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MacSSoil®

MacSSoil®
Manual Técnicco – Módulo 1
Dimensionamento e considerações gerais
Sumário 
 

1. Introdução................................................................................................................................. 1 
2. Descrição da solução MacSoil® ................................................................................................ 2 
3. Análises de estabilidade MacSoil® ........................................................................................... 3 
    3.1 Verificação da estabilidade contra o deslizamento ............................................................. 4 
3.2 Verificação de estabilidade contra o tombamento ............................................................. 5 
    3.3 Verificação das pressões aplicadas à fundação ................................................................... 6 
    3.4 Verificação de estabilidade contra a ruptura global  .......................................................... 8 

4. Determinação de parâmetros de solo ................................................................................... 14 
    4.1 Parâmetros de solo de fundação e terrapleno  ................................................................. 14 

    4.2 Parâmetros de aterro ao tardoz ........................................................................................ 17 

    4.3 Parâmetros de solo de preenchimento da peça  ............................................................... 19 

    4.4 Solo de preenchimento da face  ......................................................................................... 22 

5. Geometria da solução ............................................................................................................ 24 
6. Sobrecargas ............................................................................................................................. 27 
7. Dúvidas frequentes ................................................................................................................ 28 
8. Exemplos de cálculos .............................................................................................................. 32 


 
Manual de cálculo MacSoil®

1. Introdução

Este manual foi desenvolvido com a intenção de abordar o dimensionamento e as


considerações gerais da solução MacSoil® produzida pela Maccaferri.

A finalidade deste manual é proporcionar informações e critérios gerais desenvolvidos


para o dimensionamento e o projeto de obras flexíveis de contenção em MacSoil®.

O propósito da Maccaferri é disponibilizar novas e úteis contribuições para as áreas de


projeto de obras de contenção em MacSoil®, auxiliando o trabalho dos projetistas e
construtores que utilizam esta estrutura.

Para uma análise mais detalhada sobre os argumentos aqui tratados, sugerimos a
consulta junto a Maccaferri. Neste manual serão apresentadas considerações de
cálculo e dimensionamento detalhados da aplicação das metodologias de cálculo
expostas, bem como alguns detalhes sobre a aplicação do MacSoil®.

A Maccaferri coloca-se à total disposição para a solução de problemas particulares,


disponibilizando sua experiência, adquirida em mais de 130 anos de existência em
todo o mundo.


 
2. Descrição da solução MacSoil®

A solução MacSoil® da Maccaferri foi especialmente desenvolvida para a


recomposição de taludes e margens através da construção de estruturas de contenção
e revestimento com paramento frontal vegetado.

O MacSoil® pode ser preenchido com solo e ou resíduos de construção e demolição


(RCD), resultando uma estrutura ecologicamente correta, de mínimo impacto
ambiental, com excelente integração ao meio e de inúmeras possibilidades
paisagísticas e arquitetônicas, devido à possibilidade em se utilizar vegetação
ornamental na face da estrutura.

O paramento frontal da solução MacSoil® é composto por células preenchidas com


solo vegetal, contidas por um geocomposto MacMat RT, que evita a fuga de material
fino ao mesmo tempo em que cria um ambiente propicio ao desenvolvimento vegetal.

9 MacSoil ® 2,0 x 1,5 x 1,0 ; 2,0 x 1,5 x 0,5 (Comprimento x Largura x Altura)

9 Arame ø 2.7mm (Padrão) – PVC

9 Malha 10x12 (Padrão) – PVC

9 Inclinação: 65°

9 Painel do Paramento Frontal formado pela associação de painel em malha


hexagonal de dupla torção, geossintético tipo geomanta e varetas metálicas

9 Varetas metálicas em aço ø 2.7mm, revestidos com Galfan e PVC

9 Diafragma Paralelo à face em malha e arame similares ao do elemento


 
3. Análises de estabilidade do MacSoil®

É necessária a verificação da segurança da estrutura MacSoil® contra os diversos


tipos de ruptura. Para esta solução, os tipos principais de ruptura que podem ocorrer
são os seguintes:

Ruptura global: escorregamento ao longo de uma superfície de ruptura que contorna a


estrutura (Figura 1).

Figura 1. Ruptura global


Deslizamento sobre a base: ocorre quando a resistência ao escorregamento ao longo
da base do muro, somada ao empuxo passivo disponível à frente da estrutura, é
insuficiente para neutralizar o efeito do empuxo ativo atuante (Figura 2).

Figura 2. Deslizamento

Tombamento: ocorre quando o momento estabilizante do peso próprio do muro em


relação ao fulcro de tombamento é insuficiente para neutralizar o momento do empuxo
ativo (Figura 3).

Figura 3. Tombamento


 
dação: ocorrre quando as
Rupttura da fund a pressões
s aplicadass pela estruttura sobre o solo
de fu
undação são
o superiores à sua cap
pacidade de
e carga (Fig
gura 4)

Figura 4. Ruptura na
a fundação

3.1. Verificação da estabilidade contra


c o de
eslizamento
o

O de
eslizamento ura ocorre quando a resistência contra o d
o da estrutu deslizamento ao
longo
o da base do
d muro de arrimo, som
mada ao em
mpuxo passsivo disponíível à sua frrente,
não é suficiente
e para se co
ontrapor ao empuxo atiivo.

e-se definir um coeficie


Pode ente de segurança con
ntra o deslizzamento:

Onde
e “Ead” e “Epd
p ” são as componente
c es dos empuxos ativo e passivo na direção do
esco
orregamento
o (Figura 5).

F
Figura 5. Co
omponentes
s do empuxxo

A forrça “Td” é a resistência


a disponívell ao longo da
d base da estrutura
e e vale:


 
e “δ*” é o ân
Onde ngulo de atrito entre o solo da fun
ndação e a base
b da esttrutura, e “a
a*”
é a adesão
a entrre o solo e a base.
Os valores
v suge
eridos para “δ*” e “a*” são:
s

Suge
ere-se tamb
bém que o valor
v de “Fd a para soloss não coesivvos e “Fd ≥ 2,0”,
d ≥ 1,5” seja
para solos coessivos.

3.2. Verificação da estabilidade contra


c o tombamento
o

mbamento da estruturra de MacSoil® pode ocorrer quan


O tom ndo o valor do momen
nto do
empu
uxo ativo em
e relação a um ponto
o “A” situad
do no pé do
o muro (Fig
gura 6) supera o
valorr do mome
ento do pesso próprio da estruturra, somado
o ao mome
ento do em
mpuxo
passsivo. O pontto “A” é den
nominado fu
ulcro de tom
mbamento.

oeficiente de
O co e segurança
a contra o to
ombamento
o é dado po
or:

Figura
a 6. Verifica
ação quanto
o ao tombamento

a forma de
Outra e se definir o coeficie
ente de se mbamento é se
egurança contra o tom
conssiderar que apenas a componente
c e horizontall do empuxxo ativo “Eah” contribui com
o mo
omento de tombamentto, enquantto sua comp
ponente vertical “Eav” contribui com
c o
mom
mento resiste
ente. Assim
m o coeficien
nte de segu
urança “Ft” ficaria:
f


 
Esta última form
ma de “Ft” é mais utiliizada, pois evita que o coeficientte de segurrança
contrra o tombamento resu
ulte negativvo quando o momento
o do empuxxo ativo “ME
Ea” é
nega
ativo. Esta situação
s occorre quand
do a reta su
uporte do ve presenta a força
etor que rep
“Ea” passa abaiixo do fulcro
o de tombam
mento.

nto ao valo
Quan or mínimo para o co
oeficiente de nça contra o tombam
d seguran mento,
suge
ere-se que “Ft
“ ≥ 1,5”.

3.3. Verificação das prressões aplicadas à fundação


f

a verificaçã
Outra ão necessárria é em rela essões que são aplicad
ação às pre das na fund
dação
oil®. Estas pressões não devem
pela estrutura de MacSo m ultrapasssar o valo
or da
capa
acidade de carga
c do so
olo de funda
ação.

F
Figura 7. Po
onto de aplic
cação de “N
N”

Atravvés do equilíbrio de mo
omentos atu
uantes sobrre a estrutura de arrimo, pode-se
deterrminar o po orça normal “N”
onto de apliccação da fo

Esta força norm


mal é a resultante das pressões
p ormais que agem na base da estrrutura
no
MacSoil®. Para que esstas pressões sejam determinada
do M d as, a forma
a da distribuição
delass deve ser conhecida. Normalme
ente admite-se uma disstribuição linear para estas
presssões, e entã
ão, os valores máximo
o e mínimo delas ocorrrerão nas b
bordas da ba
ase a
estru
utura (Figura
a 8) e serão
o dadas porr:


 
para “e ≤ B/6”.

Figura 8.
8 Distribuiçções de pre
essões na fu
undação

o o valor da
Caso a excentricid ue “B/6”, há um descola
dade “e” sejja maior qu amento da parte
anterrior da base
e resultando
o numa disttribuição tria
angular. A pressão
p má
áxima será:

Deve
e-se evitar esta última
a condição devido à concentraçã
c ão de tensões que oc
corre.
Para
a se determ
minar a capa
acidade de carga da fundação
f d muro pod
do de-se recorrrer à
expre
essão proposta por Ha
ansen.

Onde
e:

   

     


 
Nas expressõess acima, “γγ”, “c” e “φ” são o peso específico, a coesão
o e o ângu
ulo de
o interno, re
atrito espectivame
ente, do solo da funda
ação; “y” é a altura do solo à fren
nte do
muro
o em relação à cota de T” é a força tangencial que age na
e apoio, e “T a base.

A pre
essão máxima admissível será da
ada por:

Caso adas de solos menos resistentes abaixo da fundação, a carga má


o haja cama áxima
admiissível devve ainda ser verificad
da para es
stas camadas. Neste
e caso dev
ve-se
tamb
bém levar em conta o “espraia
amento” da
as pressões verticais aplicadas pela
estru
utura de arriimo até a ca
amada analisada.

3.4. Verificação da estabilidade contra


c a ruptura global

Além
m das forma
as de rupturra citadas nos
n itens an
nteriores, po
ode ainda o
ocorrer a ru
uptura
globa
al do maciçço ao longo
o de uma superfície de
e ruptura que contorna a estrutura de
arrim
mo sem tocá
á-la. Este tipo de ruptu
ura ocorre principalmen
p nte quando
o há camada
as ou
zona
as de solos menos resistentes aba
aixo da fund
dação do muro
m de arrim
mo.

Esta forma de deslizament


d to é similar à que ocorrre em talud
des e, porta
anto, os méttodos
utilizados na análise da esttabilidade de
d taludes podem
p aqui também se
er utilizados
s.

Os métodos
m de
e análise da
d estabilid
dade de taludes maiss empregad
dos são os
s que
analiisam a parte
e do maciço
o sujeita ao
o deslizame
ento como blocos
b rígido
os e os méttodos
que o analisam como um bloco
b único dividido em
m fatias, tam
mbém chamadas lamelas.

Os métodos
m do primeiro tip
po geralmente utilizam
m superfícies de ruptura planas (F
Figura
9) co
omo o méto
odo das cun
nhas, enqua
anto aquele
es do segun
ndo tipo utiliizam geralm
mente
supe
erfícies de ruptura
r cilín
ndricas com
mo o método de Fellen
nius e o mé
étodo de Bishop
(Figu
ura 11).

étodo das cunhas


O mé c nsidera que a superfíciie de rupturra é formad
con da por uma série
de pllanos que delimitam
d cu
unhas rígida
as. O equilííbrio dessass cunhas ríg
gidas reque
er que
uma parcela da
a resistência
a seja mobilizada ao lo
ongo desse
es planos. A relação en
ntre a


 
resistência disponível ao longo da superfície de ruptura e a resistência mobilizada é o
coeficiente de segurança contra a ruptura do maciço. A superfície mais crítica é então
determinada por um processo de tentativas que busca identificar aquela que apresenta
o menor valor para o coeficiente de segurança.

Figura 9. Ruptura global do maciço (método das cunhas - superfícies planas)

Pode-se perceber que a análise descrita acima é bastante similar àquela feita na
verificação contra o deslizamento da estrutura ao longo da base (item 3.6.4). Ali
também os planos de ruptura formam três “cunhas” rígidas: a cunha ativa, a estrutura
de arrimo e a cunha passiva (Figura 10). A principal diferença é que no equilíbrio da
cunha ativa considera-se a mobilização total da resistência ao cisalhamento ao longo
das superfícies AB e AC. Isto significa considerar-se um valor de coeficiente de
segurança unitário para o escorregamento ao longo dessas superfícies. Assim, o
coeficiente de segurança ao deslizamento “Fd” é na verdade restrito às superfícies da
base do muro e da cunha passiva. Como foi mobilizada toda a resistência disponível
ao longo das superfícies da cunha ativa, a resistência necessária para o equilíbrio do
conjunto ao longo das superfícies onde “Fd” calculado é menor, o que resulta num
valor numericamente superior para este em relação ao coeficiente de segurança
contra a ruptura global.


 
Figura 10.Cunhas formadas na análise de deslizamento

Esta superioridade não significa, porém, uma maior segurança, mas é apenas
resultado da forma de cálculo. Assim, os valores mínimos exigidos para uma análise
contra a ruptura global devem também ser menores que os exigidos contra o
deslizamento ao longo da base.

Quanto aos métodos que empregam superfícies cilíndricas, sua forma de


determinação do coeficiente de segurança é equivalente à do método das cunhas, já
que também consideram a mobilização parcial da resistência ao longo de toda a
superfície de ruptura. Estão, assim, sujeitos à mesma observação feita acima.

A grande vantagem dos métodos que subdividem o material potencialmente instável


em lamelas é a possibilidade de se considerar um grande número de diferentes
situações tais como camadas de solos diferentes, pressões neutras, lençol freático,
sobrecargas, etc. Além disso, a consideração de superfície de ruptura cilíndrica é mais
realista por se aproximar melhor das rupturas observadas. Por isso são largamente
empregadas na análise da estabilidade, tanto de taludes quanto de muros de
contenções. Entre esses métodos, o mais utilizado é o método de Bishop simplificado,
descrito a seguir (Figura 11).

10 
 
Figura 11.Modelo Bishop

Primeiramente é admitida uma superrfície de ruptura cilíndrica arbitrária, e o ma


aterial
mitado por esta
delim e superfície é dividido em lam
melas (Figurra 11). As fo
orças que agem
a
sobre
e cada uma
a dessas la
amelas estã
ão mostrad
das na figurra 3.6.11. S
São elas o peso
próprio da lame
ela, as forçças normal “N” e tange
encial “T” que
q agem n
na superfíc
cie de
ruptu ntais “H1” e “H2” e verrticais “V1” e “V2” que agem nas faces
ura e as forrças horizon
latera
ais da lame
ela.

endo-se o equilíbrio de forças na direção


Faze d verttical obtém--se:

A forrça tangenccial “T“ é dada por:

e “F“ é o co
Onde oeficiente de o igual para todas as la
e segurançça (admitido amelas) con
ntra a
ruptu
ura, e “s” é a resistênciia ao cisalhamento na lamela, dad
da por:

e-se admitir que “V1 - V2 = 0” com pequena perda de precisã


Pode ão no resultado.
Assim
m:

11 
 
Assim
m, a resistê
ência “s” fica
a:

Ou:

Faze
endo-se o equilíbrio
e glo
obal de mo
omentos em
m relação ao
o centro do
o arco de ru
uptura
e lem
mbrando qu
ue a somattória dos momentos
m das
d forças laterais
l enttre as lame
elas é
nula,, obtém-se:

Figurra 12. Força


as que agem
m sobre a la
amela

12 
 
Ou:

Então:

endo-se fina
Obte almente:

Com
mo o coeficiente de segurança “F” e nos dois lados da expressão, sua
“ aparece
deterrminação é iterativa.

em-se pesq
Deve quisar vária
as superfíccies de rup e encontrar a mais crítica
ptura até se c
(men
nor valor de
e “F”). Com ão de uma superfície de ruptura
mo para a identificaçã a são
nece
essários trêss parâmetro
os (posição
o horizontal e vertical do
d centro “O
O”, além do valor
do ra
aio “R”), esta
e pesquisa é basta
ante trabalh
hosa e existem vários algoritmo
os de
pesq
quisa que podem
p serr empregad
dos. Um do
os mais efficientes de
eles utiliza uma
versã
ão modifica
ada do méttodo Simple
ex, que é normalmente
n e empregado em pesquisa
operacional.

13 
 
4. Determinaç
D ção de parâ
âmetros de
e solo

Nestte item irem


mos aborda
ar os proce
edimentos que
q ão ser realizados a fim de
deverã
obterr os solos que estarã
ão diretame
ente ligados
s com a esstabilidade da estruturra de
Soil®. Basiccamente terremos os seguintes
MacS s solos presen
ntes nas co
onsideraçõe
es de
cálcu
ulos da solu
ução:

9 Solo de fundação
9 Terraple
eno
9 Aterro ao
o tardoz
9 Solo de preenchime
ento da peçça (caso forr especificado em proje
eto). Lembrrando
MacSoil® pode
que o M p ser preenchido
p por RCD ou també
ém pelo ra
achão
tradicion
nal.
9 Solo de preenchime e (caso for especificad
ento da face do em projetto)

Para
a termos um
m melhor entendiment
e to do posic
cionamento de cada ssolo supracitado,
pode
emos analissar a Figura 13.

ura 13. Solo


Figu os considera
ados no cálculo

4.1. Parâmettros de sollo de funda


ação e Terrrapleno

Para
a o solo de fundação
f e o terrapleno, deverá ser
s realizada
a uma invesstigação do
o
solo com ensaio
os capazes de estabele
ecer direta ou indiretam
mente os pa
arâmetros de
d
resisstência do maciço,
m para
a isto é esta
abelecido co
omo nível mínimo
m de cconhecimen
nto
das característic
c cas dos ma
aciços, o ensaio de SPT
T (Figura 14
4).

Figurra 14. Ensa


aio de SPT

FONTE : (www.damascopen
nna.com.br/ssondagem) 14 
 
O ensaio de SPT supracitado não determina diretamente os parâmetros de resistência
dos solos estudados, muito menos o peso específico, porém com ajuda de um material
bastante utilizado no trabalho de correlações de valores, a tabela de JOPPERT,
podemos correlacionar os números de golpes (e classificação de solo) encontrados no
ensaio de SPT para encontrar parâmetros de resistência do solo de fundação e
terrapleno (Tabela 1).

Tabela 1 - Parâmetros médios dos solos


Peso Específico Ângulo
Modulo de Coesão
Tipo de Faixa de atrito
elasticidade Natural Saturado efetiva
Solo de SPT efetivo
(t/m²) (t/m³) (t/m³) (t/m²)
(f)

0-4 2000 - 5000 1,7 1,8 25° -

5-8 4000 - 8000 1,8 1,9 30° -


Areia pouco
9 - 18 5000 - 10000 1,9 2,0 32° -
siltosa/pouco
argilosa 19 - 41 8000 - 15000 2,0 2,1 35° -

16000 -
≥ 41 2,0 2,1 38° -
20000

Areia média 0–4 2000 1,7 1,8 25° 0


e fina muito
5–8 4000 1,8 1,9 28° 0,5
argilosa
Areia média 9 - 18 5000 1,9 2,0 30° 0,75
e fina muito
argilosa 19 – 41 10000 2,0 2,1 32° 1,0

0–2 200 – 500 1,5 1,7 20° 0,75


Argila
porosa 3–5 500 – 1000 1,6 1,7 23° 1,5

vermelha e 6 – 10 1000 – 2000 1,7 1,8 25° 3,0


amarela
≥ 10 2000 – 3000 1,8 1,9 25° 3,0 a 7,0

0–2 100 1,7 1,8 20° 0,75


Argila siltosa

15 
 
pouco 3–5 100 – 250 1,8 1,9 23° 1,5
arenosa
6 – 10 250 – 500 1,9 1,9 24° 2,0
(terciário)
11 – 19 500 – 1000 1,9 1,9 24° 3,0
Argila siltosa
pouco 3000 –
20 – 30 2,0 2,0 25° 4,0
arenosa 10000
(terciário)
10000 –
≥ 30 2,0 2,0 25° 5,0
15000

0–2 500 1,5 1,7 15° 1,0

3–5 500 – 1500 1,7 1,8 15° 2,0


Argila
arenosa 6 – 10 1500 – 2000 1,8 1,9 18° 3,5
pouco siltosa
11 – 19 2000 – 3500 1,9 1,9 20° 5,0

≥ 20 3500 – 5000 2,0 2,0 25° 6,5

Turfa / argila 0–1 40 – 100 1,1 1,1 15° 0,5

orgânica 2–5 100 – 150 1,2 1,2 15° 1,0

5-8 8000 1,8 1,9 25° 1,5


Silte arenoso
pouco 9 - 18 1000 1,9 2,0 26° 2,0

argiloso 19 - 41 15000 2,0 2,0 27° 3,0


(residual)
≥ 41 20000 2,1 2,1 28° 5,0

Fonte : ( JOPPERT, 2001)

Para a determinação direta dos parâmetros de solo de fundação e de terrapleno,


deverão ser realizados ensaios como os supracitados, cisalhamento direto ou triaxial,
que conseguem determinar diretamente os parâmetros do maciço ensaiado com seus
respectivos valores de resistência, sem a necessidade de realizar correlações com
qualquer outro tipo de tabela (Figura 15).

16 
 
   
(a) (b) 
Fig
gura 15. (a
a) Ensaio dee cisalham
mento direto
o
(b) Ensaio triaxial

FO
ONTE: Labo
oratório de geotecnia
g U
UNICAMP

4.2. Parâmettros do ate


erro ao tard
doz

Toda
as as obrass de conten
nções, sejam
m a gravida
ade ou a fle
exão, possuem um vo
olume
de aterro
a apliccado na se
eção projetada, este aterro pod
de fazer re
eferência a uma
eleva
ação de nívvel Figura 16,
1 ou pode
em ser aplic
cados apen
nas como re
ecomposiçã
ão do
corte
e realizado para
p a implantação da contenção
o, Figura 17.

Figura 16. Solo de a elevação de nível


e aterro para

Figu
ura 17. Solo
o de recomp
posição do corte
c

Hoje em dia muitas


m obrass estão sen
ndo realizadas com aterros
a oriundos do prróprio
erial escava
mate ado e cortado para a implantação
o da estruttura, devido
o ao baixo custo

17 
 
reflettido no orçamento fina
al da obra, porém para esta con
ndição ser validada te
em-se
algum ações prévias a serem realizadas.
mas verifica

Expa e: Os soloss utilizadoss no corpo


ansividade o do aterro
o, ao tardo
oz da estru
utura,
deve
erão estar issentos de matéria
m org
gânica e outras impure
ezas, e devverão apres
sentar
expa
ansividade inferior
i a 2,0%, que pode
p ser de
eterminado através do ensaio de CBR
(Figu
ura 18).

Figura
a 18. Ensaio
o de CBR

FONTE: reen
ngenharia.b
blogspot.com
m.br

ce de plastticidade: O solo a ser aplicado como


Índic c aterro
o ao tardozz deverá po
ossuir
um índice
í de plasticidade
p e menor qu
ue 7 e pos
ssuir capaccidade meccânica resis
stente
supe
erior a forças de comprressão e em
mpuxo atuan
ntes na estrrutura.

Figura 19. Índice de plasticidade


p e

E po
or fim o solo a ser uttilizado com a tardoz deverá ser compactado em
mo aterro ao
cama
adas com espessura
e m
máxima aca
abada de 25
5 cm (Figurra 20), até a
atingir o gra
au de
comp
pactação de
d 100% em
m relação à energia normal de compactaçção (Figura
a 21),
send
do que à 1,0
0m da estru
utura a compactação deve ser pro
ocessada attravés do us
so de
placa
as vibratória
as ou sapos mecânico
os (Figura 22),
2 para evvitar dano p
pela proximidade
do ro
olo compacttador.

18 
 
F
Figura 20. Compactaçã
C ão do solo de
d aterro

Figura
a 21. Rolo compresso
c or Figura 22.
2 Sapos m
mecânicos
FONTE
E: FONTE: 
 www.flickr.co
w m/photos/arccometropolitanouerj www.wrent.c
w com.br/popco
ompacsapo.h
htm

4.3. Parâmettros do sollo de preen


nchimento da peça

Para
a o preenchimento da peça
p acSoil®, podemos utiliza
de Ma ar alguns tipos de matteriais
que contribuirão
o com o pe
eso final da estrutura, e garantirão
o a estabilid
dade da me
esma
frente aos esfo
orços atuan
ntes, oriund
do dos emp
puxos e so
obrecargas. Os materiiais a
serem
m utilizadoss como pree o do MacSoil® são:
enchimento

9 RCD (Re
esíduo de construção
c c
civil)
9 Pedras Rachão
R
9 Solo com
mpactado

D: O resíduo
RCD o de constrrução civil mais
m indicad
do para o preenchime
p ento da estrrutura
MacSoil® é material cinza, ou seja, deriv
de M vado do co
oncreto, po
ois os mesmos
apressentam um
m peso espe
ecífico próxximo ao da pedra rach
hão tradicio
onal, e uma
a alta
resisstência a compressão (Figuras
( 23,24 e Tabella 2).

19 
 
Figurra 23. Ensa
aio de comp
pressão do RCD

Fig
gura 24. Am
mostras ens
saiadas (RC
CD)

Tabela 2. Re
esultados do
os ensaios de compresssão do RC
CD

Os parâmetros
p adotados para a peça preenchida
a com RCD seguem oss valores da
a
Tabe
ela 3:

Tabela 3. Parâmetro
os adotados
s para peça com RCD
Peso Específico*:
P Âng
gulo de atrrito: Coe
esão**:
15kN/m
m³ 30 – 35° 20kPa
*Pesso específicco da peça preenchidda com RCD
D, ou seja neste valo
or já esta sendo
s
conssiderada a porosidade
p existente na
a peça.

*Coe
esão o valo or indicado
o na Tabella 3 para a coesão faz referên
ncia a açã
ão de
confiinamento da
a malha hexxagonal dup
pla torção 10x12.
1

20 
 
Pedrras Rachão: O materia
al mais utilizzado para preenchimen
nto (Figura 25) de muro
os de
conte
enções a gravidade te
em sido a pe o, material este que ta
edra rachão ambém pod
de ser
apliccado na solu oil®. Sendo um materia
ução MacSo al pétreo, o mesmo con
nfere a estrrutura
um peso
p final que possibilita a estabillidade da mesma
m frentte aos esforrços solicita
antes,
ndos do empuxo e das sobrecarga
oriun as.

Figura 25.
2 Pedras Rachão

FONTE:: www.aremixdistribuido
ora.com.br/p
pedra.aspx

Os parâmetros
p eenchida co
da peça pre om parâmettros de rach
hão são:

Tabela 4. Parâmetros
P adotados para
p peça com
c Rachão
o
Peso Específico*:
P Âng
gulo de atrrito: Coe
esão**:
17kN/m
m³ 40° 20kPa
*Pesso específicco da peça preenchidaa com Rach
hão, ou seja
a neste valo
or já esta sendo
s
conssiderada a porosidade
p existente na
a peça.

*Coeesão o valoor indicado


o na Tabella 4 para a coesão faz referên ncia a açãão de
confiinamento malha
m hexag
gonal dupla
a torção, en
ncontrados ensaios de
e laboratóriio por
corre
elações.

Solo compactado: Outro material que pode ser utilizado


o como pre
eenchimentto da
utura de MacSoil® é simplesmen
estru s nte o solo compactad
do, que deverá avalia
ado e
validado previam
mente antess da aplicaçção do mes
smo como corpo
c da sollução.

Expa e: Os soloss utilizadoss no corpo


ansividade o do aterro
o, ao tardo
oz da estru
utura,
deve
erão estar issentos de matéria
m org
gânica e outras impure
ezas, e devverão apres
sentar
expa
ansividade inferior
i a 2,0%, que pode
p ser de
eterminado através do ensaio de CBR
(Figu
ura 18).

21 
 
Índice de plasticidade: O solo a ser aplicado como aterro ao tardoz deverá possuir
um índice de plasticidade menor que 7 e possuir capacidade mecânica resistente
superior a forças de compressão e empuxo atuantes na estrutura.

E por fim o solo a ser utilizado como preenchimento do elemento MacSoil® deverá ser
compactado em camadas com espessura máxima acabada de 25 cm (Figura 20), até
atingir o grau de compactação mínima de 98% em relação à energia normal de
compactação (Figura 21).

Outra opção para o preenchimento da peça de MacSoil® é a utilização de solo


compactado com RCD, ou seja, o material de preenchimento se tornaria uma mescla
de resíduo com solo compactado, aumentando assim o peso final da estrutura, pois
haveria uma redução considerável de vazios na peça, já que estes seriam ocupados
pelas partículas de solo. Para esta aplicação o procedimento de compactação do
preenchimento deverá respeitar os seguintes passos:

1° Preenchimento da peça com elementos de RCD de grandes volumes

2° Preenchimento da peça com elementos de RCD de pequenos volumes

3° Preenchimento da peça com uma camada de solo

4° Todas as camadas supracitadas nos itens 1°,2° e 3° deverão somar uma altura de
25cm

5° A camada constituída de RCD e solo deverá ser compactada pelos métodos


manuais (apiloamento ou sapinhos)

Figura 26. Passos da compactação do RCD com solo

4.4. Solo de preenchimento da face

O solo de preenchimento da face da estrutura MacSoil®, possui a função de berço


para o crescimento das vegetações que crescerão sobre o paramento frontal. O solo
vegetal deve ser rico em matéria orgânica, restos de plantas decompostos, como

22 
 
as, caules e cascas. Embora co
folha ontenha na utrientes, o solo
aturalmente alguns nu
vege
etal serve basicamente
e como a “ccama” das raízes; para
a que a pla
anta desenv
volva-
se em sua plen
nitude, é essencial que
e se misture
e (obedecendo aos tra
aços próprio
os de
a espécie de
cada e planta) um
m bom subsstrato.

Fig
gura 27. So
olo vegetal na
n face fron
ntal

Para
a a utilizaçã etação em mudas no MacSoil®, deverá ser realizada uma
ão de vege
aberttura na geomanta da face da estrutura,
e se
endo que o perímetro
o desta abe
ertura
deve
e ser limitad
do pelo hexxégono da malha
m dupla
a torção e posteriorme
ente ser rettirado
uma quantidade
e de solo pa
ara a coloca
ação da mu
uda (Figura 28). A aberrtura suprac
citada
faz referência
r a
apenas a geomanta
g s
sendo que a malha he
exagonal dupla torção
o não
deve
erá sofrer ne o neste processo.
enhum dano

23 
 
Figura
a 28. Mudass na face fro acSoil®
ontal do Ma

F
Figura 29.C o da vegetação depois de 8 meses
Crescimento

5. Geometria
G d solução
da o

Soil® possui basicamen


A solução MacS os de geometrias, a priimeira geom
nte dois tipo metria
onstituída so
é co omente da peça MaccSoil®, com seu respe
ectivo preen
nchimento, para
esta estrutura podem
p ser validados todos os prreenchimentos citados no item 4.3, ou
seja a estrutura
a poderá se
er preenchid
da por rach
hão, RCD ou
o solo com
mpactado, desde
d
que a altura da seção não ultrapasse os 2m (Figu
ura 30).

Figurra 30. Exem


mplo de seç Soil®
ção do MacS
24 
 
O MacSoil® pod
de ser utilizzado també orém para estas
ém para desníveis de 3 e 4m, po
apliccações a estrutura
e de
everá posssuir um co
onfiguração mais robusta, onde
e são
acresscentadas peças de MacSoil
M basse®, acopla
adas nas fa
aces posterriores das peças
p
MacSoil® (Fig
de M gura 31), crriando assim
m um acrés
scimo no pe
eso final da
a estrutura, a fim
de garantir
g sua
a estabilida
ade frente aos
a esforço
os atuantess na mesm
ma, oriundo
os do
empu s. Além da necessidade das peçças de MaccSoil base® que
uxo e de sobrecargas
s
deve
erão fazer parte
p da co
onfiguração final da es
strutura, é determinad
da também uma
limita
ante em rela
ação ao pre
eenchimento da soluçã
ão, ou seja para estrutu
uras com alturas
s somente por RCD ou por racchão, não sendo
de 3 e 4m, devverão ser preenchidas
p s
assim
m permitido
o, nestes casos, o uso de so
olo compacctado para
a o materia
al de
preenchimento.

Figu
ura 31. Exem ção do MaccSoil®
mplo de seç
m MacSoil base®
com

Na Tabela
T 5 temos
t um resumo de geometrias em fun
nção da altura da seção,
espe
ecificando assim
a os tipos de mate
eriais de pre
eenchimentto que pode
em ser utiliz
zados
para cada valor de altura e configuraçção da soluç
ção

25 
 
Tabela 5. Configurações das seções de MacSoil®

CONFIGURAÇAO ALTURAS PREENCHIMENTO

9 Solo compactado
1m 9 RCD
9 Pedra rachão

9 Solo compactado
2m 9 RCD
9 Pedra rachão

9 RCD
3m
9 Pedra rachão

9 RCD
4m
9 Pedra rachão

MacSoil base® MacSoil®

Para todas as situações apresentadas na Tabela 5, deverá ser realizada, um


engastamento mínimo de 30cm a 50cm, pois com este processo é retirada a camada
superficial do solo e obrigatoriamente é executada uma limpeza do mesmo, a fim de
apoiar a estrutura em uma camada de melhor capacidade de suporte. A estrutura
deverá ser apoiada em uma fundação competente e compatível com o nível de
carregamento aplicado, pois as análises de estabilidade feitas prevêem a aplicação
deste tipo de estrutura em terrenos passíveis de baixos carregamentos.

26 
 
6. Sobrecargas

A estrutura é composta de malha hexagonal com preenchimento de solo, RCD ou


pedra rachão, caso seja aplicada uma sobrecarga no MacSoil® que ultrapasse a
resistência da peça, ocorrerá um rearranjo dos elementos que podem resultar em
deformações.

Para as seções com alturas de 1 e 2m, deverá ser respeitado uma faixa de 1,10m da
face da estrutura (Figura 32), para execução de edificações ou vias pavimentadas,
esta distância tem a função de impossibilitar um diferencial de resistência na transição
do trecho MacSoil® e solo de aterro, para que não ocorra nenhum tipo de fissura ou
recalque diferencial neste ponto.

Figura 32. Faixa limite

Para seções de 3 ou 4m, a distância a ser respeitada para edificações é de 1.60m da


face do MacSoil® (Figura 33).

Figura 33. Faixa limite

27 
 
7. Dúvidas freqüentes.

9 Posso usar solo local como aterro estrutural da peça MacSoil®?

Sim, desde que o solo local apresente um índice de plasticidade menor que 7 e
possua capacidade mecânica resistente superior a forças de compressão e empuxo
atuantes na estrutura.

9 Posso usar o mesmo solo na caixa e na frente?

O solo aplicado no paramento frontal da estrutura possui substâncias orgânicas que


servem de alimento para o crescimento das vegetações, caso o solo de
preenchimento da caixa possua as mesmas substâncias supracitadas, o mesmo
poderá ser utilizado no paramento frontal do MacSoil®.

9 Preciso compactar o solo? Como?

Sim, o solo deve ser compactado dentro da malha dupla torção, a fim de diminuir os
espaços vazios do maciço deixando-o mais coeso, aumentando assim suas
resistências mecânicas, contra os esforços oriundos das sobrecargas e do empuxo.
Para esta compactação deverão ser utilizados os métodos manuais, apiloamento ou
os compactadores mais conhecidos como “sapinhos”.

9 O que deve ter no solo vegetal?

O solo vegetal deve ser rico em matéria orgânica, restos de plantas decompostos,
como folhas, caules e cascas. Embora contenha naturalmente alguns nutrientes, o
solo vegetal serve basicamente como a “cama” das raízes; para que a planta
desenvolva-se em sua plenitude, é essencial que se misture (obedecendo aos traços
próprios de cada espécie de planta) um bom substrato.

9 O geossintético pode vir de outras cores?

Sim, Marrom, preto ou verde.

9 O geossintético pega fogo?

O geossintético pega fogo caso seja inflamado por um segundo corpo, porém as
chamas aplicadas no geossintético não se propagam, o que agrega uma maior
segurança ao revestimento.

28 
 
9 Posso usar vegetação em mudas?

Sim, para a utilização de vegetação em mudas no MacSoil®, deverá ser realizada uma
abertura na geomanta da face da estrutura, sendo que o perímetro desta abertura
deve ser limitado pelo hexágono da malha dupla torção e posteriormente ser retirado
uma quantidade de solo para a colocação da muda. A abertura supracitada faz
referência apenas a geomanta sendo que a malha hexagonal dupla torção não deverá
sofrer nenhum dano neste processo.

9 É necessário o uso de geotêxtil atrás ou na frente?

Caso a estrutura seja totalmente preenchida com solo só será aplicado geotêxtil entre
o solo de preenchimento da peça e sua face vegetal.

Caso a estrutura seja preenchida com RCD ou pedra rachão, deverá ser aplicado o
filtro geotêxtil entre o preenchimento estrutural e a face vegetal, e também na face
posterior da peça MacSoil®, onde acontece o contato do solo de aterro com o
preenchimento.

9 Posso usar placa de grama? Como?

Sim, a grama pode ser utilizada como revestimento frontal, desde a mesma seja
instalada na interface do solo vegetal com a geomanta, com isso teremos uma fixação
da placa que será travada pelo atrito gerado por estas superfícies de contato.

9 Qual a grama indicada para aplicação?

A grama amendoim é indicada para superfícies inclinadas, pois tem raízes bem fortes
para sustentar a inclinação de terra, porém para a determinação da grama mais
indicada, deverá ser levado em consideração às variações dos climas encontrados em
cada região.

9 Posso podar a vegetação?

Sim, a vegetação pode ser podada. A malha hexagonal dupla torção não deverá sofrer
nenhum dano (corte ou raspagem) proveniente deste processo.

9 Caso seja utilizado RCD, como deverá ser realizada sua compactação?

Deverá ser realizada uma compactação por camadas de transição granulométricas, o


processo será o seguinte:

1° Preenchimento da peça com elementos de RCD de volume maior

29 
 
2° Preenchimento da peça com elementos de RCD de volume menor

3° Preenchimento da peça com uma camada de solo

4° Todas as camadas supracitadas nos itens 1°,2° e 3° deverão somar uma altura
máxima de 25cm

5° A camada constituída de RCD e solo deverá ser compactada pelos métodos de


apiloamento, ou por compactadores manuais, mais conhecidos como “Sapinhos”.

9 Quais os limites de plasticidade do solo de enchimento?

Quanto maior o IP mais deformável será o solo, portanto recomenda-se que o IP seja
menor que 7.

9 Há perigo da estrutura se deformar caso seja carregada na parte superior?

Sim, a estrutura é composta de malha hexagonal com preenchimento de solo ou RCD,


caso seja aplicada uma sobrecarga no MacSoil® que ultrapasse a resistência estática
da peça, ocorrerá um rearranjo dos elementos que podem resultar em deformações.

9 Qual o limite máximo de altura com preenchimento em solo?

A altura máxima para o MacSoil® preenchido com solo é de 2m. Caso a estrutura seja
preenchida com RCD ou rachão poderá ser projetada a uma altura máxima de 4m,
porém deverá possuir em sua geometria o MacSoil Base®, que aumentará o peso da
contenção e também a área de distribuição de tensões na base da estrutura.

9 É necessário ter adubo no solo vegetal?

Não, se o solo vegetal já possuir material orgânico para o crescimento da vegetação, a


adubação não é necessária. Caso o solo não possua o material orgânico, que servirá
de alimento para a vegetação, deverá ser realizada uma adubação no mesmo, a fim
de acrescentar estes materiais em sua composição.

9 Posso utilizar o MacSoil junto com o gabião?

Sim, o MacSoil® pode ser utilizado junto com a estrutura de gabião, porém deve-se
levar em consideração os seguintes fatores:

Caso o MacSoil® seja preenchido com solo, o mesmo dificultará a saída da água pela
face da estrutura, portanto deverá ser previsto um dreno na base do gabião, a fim de
encaminhar a água que possa ser acumulada.

30 
 
Caso o MacSoil® seja preenchido com solo, deverá ser aplicado filtro geotêxtil na
interface do MacSoil® com o gabião.

9 A estrutura deve estar engastada?Quanto?

Sim, é indicado que seja realizado um engastamento mínimo de 30cm a 50cm, pois
com este processo representa a retirada da camada superficial do solo e
obrigatoriamente a limpeza do mesmo, a fim de apoiar a estrutura em uma camada de
melhor capacidade de suporte.

9 Posso mudar a abertura da malha ou coloração do PVC?

Sim, estas alterações podem ser realizadas, mediante a uma consulta prévia com a
Maccaferri.

9 Pode ser confeccionado com biomanta no paramento frontal?

Não, a patente do MacSoil® é constituída de Malha Hexagonal dupla torção e


Geomanta, estes materiais não podem ser substituídos por similares.

9 Qual tipo de fundação deve ser apoiada?

Fundação competente e compatível com o nível de carregamento aplicado, pois os


estudos de estabilidade feitos prevêem a aplicação deste tipo de estrutura em terrenos
passíveis de baixos carregamentos.

9 Qual a importância da malha hexagonal em dupla torção?

Nas análises feitas a coesão prevista no material de preenchimento, vêm de encontro


com a resistência a tração da malha, e caso essa não esteja presente ou fora dos
limites previstos pela Maccaferri esse tipo de contenção não será viabilizado e poderá
sofrer colapso.

31 
 
8. Exemplos de cálculos

Cálculos realizados com ajuda do Software Macstars.

Exemplo 1. Estrutura de Macsoil ® preenchida com solo compactado

Exemplo 2. Estrutura de Macsoil base® acoplada no MacSoil® preenchida com solo


compactado

32 
 
33 
 

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