por causa do preconceito,
conflito de interesse ou influência indevida de outros. O contabilista profissional pode ser
exposto a situações que podem afectar a objectividade. Não é possível definir e propor
uma solução para todas estas situações.
 O contabilista profissional não deve fornecer um serviço profissional se uma
circunstância ou uma relação de afectar a sua imparcialidade ou indevidamente
influenciar o seu julgamento profissional sobre o serviço.

b) Integridade

 O princípio da integridade exige que todos os profissionais de contabilidade sejam


abertos e honestos em todas as relações profissionais e de negócios. Integridade implica
também a equidade no tratamento e sinceridade.
 O contabilista profissional não pode ser associado com relatórios, declarações,
comunicações ou outras informações, caso considere que a informação contém uma falsa
declaração ou enganosa. Quando o contabilista profissional tem conhecimento de que
está associada a essas informações, ele deve tomar medidas para dissociar-se das
mesmas.

c) Competência profissional e diligência

O princípio da competência profissional e diligência impõe as seguintes obrigações a todos os


profissionais contabilistas:

 Manter conhecimentos e aptidões profissionais ao nível necessário para permitir aos


clientes ou a empresa onde trabalha receber um serviço profissional competente, agir com
diligência em conformidade com as normas técnicas e profissionais aplicáveis sempre
que os serviços profissionais são fornecidos.

 A manutenção da competência profissional requer atenção e conhecimentos técnicos,


profissionais e empresariais relevantes. O desenvolvimento profissional contínuo permite
que o contabilista profissional possa desenvolver e manter a sua capacidade de agir com
competência e um ambiente profissional.

Diligência inclui a responsabilidade de agir de acordo com os requisitos de uma
atribuição com cuidado e em tempo útil. O contabilista profissional deve tomar medidas
razoáveis para garantir que aqueles que trabalham como profissionais sob seu comando
tenham formação prática e supervisão adequada.
d) Confidencialidade
Princípio da confidencialidade exige á todos os profissionais contabilistas a abster-se de:

 Divulgar fora da empresa ou entidade em que trabalham informações confidenciais


obtidas como resultado profissional e comercial, excepto relações mediante autorização
específica adequada ou quando há um direito ou dever legal ou profissional de
divulgação e não deve usar informações confidenciais obtidas como resultado de
profissional e comercial em benefício próprio ou de relações de terceiros.

 O contabilista profissional deve manter a confidencialidade, inclusive no ambiente de


não-trabalho, estar alerta para a possibilidade de divulgação inadvertida, particularmente
a um parceiro próximo, um parente próximo ou um membro de sua família imediata.

 O contabilista profissional deve manter a confidencialidade das informações que foram


divulgadas por um cliente em potencial ou pela entidade para a qual trabalha e deve
manter a confidencialidade de informações dentro da empresa ou organização para a qual
trabalha.
 O contabilista profissional deve tomar medidas razoáveis para garantir que o pessoal sob
seu controlo e as pessoas de quem ele da aconselhamento e apoio, obedecendo o respeito
obrigação profissional de confidencialidade da contabilidade.

 A necessidade de respeitar o princípio da confidencialidade continua mesmo após o fim


da relação entre o contabilista profissional e o cliente ou da agência para a qual ele
trabalhava.

 No entanto, o sigilo profissional de contabilidade não utiliza ou divulga qualquer


informação obtida ou recebida como resultado de uma informação profissional ou de
negócios

e) Comportamento profissional

 O princípio do comportamento profissional prevê a obrigação de todos os profissionais de


contabilidade cumprirem as disposições legais e regulamentares e evitar qualquer acção
que o profissional sabe, ou deveria saber, que podem desacreditar a profissão. Isso inclui
performances com uma terceira tentativa e experiente, pesar de todos os factos e
circunstâncias conhecidos pelo contabilista profissional naquela época, provavelmente
concluir que afectam negativamente a reputação da profissão.

 Na realização de actividades de marketing ele deve promover a si mesmo e seu trabalho,


representando os profissionais, assim não vai colocar em causa a reputação da profissão.
Os Profissionais de contabilidade devem ser honestos e sinceros e evitar fazer afirmações
exageradas sobre os serviços que oferecem ou experiência que eles têm.

No exercício da sua actividade o profissional deve seguir as normas que regulam a sua conduta
nos campos que ele actua e respeitar alguns princípios como:
f) Conflitos de interesse

- Conflito de interesses ocorre quando uma pessoa demonstra um interesse secundario no


resultado de uma determinada acção. O contabilista profissional deve tomar medidas razoáveis
para identificar as circunstâncias que podem causar um conflito. Essas circunstâncias podem
resultar em ameaças relacionadas ao cumprimento dos princípios fundamentais.

- Quando um conflito de interesses cria uma ameaça em relação a um ou mais dos princípios
fundamentais, incluindo a objectividade, confidencialidade ou comportamento profissional que
não podem ser eliminados ou reduzidos a um nível aceitável mediante a aplicação de
salvaguardas, o profissional em exercício não vai aceitar uma certa ordem ou retirar um ou mais
conflituantes ordens. Na prática profissional deve avaliar a importância de quaisquer ameaças
que possam existir e, se necessário, aplicar salvaguardas para eliminar ou reduzi-las a um nível
aceitável.

Dependendo das circunstâncias que deram origem ao conflito, a aplicação de uma das seguintes
salvaguardas é geralmente necessária:

 Notificar o interesse do cliente ou do negócio actividades da empresa que podem


representar um conflito de interesse e obter o seu consentimento para agir em tais
circunstâncias.
 Notificar todas as partes relevantes do conhecimento que o contabilista profissional em
prática está agindo para duas ou mais partes com relação ao assunto em que seus
respectivos interesses estão em conflito e obter o seu consentimento para agir dessa
forma.
Bibliografia
1- BORGES, António, RODRIGUES, Azevedo, RODRIGUES, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral: 25º ed. Áreas Editora, Lisboa. 2010
2- Editora Saraiva, livro do professor, Contabilidade Geral, 3º.Ed, São Paulo.1999
3- LISBOA, Lázaro Plácido. Ética geral e profissional em contabilidade. São Paulo:Atlas,
1997.
4- NUNES, Cristina Brandão, A Ética empresarial e os Fundos Sociais responsáveis: 1º.ed.
Companhia Editora Minho, 2004.
5- ROCHA, António da silva. Ética: deontologia responsabilidade social. 1º.ed. Porto:
Grupo Editorial Vida Económica, 2010.
6- Sá, António Lopes. Ética profissional: 7º.ed. São Paulo: atlas, 2007
7- Sá, António Lopes. A Contabilidade Pós-Moderna. 2 .ed: 2014
8- VASQUEZ, Adolfo Sanches. Ética: 9º.ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1989.
9- <http://www.ifac.org/codigo de etica-de-etica> . Acesso em 17 de Setembro de 2016 as
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10- http://pt.m.wiktionary.org.wiki/contabilista. Acesso em 16 de Novembro 2017 as 23h

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