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Natal, RN
Junho/2017
PAULO HENRIQUE DUARTE DO NASCIMENTO
Natal/RN
2017
Sumário
1. Introdução..............................................................................................................8
2. Revisão de Literatura..........................................................................................11
2.1. Respostas psicofisiológicas ao exercício....................................................11
2.1.1. Escala de percepção de esforço................................................................11
2.1.2. Escala de Afeto..........................................................................................13
2.2. Hemodinâmica cerebral durante o exercício................................................15
2.3. Espectroscopia de infravermelho próxima (NIRS).......................................17
2.4. Córtex prefrontal e Afeto durante o exercício..............................................20
3. Materiais e métodos............................................................................................22
3.1. Participantes....................................................................................................22
3.2. Delineamento Experimental............................................................................22
3.3. Procedimentos para o Teste Incremental Máximo.......................................23
3.4. Materiais...........................................................................................................24
3.4.1. Espectroscopia de Infravermelho Próxima (NIRS)....................................24
3.4.2. Consumo de oxigênio e limiares ventilatórios............................................24
3.4.3. Percepção subjetiva de esforço.................................................................26
3.4.4. Valência Afetiva..........................................................................................28
3.5. Análise Estatística...........................................................................................29
4. Resultados...........................................................................................................30
4.1. Amostra............................................................................................................30
IC = Intervalo de confiança; IMC = Índice de massa corporal; VO 2Pico = consumo
pico de oxigênio; FCMax = Frequência cardíaca máxima........................................30
4.2. Correlação das respostas afetivas e hemodinâmica cerebral;..................30
4.2.1. Sessão completa........................................................................................30
4.2.2. Repouso até o VT.......................................................................................32
4.2.3. Entre o VT até RCP....................................................................................32
4.2.4. Após o RCP até exaustão..........................................................................33
4.3. Efeito da intensidade sobre o comportamento das variáveis
hemodinâmicas e afeto..............................................................................................33
4.4. Diferença inter-hemisféricas das variáveis hemodinâmicas......................33
5. Discussão.............................................................................................................35
6. Referências:.........................................................................................................39
Lista de figuras/tabelas
Y
Tabela 1. Característica dos Participantes.............................................................................30
Tabela 2. Correlação parcial entre hemodinâmica cerebral e afeto controlado pela
intensidade...........................................................................................................................32
Resumo
Introduction: Recently, affective valence has gained great attention from the field of
psychology of physical activity as a promising approach to cope against the high
indexes of physical inactivity. It has been suggested that the prefrontal cortex play an
important role in the perception and maintenance of pleasure. Additionally, it is reported
that exercise can modulate cerebral activity, however, investigations on prefrontal cortex
asymmetry and the hemodynamic behavior in the prefrontal cortex during exercise is still
inconclusive. Objective: To investigate the relationship between affective responses
and prefrontal cortex oxygenation, to analyze the hemodynamic behavior and prefrontal
cortex asymmetry during exercise. Methods: 12 male and healthy subjects underwent a
maximal graded exercise test. Two near infrared spectroscopy optodes were placed at
FP1 and FP2 to record cerebral hemodynamic responses during the test. Oxygen
uptake, ratings of perceived exertion and affect were measured. Results: When
controlling for the cofounding variable, there were no correlation between affect and
brain oxygenation (ps > 0.05). Cerebral oxygenation presented an increase with the
exercise intensity (p < 0.05) but there was no difference between the hemispheres.
Conclusion: No correlation was found between prefrontal oxygenation and affect during
exercise. Besides, exercise intensity increased prefrontal cortex oxygenation but with no
differences between hemispheres.
1.5. Participantes
A escala de percepção subjetiva de esforço (Borg, 1982) é uma escala que mede
a percepção de fadiga e esforço que o sujeito está sentindo (Figura 6). A escala tem 15
pontos de que vão de 6 a 20 com descritores de intensidade na frente dos números, na
versão utilizada os descritores vão de “nenhum esforço” até “máximo esforço”, e foi
pedido para que o sujeito leia o descritor e responda com o número que melhor
represente seu estado. Anteriormente ao uso da escala, foi feito um processo de
ancoragem para garantir que o participante entenda como responder a tabela
corretamente. Para o processo de ancoragem, foi pedido para o sujeito se lembrar da
atividade física mais leve que ele já tenha feito e associa-la ao número 7. Similarmente,
foi pedido para o sujeito se lembrar da atividade física mais difícil e extenuante que ele
já tenha feito na vida, onde não poderia mais se manter exercitando, e associa-la ao
número 20.
Figura . Escala de percepção de Esforço
3.1.4. Valência Afetiva
A escala de valência afetiva (Hardy & Rejeski, 1989) é uma escala que mede a
percepção de prazer/desprazer experienciado pelo indivíduo durante a atividade física
(figura 7). A escala possui onze pontos, variando de -5 a +5 com descritores variando
de “muito ruim” até “muito bom”, respectivamente. Anteriormente ao uso da escala, foi
feito um processo de ancoragem para garantir que o participante entenda como
responder a tabela corretamente. O processo de ancoragem foi realizado como descrito
em Agricola et al., (2016). Foi pedido para que o sujeito leia o descritor presente ao lado
do número e responda com número que melhor represente o seu estado de prazer no
momento.
_____________________
+5 Muito Bom
+4
+3 Bom
+2
+1 Razoavelmente bom
0 Neutro
-1 Razoavelmente ruim
-2
-3 Ruim
-4
-5 Muito Ruim
(Hardy & Rejeski, 1989)
_____________________
Figura . Escala de Sentimentos
4. Resultados
4.1. Amostra
Como mostrado na figura 10, foi encontrado uma correlação inversa entre
a resposta afetiva e a HbO e Hbtot nos hemisférios direito e esquerdo. Também
foi encontrada uma correlação positiva entre Hb optodo A, mas não com o
optodo B.
Figura . Correlações entre oxigenação cerebral e afeto.
Nota: HbO A = Oxihemglobina do hemisfério esquerdo; HbO B = Oxihemglobina do
hemisfério direito; Hb A = Deoxihemoglobina do hemisfério esquerdo; Hb B =
Deoxihemoglobina do hemisfério direito; Hbtot A = hemoglobina total do hemisfério
esquerdo; Hbtot B = hemoglobina total do hemisfério direito.
Para a variável HbO, foi encontrado uma correlação inversa entre afeto e o
optodo A (r = -.308; p = .035) e o optodo B (r = -.318; p =.029). Para a variável Hb, não
foi encontrada correlação significativa entre afeto e o optodo A (r = -.162; p = .27) e nem
com o B (r = -148; p = .32). Para a variável Hbtot, foi encontrada uma correlação
inversa entre afeto e o optodo A (r = -.335; p = .022) e não foi encontrada uma
correlação significativa com optodo B (r = -.284; p = .53).
Para a variável HbO, não foi encontrado correlação entre afeto e o optodo A (r = .
186; p = .22) e foi encontrado uma correlação inversa com o optodo B (r = -.309; p = .
039). Para a variável Hb, foi encontrada uma correlação direta entre afeto e o optodo A
(r = .349; p = .019) e não houve correlação significativa com o optodo B (r = .254; p = .
092). Para a variável Hbtot, não foi encontrada correlação significativa com o optodo A
(r = -.134; p = .382) e nem com o optodo B (r = -.222; p = .142).
Para a variável HbO, não foi encontrado correlação significativa entre afeto e o
optodo A (r = -.090; p = .585) e nem com o optodo B (r = .014; p = .932). Para a variável
Hb, não foi encontrada uma correlação significativa entre afeto e o optodo A (r = .069; p
= .678) e nem com o optodo B (r = -.240; p = .142). Para a variável Hbtot, não foi
encontrada correlação significativa com o optodo A (r = -.063; p = .703) e nem com o
optodo B (r = -.111; p = .502).