Você está na página 1de 3

OFICINA

A LINGUAGEM SUBJETIVA DA CRIANÇA

Conteúdo programático
Objetivo
Essa Oficina tem o objetivo de esclarecer um pouco mais o Universo infantil quanto a sua
expressão e comunicação. As crianças não podem ser consideradas pequenos adultos e
precisamos saber mais sobre o seu psiquismo e suas reações. Com frequência vemos muitos
equívocos no compreender do Universo infantil e suas expressões, os comportamentos são
julgados pelo adulto de uma forma injusta onde se consolida ainda mais o aspecto negativo.

Ao compreender alguns aspectos da estrutura psíquica e a importância da escuta como um


todo dentro de uma linha flutuante, podemos contribuir com a nossa compreensão e
entendimento agindo de uma forma mais correta as manifestações infantis, portanto, esta
oficina é indicada para Pais, Professores, Psicólogos, Psicanalistas, Arte Educadores e aqueles
que trabalham com o público infantil.

Metodologia

O conteúdo foi baseado em experiências com crianças por meio de oficinas de contação de
histórias dos Centros Comunitários, tendo como referência os estudos do psicanalista e
escritor Bruno Bettelheim e da Professora e autora do livro Histórias Curativas para
Comportamentos Desafiadores. Com a preocupação de tornar ainda mais abrangente a
compreensão do universo infantil, a Oficina também terá como base as abordagens
psicanalíticas de Melanie Klein, Ana Freud, Donald Winnicot e Françoise Dolto. Onde o brincar
e o desenhar ganham destaque como forma de expressão do inconsciente.

Introdução

Tudo que nos cerca; as relações, todos os nossos vínculos criam sistemas de dependências,
são esquemas repetitivos de pensamentos e ação, o inconsciente exercendo a manipulação
das cordas que nos movimentam. Nossa originalidade se perdeu ao respirar o primeiro ar fora
de nosso ventre materno, podemos dizer ainda mais, nossa originalidade se perdeu já na
primeira composição de nossa célula, pois esta vem com a história hereditária de
comportamentos condicionados. E como dar conta de tudo isso?

Primeiramente devemos estar conscientes que não existem fórmulas e receitas, que o ser é
complexo, mas que existem ferramentas de informações valiosas, nas quais podemos nos
utilizar com nossa sensibilidade única.

Freud publicou alguns erros de interpretação no qual obteve insucessos com alguns pacientes,
pois ao alimentar uma estrutura pré-estabelecida de hipótese, ele foi elaborando numa
direção distorcida e associando conforme o seu mundo próprio. Corremos este risco
constantemente, a atenção flutuante do analista é necessária, estar atento a cada movimento
e ritmo do outro sem a contaminação do julgar.
Serão abordados como temas da Oficina a forma de comunicação do brincar, desenhar e do
mundo projetivo das histórias. Falaremos sobre a expressão da criança e o seu mundo lúdico.

Suas fases de desenvolvimento e características.

O desenho como forma de expressão

Serão abordadas na Oficina algumas formas de interpretação de desenhos.

Como a criança expressa seu inconsciente nos espaços vazios de uma folha, na intensidade de
um traço, na continuidade, na descontinuidade, nos símbolos e signos que ora sendo
universais também algumas vezes se contrapõe ao subjetivismo.

Falaremos sobre alguns casos que foram expressos por meio de desenhos e interpretados,
encontrando assim, o motivo das angústias e culpas.

O brincar da criança, uma elaboração de alívio e amadurecimento.

A criança não possui a experiência de um adulto, por isso muitas vezes é limitada em sua
comunicação, sua visão de mundo compete ao seu estado interno de interpretação, que é
muito diferente da nossa. Precisamos compreender a forma de comunicação da criança.

Muitas coisas ignoramos ou fazemos com que a criança termine uma ação por ser categorizada
como bobagem. A criança no brincar está aprendendo a viver, aprendendo a se comunicar...

Falaremos sobre o modo de escuta apropriado frente a ludicidade da criança.

Os contos como ferramenta preciosa

Ao percebermos certos mecanismos de defesa na criança podemos criar um conto com um


roteiro direcionado para que a criança então consiga elaborar algo que está tendo dificuldade
de interpretar.

A oficina abordará esquemas de criação de roteiro com o intuito de uma necessidade


específica. Esta ferramenta é valiosa, pois a criança não sabe da elaboração do roteiro
direcionado e do intuito do analista, preserva-se, portanto, a identidade da criança. E ela
poderá então absorver e compreender alguns fatos de uma forma natural, de uma forma que
só compete a ela como um ser único.

A abrodagem de Melanie Klein, Ana Freud, Donald Winnicot, Françoise Dolto e Bruno
Bettelheim.

Serão abordadas algumas formas de atendimentos destes profissionais e alguns tópicos de


importância a serem ressaltados na comunicação infantil.

Você também pode gostar