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Livro Eletrônico

Aula 01

Economia p/ PC-ES (Perito Oficial Criminal - Cargo 406.8) Com Videoaulas - Pós-Edital

Professor: Vicente Camillo

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Restri•‹o Or•ament‡ria: Conceitos Iniciais ............................................................ 2!


Propriedades do Or•amento ..................................................................................... 6!
Varia•‹o da Reta Or•ament‡ria ............................................................................ 10!
Reta Or•ament‡ria e Impostos ............................................................................... 14!
Prefer•ncias: Conceitos Iniciais .............................................................................. 18!
Curvas de Indiferen•a ............................................................................................... 21!
Taxa Marginal de Substitui•‹o ................................................................................ 28!
Prefer•ncias Bem Comportadas .............................................................................
0
33!
Quest›es Propostas ................................................................................................... 37!
Gabaritos .................................................................................................................................... 48!
Quest›es Comentadas ............................................................................................. 49!
Considera•›es Finais ................................................................................................ 76!

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RESTRI‚ÌO OR‚AMENTçRIA: CONCEITOS INICIAIS


Analisando a intera•‹o entre ofertantes (produtores) e demandantes
(consumidores) Ž sempre œtil iniciar por estes.

A teoria econ™mica do consumidor se baseia em um simples postulado: os


consumidores escolhem a melhor cesta de bens que podem adquirir. Ou seja, a
tend•ncia Ž que escolham a cesta de bens que confere mais utilidade (melhor
cesta), dada a restri•‹o or•ament‡ria que possuem (limita•‹o).

ƒ imprescind’vel compreender, com mais subst‰ncia, os termos utilidade e


limita•‹o. Afinal, a decis‹o do consumidor passa por eles.

Neste m—dulo do curso trataremos primeiramente da limita•‹o.

A restri•‹o or•ament‡ria Ž basicamente o rendimento auferido pelo consumidor


em determinado per’odo de tempo e utilizado como limita•‹o ao seu consumo.
Evidente que n‹o podemos consumidor tudo o que desejamos, mesmo que o
bem tenha imensa utilidade em nossas vidas. Esta Ž a ideia de limita•‹o dada
pela restri•‹o or•ament‡ria. Muito simples e sem segredos!

O interessante Ž que este conceito pode ser expresso gr‡fica e algebricamente. ƒ


bom se acostumar com este tipo de linguagem no curso de microeconomia, pois
invariavelmente ser‡ utilizado. A teoria microecon™mica se vale da matem‡tica
para fins de prova e representa•‹o.

Seguindo adiante, podemos supor que o consumidor possui um conjunto de bens


que pode escolher para seu consumo. Para facilitar, e poder demonstrar o caso
graficamente, iremos considerar apenas dois bens, representados pela cesta de
consumo (x1, x2). Sendo que x1 representa a quantidade consumida do bem 1 e
x2, a do bem 2.

Dois bens bastam, pois um deles pode representar um determinado bem (por
exemplo, arroz), enquanto o outro pode representar todos os outros bens

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dispon’veis (por exemplo, os demais alimentos, vestu‡rios, autom—veis etc.). Isto Ž


poss’vel, pois convŽm pensar no bem 2 como sendo a quantidade de dinheiro
gasta em todos os demais bens que n‹o o bem 1. Neste caso, o bem 2 Ž
chamado de bem composto.

Agora, pense comigo: supondo que o consumidor tenha uma renda monet‡ria
representada por m e que p1 Ž o pre•o pago por cada unidade consumida do
bem 1, assim como p2 refere-se ao pre•o do bem 2, como podemos representar a
ideia de que o consumidor deve gastar t‹o somente o valor de sua renda?

ƒ simples. Ora, o pre•o de cada bem multiplicado pela quantidade consumida


do mesmo deve ser menor ou igual ao valor da renda. Ou seja:

� ≥ �� �� + �� ��

A express‹o matem‡tica acima representa a ideia que acabou de ser citada. A


renda (m) Ž sempre maior ou igual ao valor utilizado com os bens 1 e 2, sendo
�� �� o valor gasto com o bem 1 e �� �� o valor gasto com o bem 2.

As cestas de consumo que o consumidor adquire podem, no m‡ximo, possuir o


mesmo valor (em dinheiro) que a renda. Desta forma, a renda Ž apresentada
como uma limita•‹o, ou seja, uma restri•‹o or•ament‡ria.

Tendo em vista este fato, o conjunto de cestas poss’veis de aquisi•‹o pelo


consumidor Ž chamado de conjunto or•ament‡rio.

A restri•‹o or•ament‡ria pode tambŽm ser representada graficamente. Para


tanto, podemos conferir alguns nœmeros a sua express‹o.

Considerando, como exemplo, que o consumidor possui uma renda de $100,00 e


que os bens 1 e 2 custam, respectivamente, $10,00 e $20,00, a express‹o toma a
seguinte forma:

��� ≥ ���� + ����

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Se o consumidor demanda 2 unidades do bem 1, ele ter‡ a possibilidade de


demandar, no m‡ximo, 4 unidades do bem 2. Caso demande 4 unidades do bem
1, poder‡ demandar 3 unidades do bem 2. E assim por diante.

Evidente que um gr‡fico cartesiano pode demonstrar este feito.

Se considerarmos que o eixo das ordenadas representa a quantidade do bem 2


demandada, podemos considerar que o eixo das abscissas representa a
quantidade demandada do bem 1.

Assim:

x2

Reta de restrição
orçamentária;
4 A
Inclinação: –p1/p2

3
Conjunto
B
Orçamentário

O x1
2 4
O gr‡fico considera os nœmeros hipotŽticos apresentados. A renda do consumidor
Ž de $100 e os pre•os dos bens 1 e 2 respectivamente $10 e $20. Quando
consome 4 unidades do bem 2, pode consumir, no m‡ximo, 2 unidades do bem 1
(esta Ž a cesta A). 3 unidades do bem 2 resultam no consumo m‡ximo de 4
unidades do bem 1 (esta Ž a cesta B).

ƒ percept’vel que quanto maior o consumo de um dos bens, menor a


possibilidade de consumir o outro. ƒ evidente, pois a renda Ž constante e limita a

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demanda do consumidor. Assim, ao consumir um dos bens ele abre m‹o de


consumir o outro.

Este fato origina uma reta de restri•‹o or•ament‡ria negativamente inclinada,


pois mais de um bem necessariamente vem acompanhado de menos do outro. A
inclina•‹o da reta, que veremos mais a frente ser um conceito muito importante,
Ž dada pela rela•‹o de pre•os os bens 1 e 2: -p1/p2 (a rela•‹o Ž tambŽm
negativa pelo fato do consumo dos bens estar negativamente relacionado em
fun•‹o da renda limitada).

E, por fim, Ž necess‡rio observar que todos os pontos situados entre a origem O e
a reta de restri•‹o or•ament‡ria comp›em o chamado conjunto or•ament‡rio
do consumidor. Ou seja, toda as cestas de consumo ali presentes podem ser
consumidas com a renda do consumidor: elas s‹o vi‡veis. Caso a cesta se situe
fora do conjunto or•ament‡rio, ˆ direita e acima da reta or•ament‡ria, ela est‡
fora do conjunto or•ament‡rio e n‹o pode ser demandada ˆ restri•‹o
or•ament‡ria do consumidor.

Assim, ficamos com os seguintes conceitos:

ü! O consumidor demanda, no m‡ximo, cestas de consumo que possuem o


mesmo valor da sua restri•‹o or•ament‡ria. Este fato Ž representado pelas cestas
A e B no gr‡fico, que est‹o situadas sobre a reta or•ament‡ria.

ü! Cestas situadas entre a origem e a restri•‹o or•ament‡ria fazem parte do


conjunto or•ament‡rio, pois podem ser adquiridas ˆ renda corrente.

ü! Cestas situadas acima da reta de restri•‹o n‹o podem ser adquiridas com a
restri•‹o or•ament‡ria, pelo que est‹o fora do conjunto or•ament‡rio.

ü! A inclina•‹o da reta or•ament‡ria Ž dada por Ðp1/p2

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PROPRIEDADES DO OR‚AMENTO
O or•amento do consumidor Ž aquele que denota as cestas de bens que
esgotam sua renda. Simples: o or•amento Ž aquele que torna poss’vel a demanda
de variadas combina•›es dos bens 1 e 2.

A express‹o j‡ Ž conhecida:

� = �� �� + �� ��

O gr‡fico tambŽm:

x2

+
,.

Reta de restrição
orçamentária;
Inclinação: –p1/p2

Conjunto

Orçamentário

+
O x1
,−

As cestas que custam exatamente m s‹o aquelas sobre a reta de restri•‹o


or•ament‡ria. As que custam menos est‹o indicadas dentro do conjunto
or•ament‡rio (abaixo da reta); as que custam mais est‹o indicadas fora do
conjunto or•ament‡rio (acima da reta).

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ƒ interessante analisarmos a express‹o da restri•‹o or•ament‡ria de forma a


entender o quanto podemos demandar de um bem em decorr•ncia da
demanda do outro.

Vejamos:

� ��
�� = − �
�� �� �

A express‹o acima possui a seguinte l—gica: se, por exemplo, o consumidor


desejar consumir 0 unidades do bem 1, ele consome m/p2 unidades do bem 2. Ao
contr‡rio, se desejar consumir 0 unidades do bem 2, consome m/p1 unidades do
bem 1.

Desta forma, Ž poss’vel saber a quantidade do bem 2 para que a restri•‹o


or•ament‡ria seja respeitada quando determinada quantidade do bem 1 Ž
demandada. Em resumo, dada a quantidade do bem 1, qual a quantidade do
bem 2 Ž consumida respeitando a restri•‹o or•ament‡ria.

As quantidades m/p2 (intercepto vertical) e m/p1 (intercepto horizontal) possuem


um importante significado. Se o consumidor nada gasta com o bem 1, Ž fato que
ele ir‡ gastar toda sua renda com o bem 2. Assim, a quantidade do bem 2 ser‡
igual ˆ renda dividida pelo pre•o do bem 2. O mesmo racioc’nio aplica-se ˆ
demanda pelo bem 1.

Os dois pontos s‹o relevantes pois eles j‡ permitem tra•ar a reta or•ament‡ria.
Caso o certame pe•a conhecimentos relacionados a este assunto, basta calcular
a demanda pelo bem 2 e pelo bem 1 quando a renda Ž toda gasta
respectivamente em um destes bens.

Desta forma, se recorde do que segue:

ü! Intercepto vertical è Indica no gr‡fico (e pode ser calculado pela


express‹o) a quantidade demandada do bem 2 quando 0 unidades do bem 1
s‹o demandadas.

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ü! Intercepto horizontal è Indica no gr‡fico (e pode ser calculado pela


express‹o) a quantidade demandada do bem 1 quando 0 unidades do bem 2
s‹o demandadas.
��
Da express‹o, ficou faltando compreender o termo − ��.

Chamado de inclina•‹o da reta, indica a taxa de troca entre os dois bens. Ou


seja, a qual taxa o consumidor est‡ disposto a trocar o bem 1 pelo bem 2?
��
Resposta: − .
��

A ideia pode ser demonstrada pela mesma express‹o. Por exemplo, podemos
supor que o consumidor deseja mais unidades do bem 1 (representadas por Δx1).
Para tanto, ele deve respeitar a restri•‹o or•ament‡ria e, desta forma, reduzir a
quantidade consumida do bem 1 (representada por Δx1). Apenas ressaltando que
o par‰metro delta (Δ) indica varia•‹o na matem‡tica e Ž muito utilizado na
microeconomia com o mesmo sentido.
� �
Assim, as quantidades do bem 1 (�� ) e do bem 2 (�� ) demandadas ap—s a
varia•‹o podem ser representadas por:

�� = (�� + ∆�� )

�� = (�� + ∆�� )

Substituindo estes termos na express‹o da reta or•ament‡ria, temos que:

� = �� �� + �� ��

� = �� (�� + ∆�� ) + �� (�� + ∆�� )

Subtraindo uma express‹o da outra, ficamos com:

� = �� ∆�� + �� ∆��

∆�� ��
=−
∆�� ��

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A primeira nos indica que a varia•‹o na demanda pelos dois bens deve ter valor
igual a zero. Muito simb—lico este resultado: como o consumidor necessita
respeitar a varia•‹o or•ament‡ria, o aumento na demanda por um dos bens Ž
feito com a redu•‹o na demanda do outro.

Ora, a renda Ž limitada e fixa. Se o consumidor desejar consumir mais de um dos


bens, dever‡ consumir menos do outro.

Por isso que inclina•‹o da curva (-p1/p2) indica a taxa de troca entre os dois bens
(Δx2/Δx1). E, evidentemente, o sinal negativo a frente da rela•‹o de pre•os
mostra que o aumento na demanda por um dos bens Ž acompanhado pela
redu•‹o na demanda do outro, validando a ideia de que s‹o substitu’dos um
pelo outro, visto a renda fixa e limitada.

Retomando um conceito apresentado na aula introdut—ria, a rela•‹o entre os


pre•os acima apresentada indica o custo de oportunidade. Ou seja, quanto Ž
necess‡rio abrir m‹o do consumo do bem 2 para obter unidades adicionais de
consumo do bem 1.

Evidente que quanto mais elevada a rela•‹o (quanto maior o valor de Δx2/Δx1),
maior o custo de oportunidade. Isto Ž, o consumidor precisa abrir m‹o de mais
unidades do bem 2 para obter uma unidade adicional do bem 1. Dito de outro
modo, o valor do bem 2 est‡ mais valorizado.

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VARIA‚ÌO DA RETA OR‚AMENTçRIA


A reta or•ament‡ria pode variar de duas maneiras: varia•‹o paralela (mantendo
a mesma inclina•‹o da reta) e varia•‹o da inclina•‹o.

Na primeira mudan•a (paralela), a reta or•ament‡ria Ž deslocada ˆ direita ou ˆ


esquerda.

Se ˆ direita, indica um aumento na renda do consumidor. A l—gica Ž simples: o


deslocamento paralelo ˆ direita resulta em interceptos vertical e horizontal com
valor mais elevado. Isto Ž, o consumidor passa a consumir mais do bem 1 e 2, fato
possibilitado pelo aumento da renda. Como o pre•o dos bens n‹o se modifica a
priori, a inclina•‹o da reta permanece a mesma, pois Ðp1/p2 continua com o
mesmo valor.

Assim, temos que:

A renda do consumidor aumenta de m para mÕ. Ao novo rendimento, o


consumidor pode consumir mais dos bens 1 e 2. O aumento no valor dos
interceptos indica este fato. Como consequ•ncia, o conjunto or•ament‡rio

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tambŽm aumenta, ou seja, um maior nœmero de cestas Ž poss’vel de serem


consumidas com a nova renda.

ƒ importante notar que a rela•‹o entre os pre•os permanece constante, de


modo que a inclina•‹o da reta tambŽm.

Este fato remete a algo importante. Digamos que o pre•o dos dois bens aumente
na mesma propor•‹o, resultando em mesma inclina•‹o da reta. Mas, o aumento
de pre•o dos bens impossibilita ao consumir a mesma quantidade de 1 e 2 com a
mesma renda.

Dito de outra forma, o aumento de pre•os nos dois bens reduz a demanda dos
mesmos ˆ mesma renda.

Graficamente a reta or•ament‡ria Ž deslocada ˆ esquerda. Ou seja, o aumento


no pre•o dos dois bens na mesma propor•‹o (mantendo a inclina•‹o da reta)
possui o mesmo efeito que a redu•‹o na renda.

Interessante notar que o aumento de pre•os tambŽm significa redu•‹o real da


renda, pois o valor dos rendimentos perde valor real (possibilita um consumo de
menores quantidades).

No caso de redu•‹o de pre•os dos dois bens, mantida constante a rela•‹o entre
os pre•os, a reta or•ament‡ria ir‡ se deslocar paralelamente ˆ direita, do mesmo
modo que acontece com o aumento na renda.

Portanto, recorde do seguinte:

ü! Deslocamento paralelo da reta or•ament‡ria è Realizado por mudan•as na


renda (mantida constante a rela•‹o de pre•os Ðp1/p2) e tambŽm por varia•›es
nos pre•os que mantŽm constante a inclina•‹o da reta (-p1/p2).

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ü! Deslocamento ˆ direita è Permite demandar mais bens. Ocorre em fun•‹o


do aumento da renda ou da redu•‹o no pre•o dos bens que mantŽm a mesma
rela•‹o Ðp1/p2 (se os pre•os se reduzirem pela metade, a rela•‹o Ž mantida,
mas o consumidor pode demandar o dobro de bens com a mesma renda).

ü! Deslocamento ˆ esquerda è Permite demandar menor quantidade de


bens. Ocorre em fun•‹o da redu•‹o da renda ou da aumento no pre•o dos bens
que mantŽm a mesma rela•‹o Ðp1/p2 (se os pre•os dobrarem, a rela•‹o Ž
mantida, mas o consumidor pode demandar a metade de bens com a mesma
renda).

Agora, podemos analisar a varia•‹o na inclina•‹o da reta or•ament‡ria.

Evidente que o valor da express‹o Ðp1/p2 precisa mudar.

Para tanto, podemos analisar o caso em que um dos pre•os aumenta e o outro se
mantŽm constante. Por exemplo, p1 aumenta e p2 permanece constante. A
inclina•‹o da reta Ðp1/p2 ter‡ maior valor absoluto, ou seja, reta ir‡ se tornar mais
inclinada (mais vertical).

Graficamente:

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O pre•o do bem 1 aumentou de p1 para pÕ1. Consequentemente o consumidor


passou a consumir uma menor quantidade do bem 1. ƒ poss’vel perceber isto pelo
valor do intercepto horizontal. Se o pre•o de 1 aumentou, o consumidor poder‡
demandar menores quantidades com sua renda (m/pÕ1 < m/p1).

Este fato tem como efeito a mudan•a da inclina•‹o da reta, pois a quantidade
demandada do bem 2 n‹o varia (assim como o intercepto vertical).

Efeito an‡logo ocorre no caso de mudan•a no pre•o do bem 2. No entanto, o


intercepto horizontal permanece com o mesmo valor, variando t‹o somente o
intercepto vertical (pois apenas p2 varia).

Portanto, fique com a seguinte ideia:

ü! Mudan•a da inclina•‹o da reta or•ament‡ria è Realizada pela varia•‹o


nos pre•os relativos (Ðp1/p2 muda de valor).

ü! Reta mais inclinada (mais vertical) è Ocorre devido a um aumento no


pre•o do bem 1 em rela•‹o ao pre•o do bem 2. Como resultado, a reta torna-se
mais inclinada e menores quantidades do bem 1 s‹o poss’veis de serem
demandadas ˆ mesma renda.

ü! Reta menos inclinada (mais horizontal) è Ocorre devido a um aumento no


pre•o do bem 2 em rela•‹o ao pre•o do bem 1. Como resultado, a reta torna-se
menos inclinada e menores quantidades do bem 2 s‹o poss’veis de serem
demandadas ˆ mesma renda.

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RETA OR‚AMENTçRIA E IMPOSTOS


Talvez o exemplo mais comum solicitado em provas seja a incid•ncia tribut‡ria e
seus efeitos na receita tribut‡ria.

AtŽ o momento consideramos apenas um mundo com 1 consumidor e dois bens


pass’veis de serem demandados: x1 e x2. Mas, e se adicionarmos o governo ao
modelo?

A presen•a do governo na economia Ž justific‡vel por diversos motivos. No


entanto, o que nos cabe no momento, Ž saber que o governo se relaciona com o
consumidor, pois ele precisa de dota•›es monet‡rias para dar andamento a suas
atividades.

Desta forma, os consumidores contribuem com impostos ao financiamento do


governo, assim como podem dele receber subs’dio, de forma a complementar
sua renda e/ou consumo.

Em geral, os impostos elevam o pre•o dos bens em t unidades monet‡rias. Digo


em geral, pois nem sempre isto acontece. Em certos casos o produtor arca com o
™nus tribut‡rio e o consumidor continua na mesma posi•‹o. Em outros momentos,
o ™nus Ž dividido entre eles.

Para compreender qual o efeito dos impostos na reta or•ament‡ria Ž necess‡rio


saber de que tipo Ž este imposto.

Digamos que o imposto recaia sobre a renda do consumidor, de modo a reduzir,


digamos, sua renda em $100. ƒ fato que a redu•‹o da renda desloca a reta
or•ament‡ria ˆ esquerda, pois reduz a renda dispon’vel do consumidor.

Assim, o presente caso possui o seguinte efeito:

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x2
m/p2

(m-t)/p2

(m-t)/p1 m/p1 x1

O tributo cujo valor Ž t reduz a renda neste mesmo montante (m Ð t). Este Ž o caso
de impostos diretos, os quais incidem sobre a renda do consumidor.

Mas, e se o tributo incidir sobre o pre•o de determinado produto, elevando-o no


mesmo montante. Assim, digamos que o imposto tenha al’quota t (chamada de
ad valorem) e recai sobre o bem 1.

O pre•o do bem 1, antes igual a p1, ap—s a incid•ncia tribut‡ria possui valor de
(� + �)��. E a reta or•ament‡ria?

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x2
m/p2

m/(1+t)p1 m/p1 x1
O

Ap—s a incid•ncia tribut‡ria o consumidor passar a consumir menores


quantidades do bem 1, afinal, com o aumento de pre•o, sua renda fixa e limitada
� �
permite consumir menores quantidades do referido bem: (�5�)�� < ��.

O mesmo racioc’nio deve ser aplicado aos subs’dios concedidos pelo governo.

Os subs’dios s‹o transfer•ncias concedidas pelo governo ao consumidor (ou


mesmo produtor) que apresenta l—gica inversa aos tributos. Se o consumidor
recebe um subs’dio sobre sua renda, a transfer•ncia eleva seu poder de compra,
pelo que a reta or•ament‡ria Ž desloca ˆ direita.

Se o subs’dio recebido Ž sobre quantidades consumidas de certo bem, o governo


fornece ao consumidor um incentivo dependente da quantidade consumida do
bem. Digamos que o governo ÒpagueÓ ao consumidor um valor s por unidade do
bem consumida.

Para o consumidor o pre•o passa a ser (p Ð s). A transfer•ncia acarreta no


aumento da demanda deste mesmo bem pelo consumidor, resultando em

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varia•‹o da inclina•‹o da reta or•ament‡ria, de modo que apresente um valor


maior de demanda para o bem 1.

Portanto, fique com as seguintes ideias:

ü! Impostos incidentes sobre o pre•o do bem (eleva o pre•o) provocam


mudan•a na inclina•‹o da reta or•ament‡ria e redu•‹o na quantidade
demandada. Subs’dios sobre quantidades tem efeito contr‡rio, ou seja, variam a
inclina•‹o da reta or•ament‡ria, resultando em maior demanda pelo bem

ü! Impostos incidentes sobre a renda do consumidor reduzem a pr—pria renda.


Como consequ•ncia, a reta or•ament‡ria Ž deslocada ˆ esquerda,
apresentando menor demanda para ambos os bens. Efeito contr‡rio acontece
no caso de subs’dios sobre a renda, que, elevando-a, permite ao consumidor
demandar mais de ambos os bens (desloca a reta or•ament‡ria ˆ direita).

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PREFERæNCIAS: CONCEITOS INICIAIS


As prefer•ncias do consumidor consistem no aspecto psicol—gico da demanda.

Nada adianta o consumidor apresentar restri•‹o or•ament‡ria compat’vel com


cesta de bens dispon’vel para consumo se ele n‹o se interessar (n‹o preferir) a
referida cesta.

ƒ interessante notar que a prefer•ncia do consumidor deve ser analisada por


diversos ‰ngulos. O mesmo bem possui fun•›es distintas dependendo da
localiza•‹o em que se encontra, do per’odo em que Ž demandado etc. Em
resumo, as prefer•ncias s‹o circunstanciais, visto que os consumidores podem
valorizar o mesmo de modo distinto a depender da circunst‰ncia presente.

Um simples exemplo pode ser citado. Imagine a diferen•a de utilidade de um


guarda chuva em Londres/Reino Unido e no Deserto do Saara. No primeiro lugar Ž
certamente um bem de extremo valor; no segundo, nem tanto.

Para padronizar a quest‹o e permitir a an‡lise, existem maneiras de se representar


as prefer•ncias assim como certos pressupostos l—gicos.

Continuamos com nosso consumidor, s— que, desta vez, ele pode demandar duas
(ou mais) cestas de bens distintas, representadas por X = (x1, x2) e Y = (y1, y2). S‹o
necess‡rias, ao menos, duas cestas, visto que precisamos compar‡-las para saber
a prefer•ncia do consumidor.

A compara•‹o entre cestas Ž feita por meio dos seguintes s’mbolos:

ü! O s’mbolo ≻ representa o conceito estritamente preferido. Assim, se X ≻ Y, o


consumidor prefere estritamente X a Y (ele deseja a cesta X ao invŽs da Y).

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ü! O s’mbolo ∼ quer dizer indiferente. Se para o consumidor X ∼ Y, ele se mostra


indiferente entre escolher uma ou outra. Ou seja, para ele tanto faz, visto que as
duas cestas o atendem igualmente.

ü! O s’mbolo ≽ quer dizer fracamente prefer’vel. O significado deste conceito Ž


simples: quer dizer que o consumidor prefere ambas as cestas ou mostra-se
indiferente na escolha de ambas. Desta forma, a prefer•ncia de uma cesta por
outra Ž fraca.

As provas tentam, em certos momentos, confundir os candidatos. Assim,


relacionam estes conceitos entre duas cestas.
0

Por exemplo, digamos que a prova indique que X ≽ Y e que Y ≽ X. Se uma cesta Ž
fracamente prefer’vel a outra de maneira rec’proca, que dizer que elas s‹o
indiferentes. Assim, X ∼ Y (o consumidor considera X t‹o boa quanto Y e tambŽm
considera Y t‹o boa quanto X: ou seja, as cestas s‹o indiferentes).

Do mesmo modo, caso X ≽ Y e n‹o X n‹o indiferente ˆ Y, podemos concluir que X


Ž estritamente prefer’vel a Y (X ≻ Y).

Quase sempre estes tipos de rela•‹o s‹o logicamente inferidos. Afinal, a teoria do
consumidor Ž constru’da tambŽm sobre preceitos l—gicos.

Continuando, h‡ que se analisar alguns pressupostos feitos sobre as prefer•ncias.


De certa maneira, as prefer•ncias precisam ser consistentes, caso contr‡rio a
teoria perde o valor.

N‹o seria muito razo‡vel afirmar que o consumidor prefere consumir frutos do mar
ˆ p‹o franc•s, e p‹o franc•s ˆ salada, mas prefere salada ˆ frutos do mar. Este
tipo de escolha n‹o apresenta muita consist•ncia, alŽm de complicar a an‡lise.

Existem 3 pressupostos que s‹o considerados axiomas da teoria do consumidor:

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1.! Completa è O mais fundamental dos pressupostos. A completude de uma


prefer•ncia indica a possibilidade de compara•‹o entre cestas de consumo, ou
seja, indica que o consumidor pode escolher. Sendo completa, uma escolha
(cesta de bens) Ž pass’vel de ser comparada com outra.

2.! Reflexiva è A prefer•ncia Ž reflexiva quando uma cesta de consumo Ž t‹o


boa quanto ela mesma. AtŽ parece bobagem apresentar este pressuposto, mas Ž
isto mesmo. Se uma cesta Ž t‹o boa quanto ela mesma, o consumidor tem
garantia que ir‡ a escolher na aus•ncia de outras cestas.

3.! Transitiva è A transitividade de uma prefer•ncia Ž o exemplo citado acima.


Se o consumidor prefere frutos do mar ˆ p‹o franc•s e este ˆ salada,
provavelmente ir‡ preferir frutos do mar ˆ salada.

A representa•‹o deste pressuposto Ž feita da seguinte forma: se X ≽ Y e Y ≽ Z,


ent‹o X ≽ Z.

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CURVAS DE INDIFEREN‚A
Os conceitos iniciais e pressupostos apresentados podem ser descritos da forma
gr‡fica.

Dito de outro modo, as prefer•ncias podem ser apresentadas de maneira gr‡fica,


o que facilita (e muito!) nossa an‡lise, alŽm de servir de bom demonstrativo da
ideia de ÒmatematizarÓ a teoria microecon™mica.

Assim, Ž comum utilizarmos as curvas de indiferen•a.

Seguindo o conceito de indiferen•a, a curva de indiferen•a apresenta as cestas


em que o consumidor apresenta indiferen•a. Tanto faz uma, ou outra. Mais
adiante, no t—pico sobre utilidade, veremos que cada curva de indiferen•a
apresenta uma utilidade ao consumidor, ou seja, elas podem ser quantificadas.

No momento, cabe-nos compreender as formas e propriedades das curvas de


indiferen•a.

Vamos iniciar a partir da curva de indiferen•a cl‡ssica (negativamente inclinada


e de formato convexo):

x2

A
B
Curva de
Indiferença

x1

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O eixo vertical do gr‡fico apresenta as quantidades demandadas de x1. O eixo


horizontal, quantidades demandas de x2.

Desta forma, os pontos A e B s‹o cestas que apresentam combina•›es distintas,


mas indiferentes ao consumidor. ƒ percept’vel que a cesta B apresenta
quantidade superior de x1 e quantidade inferior de x2, quando comparada ˆ
cesta A.

Os pontos acima e ˆ direita da curva de indiferen•a apresentam cestas


fracamente prefer’veis ˆs cestas da curva. Evidente que, abaixo e ˆ esquerda,
est‹o situadas cestas n‹o prefer’veis, afinal elas representam quantidades
inferiores de bens (conferem menor utilidade ao consumidor).

Bom, podemos concluir um ponto apenas com estas ideias b‡sicas. Se a curva de
indiferen•a apresenta cestas indiferentes ao consumidor, duas curvas n‹o podem
se cruzar.

Ora, se isto ocorresse, as duas curvas conteriam cesta de consumo que


apresentam utilidades diferentes, mas mesmo assim s‹o indiferentes. ƒ um caso
sem l—gica.

Portanto, aten•‹o ao fato: curvas de indiferen•a n‹o se cruzam! Esta evidente


contradi•‹o pode ser apresentada graficamente como segue:

x2

A
B

x1

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A cesta de consumo (x1, x2) indicada no ponto A apresenta a contradi•‹o. Se isto


fosse poss’vel, as cestas B e C teriam todas de ser indiferentes umas ˆs outras,
mesmo se situando em curvas de indiferen•a diferentes, que apresentam n’veis de
utilidade distintos.

Continuando, temos que a curva apresentada acima Ž a forma padr‹o, mas n‹o
œnica, de curva de indiferen•a. Ela indica prefer•ncias convexas (que veremos
logo mais o significado), demonstrando que, para obter mais de 1 bem, o
consumidor precisa abrir m‹o do outro ˆ taxa decrescente.

Ou seja, a taxa de troca entre os bens Ž negativa (mais de um bem requer menos
do outro), implicando em curva negativamente inclinada. No entanto, a taxa de
troca entre os bens Ž decrescente ˆ medida que nos deslocamos ˆ direita a
curva. Este pressuposto Ž l—gico: se voc• possui muitas quantidades de x2 e
poucas de x1, por exemplo, est‡ disposto a abrir m‹o do bem 2 por unidades do
bem 1. Mas, ˆ medida que passar a ter cada vez menos unidades de 2, precisa
de mais unidades do bem 1 para continuar com as trocas. Ou seja, sua disposi•‹o
em abrir m‹o do bem 2 Ž decrescente.

Um simples numŽrico pode ajudar a compreender. Digamos que no in’cio das


trocas, o consumidor troca 1 unidade de bem 2 por 1 unidade do bem 1 (a taxa
∆:;
de troca ∆:<
Ž 1). Ap—s j‡ ter realizado algumas trocas, ficando, portanto, com

menos do bem 2 e mais do bem 1, o consumidor passa a exigir mais unidades do


bem 1 para abrir m‹o do bem 2. Digamos que agora ele troque 1 unidade do
∆:
bem 2 por 2 unidades do bem 1(a taxa de troca ∆:; Ž 0,5).
<

No limite, ele ir‡ exigir infinitas unidades do bem 1 para abrir m‹o de mais 1
unidade do bem 1. Como, por defini•‹o, os bens s‹o escassos (n‹o infinitos), a
taxa de troca ser‡ zero neste caso.

J‡ deu para perceber, neste caso, o porqu• a taxa de troca Ž decrescente, n‹o
Ž?!

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Continuando, podemos citar 3 formas de curvas de indiferen•a, que alŽm de


serem as cobradas em provas, indicam como os bens se relacionam entre si.

Substitutos Perfeitos

Um bem Ž perfeitamente substitu’vel por outro quando ambos possuem as


mesmas finalidades (servem ao mesmo objetivo). Assim, o consumidor troca um
por outro sem quaisquer problemas.

Substitutos perfeitos possuem curva de indiferen•a com inclina•‹o constante. Ou


seja, o consumidor substitui um bem pelo outro ˆ taxa constante. Assim como no
exemplo acima citado, a curva de indiferen•a possui inclina•‹o negativa, afinal
mais de um bem resulta em menos do outro sempre na mesma taxa.

Digamos que o consumidor n‹o se importa com as cores de camisa que utiliza.
Assim, para ele, tanto faz consumir 1 unidade de camisa preta, ou 1 unidade de
camisa branca. Assim, ele substitui 1 unidade de uma delas por 1 unidade da
outra (taxa de substitui•‹o constante de 1). O gr‡fico tem a seguinte forma:

x2

(20,0)

(10,10)

x1
(0,20)

No caso acima apresentado, nosso consumidor demanda 20 camisas. Ele pode


escolher 10 unidades da camisa preta (x2) com 10 unidades da camisa branca
(x1), escolher 20 de apenas uma cor, ou mesmo distribuir seu consumo por,
digamos, 11 unidades de camisas brancas e 9 unidades de camisas pretas.

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ƒ importante notar que ele sempre troca as camisas ˆ taxa de 1. Ou seja, os dois
bens s‹o substitutos perfeitos pois a taxa de troca Ž constante por toda a an‡lise.

Mas, n‹o se engane: a taxa n‹o precisa ser de 1; ela pode ser qualquer nœmero,
desde que constante!

Complementares Perfeitos

Os bens complementares s‹o aqueles, como o nome sugere, cuja demanda de


um Ž complementar a demanda do outro. Dito de outro modo, um bem Ž
complementar a outro, quando s‹o consumidos juntamente em propor•›es fixas.

ƒ o caso cl‡ssico dos pares de sapato. Em geral, a demanda do pŽ direito de


sapato Ž feita juntamente ao pŽ esquerdo. Ou seja, para cada 1 pŽ direito
demandado, demanda-se tambŽm 1 unidade do pŽ esquerdo.

Consumir 2 pŽs direitos e 1 pŽ esquerdo, por exemplo, n‹o traz qualquer aumento
de utilidade para o consumidor. Desta forma, a curva de indiferen•a que
representa bens complementares perfeitos possui formato em L, sendo o ponto de
demanda o vŽrtice da curva.

Vejamos:

x2

(20,20)

(10,10)

x1

S— faz sentido ao consumidor consumir, por exemplo, 10 pŽs direitos juntamente


com 10 pŽs esquerdos (ou seja, 10 pares de sapato). Se ele desejar aumentar o

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consumo, nada adianta demanda 12 pŽs direito e 10 pŽs esquerdo. Ele deve,
necessariamente, demandar uma combina•‹o l—gica que redunde em nœmero
de pares de sapato, como, por exemplo, 20 unidades de cada pŽ.

Desta forma, apenas os vŽrtices apresentam solu•‹o interessante ao consumidor,


demonstrando o ponto em que ele se situa quando demanda bens perfeitamente
complementares. Afinal, como afirmado, a demanda Ž feita conjuntamente em
propor•›es fixas.

Cabe ressaltar que n‹o Ž necess‡rio que a propor•‹o fixa seja de 1:1. Ela pode
ser, digamos, de 2:1 (a cada 2 unidades de x2 Ž consumida 1 unidade de x1). O
importante Ž que apresenta estas propor•›es fixas por toda a an‡lise.

Neutros

Um bem neutro Ž aquele que o consumidor n‹o em importa em consumidor.


Assim, se ele deseja demandar 10 unidades de cerveja, tanto faz a quantidade
de refrigerantes que acompanha a demanda por cervejas.

O consumidor se importa apenas com a demanda por cervejas, se mostrando


neutro frente ao refrigerante.

Este tipo de curva de indiferen•a possui a seguinte forma:

x2

x1

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Em nosso exemplo, x1 representa unidades de cervejas e x2, refrigerantes. O


consumidor quer mesmo Ž saber de cervejas e a curva de indiferen•a denota
isto, visto que a quantidade fixada est‡ no eixo horizontal. A quantidade de
refrigerantes pouco importa

Evidente que, caso ele preferisse refrigerantes, a curva seria horizontal,


demonstrando indiferen•a por qualquer quantidade de cerveja.

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUI‚ÌO


O conceito de taxa marginal de substitui•‹o est‡ impl’cito por toda a aula.

Os consumidores, via de regra, pretendem consumir bens diferentes, ou seja,


apresentam cestas de consumos balanceadas (n‹o especializadas) entre os bens
dispon’veis. Isto Ž algo trivial: voc• prefere gastar toda sua renda com verduras,
ou dividir entre legumes, verduras, carnes, gr‹os e outros alimentos?

Evidente que a cesta balanceada Ž prefer’vel ˆ especializada somente em


verduras.

No ent‹o, o consumidor n‹o possui recursos ilimitados para demandar o que bem
entender. Ou mesmo os bens n‹o possuem dota•›es infinitas para serem
demandados.

Dito de outro modo, ao balancear sua cesta de consumo, o consumidor necessita


trocar um bem pelo outro. O valor numŽrico desta taxa Ž a taxa marginal de
substitui•‹o.

Definindo, taxa marginal de substitui•‹o do bem 2 pelo bem 1 Ž a medida que


representa quantas unidades do bem 2 o consumidor precisa abrir m‹o para
demandar uma unidade adicional do bem 1, respeitando a mesma curva de
indiferen•a (aten•‹o para o fato que continuamos utilizando a cesta de bens
(x1,x2) na an‡lise).

Dito de outro modo, a taxa mede quantas unidades do bem 1 o consumidor


precisa ganhar para ser recompensado pelo sacrif’cio em demandar menores
quantidades do bem 2. ƒ importante ter em mente que, na microeconomia,
consumo representa utilidade (assim, abrir m‹o do consumo Ž prejudicial ao
consumidor).

Podemos visualizar este conceito atravŽs do gr‡fico:

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x2

A
B

x1

A passagem do ponto A para o ponto B indica o que acabamos de tratar. O


consumidor deixa de consumir certas quantidades do bem 2, sendo compensado
pela demanda adicional do bem 1. A manuten•‹o na mesma curva de
indiferen•a indica que a situa•‹o do consumidor permanece a mesma (mesma
utilidade antes e depois da troca).

Neste exemplo podemos calcular a taxa marginal de substitui•‹o da seguinte


forma:

∆��
����,� = −
∆��

Primeiro coment‡rio: a TMS Ž negativa, pois adquirir mais unidades do bem 1


requer abrir m‹o de unidades do bem 2; ou seja, os dois bens est‹o relacionados
negativamente nesta escolha.

Segundo coment‡rio: abrir m‹o do bem 2 para adquirir uma unidade marginal
adicional do bem 1 Ž representado pelo ’ndice (2,1); se quisŽssemos saber o
contr‡rio, o ’ndice se inverteria para (1,2), assim como a express‹o, ficando:
∆��
����,� = − ∆��.

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Terceiro coment‡rio: a taxa Ž marginal, pois representa quanto preciso abrir m‹o
de um bem para obter um consumo adicional marginal de outro (como bens, em
regra, s‹o medidos atravŽs de unidades, o termo marginal indica 1 unidade
adicional, ou 1 grama adicional, ou 1 litro adicional e assim por diante,
dependendo da unidade de medida utilizada.)

Que tal dois exemplos?

Exemplo 1: O consumidor demanda 50 unidades de bebidas/m•s e 10 unidades


de alimentos no mesmo per’odo. Se quiser demandar 12 unidades de alimentos,
reduz seu consumo de bebidas em 10 unidades. Qual a TMS entre bebidas e
alimentos?

∆��
����,� = −
∆��
��
����,� = −

����,� = −�

Graficamente:

-10
+2

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Exemplo 2: Considerando os mesmos dados do item anterior, qual a TMS entre


alimentos e bebidas?

∆��
����,� = −
∆��

����,� = −
��

����,� = −

Ou seja, a taxa marginal de substitui•‹o entre alimentos e bebidas Ž igual ao


inverso da taxa marginal de substitui•‹o entre bebidas e alimentos.

Ou seja:


����,� =
����,�

Agora, vamos continuar no exemplo 1. Digamos que o consumidor queira abrir


m‹o de um pouco mais de bebidas para obter alimentos. No entanto, ele faz este
procedimento a uma taxa de substitui•‹o menor. Afinal, ele j‡ possui mais
alimentos e, mesmo querendo mais, est‡ disposto a abrir m‹o de menor
quantidade de bebidas para obter uma unidade marginal adicional de
alimentos.

Numericamente, ele est‡ disposto a abrir m‹o de 3 unidades de bebidas para


obter 1 unidade adicional de alimentos. A TMS Ž a seguinte:


����,� = −

����,� = −�

Percebe que a TMS diminuiu? Pois bem, esta Ž uma caracter’stica de TMS para
curvas de indiferen•a estritamente convexas, como veremos no t—pico a seguir.

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Nestes casos, a TMS Ž decrescente. Ë medida que o consumidor demanda menos


bebida, ele precisa de quantidades maiores de alimento para deixar de consumir
uma unidade adicional de bebida.

Este fato pode ser percebido atravŽs da forma da curva de indiferen•a. Repare
que, quando o consumidor se desloca da esquerda para a direita, ele parte de
trecho da curva altamente inclinado (vertical) para outro pouco inclinado
(horizontal).

Trechos verticais de curvas possuem inclina•‹o muito elevada, ao passo que


trechos horizontais possuem inclina•‹o pr—xima de zero. Desta forma, o
consumidor sai de um ponto com inclina•‹o elevada e se dirige a outro com
inclina•‹o pr—xima de zero. Ou seja, a inclina•‹o, assim como a TMS, Ž
decrescente.

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PREFERæNCIAS BEM COMPORTADAS


Mesmo sabendo da exist•ncia de diversas prefer•ncias, representadas por v‡rias
formas de curvas de indiferen•a, os economistas gostam de tentar achar um
padr‹o para facilitar a vida.

Para tanto, alguns pressupostos s‹o assumidos para delinear prefer•ncias bem-
comportadas, que s‹o aquelas que representam certa razoabilidade. Mesmo que
as curvas de indiferen•a apresentem formatos distintos, alguma razoabilidade
deve existir. E, estas prefer•ncias razo‡veis, podem ser chamadas de prefer•ncias
bem-comportadas.

Prefer•ncias bem-comportadas devem atender, ao menos, dois pressupostos:

ü! Mais Ž melhor do que menos è Acho que j‡ captou a ideia, n‹o Ž?! Cestas
que representam mais bens s‹o prefer’veis a outras que representam menos.

Esta suposi•‹o Ž chamada de monotonicidade, ou de prefer•ncias monot™nicas.

Apesar do dif’cil nome, a ess•ncia Ž simples. Se o consumidor tiver a chance de


consumir duas cestas (x1,x2) e (y1,y2), sendo que esta apresenta mais bens do que
aquela, ele ir‡ demandar (y1,y2). Assim, (y1,y2) ≻ (x1,x2).

Prefer•ncias monot™nicas resultam em curva de indiferen•a com inclina•‹o


negativa. Afinal, ˆ direita e acima da curva est‹o cestas preferidas, enquanto
abaixo e ˆ esquerda, curvas preteridas (se a curva fosse positivamente inclinada Ð
formato ascendente Ð esta rela•‹o n‹o seria poss’vel).

x2

Cestas
Cestas
Preferidas
Preteridas

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1
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ü! Cestas mŽdias s‹o prefer’veis a cestas extremas è O consumidor prefere


consumir uma cesta que apresenta uma combina•‹o de itens a consumir outra
que representa quantidades de apenas 1 bem (cestas especializadas).

Este pressuposto Ž muito intuitivo. Em nosso consumo cotidiano, n‹o consumimos


apenas unidades de 1 alimento. Quase sempre preferimos cestas com v‡rios itens
de alimentos. Esta Ž a ideia.

Assim, podemos representar as cestas de consumo de maneira ponderada:


quanto Ž gasto em cada bem. Digamos que a pondera•‹o Ž dada por t. Assim,
considerando as cestas especializadas (x1,x2) e (y1,y2), o consumidor prefere o
consumo ponderado entre as duas cestas, ao invŽs do consumo especializado de
apenas 1 delas. Este fato Ž representado como segue:

(tx1 + (1 - t)y1 ; tx2 + (1 - t)y2) ≽ (x1,x2)

(tx1 + (1 - t)y1 ; tx2 + (1 - t)y2) ≽ (y1,y2)

Como j‡ afirmado, t representa o peso na cesta. Assim, se t = 0,5, podemos


afirmar que o consumidor prefere as cestas mŽdias do que a cestas
especializadas. Graficamente:

x2 (x1,x2)

(x1,x2)

x1

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A cesta mŽdia est‡ representada pelo ponto, sendo prefer’vel ˆs cestas (x1,x2) e
(y1,y2).

Este pressuposto indica que, do ponto de vista geomŽtrico, as curvas de


indiferen•a s‹o convexas.

Do contr‡rio (se c™ncavas), o ponto mŽdio estaria abaixo da curva de


indiferen•a, representando uma cesta preterida, conforme explicado no
pressuposto anterior.

Deste modo, a curva de indiferen•a bem-comportada Ž convexa. Este fato Ž


totalmente compat’vel com a ideia de consumo conjunto de bens, sendo normal
ao consumidor demandar um pouco de cada bem, ao invŽs de desejar tudo de
um e nada de outro.

Por fim, cabe citar a exist•ncia de dois tipos de convexidade: a convexidade


estrita (gr‡fico que acabamos de analisar) e a convexidade comum (curva de
bens substitutos).

Na primeira delas, a cesta mŽdia Ž estritamente prefer’vel ˆs cestas


especializadas. ƒ o caso de curva de indiferen•a com inclina•‹o negativa e
decrescente em todo seu formato, como a apresentada acima. Como afirmado,
em toda a curva, a cesta mŽdia Ž prefer’vel.

J‡ a curva de convexidade comum Ž aquela que apresenta determinadas partes


planas, como no caso da curva de indiferen•a para bens substitutos perfeitos.
Assim, a prefer•ncia entre bens substitutos perfeitos, mesmo que convexas,
podem acarretar em consumo especializado. Se, por exemplo, o pre•o de um
dos bens aumenta, o consumidor ir‡ se especializar no outro. Mas, se o pre•o dos
dois permanece igual, talvez ele prefira uma combina•‹o de ambos.

Evidente que, no caso de curva de indiferen•a c™ncava (como a mostrada


abaixo), a TMS Ž crescente, o consumidor n‹o prefere cestas balanceadas e,
consequentemente, ele tende a se especializar no consumo (consumir apenas 1

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bem na cesta de consumo). Neste caso, adicionalmente, considera-se a


inexist•ncia de saciedade. Ou seja, se pudesse, o consumidor abriria m‹o de mais
unidades do bem preterido para poder obter mais unidades do item desejado.
Mas, como Ž imposs’vel ele possuir quantidades negativas de qualquer bem, a
troca de um bem pelo outro possui um limite: quando ele atinge zero unidade do
bem indesejado. Neste sentido, o consumidor em geral se situa sobre o eixo que
apresenta o bem por ele desejado.

(x1,x2)
x2

(x1,x2)

x1

E, para finalizar, segue uma lista de exerc’cios. N‹o se esque•a de tentar resolve-
los antes de verificar as respostas.

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QUESTÍES PROPOSTAS
Quest‹o 01!(FGV - TŽcnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014)

Suponha que a restri•‹o or•ament‡ria de um consumidor seja escrita como:

p1x1 + p2x2 = y

Suponha ainda que, inicialmente, ele escolha uma cesta de bens sobre a reta da
restri•‹o or•ament‡ria e que nenhum deles seja um bem inferior. O consumidor
passa a consumir mais dos dois bens, quando

a) sua renda subir, sem que os pre•os sejam alterados.

b) o pre•o de x1 dobrar e a renda de x2 cair pela metade.

c) os pre•os dos dois bens e a renda reduzirem pela metade.

d) ele abrir m‹o de consumir um dos bens.

e) a reta or•ament‡ria se deslocar paralelamente em dire•‹o ˆ origem dos eixos.

Quest‹o 02!(CESPE - Economista (CADE)/2014)

O gr‡fico acima, que representa as quantidades demandadas do bem A ― eixo


horizontal― e do bem B ― eixo vertical ―, mostra alguns efeitos na restri•‹o
or•ament‡ria de um consumidor, efeitos que resultam da varia•‹o no pre•o do
bem A. Ap—s a varia•‹o no pre•o do bem A, a restri•‹o or•ament‡ria do

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consumidor desloca-se para a esquerda (de RO para ROÕ); U Ž a curva de


utilidade do consumidor Ñ tang•ncia RO no ponto X Ñ; UÕ Ž a outra curva de
utilidade do consumidor ― tang•ncia ROÕ no ponto Y ―; a reta PT Ž paralela ˆ ROÕ
e tang•ncia U no ponto Z o equil’brio do consumidor move-se do ponto X = (QX,
Q1) para o ponto Y = (QY, Q2), no qual QX > QZ > QY > 0 e Q2 > Q1 > 0.
Considerando essas informa•›es e o gr‡fico, julgue o item subsequente.

O gr‡fico mostra redu•‹o no pre•o do bem A.

==0==

Quest‹o 03!(CESPE - Economista (CADE)/2014)

O gr‡fico acima, que representa as quantidades demandadas do bem A ― eixo


horizontal― e do bem B ― eixo vertical ―, mostra alguns efeitos na restri•‹o
or•ament‡ria de um consumidor, efeitos que resultam da varia•‹o no pre•o do
bem A. Ap—s a varia•‹o no pre•o do bem A, a restri•‹o or•ament‡ria do
consumidor desloca-se para a esquerda (de RO para ROÕ); U Ž a curva de
utilidade do consumidor Ñ tang•ncia RO no ponto X Ñ; UÕ Ž a outra curva de
utilidade do consumidor ― tang•ncia ROÕ no ponto Y ―; a reta PT Ž paralela ˆ ROÕ
e tang•ncia U no ponto Z o equil’brio do consumidor move-se do ponto X = (QX,
Q1) para o ponto Y = (QY, Q2), no qual QX > QZ > QY > 0 e Q2 > Q1 > 0.
Considerando essas informa•›es e o gr‡fico, julgue o item subsequente.

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A varia•‹o no pre•o do bem A ocasionou perda no poder de compra do


consumidor.

Quest‹o 04!(CESPE - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2014)

A respeito da teoria microecon™mica do consumidor, julgue o pr—ximo item.

Para um consumidor com or•amento inteiramente gasto com dois bens, o


aumento do pre•o de um dos bens causar‡, necessariamente, a redu•‹o no
consumo de ambos os bens, exceto se um deles for inferior.

Quest‹o 05!(CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014)

No que se refere ˆ teoria do consumidor, julgue o item que se segue.

Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1 representado no


eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas. Nessa situa•‹o, se o pre•o de B1
for duplicado e o de B2 for triplicado, a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor
ser‡ deslocada para a esquerda e ficar‡ mais inclinada.

Quest‹o 06!(CESPE - Economista (MJ)/2013)

Suponha que as fam’lias atendidas pelo Programa Bolsa Fam’lia tenham


prefer•ncias bem comportadas com rela•‹o a alimento e vestu‡rio, que esses
dois bens sejam normais e que seus pre•os mantenham-se constantes.

Com base nessa situa•‹o, julgue o item.

O conjunto or•ament‡rio de uma fam’lia Ž formado por todas as combina•›es


de quantidades de bens e servi•os que podem ser adquiridas, apresentando
como limites os pre•os relativos e a renda dessa fam’lia

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Quest‹o 07!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea III/Consultor Legislativo/2014)

Julgue o item seguinte, acerca dos fundamentos de economia e da


microeconomia.

As curvas de indiferen•as correspondem ˆs infinitas combina•›es de bens e


representam as prefer•ncias dos consumidores, porque os bens e servi•os s‹o
cont‡veis e os gastos pessoais finitos.

Quest‹o 08!(CESPE - Economista (MPOG)/"PGCE (Especial)"/2015)

Em rela•‹o a prefer•ncias e curvas de indiferen•a do consumidor racional, julgue


o item a seguir.

Se o consumidor sempre tomar uma x’cara de cafŽ ado•ado com uma colher de
a•œcar, ent‹o as curvas de indiferen•a do consumidor apresentar‹o o formato
de linhas retas no espa•o de bens.

Quest‹o 09!(CESPE - Analista do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o/Per’cia/Economia/2013)

No que se refere ˆs escolhas do consumidor, ˆs prefer•ncias e ˆ teoria da


utilidade, julgue o item a seguir.

A hip—tese de taxa marginal de substitui•‹o decrescente implica que, no


consumo de bens, o consumidor tem prefer•ncia pela diversifica•‹o.

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Quest‹o 10!(CESPE - Especialista em Regula•‹o de Servi•os de Transporte


Aquavi‡rio/Economico-Financeira/2014)

No que diz respeito ˆ teoria microecon™mica, julgue o item que se segue.

Considere que um consumidor, ap—s avaliar diversas cestas de bens, localizadas


em diferentes curvas de indiferen•a, conclua que uma delas Ž a melhor do
conjunto todo e a escolha. Nessa situa•‹o, Ž correto afirmar que as prefer•ncias
desse consumidor foram saciadas.

Quest‹o 11!(CESPE - Economista (MPOG)/"PGCE (Especial)"/2015)

Em rela•‹o a prefer•ncias e curvas de indiferen•a do consumidor racional, julgue


o item a seguir.

As curvas de indiferen•a s‹o c™ncavas em rela•‹o ˆ origem no espa•o de bens.

Quest‹o 12!(CESPE - Auditor Governamental (CGE PI)/Geral/2015)

Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e ˆs hip—teses que regem as


prefer•ncias do consumidor.

As curvas de indiferen•a apresentam inclina•‹o positiva e densidade em todo o


espa•o de bens.

Quest‹o 13!(CESPE - Auditor Governamental (CGE PI)/Geral/2015)

Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e ˆs hip—teses que regem as


prefer•ncias do consumidor.

Se, na compara•‹o entre os bens A, B e C, o bem B for pelo menos t‹o bom
quanto o bem A, e o bem C for estritamente prefer’vel ao bem A, ent‹o, sob

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convexidade, qualquer combina•‹o linear dos bens B e C ser‡ prefer’vel ao bem


A.

Quest‹o 14!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea IX/Consultor Legislativo/2014)

A caixa de Edgeworth exposta acima representa as dota•›es dos bens 1 e 2 e as


prefer•ncias das pessoas A e B pelo consumo desses bens. As escolhas de
consumo da pessoa A s‹o medidas a partir do canto inferior esquerdo, enquanto
as da pessoa B s‹o medidas a partir do canto superior direito. As prefer•ncias de
consumo de A e B s‹o representadas por curvas de indiferen•a de linha cheia e
de linha tracejada, respectivamente. As prefer•ncias de consumo de B s‹o bem
comportadas, ao passo que as de A s‹o bem comportadas em torno da curva de
contrato e entre os pontos X e Y e entre os pontos W e Z das curvas UA e UÕA,
respectivamente. Fora desses intervalos, as prefer•ncias de A s‹o monot™nicas e
c™ncavas. O ponto W representa a dota•‹o inicial, e M e N s‹o pontos de
tang•ncia de curvas de indiferen•a de A e de B. No ponto S, a pessoa A n‹o
consome quantidade alguma dos bens 1 e 2.

Com base na situa•‹o apresentada acima, julgue o item a seguir.

A pessoa A apresenta uma taxa marginal de substitui•‹o crescente no ponto N.

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Quest‹o 15!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea IX/Consultor Legislativo/2014)

A caixa de Edgeworth exposta acima representa as dota•›es dos bens 1 e 2 e as


prefer•ncias das pessoas A e B pelo consumo desses bens. As escolhas de
consumo da pessoa A s‹o medidas a partir do canto inferior esquerdo, enquanto
as da pessoa B s‹o medidas a partir do canto superior direito. As prefer•ncias de
consumo de A e B s‹o representadas por curvas de indiferen•a de linha cheia e
de linha tracejada, respectivamente. As prefer•ncias de consumo de B s‹o bem
comportadas, ao passo que as de A s‹o bem comportadas em torno da curva de
contrato e entre os pontos X e Y e entre os pontos W e Z das curvas UA e UÕA,
respectivamente. Fora desses intervalos, as prefer•ncias de A s‹o monot™nicas e
c™ncavas. O ponto W representa a dota•‹o inicial, e M e N s‹o pontos de
tang•ncia de curvas de indiferen•a de A e de B. No ponto S, a pessoa A n‹o
consome quantidade alguma dos bens 1 e 2.

Com base na situa•‹o apresentada acima, julgue o item a seguir.

X Ž um ponto de saciedade para a pessoa A.

Quest‹o 16!FCC - Analista (PGE MT)/Economista/2016

ƒ preciso que haja a restri•‹o or•ament‡ria para os consumidores porque

a) a utilidade dos consumidores, por consumirem bens, atinge um n’vel m‡ximo e


requer uma restri•‹o or•ament‡ria.

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b) os consumidores devem pagar por cada bem que consomem, mesmo com
renda ilimitada.

c) os consumidores devem pagar pelos bens, mesmo com renda limitada.

d) os pre•os e as rendas s‹o inversamente relacionados.

e) a curva de demanda dos bens geralmente possui inclina•‹o negativa.

Quest‹o 17!ESAF - Especialista em Regula•‹o de Avia•‹o Civil/çrea 3/2016

Seja o conjunto (x1, x2) a representa•‹o da cesta de consumo do consumidor em


que x1 e x2 s‹o as quantidades dos bens 1 e 2, respectivamente. Suponha que os
pre•os desses bens sejam dados por p1 (para o bem 1) e p2 (para o bem 2) e que
o or•amento do consumidor seja dado por R. Com base nessas informa•›es, Ž
correto afirmar que

a) as quantidades demandadas dos bens 1 e 2 dependem da produtividade


marginal dos fatores de produ•‹o.

b) a inclina•‹o da restri•‹o or•ament‡ria depende da rela•‹o entre x1 e x2.

c) a fun•‹o restri•‹o or•ament‡ria Ž homog•nea de grau zero em p1, p2 e R.

d) a quantidade m‡xima que o consumidor pode adquirir do bem 2 Ž dada pela


rela•‹o R/p1.

e) o conjunto or•ament‡rio Ž dado pela reta R=p1x1+p2x2.

Quest‹o 18!CESGRANRIO - Analista de Pesquisa EnergŽtica


(EPE)/Petr—leo/Abastecimento/2010/

A renda monet‡ria de um consumidor dobrou e todos os pre•os dos bens e


servi•os que ele compra quadruplicaram.

Nessa perspectiva, conclui-se que

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a) ele comprar‡ maior quantidade de bens el‡sticos em rela•‹o a pre•os.

b) os pre•os relativos entre os bens e servi•os que ele compra n‹o mudaram.

c) as suas compras de bens normais aumentar‹o.

d) sua renda nominal diminuiu.

e) sua renda real dobrou.

Quest‹o 19!FGV - TŽcnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014/

Suponha que a restri•‹o or•ament‡ria de um consumidor seja escrita como:

p1x1 + p2x2 = y

Suponha ainda que, inicialmente, ele escolha uma cesta de bens sobre a reta da
restri•‹o or•ament‡ria e que nenhum deles seja um bem inferior. O consumidor
passa a consumir mais dos dois bens, quando

a) sua renda subir, sem que os pre•os sejam alterados.

b) o pre•o de x1 dobrar e a renda de x2 cair pela metade.

c) os pre•os dos dois bens e a renda reduzirem pela metade.

d) ele abrir m‹o de consumir um dos bens.

e) a reta or•ament‡ria se deslocar paralelamente em dire•‹o ˆ origem dos eixos.

Quest‹o 20!CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

No que se refere ˆ teoria do consumidor, julgue o item que se segue.

Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1 representado no


eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas. Nessa situa•‹o, se o pre•o de B1
for duplicado e o de B2 for triplicado, a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor ser‡
deslocada para a esquerda e ficar‡ mais inclinada.

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Quest‹o 21!CESGRANRIO - Analista de Pesquisa EnergŽtica


(EPE)/Petr—leo/Abastecimento/2014/

Suponha que um consumidor tenha renda igual a y reais, sua cesta de bens inclua
‡gua e p‹o, e que sua restri•‹o or•ament‡ria seja representada pela reta
decrescente no gr‡fico abaixo.

Suponha que a ‡gua custe 2 reais, e o p‹o, 4 reais. Na situa•‹o em que a renda
do consumidor Ž igual a 100 reais e em outra situa•‹o na qual sua renda Ž de 150
reais, a inclina•‹o da restri•‹o or•ament‡ria acima ser‡, respectivamente,

a) 2 e 2,5

Xb) 2 e 2

c) ½ e ½

d) ½ e ¾

e) 4 e 2

Quest‹o 22! FGV - TŽcnico de Fomento C (BADESC)/Economista/2010/

O pre•o de um livro (L) Ž $ 40, enquanto o de uma revista (R) Ž $ 10. Leibniz tem
um or•amento (OR) de $ 100.

A linha de restri•‹o or•ament‡ria de Leibniz que representa sua limita•‹o


or•ament‡ria Ž:

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a) OR = 40L + 10R

b) OR = 4000L + 1000R

c) OR= (40L*10R)/100

d) OR= (40L*10R)*100

e) OR = 0,4L+0,1R

Quest‹o 23!CESGRANRIO - Profissional Jœnior (BR)/Economia/2010/

Um consumidor ganha R$ 100,00 por m•s e gasta R$ 30,00 pagando seu aluguel
mensal. Suponha que o aluguel aumente 20%, que nenhum outro pre•o dos bens
e servi•os que compra se altere e que sua renda monet‡ria aumente 5%. A
mudan•a em sua renda real ser‡, aproximadamente, de

a) menos 1%

b) mais 1%

c) mais 4%

d) menos 5%

e) mais 5%

Quest‹o 24!CESGRANRIO - Analista Ambiental (INEA)/Economista/2008/

Um consumidor tem uma renda monet‡ria de R$ 100,00/m•s, gasta 30% da renda


pagando aluguel e 20% com alimenta•‹o. Se o aluguel aumentar 10% e os
alimentos diminu’rem de pre•o 15%, os demais pre•os n‹o sofrendo altera•‹o,
pode-se afirmar que o consumidor

a) sofreu um aumento de renda real de 5%.

b) precisa receber uma renda monet‡ria adicional de R$ 5,00/m•s para manter


seu padr‹o de vida (sua renda real).

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c) poder‡ alcan•ar um n’vel de bem estar maior, isto Ž, uma curva de indiferen•a
mais alta quando reotimizar suas escolhas.

d) vai, certamente, diminuir o consumo de alimentos para pagar o aluguel.

e) vai, certamente, tentar trabalhar mais para pagar o aluguel.

GABARITOS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

A ERRADO CERTO ERRADO CERTO CERTO ERRADO ERRADO CERTO CERTO


11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

ERRADO ERRADO CERTO CERTO ERRADO C C B A CERTO


21 22 23 24
B E A C

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QUESTÍES COMENTADAS
Quest‹o 01!(FGV - TŽcnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014)

Suponha que a restri•‹o or•ament‡ria de um consumidor seja escrita como:

p1x1 + p2x2 = y

Suponha ainda que, inicialmente, ele escolha uma cesta de bens sobre a reta da
restri•‹o or•ament‡ria e que nenhum deles seja um bem inferior. O consumidor
passa a consumir mais dos dois bens, quando

a) sua renda subir, sem que os pre•os sejam alterados.

b) o pre•o de x1 dobrar e a renda de x2 cair pela metade.

c) os pre•os dos dois bens e a renda reduzirem pela metade.

d) ele abrir m‹o de consumir um dos bens.

e) a reta or•ament‡ria se deslocar paralelamente em dire•‹o ˆ origem dos eixos.

A express‹o apresentada pela quest‹o indica que o consumidor demanda dois


tipos de bens (x1 e x2), que possuem os pre•os (p1 e p2), respectivamente. Para
proceder ˆ demanda, o consumidor utiliza a renda y.

Adicionalmente, a quest‹o informa que o consumidor seleciona uma cesta de


bens sobre a restri•‹o or•ament‡ria (uma cesta com valor igual a renda), sendo
que nenhum dos bens Ž inferior, ou seja, varia•›es positivas na renda provocam
aumento na demanda destes bens.

Para consumir mais dos dois bens, Ž preciso que a renda do consumidor suba,
sem altera•‹o no pre•o de nenhum deles. Fazendo um simples exerc’cio de
racioc’nio, no caso da renda do consumidor se elevar e o pre•o de um destes
bens tambŽm, o consumidor poderia inclusive consumir menores quantidades dos
bens, caso a altera•‹o no pre•o tenha magnitude superior que a altera•‹o na
renda.

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Outra forma poss’vel de consumir mais dos 2 bens Ž manter a renda constante
com a redu•‹o no pre•o de ambos. No entanto, n‹o h‡ alternativa com esta
solu•‹o.

Sendo assim, a œnica alternativa poss’vel Ž a Letra A.

GABARITO: LETRA A

Quest‹o 02!(CESPE - Economista (CADE)/2014)

O gr‡fico acima, que representa as quantidades demandadas do bem A ― eixo


horizontal― e do bem B ― eixo vertical ―, mostra alguns efeitos na restri•‹o
or•ament‡ria de um consumidor, efeitos que resultam da varia•‹o no pre•o do
bem A. Ap—s a varia•‹o no pre•o do bem A, a restri•‹o or•ament‡ria do
consumidor desloca-se para a esquerda (de RO para ROÕ); U Ž a curva de
utilidade do consumidor Ñ tang•ncia RO no ponto X Ñ; UÕ Ž a outra curva de
utilidade do consumidor ― tang•ncia ROÕ no ponto Y ―; a reta PT Ž paralela ˆ ROÕ
e tang•ncia U no ponto Z o equil’brio do consumidor move-se do ponto X = (QX,
Q1) para o ponto Y = (QY, Q2), no qual QX > QZ > QY > 0 e Q2 > Q1 > 0.
Considerando essas informa•›es e o gr‡fico, julgue o item subsequente.

O gr‡fico mostra redu•‹o no pre•o do bem A.

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A mudan•a no pre•o do Bem A desloca a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor


de RO para RO«. Como Ž poss’vel notar no gr‡fico, esse deslocamento faz com
que o consumidor consuma menores quantidades do Bem A. Ou seja, h‡
aumento no pre•o do Bem A.

Como consequ•ncia, o consumidor tambŽm Ž deslocado da curva de


indiferen•a que fornece mais utilidade (U), para a curva que fornece menos
utilidade (U').

Em resumo, Ž poss’vel notar que a situa•‹o do consumidor piorou (dada a


perman•ncia em uma curva de indiferen•a com menor utilidade), devido ao
aumento no pre•o do Bem A (demonstrado pelo deslocamento da restri•‹o
or•ament‡ria do consumidor).

Em outras palavras, o gr‡fico mostra aumento no pre•o do Bem A.

GABARITO: ERRADO

Quest‹o 03!(CESPE - Economista (CADE)/2014)

O gr‡fico acima, que representa as quantidades demandadas do bem A ― eixo


horizontal― e do bem B ― eixo vertical ―, mostra alguns efeitos na restri•‹o
or•ament‡ria de um consumidor, efeitos que resultam da varia•‹o no pre•o do
bem A. Ap—s a varia•‹o no pre•o do bem A, a restri•‹o or•ament‡ria do

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consumidor desloca-se para a esquerda (de RO para ROÕ); U Ž a curva de


utilidade do consumidor Ñ tang•ncia RO no ponto X Ñ; UÕ Ž a outra curva de
utilidade do consumidor ― tang•ncia ROÕ no ponto Y ―; a reta PT Ž paralela ˆ ROÕ
e tang•ncia U no ponto Z o equil’brio do consumidor move-se do ponto X = (QX,
Q1) para o ponto Y = (QY, Q2), no qual QX > QZ > QY > 0 e Q2 > Q1 > 0.
Considerando essas informa•›es e o gr‡fico, julgue o item subsequente.

A varia•‹o no pre•o do bem A ocasionou perda no poder de compra do


consumidor.

A mudan•a no pre•o do Bem A desloca a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor


de RO para RO«. Como Ž poss’vel notar no gr‡fico, esse deslocamento faz com
que o consumidor consuma menores quantidades do Bem A. Ou seja, h‡
aumento no pre•o do Bem A.

Como consequ•ncia, o consumidor tambŽm Ž deslocado da curva de


indiferen•a que fornece mais utilidade (U), para a curva que fornece menos
utilidade (U').

Em resumo, Ž poss’vel notar que a situa•‹o do consumidor piorou (dada a


perman•ncia em uma curva de indiferen•a com menor utilidade), devido ao
aumento no pre•o do Bem A (demonstrado pelo deslocamento da restri•‹o
or•ament‡ria do consumidor).

Em outras palavras, ocorreu redu•‹o no poder de compra do consumidor.

GABARITO: CERTO

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A respeito da teoria microecon™mica do consumidor, julgue o pr—ximo item.

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Para um consumidor com or•amento inteiramente gasto com dois bens, o


aumento do pre•o de um dos bens causar‡, necessariamente, a redu•‹o no
consumo de ambos os bens, exceto se um deles for inferior.

A restri•‹o or•ament‡ria do consumidor, que relaciona pre•os e quantidades dos


bens demandados como a renda, pode ser representada da seguinte forma:

p1x1 + p2x2 = m

Sendo:

p1 e p2 os pre•os dos bens 1 e 2

x1 e x2, as quantidades demandadas dos bens 1 e 2

m a renda.

A restri•‹o Ž —bvia: o consumidor s— pode demandar no limite da sua renda.

Imaginando a hip—tese da quest‹o, podemos considerar que X1 teve aumento


de pre•o. Para que a restri•‹o or•ament‡ria seja cumprida, n‹o Ž necess‡rio que
ambos os bens tenham a demanda reduzida, mas apenas X1.

Ou seja, para um consumidor com or•amento inteiramente gasto com dois bens,
o aumento do pre•o de um dos bens n‹o causar‡, necessariamente, a redu•‹o
no consumo de ambos os bens, exceto se um deles for inferior. ƒ poss’vel a
redu•‹o na quantidade demandada apenas do Bem 1, sem a necessidade de
considera•›es adicionais.

GABARITO: ERRADO

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No que se refere ˆ teoria do consumidor, julgue o item que se segue.

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Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1 representado no


eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas. Nessa situa•‹o, se o pre•o de B1
for duplicado e o de B2 for triplicado, a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor
ser‡ deslocada para a esquerda e ficar‡ mais inclinada.

A restri•‹o or•ament‡ria do consumidor, que relaciona pre•os e quantidades dos


bens demandados como a renda, pode ser representada da seguinte forma:

p1B1 + p2B2 = m

Sendo:

p1 e p2 os pre•os dos bens 1 e 2

B1 e B2, as quantidades demandadas dos bens 1 e 2

m a renda.

A restri•‹o Ž —bvia: o consumidor s— pode demandar no limite da sua renda. O


gr‡fico que representa esta situa•‹o pode assim ser representado:

Como afirmado, a inclina•‹o Ž dada pela raz‹o p2/p1. Considerando que o


pre•o do bem 1 foi elevado em duas vezes e o pre•o do bem 2, em tr•s vezes, a
inclina•‹o passa a ser 3p2/2p1. Ou seja, o valor da inclina•‹o aumentou,
tornando a reta mais inclinada. E tambŽm h‡ deslocamento ˆ esquerda da reta,

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tendo em vista que o poder de compra do consumidor diminuiu via aumento de


pre•os e manuten•‹o da renda.

GABARITO: CERTO

Quest‹o 06!(CESPE - Economista (MJ)/2013)

Suponha que as fam’lias atendidas pelo Programa Bolsa Fam’lia tenham


prefer•ncias bem comportadas com rela•‹o a alimento e vestu‡rio, que esses
dois bens sejam normais e que seus pre•os mantenham-se constantes.

Com base nessa situa•‹o, julgue o item.

O conjunto or•ament‡rio de uma fam’lia Ž formado por todas as combina•›es


de quantidades de bens e servi•os que podem ser adquiridas, apresentando
como limites os pre•os relativos e a renda dessa fam’lia

A restri•‹o or•ament‡ria de uma fam’lia indica as poss’veis combina•›es de bens


e servi•os que ela pode adquirir, dada a limita•‹o de sua renda.

A restri•‹o or•ament‡ria pode variar de duas maneiras:

Varia•‹o na Renda: evidentemente, caso a renda varie, a restri•‹o


or•ament‡ria da fam’lia ir‡ variar. Uma renda mais elevada, indica a possibilidade
de demandar mais bens/servi•os, resultando em deslocamento ˆ direita da curva
de restri•‹o or•ament‡ria. O gr‡fico abaixo demonstra como o aumento da
renda desloca a reta or•ament‡ria, possibilitando mais consumo dos bens A e B:

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Varia•‹o nos Pre•os Relativos: como os eixos do gr‡fico cartesiano indicam a


quantidade adquirida de cada bem, a varia•‹o no pre•o de um deles,
mantendo o pre•o do outro constante (varia•‹o de pre•os relativos) indica
varia•‹o na demanda do bem cujo pre•o variou. Assim, caso o pre•o do bem A,
indicado no eixo das ordenadas, aumentou, a demanda pelo bem ir‡ reduzir. Ou
seja, o ponto de intersec•‹o da curva de restri•‹o com o eixo Ž modificado,
indicando menor quantidade demanda:

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GABARITO: CERTO

Quest‹o 07!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea III/Consultor Legislativo/2014)

Julgue o item seguinte, acerca dos fundamentos de economia e da


microeconomia.

As curvas de indiferen•as correspondem ˆs infinitas combina•›es de bens e


representam as prefer•ncias dos consumidores, porque os bens e servi•os s‹o
cont‡veis e os gastos pessoais finitos.

Como assim?

As curvas de indiferen•as correspondem ˆs FINITAS combina•›es de bens e


representam as prefer•ncias dos consumidores, porque os bens e servi•os s‹o
cont‡veis e os gastos pessoais finitos.

As quest›es com pegadinhas s‹o as piores, n‹o acha?! A banca acha que vai
enganar quem? Voc• que n‹o, —bvio!

GABARITO: ERRADO

Quest‹o 08!(CESPE - Economista (MPOG)/"PGCE (Especial)"/2015)

Em rela•‹o a prefer•ncias e curvas de indiferen•a do consumidor racional, julgue


o item a seguir.

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Se o consumidor sempre tomar uma x’cara de cafŽ ado•ado com uma colher de
a•œcar, ent‹o as curvas de indiferen•a do consumidor apresentar‹o o formato
de linhas retas no espa•o de bens.

Sendo objetivo, a prefer•ncia representada pela quest‹o indica bens


complementares, pois o consumidor demanda em propor•›es fixas os bens x’cara
de cafŽ e colher de a•œcar (na propor•‹o 1:1)

O gr‡fico que representa este tipo de prefer•ncia, como vimos, possui a forma de
L.

Curvas de indiferen•a representadas por linhas retas indicam bens substitutos


perfeitos, que s‹o trocados ˆ taxa constante pelo consumidor.

GABARITO: ERRADO

Quest‹o 09!(CESPE - Analista do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o/Per’cia/Economia/2013)

No que se refere ˆs escolhas do consumidor, ˆs prefer•ncias e ˆ teoria da


utilidade, julgue o item a seguir.

A hip—tese de taxa marginal de substitui•‹o decrescente implica que, no


consumo de bens, o consumidor tem prefer•ncia pela diversifica•‹o.

A hip—tese da diversifica•‹o Ž relacionada ˆ convexidade da curva de


indiferen•a, como salientado anteriormente. Desta forma, curvas de indiferen•a
convexas indicam que o consumidor prefere consumir uma cesta de bens
balanceada (combina•‹o dos dois bens) a outra especializada (com apenas 1
bem).

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E, curvas convexas possuem taxa marginal de substitui•‹o decrescente (a


inclina•‹o da curva diminuiu ˆ medida que nos deslocamos da esquerda para a
direita).

GABARITO: CERTO

Quest‹o 10!(CESPE - Especialista em Regula•‹o de Servi•os de Transporte


Aquavi‡rio/Economico-Financeira/2014)

No que diz respeito ˆ teoria microecon™mica, julgue o item que se segue.

Considere que um consumidor, ap—s avaliar diversas cestas de bens, localizadas


em diferentes curvas de indiferen•a, conclua que uma delas Ž a melhor do
conjunto todo e a escolha. Nessa situa•‹o, Ž correto afirmar que as prefer•ncias
desse consumidor foram saciadas.

Quest‹o direta.

Ao escolher uma cesta em rela•‹o a outras dispon’veis, o consumidor prefere esta


escolhida ˆs demais. Ou seja, ele sacia sua prefer•ncia em rela•‹o ao consumo.

GABARITO: CERTO

Quest‹o 11!(CESPE - Economista (MPOG)/"PGCE (Especial)"/2015)

Em rela•‹o a prefer•ncias e curvas de indiferen•a do consumidor racional, julgue


o item a seguir.

As curvas de indiferen•a s‹o c™ncavas em rela•‹o ˆ origem no espa•o de bens.

O formato das curvas de indiferen•a depende das prefer•ncias que representam

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Sendo objetivo1, curvas convexas s‹o aquelas que se ÒabremÓ em dire•‹o oposta
ˆ origem. Isto Ž, se tra•armos uma reta ligando dois pontos de uma curva
convexa, ela se situar‡ acima dos pontos sobre a curva. O exemplo abaixo
denota uma curva estritamente convexa:

Como j‡ afirmado, t representa o peso na cesta. Assim, se t = 0,5, podemos


afirmar que o consumidor prefere as cestas mŽdias do que a cestas
especializadas. Graficamente:

(x1,x2)
x2

(x1,x2)

x1

J‡ as curvas c™ncavas possuem formato inverso, ou seja, ÒabertasÓ no sentido da


origem.

Assim, Ž poss’vel existir curvas c™ncavas e convexas no espa•o de bens, bem


como algumas deriva•›es de ambas.

GABARITO: ERRADO

1
N‹o Ž preciso uma defini•‹o formal matem‡tica sobre concavidade ou convexidade para provas de
concursos.

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Quest‹o 12!(CESPE - Auditor Governamental (CGE PI)/Geral/2015)

Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e ˆs hip—teses que regem as


prefer•ncias do consumidor.

As curvas de indiferen•a apresentam inclina•‹o positiva e densidade em todo o


espa•o de bens.

Quest‹o parecida ˆ anterior, mas cobrada em outro concurso. A resposta j‡


sabemos. Apenas Ž preciso considerar que nesta quest‹o o CESPE considera a
inclina•‹o da curva de indiferen•a, ao invŽs de denomina-la c™ncava ou
convexa.

Curvas estritamente convexas possuem inclina•‹o decrescente quando nos


deslocamos na esquerda para ˆ direita (a taxa de troca entre os bens Ž
decrescente). J‡ as curvas c™ncavas possuem inclina•‹o crescente quando nos
deslocamos da esquerda para a direita, o que significa que a taxa de troca entre
os bens aumenta nesta dire•‹o.

Bom, como explicitado na quest‹o anterior, existem diversos tipos de curvas de


indiferen•a, com inclina•‹o crescente e decrescente.

GABARITO: ERRADO

Quest‹o 13!(CESPE - Auditor Governamental (CGE PI)/Geral/2015)

Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e ˆs hip—teses que regem as


prefer•ncias do consumidor.

Se, na compara•‹o entre os bens A, B e C, o bem B for pelo menos t‹o bom
quanto o bem A, e o bem C for estritamente prefer’vel ao bem A, ent‹o, sob

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convexidade, qualquer combina•‹o linear dos bens B e C ser‡ prefer’vel ao bem


A.

A quest‹o relaciona alguns axiomas das prefer•ncias do consumidor, a saber a


convexidade (cestas mŽdias prefer’veis a cestas especializadas) e a transitividade.

A transitividade est‡ de acordo com a suposi•‹o de que se o bem B Ž pelo


menos prefer’vel a A e o bem C Ž estritamente prefer’vel a A, ent‹o B e C s‹o
prefer’veis a A.

Em rela•‹o ˆ convexidade, ela nos diz que cestas balanceadas (que contŽm
quantidades mŽdias dos dois bens) s‹o prefer’veis a cestas especializadas (que
possuem um bem ou outro).

Desta forma, ao atender ambos os axiomas, o consumidor prefere uma


combina•‹o dos bens B e C ao bem A.

GABARITO: CERTO

Quest‹o 14!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea IX/Consultor Legislativo/2014)

A caixa de Edgeworth exposta acima representa as dota•›es dos bens 1 e 2 e as


prefer•ncias das pessoas A e B pelo consumo desses bens. As escolhas de
consumo da pessoa A s‹o medidas a partir do canto inferior esquerdo, enquanto

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as da pessoa B s‹o medidas a partir do canto superior direito. As prefer•ncias de


consumo de A e B s‹o representadas por curvas de indiferen•a de linha cheia e
de linha tracejada, respectivamente. As prefer•ncias de consumo de B s‹o bem
comportadas, ao passo que as de A s‹o bem comportadas em torno da curva de
contrato e entre os pontos X e Y e entre os pontos W e Z das curvas UA e UÕA,
respectivamente. Fora desses intervalos, as prefer•ncias de A s‹o monot™nicas e
c™ncavas. O ponto W representa a dota•‹o inicial, e M e N s‹o pontos de
tang•ncia de curvas de indiferen•a de A e de B. No ponto S, a pessoa A n‹o
consome quantidade alguma dos bens 1 e 2.

Com base na situa•‹o apresentada acima, julgue o item a seguir.

A pessoa A apresenta uma taxa marginal de substitui•‹o crescente no ponto N.

O conceito de Caixa de Edgeworth ser‡ trabalhado em aula futura. Por ora,


basta olhar para a figura apresentada pela quest‹o e verifica que se trata de dois
gr‡ficos cartesianos, sendo o ponto S a origem do consumidor que iremos analisar.

Desta forma fica simples. As curvas destacadas s‹o as curvas de indiferen•a do


consumidor e os pontos Y, M, X e N est‹o sobre a curva de indiferen•a que
retorna o n’vel de utilidade UA ao consumidor.

Bom, especificamente no ponto N, a curva de indiferen•a Ž c™ncava. Podemos


verificar este conceito ao ver que ela est‡ aberta no sentido da origem. E, se
tra•armos uma reta ligando dois pontos da curva de indiferen•a, os pontos sobre
esta reta estar‹o em posi•‹o abaixo da curva de indiferen•a.

E, como j‡ citado anteriormente, curvas de indiferen•a c™ncavas apresentam


taxa marginal de substitui•‹o crescente quando nos deslocamos da esquerda
para a direita.

Assim, a quest‹o est‡ correta.

GABARITO: CERTO

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Quest‹o 15!(CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/çrea IX/Consultor Legislativo/2014)

A caixa de Edgeworth exposta acima representa as dota•›es dos bens 1 e 2 e as


prefer•ncias das pessoas A e B pelo consumo desses bens. As escolhas de
consumo da pessoa A s‹o medidas a partir do canto inferior esquerdo, enquanto
as da pessoa B s‹o medidas a partir do canto superior direito. As prefer•ncias de
consumo de A e B s‹o representadas por curvas de indiferen•a de linha cheia e
de linha tracejada, respectivamente. As prefer•ncias de consumo de B s‹o bem
comportadas, ao passo que as de A s‹o bem comportadas em torno da curva de
contrato e entre os pontos X e Y e entre os pontos W e Z das curvas UA e UÕA,
respectivamente. Fora desses intervalos, as prefer•ncias de A s‹o monot™nicas e
c™ncavas. O ponto W representa a dota•‹o inicial, e M e N s‹o pontos de
tang•ncia de curvas de indiferen•a de A e de B. No ponto S, a pessoa A n‹o
consome quantidade alguma dos bens 1 e 2.

Com base na situa•‹o apresentada acima, julgue o item a seguir.

X Ž um ponto de saciedade para a pessoa A.

As mesmas observa•›es feitas anteriormente se aplicam a esta quest‹o. Ou seja,


as curvas destacadas s‹o as curvas de indiferen•a do consumidor e os pontos Y,
M, X e N est‹o sobre a curva de indiferen•a que retorna o n’vel de utilidade UA ao
consumidor.

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O ponto X est‡ situado sobre o trecho c™ncavo da curva de indiferen•a. AlŽm


das observa•›es j‡ feitas acima sobre curvas de indiferen•a c™ncavas (TMS
crescente), precisamos saber que este tipo de curva n‹o apresenta ponto de
saciedade (caracter’sticas das curvas convexas). ƒ muito simples de entender o
porqu•.

Nas curvas c™ncavas n‹o h‡ inten•‹o de diversifica•‹o da cesta de consumo,


mas sim especializa•‹o. Ou seja, como ela apresenta TMS crescente, o
consumidor sempre ir‡ desejar mais de um bem e menos do outro. Assim, ele ir‡ se
especializar neste bem preferido, preferindo-o em rela•‹o ao outro bem. Em
resumo, o consumidor n‹o ir‡ ficar saciado, pois, se pudesse, consumiria mais
unidades do bem desejado.

GABARITO: ERRADO

Quest‹o 16!FCC - Analista (PGE MT)/Economista/2016

ƒ preciso que haja a restri•‹o or•ament‡ria para os consumidores porque

a) a utilidade dos consumidores, por consumirem bens, atinge um n’vel m‡ximo e


requer uma restri•‹o or•ament‡ria.

b) os consumidores devem pagar por cada bem que consomem, mesmo com
renda ilimitada.

c) os consumidores devem pagar pelos bens, mesmo com renda limitada.

d) os pre•os e as rendas s‹o inversamente relacionados.

e) a curva de demanda dos bens geralmente possui inclina•‹o negativa.

A restri•‹o or•ament‡ria, como o pr—prio nome sugere, consiste no limite que o


consumidor disp›e para dispender com consumo.

O gr‡fico abaixo denota a situa•‹o:

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O eixo das ordenadas mostra quantidades do bem B1 e o eixo das abscissas, do


bem B2. A restri•‹o or•ament‡ria Ž a reta no gr‡fico acima, denotando as
quantidades consumidas dos bens B1 e B2 de acordo com o limite or•ament‡rio
dispon’vel pelo consumidor. Cada ponto sobre a restri•‹o indica as quantidades
de B1 e B2 consumidas.

Neste sentido, a restri•‹o tambŽm indica que os bens possuem pre•os, os quais,
quando multiplicados pela quantidade consumida, indica o total dispendido pelo
consumidor. Como n‹o poderia ser diferente, o total dispendido deve ser menor
ou igual ˆ renda do consumidor.

Ou seja, os consumidores devem pagar pelos bens, mesmo com renda limitada.

GABARITO: LETRA C

Quest‹o 17!ESAF - Especialista em Regula•‹o de Avia•‹o Civil/çrea 3/2016

Seja o conjunto (x1, x2) a representa•‹o da cesta de consumo do consumidor em


que x1 e x2 s‹o as quantidades dos bens 1 e 2, respectivamente. Suponha que os
pre•os desses bens sejam dados por p1 (para o bem 1) e p2 (para o bem 2) e que
o or•amento do consumidor seja dado por R. Com base nessas informa•›es, Ž
correto afirmar que

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a) as quantidades demandadas dos bens 1 e 2 dependem da produtividade


marginal dos fatores de produ•‹o.

b) a inclina•‹o da restri•‹o or•ament‡ria depende da rela•‹o entre x1 e x2.

c) a fun•‹o restri•‹o or•ament‡ria Ž homog•nea de grau zero em p1, p2 e R.

d) a quantidade m‡xima que o consumidor pode adquirir do bem 2 Ž dada pela


rela•‹o R/p1.

e) o conjunto or•ament‡rio Ž dado pela reta R=p1x1+p2x2.

Utilizando as informa•›es prestadas pela quest‹o, podemos denotar a restri•‹o


or•ament‡ria possui a seguinte forma:

� = �� �� + �� ��

Vamos comentar as alternativas:

a) Incorreto. As quantidades demandadas dependem do pre•o dos bens e da


renda, como visto na fun•‹o.

b) Incorreto. A inclina•‹o da restri•‹o depende da rela•‹o entre os pre•os dos


bens, ou seja, de p1/p2.

c) Correto. Diz-se que uma fun•‹o Ž homog•nea de grau k quando: �(��) =


� Ι � (� ).

Vamos aplicar este racioc’nio ˆ fun•‹o em quest‹o em rela•‹o ˆ p1:

�(��) = �� �(�)

� = �� �� + �� ��

� − �� ��
�� =
��

�� − (��� �� )
�(��� ) =
���

�(� − �� �� )
�(��� ) =
���

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� � − �� ��
�(��� ) = ×
� ��

� − �� ��
�(��� ) = �� ×
��

Como o expoente (k) Ž igual a zero, a fun•‹o Ž homog•nea de grau zero para
p1. O mesmo se aplica ˆs demais vari‡veis citadas na alternativa.

A implica•‹o econ™mica deste fato Ž a seguinte: quando pre•os dos bens e


renda do consumidor s‹o multiplicados por escalar positivo, a restri•‹o
or•ament‡ria n‹o Ž alterada.

d) Incorreto. A quantidade m‡xima que o consumidor pode adquirir do bem 2 Ž


dada pela rela•‹o R/p2.

e) Incorreto. O conjunto or•ament‡rio Ž dado pela reta � ≪ �1�1 + �2�2.

GABARITO: LETRA C

Quest‹o 18!CESGRANRIO - Analista de Pesquisa EnergŽtica


(EPE)/Petr—leo/Abastecimento/2010/

A renda monet‡ria de um consumidor dobrou e todos os pre•os dos bens e


servi•os que ele compra quadruplicaram.

Nessa perspectiva, conclui-se que

a) ele comprar‡ maior quantidade de bens el‡sticos em rela•‹o a pre•os.

b) os pre•os relativos entre os bens e servi•os que ele compra n‹o mudaram.

c) as suas compras de bens normais aumentar‹o.

d) sua renda nominal diminuiu.

e) sua renda real dobrou.

A situa•‹o citada pela quest‹o provoca, certamente, uma redu•‹o no poder de


compra do consumidor.

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Sua restri•‹o or•ament‡ria anteriormente ˆs modifica•›es pode ser representada


da seguinte forma:

� = �� �� + �� ��

Ap—s as modifica•›es, temos:

�� = ��� �� + ��� ��

�� = �(�� �� + �� �� )

� = �(�� �� + �� �� )

Ou seja, o efeito l’quido equivale a dobrar os pre•os dos bens ou reduzir pela
metade o poder de compra do consumidor.

No entanto, n‹o h‡ altera•‹o nos pre•os relativos, pois a restri•‹o or•ament‡ria


continua com a mesma inclina•‹o. Como ocorreu redu•‹o no poder de compra,
a restri•‹o or•ament‡ria desloca-se ˆ esquerda, n‹o alterando os pre•os
relativos.

GABARITO: LETRA B

Quest‹o 19!FGV - TŽcnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014/

Suponha que a restri•‹o or•ament‡ria de um consumidor seja escrita como:

p1x1 + p2x2 = y

Suponha ainda que, inicialmente, ele escolha uma cesta de bens sobre a reta da
restri•‹o or•ament‡ria e que nenhum deles seja um bem inferior. O consumidor
passa a consumir mais dos dois bens, quando

a) sua renda subir, sem que os pre•os sejam alterados.

b) o pre•o de x1 dobrar e a renda de x2 cair pela metade.

c) os pre•os dos dois bens e a renda reduzirem pela metade.

d) ele abrir m‹o de consumir um dos bens.

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e) a reta or•ament‡ria se deslocar paralelamente em dire•‹o ˆ origem dos eixos.

A express‹o apresentada pela quest‹o indica que o consumidor demanda dois


tipos de bens (x1 e x2), que possuem os pre•os (p1 e p2), respectivamente. Para
proceder ˆ demanda, o consumidor utiliza a renda y.

Adicionalmente, a quest‹o informa que o consumidor seleciona uma cesta de


bens sobre a restri•‹o or•ament‡ria (uma cesta com valor igual a renda), sendo
que nenhum dos bens Ž inferior, ou seja, varia•›es positivas na renda provocam
aumento na demanda destes bens.

Para consumir mais dos dois bens, Ž preciso que a renda do consumidor suba,
sem altera•‹o no pre•o de nenhum deles. Fazendo um simples exerc’cio de
racioc’nio, no caso da renda do consumidor se elevar e o pre•o de um destes
bens tambŽm, o consumidor poderia inclusive consumir menores quantidades dos
bens, caso a altera•‹o no pre•o tenha magnitude superior que a altera•‹o na
renda.

Outra forma poss’vel de consumir mais dos 2 bens Ž manter a renda constante
com a redu•‹o no pre•o de ambos. No entanto, n‹o h‡ alternativa com esta
solu•‹o.

Sendo assim, a œnica alternativa poss’vel Ž a Letra A.

GABARITO: LETRA A

Quest‹o 20!CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

No que se refere ˆ teoria do consumidor, julgue o item que se segue.

Considere uma economia com dois bens, B1 e B2, estando B1 representado no


eixo das ordenadas, e B2, no eixo das abscissas. Nessa situa•‹o, se o pre•o de B1
for duplicado e o de B2 for triplicado, a restri•‹o or•ament‡ria do consumidor ser‡
deslocada para a esquerda e ficar‡ mais inclinada.

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A restri•‹o or•ament‡ria do consumidor, que relaciona pre•os e quantidades do


bens demandados como a renda, pode ser representada da seguinte forma:

p1B1 + p2B2 = m

sendo:

p1 e p2 os pre•os dos bens 1 e 2

B1 e B2, as quantidades demandadas dos bens 1 e 2

m a renda.

A restri•‹o Ž —bvia: o consumidor s— pode demandar no limite da sua renda. O


gr‡fico que representa esta situa•‹o pode assim ser representado:

Como afirmado, a inclina•‹o Ž dada pela raz‹o p2/p1. Considerando que o


pre•o do bem 1 foi elevado em duas vezes e o pre•o do bem 2, em tr•s vezes, a
inclina•‹o passa a ser 3p2/2p1. Ou seja, o valor da inclina•‹o aumentou,
tornando a reta mais inclinada. E tambŽm h‡ deslocamento ˆ esquerda da reta,
tendo em vista que o poder de compra do consumidor diminuiu via aumento de
pre•os e manuten•‹o da renda.

GABARITO: CERTO

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Quest‹o 21!CESGRANRIO - Analista de Pesquisa EnergŽtica


(EPE)/Petr—leo/Abastecimento/2014/

Suponha que um consumidor tenha renda igual a y reais, sua cesta de bens inclua
‡gua e p‹o, e que sua restri•‹o or•ament‡ria seja representada pela reta
decrescente no gr‡fico abaixo.

Suponha que a ‡gua custe 2 reais, e o p‹o, 4 reais. Na situa•‹o em que a renda
do consumidor Ž igual a 100 reais e em outra situa•‹o na qual sua renda Ž de 150
reais, a inclina•‹o da restri•‹o or•ament‡ria acima ser‡, respectivamente,

a) 2 e 2,5

Xb) 2 e 2

c) ½ e ½

d) ½ e ¾

e) 4 e 2

Vamos calcular a inclina•‹o das retas or•ament‡rias considerando o p‹o como


X1 e ‡gua como X2. A express‹o da reta or•ament‡ria Ž a seguinte:

� = �� �� + �� ��

Uma regra simples e pr‡tica Ž considerar que a inclina•‹o corresponde, em


m—dulo, ˆ divis‹o do pre•os do Bem X1 pelo Bem X2, ou seja, por p1/p2. A renda
n‹o impacta na determina•‹o da inclina•‹o.

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Desta forma:

�������çã� = ��/��


�������çã� =

�������çã� = �

GABARITO: LETRA B

Quest‹o 22! FGV - TŽcnico de Fomento C (BADESC)/Economista/2010/

O pre•o de um livro (L) Ž $ 40, enquanto o de uma revista (R) Ž $ 10. Leibniz tem
um or•amento (OR) de $ 100.

A linha de restri•‹o or•ament‡ria de Leibniz que representa sua limita•‹o


or•ament‡ria Ž:

a) OR = 40L + 10R

b) OR = 4000L + 1000R

c) OR= (40L*10R)/100

d) OR= (40L*10R)*100

e) OR = 0,4L+0,1R

Utilizando os dados da quest‹o, podemos representar a forma da restri•‹o


or•ament‡ria da seguinte forma:

�� = �� � + �� �

����� = ��� + ���

�� = �, �� + �, ��

GABARITO: LETRA E

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Quest‹o 23!CESGRANRIO - Profissional Jœnior (BR)/Economia/2010/

Um consumidor ganha R$ 100,00 por m•s e gasta R$ 30,00 pagando seu aluguel
mensal. Suponha que o aluguel aumente 20%, que nenhum outro pre•o dos bens
e servi•os que compra se altere e que sua renda monet‡ria aumente 5%. A
mudan•a em sua renda real ser‡, aproximadamente, de

a) menos 1%

b) mais 1%

c) mais 4%

d) menos 5%

e) mais 5%

Para resolver a quest‹o basta fazer os c‡lculos sugeridos pela quest‹o.

Antes do aumento de pre•o, o consumidor dispendia 30% de sua renda com


aluguel. Ap—s o aumento de 20%, passou a gastar 36% da renda com aluguel.

Com o aumento da renda em 5%, o incremento l’quido de sua renda ser‡ de


menos 1%. Ou seja, ele perde 6% da renda real com o aumento do aluguel, ao
passo que seus rendimentos se elevam em 5%. O resultado l’quido ser‡ de -1%.

GABARITO: LETRA A

Quest‹o 24!CESGRANRIO - Analista Ambiental (INEA)/Economista/2008/

Um consumidor tem uma renda monet‡ria de R$ 100,00/m•s, gasta 30% da renda


pagando aluguel e 20% com alimenta•‹o. Se o aluguel aumentar 10% e os
alimentos diminu’rem de pre•o 15%, os demais pre•os n‹o sofrendo altera•‹o,
pode-se afirmar que o consumidor

a) sofreu um aumento de renda real de 5%.

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b) precisa receber uma renda monet‡ria adicional de R$ 5,00/m•s para manter


seu padr‹o de vida (sua renda real).

c) poder‡ alcan•ar um n’vel de bem estar maior, isto Ž, uma curva de indiferen•a
mais alta quando reotimizar suas escolhas.

d) vai, certamente, diminuir o consumo de alimentos para pagar o aluguel.

e) vai, certamente, tentar trabalhar mais para pagar o aluguel.

Com o aumento de 10% no aluguel h‡ uma redu•‹o de 3% na renda real do


consumidor. Como ele gastava 30% da renda com esta despesa e o pre•o do
aluguel se elevou em 10%, o efeito l’quido na renda ser‡ de -3%.

Por sua vez, a redu•‹o no pre•o do alimento provoca aumento real da renda em
3% (15% × 20% = 3%).

O efeito l’quido sobre a renda ap—s estas mudan•as Ž nulo. No entanto, h‡


altera•‹o na inclina•‹o da reta or•ament‡ria, que passa a ficar menos inclinada
(mais horizontal), possibilitando ao consumidor atingir uma curva de indiferen•a
superior, que confere maior bem estar.

GABARITO: LETRA C

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CONSIDERA‚ÍES FINAIS
Finalizamos aqui mais uma aula. Espero que tenham gostado e compreendido
nossa proposta de curso.

Saiba que ao optar pelo EstratŽgia Concursos estar‡ fazendo a escolha certa. Isso
ser‡ percept’vel no decorrer do curso, na medida em que formos desenvolvendo
os assuntos.

Quaisquer dœvidas, sugest›es ou cr’ticas entrem em contato conosco. Estou


dispon’vel no f—rum no Curso, por e-mail ou pelo Facebook.

vdalvocamillo@gmail.com

https://www.facebook.com/profvicentecamillo/

https://www.instagram.com/profvicentecamillo/

Obrigado pela companhia.

Aguardo voc•s na pr—xima aula.

Bons estudos e atŽ l‡!

Prof. Vicente Camillo

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