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Marcus Vinícius Estigoni1, Renato Billia de Miranda2; Artur José Soares Matos3; Frederico
Fábio Mauad4
Resumo – Apesar da grande ocorrência de água no planeta, a escassez desse bem se evidência
pela sua distribuição irregular e pela alta demanda causada pelo crescimento populacional.
Visando garantir a oferta hídrica em seus diferentes usos são construídos reservatórios, estes
sempre associados a problemas de assoreamento e conseqüente perda de volume de
reservação. Toda a gestão de um reservatório e suas políticas de operação são feitas baseadas
no volume que este possui, geralmente expresso pelas curvas cota-volume e cota-área, esta
dada pelo relevo da região em que se insere. Em conseqüência da perda de volume do
reservatório causada pelo assoreamento as políticas de operação podem partir de dados
incorretos. A quantificação deste assoreamento é feita através de estudos batimétricos. Frente
a esta situação este artigo aponta à grande importância de se realizar estudos desta natureza
utilizando como estudo de caso o reservatório de Nova Avanhandava (São Paulo, Brasil) o
qual foi determinado o volume de água ou a capacidade do reservatório expressos pela cota-
volume.
Abstract – Despite the high water offer on the planet, the scarcity is evidenced for the
irregular distribution and the high demand caused by the population growth. In order to
ensure water supply offer for the different kind of uses reservoirs, that always show
sedimentation processes and consequent reservation capacity loss, are constructed. All of the
reservoir management and operating policies are made based on its volume that has often
express for volume – elevation and area – elevation curves, which is given by the local
topography. In consequence of the reservation capacity loss caused by sedimentation
processes the operating policies may be done based on incorrect data. The sedimentation
quantification is done by bathymetric surveys. Faced with this situation our study highlights
the importance of bathymetric surveys using a case study of Nova Avanhandava’s reservoir
(Sao Paulo, Brazil), which volume expressed by volume – elevation curve was determined.
1
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Engenharia Ambiental do Departamento de
Hidráulica e Saneamento da EESC/USP. Av. Trabalhador São Carlense, 400, 13566-570, Tel: (+55) 16 3373
8255. São Carlos-SP. E-mail: mv.estigoni@gmail.com
2
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Engenharia Ambiental do Departamento de
Hidráulica e Saneamento da EESC/USP. Av. Trabalhador São Carlense, 400, 13566-570, Tel: (+55) 16 3373
8255. São Carlos-SP. E-mail: renato.miranda@usp.br.
3
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Engenharia Ambiental do Departamento de
Hidráulica e Saneamento da EESC/USP. E-mail: arturjmatos@gmail.com.
4
Professor Doutor do Departamento de Hidráulica e Saneamento e Professor do Programa de Pós-graduação em
Ciências da Engenharia Ambiental da EESC/USP. E-mail: mauadffm@sc.usp.br.
IX SEREA - Seminario Iberoamericano sobre Planificación, Proyecto y Operación de Sistemas
de Abastecimiento de Agua. Valencia (España), 24-27 de noviembre de 2009
INTRODUÇÃO
A água é indispensável para a manutenção da vida na Terra, tal que todos os
organismos vivos, incluindo o homem, dependem da água para sua sobrevivência. Ela é
utilizada no consumo humano, atividades industriais, geração de energia, irrigação, lazer,
entre outros usos e é fonte de riqueza e desenvolvimento, desempenhando, assim, um papel
fundamental no desenvolvimento de qualquer sociedade.
Sua utilização até poucos anos sempre se deu sob o pensamento de dádivas da
natureza, reservatórios inesgotáveis capazes de fornecer água pura eternamente, o que numa
visão em que 70% do nosso planeta é coberto por água pode parecer perfeitamente normal.
Porém 97,5% correspondem à água salgada, 2,493% estão nas geleiras ou regiões
subterrâneas de difícil acesso, sobrando apenas 0,007% de água doce disponível em rios,
lagos e atmosfera.
Outro ponto importante a ser considerado é a má distribuição deste recurso no globo, o
qual 2/3 das reservas do mundo se localizam em somente 22 países e cerca de 47% se
encontra na América do Sul, desses 53% estão no Brasil, e também a distribuição
populacional. Gerando assim cenários adversos quanto à disponibilidade hídrica
(MACHADO 2004).
Há muito a sociedade brasileira mostra preocupação com os recursos hídricos, sendo a
primeira legislação datada de 1934, o “Código das Águas”, porém o setor hídrico se mostra
em fase de desenvolvimento, sendo que somente a partir de 1997, com a criação da “Política
Nacional de Recursos Hídricos, foi incorporado os conceitos de gestão de demanda, gestão da
qualidade das águas nos modelos de gerenciamento de recursos hídricos e gestão ambiental de
bacias hidrográficas. TUNDISI (2003) afirma que a bacia hidrográfica como unidade de
planejamento e gerenciamento de recursos hídricos representa um avanço conceitual muito
importante e integrado de ação.
Devido à recente legislação e novos padrões para gerenciamento muitas metas
propostas ainda estão em fase de implementação, tal que o levantamento de dados
hidrológicos e hidrométricos e as pesquisas na área de gerenciamento de recursos hídricos são
necessárias, e considerando que o Brasil possui aproximadamente pouco mais de 10% do total
mundial de água doce mostra-se a grande importância destes tipos de estudos.
Existem dois fatores que determinam a disponibilidade hídrica, o fator espacial, o qual
é determinado pelas características da região, como clima, solo, topografia, etc., e o fator
temporal, o qual a disponibilidade de água em uma determinada região não é constante ao
longo de um ano hidrológico, apresentando períodos bem distintos de cheia e de seca.
Considerando certa continuidade na disponibilidade de recurso hídrico o crescimento
populacional vem a gerar aumento da demanda por este bem em suas diversas utilidades
(abastecimento urbano, industrial, produção agrícola e de energia elétrica, garantia da vazão
ecológica, etc.). Tal crescimento na demanda gera conflitos sobre utilização da água e,
conseqüentemente, problemas para seu planejamento.
O fator temporal é comumente contornado com a utilização de reservatórios, os quais
armazenam o excedente de água da época de cheia de modo que este possa ser utilizado na
época de seca, sendo o volume disponível diretamente relacionado com a capacidade de
armazenamento do reservatório que por sua vez é ligado com a topografia do terreno o qual é
construído.
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de Abastecimiento de Agua. Valencia (España), 24-27 de noviembre de 2009
OBJETIVO
O presente trabalho vem a destacar a importância dos estudos batimétricos para a
gestão de recursos hídricos e para a determinação da política de operação de um reservatório,
seu estudo de caso contribui para o monitoramento do aproveitamento hidrelétrico e dos
múltiplos usos do reservatório de Nova Avanhandava, mais especificamente para a
consideração da influência do assoreamento na manutenção e na sua vida útil sendo fornecida
a atualização do seu volume de reservação e suas curvas cota - área e cota - volume.
HISTÓRICO DA SEDIMENTOLOGIA
SIMONS & SENTÜRK (1992) relatam que os primeiros avanços na área do transporte
de sedimentos aparentemente se desenvolveram na China, seguidos de uma fase no
renascimento da Itália, onde o início desse período marcou o fim da transferência do
conhecimento tecnológico do Oriente para o Ocidente, devido as incessantes guerras. Por
volta do ano de 1452, teve início um novo período, nesta época Leonardo da Vinci foi o
primeiro homem a ensinar o conceito de modelagem hidráulica estudando e observando a
movimentação dos sedimentos. No século XVII os princípios básicos de hidráulica estudados
até hoje foram formados por engenheiros como Castelli, Toricelli, Hooke, Pascal, entre
outros. Já no século XVIII os nomes que mais se destacam são Frizi, Bernouilli, Lagrange,
Laplace, Pitot e Chézy, indo contra a teoria de que as partículas de sedimento se frecionavam
ao longo de seu carreamento por atrito entre as mesmas. Apesar de grandes nomes como Jean-
Claude Barre de Saint-Venant, R. Manning, Reynolds e W. Froude, quem mais se destacou na
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ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS
As represas servem à humanidade por mais de 4500 anos. Com o tempo, as funções e
usos sofreram notáveis alterações havendo um avanço significativo na construção de represas
para controlar o fluxo dos rios e para garantir o armazenamento da água. As mudanças
tecnológicas foram paralelas à construção de represas cada vez maiores na intenção de se
ganhar o controle de Fontes de água cada vez maiores (STERNBERG, 2006).
O termo “assoreamento” é muitas vezes confundido com “erosão” ou “sedimentação”
que na verdade são processos que fazem parte do “assoreamento”, sendo este um termo mais
amplo. Todos os processos correspondentes à geração, transporte e deposição de sedimento é
que correspondem a definição do termo “assoreamento”.
Erosão hídrica é o resultado do desgaste abrasivo ou da desagregação por embate, feito
pela água sobre um substrato mineral com o qual tem contato. A ação mecânica ou impactante
produz partículas sólidas de diversos tamanhos e formas. O processo erosivo é precedido de
intemperismos, ação de agentes desagregadores físicos, químicos e biológicos ativos,
potencializados pelas condições em que se encontra o corpo em erosão, por exemplo, a
posição topográfica e o tipo de cobertura vegetal que o reveste. A erosão torna-se acelerada
principalmente nas vertentes mais íngremes, onde a vegetação é rala ou inexistente, com solos
arenosos e quando são aplicadas técnicas agrícolas inadequadas às condições dos terrenos
(EMMERICH e MARCONDES, 1975).
Todos os cursos d’água naturais apresentam a propriedade de carrear sedimentos e o
volume deste material depende da região drenada pelo curso d’água. O material transportado,
partículas de rochas, solos e de matéria orgânica, caracterizam o tipo dos sedimentos do curso
d’ água (BRANCO et. al, 1977).
A construção de uma barragem e a formação de seu reservatório implica em
modificações nas condições naturais do curso d’água a partir da redução na velocidade da
corrente e, conseqüentemente, na capacidade de transporte de sedimentos pelo rio,
favorecendo sua deposição nos reservatórios que, aos poucos, vão perdendo sua capacidade
de armazenar água. Portanto, seja o reservatório para fins de geração de energia, de irrigação,
de abastecimento ou de outros usos, o conhecimento da vida útil desse empreendimento
dependerá diretamente do fluxo de sedimentos no curso d’água (LIMA et. al, 2003).
Segundo CARVALHO (1994), o assoreamento gradual do reservatório, pode vir a
impedir a operação do aproveitamento. No caso de usinas hidrelétricas, isso ocorre quando o
sedimento depositado alcança a cota da tomada d’água. Essa retenção de sedimentos no
reservatório é de certa forma benéfica, pois promove a limpeza da água para seus diversos
usos, embora a sedimentação contínua possa resultar em assoreamento indesejável.
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CARVALHO (1994) cita ainda que o assoreamento dos reservatórios possa causar os
seguintes efeitos:
→ Redução do volume d’água acumulado até inviabilizar o empreendimento;
→ Efeitos sobre as estruturas; aumento de pressão na barragem, corrosão dos canais de
adução e fuga, pás das turbinas e obstrução do sistema de refrigeração;
→ Afogamento de locais de desova, alimentação e abrigo dos peixes;
→ Formação de barras (bancos de areia) alterando e dificultando as rotas de
navegação;
→ Dificuldade ou impedimento da entrada da água nas tomadas d’água de sistemas de
captação para fins agrícolas, pecuários, de saneamento urbano, industriais, etc.;
→ Alteração ou destruição da vida aquática;
→ Degradação do uso consuntivo da água.
O conjunto de técnicas utilizadas para quantificar a água de um corpo d’água é
denominado hidrometria. Dentre estas técnicas temos a batimetria, consiste em levantar dados
referenciados ou georreferenciados da profundidade ou cota da superfície do fundo de um
reservatório ou seção de um rio. No caso de reservatórios são levantados quantas seções
forem necessárias para através de técnicas de modelagem 3D possa ser calculado o volume
que este possui (ESTIGONI, M. V. et al, 2009).
BATIMETRIA EM RESERVATÓRIOS
Os dois métodos mais comuns utilizados no levantamento de reservatórios são
(ICOLD apud CARVALHO, 1994):
→ Método de levantamento de linhas topobatimétricas.
→ Método de levantamento de contornos do reservatório;
O primeiro foi brevemente explicado no último parágrafo do item 3.1 deste trabalho e
será retomado adiante com maior detalhamento. O segundo consiste em levantamento do
espelho d’água do reservatório em diferentes níveis. Este método só é aplicado em
reservatórios que são esvaziados ou deplecionados, a escolha do método dependerá da
disponibilidade do mapeamento prévio, dos objetivos de estudo, do tamanho do reservatório e
do grau de precisão desejado (CARVALHO, 1994).
O estudo batimétrico inclui o planejamento de seções batimétricas, o levantamento de
campo, o processamento das informações obtidas, a utilização de softwares para a geração de
mapas digitais, geração de isolinhas altimétricas (curvas de nível), bem como a geração de
curvas cota-área e cota-volume.
A freqüência de levantamentos nos reservatórios depende de vários fatores, sendo os
principais a sua capacidade total e a quantidade possível de depósito de sedimento devido à
carga sólida dos rios. Os pequenos reservatórios e aqueles cuja carga sólida afluente é grande
devem ser levantados com maior freqüência. Por outro lado, reservatórios cuja carga sólida
afluente fica reduzida terão a freqüência de levantamento diminuída. É o caso, por exemplo,
em que a área de drenagem foi reduzida pela construção de uma barragem a montante
(VANONI apud CARVALHO et al, 2000), ou ainda, quando a bacia contribuinte reduziu o
valor do deflúvio sólido devido a sua proteção.
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Nota: A classificação aí apresentada não é rígida, podendo ter diferentes conceitos em outros países
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percebe o eco através de sensores, fazendo com que ele reconheça as diferentes profundidades
e as velocidades das respectivas linhas de corrente através do efeito Doppler.
Sua aquisição de dados é feita através do software River Surveyor (Figura 3), nele são
fornecidos dados de intensidade de sinal refletido na coluna d’água, temperatura, velocidade
de fluxo, perfil batimétrico e vazão. Para o presente estudo só é utilizado os dados
batimétricos.
Figura 3. Apresentação de uma seção transversal de Nova Avanhandava pelo River Surveyor
a) b)
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Os mapas com curvas de nível e os MDTs (Modelo Digital do Terreno) foram gerados
em um software destinado a trabalhos de topografia, projeto ou construção denominado
TopoGRAPH 98SE, desenvolvido pela empresa brasileira char*Pointer Informática. Os dados
de entrada são os pontos de cada transecto e do contorno da represa, todos com informações
de cota, latitude e longitude.
RESULTADOS
Para a geração do MDT da represa de Nova Avanhandava, foram utilizados 825
pontos coletados no levantamento batimétrico e 3.064 pontos de contorno, fornecidos pela
AES Tietê. Foi feita a geração de um TIN (do inglês Triangular Irregular Network)
utilizando a triangulação de Delaunay
Tabela 2. Volume de aterro para cada cota do reservatório distantes 1m (um metro)
COTA (m) VOLUME (m³) COTA (m) VOLUME (m³) COTA (m) VOLUME (m³)
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CONCLUSÃO
O estudo e monitoramento sedimentológico em reservatórios são de extrema
importância, pois estes estão diretamente ligados à perda de volume de reservação e
conseqüentemente comprometimento da capacidade de atendimento do mesmo aos diversos
usos que dele são exigidos, como abastecimento urbano: domiciliar e industrial; usos no
campo: irrigação e dessedentação de animais; geração hidrelétrica; usos consultivos: esportes
aquáticos, lazer, navegação, paisagismo, etc.
Em países como o Brasil que apresentem uma matriz energética predominantemente
baseada em fontes hidráulicas além do planejamento de uso dos recursos hídricos o
planejamento energético e de desenvolvimento também estão atrelados a estudos desta
natureza.
O estudo através do uso de sonda acústica e tecnologia GPS foi capaz de determinar
com grande agilidade o volume do reservatório, este mesmo estudo através de métodos
tradicionais utilizando equipamentos topográficos e guinchos hidrométricos neste nível de
detalhamento que se mostra inviável devido ao tempo que seria gasto e conseqüentemente
custo de trabalho de campo. Evidenciando assim a grande evolução que estes equipamentos
proporcionaram no campo da hidrometria.
Quando é feita uma batimetria em um reservatório que possui dados da topografia do
terreno do reservatório anterior à seu enchimento ou dados de batimetrias anteriores pode ser
feito a quantificação do assoreamento pela diferença volumétrica entre elas, porém este não é
o caso. O reservatório de Nova Avanhandava localiza-se em uma região onde havia uma
antiga usina hidrelétrica, UHE Avanhandava, e os dados de topografia desta antiga usina
foram perdidos, tal que não se pôde determinar o volume assoreado.
Fica desta forma a recomendação de que sejam feitos novos levantamentos
batimétricos em curto intervalo e tempo, máximo de 5 (cinco) anos, visando além de atualizar
os dados de volume do reservatório, determinar a taxa de assoreamento, para que então seja
definido um intervalo de tempo ótimo entre batimetrias.
AGRADECIMENTOS
A empresa AES – Tietê pelo apoio do programa P&D, ciclo 2003/2004.
A pró-reitoria de pós-graduação da Universidade de São Paulo, USP, por apoiar a
apresentação deste trabalho junto ao IX SEREA - Seminario Iberoamericano sobre
Planificación, Proyecto y Operación de Sistemas de Abastecimiento de Agua.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TUNDISI, J. G. (2003), “Água no Século XXI: Enfrentando a Escassez”, São Carlos: RiMa.
IIE.
http://www.maine.gov/doc/nrimc/mgs/explore/marine/facts/apr04-7.htm Acesso em
12/10/2009
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