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1 INTRODUCAO

Neste memorial estão apresentados os dados de projeto, metodologia de cálculo e


resultados para o dimensionamento das lajes maciças do pavimento superior de um sobrado,
com embasamento na norma NBR 6118/2014 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Abaixo estão dispostas a planta arquitetônica e a planta de forma de laje do pavimento
superior do sobrado.

Figura 2 – Planta de forma de laje do pavimento superior

2 DADOS DE PROJETO

Neste item são apresentados os dados gerais de projeto considerados nos cálculos.
• Concreto C25 com brita 1 de granito, aço CA-50;
• Coeficientes de ponderação: γc = γf = 1,4 ; γs = 1,15
3 CLASSIFICAÇÃO, VÃOS EFETIVOS E VINCULAÇÃO

3.1 Classificação quanto à direção

As lajes maciças podem ser classificadas em dois grupos segundo sua geometria, pela
razão entre seu lado maior e seu lado menor: lajes armadas em uma direção e lajes armadas
em duas direções.
Utiliza-se a seguinte equação para calcular esta razão:

𝑙𝑦
𝜆=
𝑙𝑥

Onde: 𝑙𝑦 é o maior vão da laje, e 𝑙𝑥 é o menor vão da laje.


Se 𝜆 > 2 , a laje é considerada armada em uma direção.
Se 𝜆 ≤ 2 , a laje é considerada armada em duas direções.
É importante ressalta que o menor vão, 𝑙𝑥 , é considerado o vão principal e determina
a direção principal da laje.

3.2 Vão efetivo

Conforme a norma NBR 6118/2014, os vão nas direções principais são obtidos pela
expressão:
𝑙𝑒𝑓 = 𝑙0 + 𝑎1 + 𝑎2

𝑡1 𝑡2
Onde: 𝑎1 ≤ { 2 e 𝑎2 ≤ { 2
0,3 ℎ 0,3 ℎ

t1 𝑙0 t2
Figura 3 – Dimensões consideradas para cálculo dos vãos efetivos.

3.3 Vinculação nas bordas

Para o cálculo das lajes maciças foram considerados dois tipos de vinculação nas
bordas: simplesmente apoiadas ou engaste perfeito.
Neste projeto não havia lajes com grande diferença de altura entre sí, nem lajes em
balanço. Dessa forma as bordas com engaste perfeito foram adotas onde havia continuidade
entre lajes vizinhas. Além disso, essa continuidade deveria se estender por pelo menos 2/3 da
borda em comum entre as lajes contínuas.
Os casos que não atendiam esse critério, bem como as bordas das extremidades, foram
consideradas simplesmente apoiadas.
A parti da determinação dos vínculos das bordas das lajes, é possível classificá-las
quanto as combinações possíveis, conforme ilustra a figura abaixo.

Figura 4 – Tipos de lajes em função dos vínculos nas bordas (BASTOS, 2015).

4 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

4.1 Estimativa de altura da laje

O cálculo das lajes pressupõe que a altura das mesmas seja estimada. Essa estimativa
foi feita inicialmente estimando a altura útil da laje pela expressão:
𝑑 ≅ (2,5 − 0,1 ∗ 𝑛) ∗ 𝑙 ∗

Onde: d é a altura útil da laje (cm); n é o número de bordas engastadas da laje; 𝑙 ∗ é a


dimensão da laje assumindo o valor, em metros:

𝑙𝑥
𝑙∗ ≤ {
0,7 ∗ 𝑙𝑦

A altura da laje é dada por:

ℎ = 𝑑 + 𝑐 + ∅𝑙 /2

Onde: c é o cobrimento da laje; ∅𝑙 é o diâmetro da armadura longitudinal de flexão.

4.2 Cobrimento mínimo

A classe de agressividade do ambiente onde o projeto será executado foi enquadrada


como Classe de Agressividade Ambiental II, conforme a tabela 6.1 “Classes de agressividade
ambiental – CAA” da norma NBR 6118/2014.
Além disso, foi considerado que a execução contará com um controle de qualidade
adequado e rígidos limites de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução das
estruturas de concreto.
Com base nessas informações é possível definir o cobrimento e na 7.2
(“Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para Δc =
10 mm”) da norma NBR 6118/2014:

Tabela 1 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento


nominal para Δc = 10 mm (Tabela 7.2 da NBR 6118).
Dessa forma, adotou-se o cobrimento nominal de 2,0 cm para o projeto, com Δc = 5
mm. Ainda conforme a tabela acima, com base na Nota 1, o cobrimento da face superior das
lajes, que serão todas revestidas com argamassa de contrapiso e piso cerâmico, foi reduzido
para 1,5 cm.

4.3 Espessura mínima

Após o pré-dimensionamento da altura das lajes, o valor obtido deve ser igual ou
maior aos valores mínimos estipulados por norma. Sendo que todas as lajes do projeto se
tratam de lajes de piso não em balanço, a espessura mínima segundo a NBR 6118 é de 8 cm.

5 AÇÕES CONSIDERADAS

Neste item são explicitados todos os carregamentos considerados para o projeto das
lajes maciças.

5.1 Peso próprio

Carregamento referente ao peso próprio da laje maciça, formada por concreto armado.
A carga dada em KN/m² pode ser calculada como:
𝑔𝑝𝑝 = 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 ∗ ℎ
Onde: 𝑔𝑝𝑝 é o peso próprio da laje; 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 , é o peso específico do concreto armado,
igual a 25 KN/m³, conforme a NBR 6118; h é a altura da laje.
5.2 Revestimento inferior

Este carregamento se refere ao revestimento de executado na superfície inferior das


lajes. A carga desse revestimento é dada por:
𝑔𝑟𝑒𝑣,𝑡𝑒𝑡𝑜 = 𝛾𝑟𝑒𝑣 ∗ 𝑒
Onde: 𝑔𝑟𝑒𝑣,𝑡𝑒𝑡𝑜 é a carga permanente do revestimento inferior; 𝛾𝑟𝑒𝑣 é o peso específico
da argamassa do revestimento, igual a 19 𝐾𝑁⁄𝑚³ , conforme NBR 6120; 𝑒 é a espessura do
revestimento (m).
Para todas as lajes, a espessura média do revestimento inferior foi adotada igual a 2,0
cm.

5.3 Contrapiso

A ação permanente do contrapiso é função de sua espessura (e):

𝑔𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟 = 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟 ∗ 𝑒

Onde: 𝑔𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟 é carga permanente do contrapiso (kN/m²); 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟 é o pesso específico


do contrapiso, de 21 kN/m³ conforme NBR 6120; 𝑒 é espessura do contrapiso (m).
A espessura média do contrapiso foi admitida como 3 cm.

5.4 Piso

Foi considerado revestimento de piso cerâmico, com carga permanente de 0,15 kN/m².
Como forma de simplificação, essa carga permanente foi adotada em toda a área útil do
pavimento superior.

5.5 Paredes

O cálculo da carga das paredes é determinado em função da laje ser armada em uma
ou duas direções.
Para este projeto, as paredes serão de bloco cerâmico furado, com peso específico de
13 kN/m³, conforme NBR 6120. As espessuras finais adotadas foram de 15 cm para as
paredes internas, e 25 cm para as paredes externas, todas com altura de 2,8 m.
Paredes em lajes armadas em duas direções
Foi considerado como simplificação que a carga total das paredes é uniformemente
distribuída pela área das lajes. Utilizou-se a expressão:
𝛾𝑎𝑙𝑣 ∗ 𝑒 ∗ ℎ ∗ 𝑙
𝑔𝑝𝑎𝑟 =
𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒
Onde: 𝑔𝑝𝑎𝑟 é a carga uniforme de parede (kN/m²); 𝛾𝑎𝑙𝑣 peso específico da unidade de
alvenaria que compõe a parede (kN/m³); 𝑒 é a espessura total da parede (m); h é a altura da
parede (m); é comprimento da parede sobre a laje (m); Alaje é a área da laje (m2)

Paredes em lajes armadas em uma direção


Para este projeto, ocorre em uma das lajes uma parede com direção paralela à direção
principal da laje. Para este caso, considerou-se de modo simplificado que a carga total da
parede é distribuída uniformemente numa área de laje adjacente à parede, com largura de
2/3*𝑙𝑥 , conforme ilustra a figura abaixo.

Figura 5 – Parede paralela à direção principal da laje armada em uma direção


(BASTOS, 2015).

A carga da parede é dada por:


𝛾𝑎𝑙𝑣 ∗ 𝑒 ∗ ℎ ∗ 𝑙
𝑔𝑝𝑎𝑟 =
2
3 ∗ 𝑙𝑥 ²
Onde: 𝑔𝑝𝑎𝑟 é a carga uniforme de parede (kN/m²); 𝛾𝑎𝑙𝑣 peso específico da unidade de
alvenaria que compõe a parede (kN/m³); 𝑒 é a espessura total da parede (m); h é a altura da
parede (m); é comprimento da parede sobre a laje (m); 𝑙𝑥 é ao menor vão da laje (m).
Cada região da laje fica com um carregamento próprio, e portanto, foram feitos
cálculos separados.

5.6 Ações variáveis

As cargas variáveis, ou sobrecargas, foram estabelecidas de acordo com a


funcionalidade de cada cômodo, adotando o valor correspondente especificado na norma
NBR 6120. Essa norma estabelece o valor de 1,5 kN/m² para “dormitórios, sala, copa, cozinha
e banheiro” de edifícios residências, a qual foi adotada para todas as lajes, exceto para as lajes
L5 e L8, as quais foram consideradas como “terraços sem acesso ao público”, com carga de
2,0 kN/m².

6 MOMENTOS FLETORES SOLICITANTES

A determinação dos momentos fletores solicitantes é feita de maneira diferente para


lajes armadas em uma ou duas direções.

6.1 Lajes armadas em uma direção

As lajes armadas em uma direção são calculadas como sendo vigas, de comprimento
igual ao menor vão da laje, e com largura de 1,0 m. Isso é possível pois considera-se que a
flexão na direção principal da laje é preponderante em relação à direção secundária.
Com base nestas considerações, carregamentos e nas vinculações das bordas, é
possível montar o esquema estático das dessas lajes, como sendo vigas, e determinar não só
os momentos fletores, mas também as reações de apoio, a partir dos diagramas de força
cortante e momento fletor.
Abaixo estão exemplificados os dois casos de esquemas estáticos que ocorrem no
projeto em questão, bem como os diagramas de esforços solicitantes e as equações utilizadas
para determinar os momentos fletores.
Figura 6 – Laje armada em uma direção sobre apoio simples e engaste perfeito
com carregamento uniforme (BASTOS, 2015).

Figura 7 – Laje armada em uma direção biengastada com carregamento uniforme (BASTOS,
2015).

6.2 Lajes armadas em duas direções

Para o cálculo dos momentos fletores, foram utilizadas as tabelas criadas por Barés,
originadas a partir da equação geral das placas. Tanto os momentos fletores positivos, quanto
os negativos, são obtidos pela expressão:
𝑝 ∗ 𝑙𝑥2
𝑀=𝜇∗
100

Onde: M é o momento fletor em KN.m/m; 𝜇 é o coeficiente tabelado em função do 𝜆;


p é a carga uniforme ou triangular atuante na laje em KN/m²; 𝑙𝑥 é o menor vão efetivo da laje.
O coeficiente tabelado pode ser 𝜇𝑥 ou 𝜇𝑦 para os momentos positivos atuantes nas
direções paralelas a 𝑙𝑥 e 𝑙𝑦 , respectivamente, e 𝜇′𝑥 ou 𝜇′𝑦 para os momentos negativos
atuantes nas direções paralelas a 𝑙𝑥 e 𝑙𝑦 , respectivamente.

7 REAÇÕES DE APOIO

Assim como o cálculo dos momentos fletores, o calculo das reações de apoio é feito de
maneira diferente para lajes armadas em uma ou duas direções.

7.1 Lajes armadas em uma direção

Para lajes armadas em uma direção, o processo para calcular as reações de apoio é
análogo ao adotado para calcular os momentos fletores solicitantes. As equações utilizadas
estão explicitadas nas figuras 6 e 7, do item 6.1, junto aos diagramas de força cortante.

7.2 Lajes armadas em duas direções

Para lajes armadas em duas direções, o cálculo das reações foi feito a partir de
coeficientes tabelados em função do tipo da laje conforme as vinculações, ilustrado na figura
4, do item 3.3. As reações são obtidas pela expressão:

𝑝 ∗ 𝑙𝑥
𝑉=𝜈∗
10

Onde: V é a reação de apoio; ν é o coeficiente tabelado em função de λ; p é o valor da


carga uniforme atuante na laje (KN/m²); 𝑙𝑥 é o menor vão da laje (m).
O coeficiente tabelado pode ser 𝜈𝑥 para a reação nos apoios simples perpendiculares à
direção de 𝑙𝑥 , 𝜈𝑦 para a reação nos apoios simples perpendiculares à direção 𝑙𝑦 , 𝜈′𝑥 para a
reação nos apoios engastados perpendiculares à direção de 𝑙𝑥 , ou 𝜈′𝑦 para a reação nos
apoios engastados perpendiculares à direção 𝑙𝑦 .

8 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

8.1 Flexão

Para o dimensionamento das armaduras, é preciso determinar a altura útil da laje, que
á dada pela expressão:
𝑑 = ℎ − 𝑐 − ∅𝑙 /2
Onde: d é a altura útil (cm); h é a altura da laje (cm); c é o cobrimento da laje; ∅𝑙 é o
diâmetro da armadura longitudinal de flexão.
Conforme descrito no item 4.2, o cobrimento adotado foi de 2,0 cm para a parte
inferior das lajes (utilizado para determinar os momentos fletores positivos), e 1,5 cm para a
parte superior (utilizado para determinar os momentos fletores negativos). O diâmetro da
armadura foi admitido como 10mm. Dessa forma a altura útil é dada por:
𝑑 = ℎ − 2,5 𝑐𝑚 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠;
𝑑 = ℎ − 2,0𝑐𝑚 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠;
O dimensionamento foi feito utilizando as equações com coeficientes tabelados K1,
com as equações:
bw . d²
Kc =
Md
Onde: Kc é um coeficiente; bw é a largura, considerada igual a 100 cm; Md é o
momento fletor de cálculo (KN.cm).
Md
As = K s .
d
Onde: Ks é um coeficiente; As é a área de armadura (cm²)
Para lajes com bordas em comum, a armadura negativa foi calculada para cada
momento fletor negativo, e foi adotada a que resultou na maior armadura.

8.2 Força Cortante

A necessidade de armaduras transversal para resistir à força cortante é verificada


através da expressão:
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1
Onde: 𝑉𝑆𝑑 é a força cortante de cálculo e 𝑉𝑅𝑑1 é a força cortante máxima resistida,
dada por:
VRd = [τRd . k (1,2 + 40ρ)]bw . d

Onde: τRd = 0,25. fctd


fctd = fctk,inf⁄γc
As
ρ= (< 0,02)
bw . d
k = |1,6 − d|( > 1) (pois as armaduras chegam até os apoios)

1
BASTOS, P.S.S. Flexão Normal Simples – Vigas. Bauru/SP, Unesp - Departamento de Engenharia Civil,
Notas de aula, Fev/2015,78p., disponível em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto1.htm
9 DETALHAMENTO DAS ARMADURAS

Armadura máxima
Conforme estipulado pela norma: “A soma das armaduras de tração e de compressão
(As + A’s) não pode ter valor maior que 4 % Ac , calculada na região fora da zona de
emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade requeridas em 14.6.4.3.”
Armadura mínima
Para o concreto C25 a NBR 6118/2014 estipula que a taxa mínima de armadura de
flexão (𝜌𝑚í𝑛 ) é 0,15%. A partir disso é possível determinar os valores de armadura mínima,
mostrados abaixo.
- Armadura mínima negativa para lajes armadas em uma ou duas direções, e positiva
(principal) para lajes armadas em uma direção:
𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 , portanto 𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,15ℎ (𝑐𝑚²⁄𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 ℎ 𝑒𝑚 𝑐𝑚)

- Armadura mínima positiva para lajes armadas duas direções:


𝜌𝑠 ≥ 0,67 𝜌𝑚í𝑛 , portanto 𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,10ℎ (𝑐𝑚²⁄𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 ℎ 𝑒𝑚 𝑐𝑚)

- Armadura mínima positiva (secundária) para lajes armadas uma direção:


𝜌𝑠 ≥ 0,67 𝜌𝑚í𝑛 , portanto 𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,10ℎ (𝑐𝑚²⁄𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 ℎ 𝑒𝑚 𝑐𝑚)

Espaçamento

Para evitar problemas na execução, foram adotados os seguintes critérios de


espaçamento:
- Espaçamento mínimo de 8 cm para armaduras positivas e negativas;
- Espaçamento máximo das barras deve obedecer aos valores de (s ≤ 2h e s ≤ 20cm).
Como complemento foi estabelecido que as armaduras negativas devem ter diâmetro
mínimo de 6,3 mm, para evitar deformação durante a execução.

Comprimento das armaduras negativas


O arranjo escolhido está detalhado abaixo.

Foi obedecido o critério:


c = 1,5(0,25 . ℓx + ℓb ) + ℓganchos
Onde: c é o comprimento de cada uma das barras do arranjo; ℓx é o maior vão entre os
vãos menores das duas lajes com borda comum; ℓb é o comprimento de ancoragem básico
(explicitado em seguida); ℓganchos é o comprimento dos ganchos nas extremidades.
Valores de comprimento de ancoragem (ℓb) utilizados, em conformidade com a NBR
6118/2014, considerando concreto C25 e região de boa aderência:
- ∅ 4,2 mm → ℓb = 21 cm
- ∅ 5 mm → ℓb = 25 cm
- ∅ 6,3 mm → ℓb = 31cm
- ∅ 8 mm → ℓb = 41 cm
- ∅ 10 mm → ℓb = 51 cm
Para obedecer ao cobrimento da armadura, o comprimento dos ganchos foi adotado da
seguinte forma:
ℓgancho = hlaje − 3 𝑐𝑚
Comprimento das armaduras positivas

Todas as armaduras positivas foram estendidas até os apoios, com um prolongamento de 5


cm além do eixo teórico das vigas internas, e até a face externa das vigas de periferia, menos
2 cm para o cobrimento na extremidade da barra pelo concreto;
10 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto


– Procedimento, NBR 6118. Rio de Janeiro, ABNT, 2014, 238p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Cargas para o cálculo das


edificações, NBR 6120. Rio de Janeiro, ABNT, 1980, 6p.

BASTOS, P.S.S. Flexão Normal Simples – Vigas. Bauru/SP, Unesp - Departamento de


Engenharia Civil, Notas de aula, Fev/2015, 78p., disponível em:
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto1.htm

BASTOS, P.S.S. Lajes de Concreto. Bauru/SP, Unesp - Departamento de Engenharia Civil,


Notas de aula, Ago/2015, 115p., disponível em:
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto1.htm

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