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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

PROFª. ELISABETE MOREIRA

“É preferível o imperfeito em tempo


do que o perfeito cansativamente protelado”.
Autor desconhecido

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

 Envolve administrar todos os materiais destinados à manutenção das atividades de uma Instituição,
incluindo o processo de transformação dos materiais ou informações em produtos ou serviços finais no
tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
 Atividades: Programação de materiais, Compras, Recepção, Armazenamento no almoxarifado,
Controle de estoques, Classificação, Movimentação, transporte e distribuição.
 O grande objetivo da administração de materiais é poder determinar qual a quantidade ideal de
material em estoque que permita satisfazer a demanda, mantendo o nível de serviço ofertado ao cliente
e, ao mesmo tempo, minimize os custos de estoque e otimize o giro de estoque.

Tipos de Bens materiais:

 Móveis, imóveis, intangíveis e semoventes


 Bens móveis são todos os bens que por sua própria natureza, características de duração e valor,
devam ser controlados fisicamente e incorporados ao patrimônio da Instituição. Estão divididos em:
Permanente e Consumo.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 205/88.

 Material - Designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, veículos


em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades das
organizações públicas federais, independente de qualquer fator, bem como, aquele oriundo de demolição
ou desmontagem, aparas, acondicionamentos, embalagens e resíduos economicamente aproveitáveis.
 Bens Permanentes: não ser Bem de Consumo; não ser peça de reposição; ter prazo de duração
superior a 02 (dois) anos (Art. 15 § 2º, Lei nº 4320/64); devem ser tombados através de plaquetas
metálicas. Ex: Móveis e Utensílios, Equipamentos, Livros, Máquinas, Mapas, Veículos etc.
 Material de Consumo: aquele que em razão do seu uso corrente e segundo a Lei 4320/64, perde
normalmente sua identidade física e/ou tem sua duração limitada a dois anos ou, ainda quando o custo do
controle seja superior ao risco da perda (pode-se fazer uma relação-carga).

Classificação dos Bens:


 Ativo: Todo o material em uso.
 Inativo ou Inservível: aqueles não movimentados em um certo período, comprovadamente
desnecessários para utilização (ocioso, recuperável, antieconômico, irrecuperável).
 Bem ocioso – embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado;
 Bem recuperável – a recuperação for possível e o orçamento for inferior a cinqüenta por cento de seu
valor de mercado;
 Bem antieconômico – a manutenção onerosa, ou rendimento precário, em virtude de uso prolongado,
desgaste prematuro ou obsolescência;
 Bem irrecuperável – não puder ser utilizado por perda de suas características ou em razão da
inviabilidade econômica de recuperação.

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Evolução do sistema produtivo:


 Taylor desenvolveu a administração científica, que buscava a padronização do processo de trabalho e
a maneira mais adequada de realizar uma tarefa com supervisão do cumprimento da padronização do
tempo e da especialização;
 Henry Ford aplicou o conceito de linha de montagem seriada, produzindo em larga escala para época
o automóvel Ford modelo T em menos tempo, com menor custo de produção e aplicando o controle da
qualidade.
 Em meados dos anos 70, os japoneses desenvolveram o Sistema Toyota de produção com o conceito
de célula de produção, formado por famílias de produtos ou tecnologia de grupos tornando mais simples
e eficiente à administração, decorrência imediata da decomposição do sistema global de produção em
subsistemas de menor dimensão, redução do tempo gasto em transferências entre os postos de trabalho,
do tempo de preparação das máquinas, da quantidade de ferramentas, do tamanho dos lotes e do tempo
total de fabricação.

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

ESTOQUES - FUNÇÕES

 Garantir o abastecimento de materiais, evitando:


a) Demora ou atraso no fornecimento;
b) Sazonalidade no suprimento: variações regulares no abastecimento;
c) Riscos de dificuldade no fornecimento.
 Proporcionar economias de escala através de:
a) Compra ou produção em lotes econômicos;
b) Flexibilidade do processo produtivo;
c) Rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.

Na Administração Pública:

 Determinar o método e grau de controles a serem adotados para cada item;


 Manter os instrumentos de registros de entradas e saídas atualizados ;
 Promover consistências periódicas entre os registros efetuados no Setor de Controle de Estoques com
os dos depósitos (fichas de prateleira) - e a consequente existência física do material na quantidade
registrada;
 Identificar o intervalo de aquisição para cada item e a quantidade de ressuprimento;
 Emitir os pedidos de compra do material rotineiramente adquirido e estocável;

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 Manter os itens de material estocados em níveis compatíveis com a política traçada pelo órgão ou
Entidade;
 Identificar e recomendar ao ao Setor de Almoxarifado a retirada física dos itens inativos devido a
obsolescência, danificação ou a perda das características normais de uso e comprovadamente inservíveis,
dos depósitos subordinados a esse setor.

CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES

 Estoque Ativo ou Normal: sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso e custo em
conseqüência de entradas e saídas;
 Estoque Morto ou Inativo: não sofre flutuações, é estático;
 Estoque Empenhado ou Reservado: quantidade de determinado item, com utilização certa,
comprometida previamente e que permanece temporariamente em almoxarifado.
 Estoque de Recuperação: quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de estoque,
salvados (retirados de uso através de desmontagens), sem condições de uso, mas passíveis de
aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou Estoque de Materiais
Recuperados, após a obtenção de sua condições normais;
 Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis: quantidades de itens em estoque, novos ou
recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um Estoque Morto;
 Estoque Disponível: quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso;
 Estoque Teórico: resultado da soma do disponível com a quantidade pedida, aguardando o
fornecimento;
 Estoque de Antecipação: é usado para compensar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda,
isto é, o produto é produzido procurando antecipar-se à demanda (ex.: chocolate na páscoa). Ele é mais
usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis e também,
quando as variações de fornecimento são significativas como os períodos entre safras.

 DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

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Modelo de Evolução Horizontal de Consumo:

Modelo de evolução de consumo sujeito à tendência :

CONSUMO

TEMPO

Modelo de evolução sazonal de consumo:

Métodos

 Projeções: estimativas quantitativas observadas no passado;


 Explicações: técnicas de regressão e correlação com outras variáveis conhecidas;
 Predileção: experiências de gestores que estabelecem uma projeção das vendas.

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Método do consumo do último período:

Método da média móvel:

Método da média móvel ponderada:

Método da Média Móvel Ponderada Exponencial

 Atribui maior valor aos dados mais recentes e usa:


 Previsão do último período;
 Consumo ocorrido no último período;
 Constante que determina o valor da ponderação dada aos valores mais recentes.

Próxima previsão = Previsão anterior + Constante de amortecimento (K) X Erro de previsão. Onde: 0
≤K≤1

Método dos Mínimos Quadrados:

 Usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados coletados, ou
seja, é a linha que minimiza as diferenças entre a linha reta e cada ponto de consumo levantado.

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CUSTO DE ESTOQUES

Custo de armazenagem ( CA ):

O custo de armazenagem é proporcional ao estoque médio .Quando o estoque é zero, o custo de


armazenagem é mínimo .

Custo do Pedido ( CP ):

 Mão-de-obra para o processamento;


 Material utilizado na confecção do pedido;
 Custos indiretos ligados ao pedido.

Custos Total de Estoque (CE):

NÍVEIS DE ESTOQUE

Gráfico Dente de Serra:

Gráfico Dente de Serra – Estoque de Segurança:

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Tempo de Reposição:
 Tempo da emissão do pedido;
 Tempo de preparação do pedido no fornecedor;
 Tempo do transporte do pedido: do fornecedor até a empresa destinatária.

Ruptura do estoque: quando o estoque chega a zero e não se pode atender a uma necessidade de
consumo.

Tempo de Reposição e Ponto do Pedido:

Intervalo de Ressuprimento:

Ponto do Pedido :

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 Índice de rotatividade de estoque ou giro de estoque significa quantas vezes suprimos nosso estoque
em determinado período.
 O antigiro ou taxa de cobertura corresponde ao período de tempo que um estoque cobre o consumo da
empresa.

PLANEJAMENTO DE ESTOQUES
 Classificação ABC:
 Classe “A”: 20% dos itens; 80% do valor monetário dos estoques ;
 Classe “B”: 30% dos itens;15% a 20% do valor dos estoques;
 Classe “C”: 50% dos restantes dos itens; de 5% a 10% do valor dos estoques.
 Criticidade dos itens (X, Y, Z): impacto da falta do produto no processo produtivo, independe do custo e
da quantidade.

Classificação ABC:

Curva ABC

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Lote Econômico:

SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUES

 Sistema de duas gavetas: uma para consumo no período e a outra para ser usada enquanto aguarda
chegar o pedido.

Sistema dos máximos – mínimos:

Sistema de Reposições Periódicas:

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Planejamento das Necessidades de Materiais ou Materials Requirements Planning – MRP

 Planejamento das Necessidades de Materiais ou Materials Requirements Planning – MRP II:


engloba insumos, equipamentos, instalações pessoal, área de estocagem, ou seja, faz a integração entre
o planejamento financeiro com o operacional.

 Planejamento dos Recursos de Distribuição (DRP ou ERP): envolve todos os recursos


empresariais, é orientado para o gerenciamento do inventário e para atender às demandas dos clientes.

 Just in Time (JIT) / Kanban:


 Minimização dos prazos de fabricação dos produtos finais;
 Redução dos níveis de inventário;
 Redução dos tempos de preparação da máquina;
 Redução do tamanho dos lotes fabricados;
 Liberação para produção através do conceito de “puxar”;
 Diminuição dos custos, flexibilidade da produção, mais velocidade na entrega, qualidade constante.

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