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8/17/2017

Centro Universitário Adventista de São


Paulo

Curso Superior de Engenharia Civil


Disciplina: Saneamento Il

Aula 1
Apresentação: Sistema de Avaliação,
Objetivos da Disciplina e Bibliografia.

Aula 2
Projetos de Saneamento
Sistemas de Abastecimento de Água
Consumo de água (horizonte de projeto)
Prof. MSc. André Bressa 2017

DIA AULA
MÊS ASSUNTO
TER/QUA Nº
01/02 1 Apresentação da Disciplina, Bibliografia, Sistema de Avaliação
Sistemas de Abastecimento de Água (S.A.A): Uso da água e Discussão
08/09 2
sobre o Projeto
Agosto 15/16 3 Projeto de S.A.A: Etapas, Alcance, Objetivos, Previsão de População
22/23 4 Consumo de água, cálculo de vazões e Partes Constituintes do Sistema
Características e Escolha dos Mananciais, Concepção do Sistema de
29/30 5 Abastecimento.
05/06 6 Adutora e Redes de Distribuição: Classificação e Órgãos Acessórios
Setembro
12/13 7 Exercícios envolvendo adutoras.
19/20 8 Estação Elevatório, poço de sucção.
26/27 9 Reservatórios: Classificação, localização, Dimensionamento e Órgãos Acessórios
03/04 10 Semana da Ênfase Espiritual (Revisão dos Conteúdos)
Outubro
10/11 11 Rede de Distribuição: Redes aneladas
17/18 12 Avaliação Regimental (P1)
24/25 13 II Encontro Técnico Científico da Engenharia Moderna
31/1 14 Rede de Distribuição: Exercícios
07/08 15 Rede de Distribuição: Método Hardy-Cross e Perdas de água no sistema
Novembro 14/15 16 SAEC/Feriado
21/22 17 Desenvolvimento do Projeto
28/29 18 Avaliação Regimental (P2)
05/06 19 Entrega do Projeto de Saneamento
Dezembro
12/13 20 Comentários Revisão da Avaliação Regimental e Projetos

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• Sistemas de Abastecimento de Água


• AZEVEDO NETTO, J. M.; FERNANDEZ, M. F.; ARAÚJO, R.; ITO, A. E. Manual de
hidráulica. 8.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2011.
• HELLER, L et al. (org.). “Abastecimento de Água para Consumo Humano”. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2006.3.
• TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de água. Departamento de Engenharia
Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: São
Paulo, 2005.
• GOMES, Héber Pimentel. Sistemas de abastecimento de água. Editora Universitária -
UFPB: João Pessoa, 2004.
• Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água; 2ª Edição Rev.; Vol. 1; São Paulo;
CETESB, 1976.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (Rio de Janeiro), Estudos de
Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de Água - NB - 587/92.
• ______; Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento Público - NB
- 589/92.
• ______; Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para Abastecimento Público -
NB - 590/92.
• ______; Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público - NB - 591/91.
• ______; Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento Público
- NB - 593/94.
• ______; Projeto de Rede de Distribuição de Água para Abastecimento Público - P -
NB - 594/94. 3

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Programa da disciplina
Sistemas hidráulicos para obras de
infraestrutura

Fornecer ao aluno conceito que lhe permitam tomar


ciência dos indicadores nacionais de abastecimento de
água, bem como da necessidade da eficácia dos
sistemas de saneamento para prevenção dos recursos
hídricos e garantia da qualidade de vida da população.
Fornecer aos alunos fundamentos teóricos e critérios
práticos para elaboração de projetos e implantação de
sistemas de abastecimento de água.

Saúde Pública

Saúde (OMS), é um conjunto completo de bem estar


físico, social e mental e não apenas a ausência de
enfermidade ou defeito.

Saneamento

Saneamento é o conjunto de redes e obras de


infraestrutura e serviços públicos com a finalidade de
garantir a higiene, a fim de evitar os efeitos nocivos da
urbanização sobre a saúde pública.

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SISTEMAS DE SANEAMENTO
• Rede de distribuição de água
• Estação de tratamento de Água (E.T.A)
• Reservatório de Água
• Rede coletora de esgoto
• Estação de tratamento de Esgoto (E.T.E)
• Resíduos Sólidos
• Manejo de Águas Urbanas (Drenagem
urbana, águas pluviais)
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS SISTEMAS DE


CAPTAÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
DE ABASTECIMENTO

• 1500 a.C. – Primeira


tubulação de distribuição
de água – Cidade de
Knossos, na ilha de Creta

• 4 a 14 d.C. – Distribuição
de água por tubos –
Cidade de Ephesus,
Turquia

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• 100 d.C. –
Aquedutos
romanos

• 1237 – Primeiro sistema de abastecimento de água encanada


de Londres, Inglaterra
• 1455 – Primeira tubulação de ferro fundido no Castelo de
Dillenburgh, Alemanha
• 1652 – Adutora de ferro fundido em Boston, Estados Unidos

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• 1664 – Palácio de
Versailles na França
– Adutora em ferro
fundido com mais de
22 km

• 1754 – Pennsylvania –
Primeiro sistema de
abastecimento de água nos
Estados Unidos
Elevatórias de águas com
bombas tocadas a vapor

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA - BRASIL


Rio de Janeiro
• 1561 – Primeiro sistema de abastecimento
de água no Brasil
• 1723 – Construção do primeiro aqueduto
• 1750 – Aqueduto Carioca, com 13 km
• 1810 – 20 chafarizes públicos
• 1860 – Distribuição de 8 milhões de litros
por dia
• 1876 – Primeiro sistema de abastecimento
de água encanada

EVOLUÇÃO HISTÓRICA - BRASIL


São Paulo
• 1744 – Primeiro chafariz público
• 1746 – Adutoras para abastecer conventos de Santa Teresa
e da Luz
• 1842 – Primeiro projeto de adução e distribuição de água

Implantação de sistemas de abastecimento em outras cidades


• 1861 – Porto Alegre, RS
• 1870 – Santos, SP
• 1880 – Campos, RJ
• 1891 – Campinas, SP
• 1892 – Bofete, SP
• 1897 – Belo Horizonte, MG

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SISTEMAS DE SANEAMENTO
HOJE

ÁGUA PREFEITURAS, SERVIÇOS AUTÔNOMOS,


COMPANHIAS ESTADUAIS, FEDERAIS
ESGOTOS SERVIÇOS PRIVADOS

RESÍDUOS PREFEITURAS, EMPRESAS PRIVADAS


SÓLIDOS

PREFEITURAS
DRENAGEM

1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.1. OBJETIVO

Fornecer água a população com:


• Qualidade adequada
• Quantidade suficiente
• Pressão adequada
• Confiabilidade
• Preço acessível www.corbis.com

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1. PROJETOS DE SANEAMENTO

• Conhecimento do problema
1.2. ETAPAS (levantamento de dados)
• Formulação de alternativas
(dados geopolíticos e
econômicos)
• Viabilidade socioeconômica
Três etapas principais:
• Relatório Técnico Preliminar
• Projeto Básico • Dimensionamento detalhado
• Especificações básicas
• Projeto Executivo • Orçamento da alternativa
escolhida
• Pequenas cidades (10 mil
habitantes)

• Detalhamento geral
• Alterações e adaptações Sempre realizar visita técnica ao local
15
!

1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.3. ALCANCE DO PROJETO (Horizonte)


 Período de tempo de atendimento, de forma
satisfatório, do projeto à população.
 Fatores influenciam na escolha desse tempo:
Normalmente, cidades pequenas
o Vida útil da estrutura e equipamentos; /médias = 20 anos.
São Paulo e Campinas, período maior
o Facilidade/dificuldade de ampliação;
o Disponibilidade de recursos hídricos;
o Amortização do capital investido;
o Disponibilidade de mão de obra;
o Disponibilidade de materiais.
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www.corbis.com

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1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.3. ALCANCE DO PROJETO (Horizonte)


Unidades Período de Projeto (anos)

Captações 25 - 50

Barragens 30 – 60

Poços 10 – 25

Estações Elevatórias 10 – 25

Adutoras 20 - 30

ETAs 10 – 20 (equipamentos) ou 20 – 30 (obras)

Reservatórios (concreto) 30 – 40

Reservatórios (aço) 20 – 30

Redes de distribuição 20 – 30

Edifícios 30 - 50 17

1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.4. CONCEITOS GERAIS

 Saneamento Básico = água e esgoto;

 Lei no 11.445/2007 (diretrizes para saneamento básico):


evolução desse conceito com caráter ambiental =
Sistemas de Abastecimento de Água (SAA), Sistemas
de Esgotos Sanitários (SES), manejo das águas
pluviais urbanas e manejo de resíduos sólidos.

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1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.4. CONCEITOS GERAIS


 sistemas de saneamento = subsistemas que,
juntamente com outros, compõe a infraestrutura
urbana e integram-se ao ordenamento e ao uso do
solo.

 promovem melhorias das condições de vida (saúde do


ser humano e da coletividade).

 Previnem doenças e infecções. 19

1. PROJETOS DE SANEAMENTO

1.4. CONCEITOS GERAIS


a) Integração de Conceitos ao Saneamento

Saúde Saúde Pública

ÁGUA

Saneamento

b) Caráter multidisciplinar (social, político, econômico,


cultural, ambiental)

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1. PROJETOS DE SANEAMENTO
1.4. CONCEITOS GERAIS
 ÁGUA características microbiológicas.

 Transmissão de doenças:
o diretamente pela água (cólera, leptospirose, hepatite

infecciosa e diarreias agudas, outras).

o falta de limpeza e de higiene com água (piolho, conjuntivite,

salmonelose, ascaridiase, entre outras).

o por parasitas encontrados em organismos que vivem na água

ou por insetos, cujo ciclo de vida depende da água. 21

Distribuição da água no planeta


Previsão 2025 = Escassez de Água: 2,7 bilhões

Distribuição das Fontes de Água na Terra

. 97,2% água salgada


100
80
% 60
40 . 2,1% neve ou
gelo . 0,6%
20 água doce
0
Salgada Geleiras Consumo
Fonte
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL – Setembro/02
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1. PROJETOS DE SANEAMENTO
1.4. CONCEITOS GERAIS

 ÁGUA veículo de disseminação de doenças

 Doenças de veiculação hídrica = principal agente pelas fezes


(animais/ser humano). Atingem aparelho intestinal.

 Doenças de origem hídrica = água contém certas substâncias


(contaminantes tóxicos) em teor inadequado, as quais dão origem
a doenças como fluorose (excesso de flúor), cianose (excesso de
nitrato), bócio (carência de iodo) e saturnismo (excesso de
chumbo), entre outras.
CUIDADO !
23

Uma das formas de se analisar a gestão dos

recursos hídricos é basear-se no ciclo

hidrológico (precipitação, evaporação,

transpiração, infiltração, percolação e

drenagem) e também na qualidade e quantidade

deste recurso, principalmente pela mudança de

necessidades da humanidade (Tundisi, 2005):


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Por isso, a importância da água no meio natural!

Esquema representativo do ciclo hidrológico. Fonte: Tundisi, 2005


25

Ciclo Hidrológico
• Precipitação: água em forma de chuva ou neve/gelo;

• Evaporação: processo que passe de água líquida


para gasosa;

• Transpiração: perda de vapor d’água pelas plantas;

• Infiltração: água absorvida pelo solo;

• Percolação: água passa pelo solo até lençol freático;

• Drenagem: deslocamento das águas superficiais


durante a precipitação.
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1. PROJETOS DE SANEAMENTO
1.5. USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA

• Agricultura • Turismo

• Abastecimento público • Pesca

• Hidroeletricidade • Transporte e navegação

• Recreação • Mineração

• Usos industriais diversificados • Usos estéticos

CONFLITO: QUANTIDADE X QUALIDADE

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1. PROJETOS DE SANEAMENTO
1.6. FATORES QUE INFLUENCIAM CONSUMO

• características da população (higiene, condição econômica,


educação sanitária, uso do solo, preservação ambiental);

• desenvolvimento da cidade (localização, leis, áreas de


conservação/preservação);

• presença de indústrias;

• condições climáticas;

• características do sistema (quantidade e qualidade da água,


sistemas de medição, pressão na rede etc).

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Fonte: COMUNICAÇÃO SOCIAL – Prefeitura do Município de Piracicaba


29

Foto: João H. Tricânico – Outubro/02 30

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Foto: João H. Tricânico – Outubro/02 31

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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NA BACIA HIDROGRÁFICA


 Em São Paulo:
. Alto Tietê: 200 m³/hab. x ano

. Piracicaba: 400 m³/hab. x ano

. Turvo Grande: 200 m³/hab. x ano

. Mogi-Guaçu: 1.500 m³/hab. x ano

O Quanto já é Utilizado:
. Tietê-Sorocaba: 66 % da água disponível é utilizada

. Mogi-Guaçu: 81 % da água disponível é utilizada

. Piracicaba-Capivari-Jundiaí: 95 % da água disponível é utilizada

. Alto-Tietê: 400 % da água disponível é utilizada


33

Municípios que compõem a região hidrográfica da


Vertente Paulista do Rio Grande

34
http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/basecon/RelatorioSituacao2011/Relatorio_Situacao_2011.pdf Consultar pág. 116.

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2. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

2.1. Conceito
Conjunto de estudos e conclusões relativos ao
estabelecimento de todas as diretrizes, parâmetros e
definições necessárias e suficientes para a caracterização
completa do sistema a projetar (Tsutiya, 2006).

No Brasil, a NBR12.211/94 fixa as condições exigíveis para


os estudos de concepção de sistemas públicos de
abastecimento de água.

35

CONCEPÇÃO - OBJETIVOS

• Identificação e quantificação de todos os fatores


intervenientes com o sistema de abastecimento de
água

• Diagnóstico do sistema existente

• Estabelecimento de parâmetros básicos

• Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas


para as alternativas selecionadas

• Escolha da alternativa mais adequada mediante


comparação técnica, econômica e ambiental, entre
as alternativas;

• Estabelecimento das diretrizes gerais de projeto

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2. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

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PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

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RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005

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RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005

40

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PADRÃO DE POTABILIDADE

41

PORTARIA 2914/2011

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PADRÕES DE SERVIÇO

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Partes Constituintes do SAA


O objetivo principal de um SAA é fornecer ao usuário final água potável em quantidade e
pressão suficientes e com qualidade adequada ao consumo humano.

Sistema de Abastecimento de Água (SAA) 44


Fonte: Tsutiya (2006)

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PARTES CUSTO (%)


CONSTITUINTES
DO SISTEMA
POP≤10K 10K<POP≤40K 40K<POP≤100K POP>100K

CAPTAÇÃO 30 20 8 3

ADUÇÃO 8 9 11 11

BOMBEAMENTO 6 5 5 1

TRATAMENTO 12 9 9 5

RESERVAÇÃO 6 6 6 4

DISTRIBUIÇÃO 38 51 61 76
45

Partes Constituintes do SAA

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Normas Técnicas Aplicáveis


Normas da ABNT para concepção e projeto das instalações de
abastecimento de água, de maneira mais ou menos direta:
• NBR 12 211 – Estudos de Concepção de Sistemas Públicos de
Abastecimento de Água, promulgada em 1992;
• NBR 12 212 – Projeto de Poço para Captação de Água Subterrânea,
promulgada em 1992;
• NBR 12 213 – Projeto de Captação de Água de Superfície para
Abastecimento Público, promulgada em 1992;
• NBR 12 214 – Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público, promulgada em 1992;
• NBR 12 215 – Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público,
promulgada em 1991;
• NBR 12 216 – Projeto de Estação de Tratamento de Água para
Abastecimento Público, promulgada em 1992;
• NBR 12 217 – Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para
Abastecimento Público, promulgada em 1994;
• NBR 12 218 – Projeto de Rede de Distribuição de Água para
Abastecimento Público, promulgada em 1994. 47

CONCEPÇÕES DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO


DE ÁGUA
Sistema de abastecimento de água com captação em curso de água e com reservatório apoiado

a) Planta
Curso de água Estação de Rede de
Tratamento Distribuição
de Água Reservatório
Captação
Adutora de Adutora
água bruta de água
Estação tratada
elevatória
de água bruta
Estação de
b) Perfil Tratamento
de Água
Estação
elevatória
de água bruta Reservatório
Curso Cidade
de água Ad
de águ utora
tora ta a tr de
Adu a bru ata
da
águ Aduto
água ra de
tratad
a

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CONCEPÇÕES DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO


DE ÁGUA

Sistema de abastecimento de água com captação em curso


de água e com reservatório enterrado e elevado.

Reservatório
elevado
Estação de
Estação Tratamento Estação
elevatória de de Água elevatória de
Cidade
Curso de água bruta água tratada
água

Adutora de Adutora de
água bruta Reservatório
água tratada
enterrado

CONCEPÇÕES DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO


DE ÁGUA

Sistema de abastecimento de água que atende


a zona baixa e a zona alta

Captação
superficial ETA Reservatório
Reservatório da zona alta
da zona baixa
Rede da
Rio Estação zona alta
elevatória Estação
elevatória Rede da
zona baixa
Captação por
poços profundos

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MANANCIAL
SUPERFICIAL:
Captação em
curso de água

Sistema de
abastecimento
de água da
cidade de
Boituva, interior
do Estado de
São Paulo

MANANCIAL
SUPERFICIAL:
Captação em curso
de água

Sistema de abastecimento
de água da cidade de
Franca, interior do Estado
de São Paulo

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MANANCIAL SUPERFICIAL:
Captação em curso de água
Sistema principal de distribuição
de água da cidade de Ubatuba,
litoral do Estado de São Paulo

MANANCIAL SUPERFICIAL: Captação em curso de água


Sistema de abastecimento de água de Santos, São Vicente e Cubatão

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3. ESTIMATIVA DE PROJETO (POPULACIONAL)

CONSUMO DE ÁGUA
55

CLASSIFICAÇÃO DE CONSUMIDORES DE ÁGUA

• Doméstico
• Comercial
• Industrial
• Público
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CONSUMO DOMÉSTICO DE ÁGUA


Consumo de água Consumo de
Uso Uso Unidade
(L/hab.dia) água (L/hab.dia)
Bebida 2 Apartamento Pessoa 200
Preparo de alimentos 6
Residência Pessoa 150
Lavagem de utensílios 2–9
Escola – internato Pessoa 150
Higiene pessoal 15 – 35
Lavagem de roupas 10 – 15 Escola – externato Pessoa 50
Bacia sanitária 9 – 10 Casa popular Pessoa 120
Perdas 6 – 13
Alojamento provisório Pessoa 80
Total 50 – 90
Consumo diário por
Pontos de Consumo diário per Consumo
habitação
utilização de água capita (L/dia.habitante) percentual (%)
(L/habitação)
Bacia sanitária 24 5 5
Chuveiro 238 60 55
Lavadora de roupas 48 12 11
Lavatório 36 9 8
Pia 80 20 18
Tanque 11 3 3
Total 437 109 100 57

CONSUMO DOMÉSTICO DE ÁGUA


Valores de consumo doméstico de água nos Estados Unidos, sem e com
práticas de conservação de água

Consumo (L/hab.dia )
Uso Sem conservação Com conservação
de água de água
Banho 5 5
Chuveiro 50 42
Lavagem de pratos 4 4
Lavagem de roupas 64 45
Torneira 43 42
Banheiro 73 35
Perdas 36 18
Outros usos domésticos 6 6
Total 281 197 58

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ÁGUA PARA USO COMERCIAL


Consumo de água em estabelecimentos comerciais

Estabelecimento Unidade Consumo (L/dia)


Escritório Pessoa 50
Restaurante Refeição 25
Hotel (sem cozinha e lavanderia) Pessoa 120
Lavanderia kg de roupa seca 30
Hospital Leito 250
Garagem Automóvel 50
Cinema, teatro e templo Lugar 2
Mercado m² de área 5
Edifício comercial Pessoa 50
Alojamento provisório Pessoa 80
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ÁGUA PARA USO COMERCIAL


Consumo típico de água em estabelecimentos comerciais nos Estados
Unidos Consumo (L/unidade.dia)
Estabelecimento Unidade
Variação Valor típico
Aeroporto Passageiro 11 – 19 15
Apartamento Quarto de dormir 380 – 570 450
Veículo servido 30 – 57 40
Posto de serviço de automóvel
Empregado 34 – 57 50
Assento 45 – 95 80
Bar
Empregado 38 – 60 50
Pensão Pessoa 95 – 250 170
Centro de conferência Pessoa 40 – 60 50
Banheiro 1300 – 2300 1500
Loja
Empregado 30 – 57 40
Hóspede 150 – 230 190
Hotel
Empregado 30 – 57 40
Prédio industrial (somente uso doméstico) Empregado 57 – 130 75
Lavanderia (self-service) Máquina 1500 – 2100 1700
Camping Unidade 470 – 570 530
Hospedaria (com cozinha) Hóspede 210 – 340 230
Hospedaria (sem cozinha) Hóspede 190 – 290 210
Escritório Empregado 26 – 60 50
Lavatório público Usuário 11 – 19 15
Restaurante convencional Cliente 26 – 40 35
Restaurante com bar Cliente 34 – 45 40
Empregado 26 – 50 40
Shopping center
Estacionamento 4 – 11 8 60
Teatro Assento 8 – 15 10

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ÁGUA PARA USO INDUSTRIAL

Categorias de uso para instalação industrial:

• Uso humano

• Uso doméstico

• Água incorporada ao produto

• Água utilizada no processo de produção

• Água perdida ou para usos não rotineiros

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CONSUMO DE ÁGUA EM ESTABELECIMENTOS


INDUSTRIAIS
Estabelecimento Unidade Consumo (L/dia)

Indústria – uso sanitário Operário 70

Matadouro – animais de grande porte Cabeça abatida 300

Matadouro – animais de pequeno porte Cabeça abatida 150

Laticínio kg de produto 1–5

Curtumes kg de couro 50 – 60

Fábrica de papel kg de papel 100 – 400

Tecelagem – sem alvejamento kg de tecido 10 – 20

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ÁGUA PARA USO PÚBLICO

Consumo
Estabelecimento Unidade
(L/unidade.dia)

Edifício público Pessoa 50


Quartel Pessoa 150
Escola pública Pessoa 50
Jardim público m² 1,5
Uso público - geral Pessoa 25
63

MODELOS PARA PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA


Categoria de consumidor Consumo médio (m³/mês)

–21,7 + 0,0177 x (área total construída) + 2,65 x (nº de banheiros) + 3,97 x (nº de
dormitórios) (prédio de apartamentos) – 50,2 x (nº de dormitórios >
Condomínios residenciais 3(sim/não))(1) + 46 x (nº vagas de garagem/apartamento)

(1) Parâmetro que assume valor 1 ou 0 (há mais de 3 dormitórios por


apartamento: 1; caso contrário:0)
Clubes esportivos (*) 26 x nº de chuveiros

Creches 5,96 x (área total construída) 0,0417 x (nº de bacias x nº de vagas oferecidas)0,352

-28,1 + 0,0191 x (área total construída) + 2,85 x (nº de bacias) + 4,37 x (nº de
Escolas pré, 1º e 2º graus duchas/chuveiros) + 0,430 x (volume da(s) piscina(s)) + 1,05 x (nº de
funcionários)
Edifícios comerciais 0,0615 x (área total construída)

–22,3 + 0,0247 x (área total do terreno) + 286 x (torres de


resfriamento(sim/não))(1) + 608 x (número de bacias > 100(sim/não)) (2) +
6,32 x (nº de mictórios) + 0,721 x (nº de funcionários)
Faculdades com mais de 100
bacias (1) Parâmetro que assume valor 1 ou 0 (há torres de resfriamento: 1, caso
contrário: 0)
(2) Parâmetro que assume valor 1 ou 0 (há mais de 100 bacias: 1; caso contrário:
0)
34,7 + 0,168 x (área de jardim) + 0,724 x (nº de vagas de estacionamento) +
Faculdades com menos de
0,0246 x (nº de vagas oferecidas) + 2,06 x (nº de bacias) + 0,368 x (nº de
100 bacias funcionários)
64
Hospitais (2,9 x nº de funcionários) + (11,8 x nº de bacias) + (2,5 x nº de leitos) + 280

32
8/17/2017

MODELOS PARA PREVISÃO DE CONSUMO DE ÁGUA


–29,8 + 0,0353 x (área total construída) + 2,99 x (nº de leitos
ocupados)(1) + 48,9 x (bar(sim/não))(2) + 2,96 x (nº de vagas de
estacionamento) + 5,43 x (volume de piscinas (3))
Hotéis de 1 a 3 estrelas
(1) estimativa de ocupação média
(2) parâmetro que assume valor 1 ou 0 (há bar: 1; caso contrário: 0)
(3) para hotéis 3 estrelas
-46,2 + 1,97 x (área de jardim) + 2,19 x (nº de restaurantes/bares) x
Hotéis de 4 a 5 estrelas (capacidade total de restaurantes/bares) + 0,987 x (nº de vagas de
estacionamento) + 6,6 x (nº de funcionários)
Lavanderias industriais (0,02 x quantidade de roupas lavadas)
Motéis (0,35 x área total construída)
–6,8 + 3,48 x (nº de funcionários) + 43,4* (lanchonete(sim/não)) (1)
Padarias (1) Parâmetro que assume valor 1 ou 0 (há lanchonete: 1; caso
contrário: 0)
18,8 + 12,2 x (nº de funcionários) – 3,55 (nº de bicos para
Postos de gasolina
abastecimento)
Prontos socorros (**) (10 x nº de funcionários) - 70
Restaurantes (7,5 x nº de funcionários) + (8,4 x n de bacias)
–1692 + 0,348 x (área bruta locável) – 0,0325 x (área total do
Shopping centers terreno) + 0,0493 x (área total construída) – 468 x (nº salas de
cinema)
(*) Estabelecimentos com quadra esportiva e/ou piscina e no mínimo 5 chuveiros.
(**) Estabelecimentos com mais de 20 funcionários.
Área construída, área do terreno, área de jardim, m².
65
Volume de piscina, m³.

CONSUMO DE ÁGUA

Fatores que afetam o consumo:

• Condições climáticas

• Hábitos e nível de vida da população

• Natureza da cidade

• Medição de água

• Pressão na rede

• Rede de esgoto

• Preço da água 66

33
8/17/2017

CONSUMO DE ÁGUA

Variações no consumo:

• Variação anual

• Variação mensal

• Variação diária

• Variação horária

• Variação instantânea

67

CONSUMO DE ÁGUA
Variações diárias
Coeficientes do dia de maior consumo (K1)
maior consumo diário no ano
K1 
consumo médio diário no ano

Variações do consumo no ano


Consumo (/hab.dia)

Consumo máximo

Consumo
médio

J F M A M J J A S O N D 68

Meses do ano

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8/17/2017

CONSUMO DE ÁGUA
Coeficiente do dia de maior consumo (K1)
Autor/Entidade Local Ano Coeficiente K1 Condições de obtenção do valor

DAE São Paulo – Capital 1960 1.5 Recomendação para projeto

FESB São Paulo – Interior 1971 1.25 Recomendação para projeto

Azevedo Netto Brasil 1973 1,1 – 1,5 Recomendação para projeto

Yassuda e Nogami Brasil 1976 1,2 – 2,0 Recomendação para projeto

CETESB Valinhos e Iracemápolis 1978 1,25 – 1,42 Medições em sistemas operando há vários anos

PNB-587-ABNT Brasil 1977 1.2 Recomendação para projeto

Orsini Brasil 1996 1.2 Recomendação para projeto

Azevedo Netto et al. Brasil 1998 1,1 – 1,4 Recomendação para projeto

Tsutiya RMSP – Setor Lapa 1989 1,08 – 3,8 Medições em sistema operando há vários anos

Saporta et al. Barcelona – Espanha 1993 1,10 – 1,25 Medições em sistema operando há vários anos

Walski et al. EUA (*) 2001 1,2 – 3,0 Recomendação para projeto

Hammer EUA (*) 1996 1,2 – 4,0 Medições em sistemas norte-americanos

AEP Canada (*) 1996 1,5 – 2,5 Recomendação para projeto

(*) Nesses sistemas não há reservatórios domiciliares.


69

CONSUMO DE ÁGUA

Variações horárias
Coeficiente da hora de maior consumo (K2)
maior vazão horária no dia
K2 
vazão média do dia

Variações no consumo diário


Vazão máxima
Vazão (/s)

Vazão
média

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 70
Horas do dia

35
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CONSUMO DE ÁGUA
Coeficiente da hora de maior consumo (K2)

Autor/Entidade Local Ano Coeficiente K2 Condições de obtenção do valor

Azevedo Netto Brasil 1973 1,5 Recomendação para projeto

Yassuda e Nogami Brasil 1976 1,5 – 3,0 Recomendação para projeto

CETESB Valinhos e Iracemápolis 1978 2,08 – 2,35 Medições em sistemas operando há vários anos

PNB-587-ABNT Brasil 1977 1,5 Recomendação para projeto

Orsini Brasil 1996 1,5 Recomendação para projeto

Azevedo Netto et al. Brasil 1998 1,5 – 2,3 Recomendação para projeto

Tsutiya RMSP – Setor Lapa 1989 1,5 – 4,3 Medições em sistemas operando há vários anos

Saporta et al. Barcelona – Espanha 1993 1,3 – 1,4 Medições em sistemas operando há vários anos

Walski et al. EUA (*) 2001 3,0 – 6,0 Recomendação para projeto

Hammer EUA (*) 1996 1,5 – 10,0 Medições em sistemas norte-americanos

AEP Canada (*) 1996 3,0 – 3,5 Recomendação para projeto

(*) Nesses sistemas não há reservatórios domiciliares.

71

CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA


Leitura dos hidrômetros

• Consumo no período por tipo de economia


(domiciliar, industrial, comercial e público)

• Número de cada tipo de economia

72

36
8/17/2017

CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA

Determinação do consumo efetivo per capita (qe)


Vc
qe 
NE  ND  NH/ L

onde: Vc = volume consumido medido pelos


hidrômetros
NE = número médio de economias
ND = número de dias da medição pelos
hidrômetros
NH/L = número de habitantes por ligação
73

CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA

Determinação do consumo per capita (q)

qe
q
1 I

onde: qe = consumo efetivo per capita de água


I = índice de perdas

74

37
8/17/2017

3. REFERÊNCIAS

• CORBIS. www.corbis.com

• TUNDISI, J.G. Água no século XXI. Editora Rima, 2003. 247p.

• TSUTIYA, M. t. Abastecimento de Água. São Paulo: 2004. 634p.

• SIGRHI – Sistema de Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do

Estado de São Paulo. Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo

– ano base 2009. São Paulo: 2011. Disponível em

http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/basecon/RelatorioSituacao2011/Relatorio_Sit

uacao_2011.pdf

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