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MANUAL PARA

APLICAÇÃO DOS
REQUISITOS
ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES NETO
PREFEITO

JOÃO INÁCIO RIBEIRO ROMA COSTA


CHEFE DE GABINETE DO PREFEITO

ANDRÉ MOREIRA FRAGA


SECRETÁRIO MUNICIPAL CIDADE SUSTENTÁVEL

PAULO GANEM SOUTO


SECRETÁRIO MUNICIPAL DA FAZENDA

SÍLVIO PINHEIRO
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE URBANISMO
IPTU VERDE: EXTRAFISCALIDADE A implantação de um programa como o IPTU Verde sintoniza nossa cida-
de com um movimento mundial. O mercado de construção sustentável
E SUSTENTABILIDADE EM SINTONIA não tem sentido as dificuldades imputadas pela economia brasileira nos
últimos anos a diversos segmentos. De acordo com um estudo realizado
Baseado no princípio da extrafiscalidade, o IPTU de Salvador tem seu pa-
pela Ernst & Young com apenas uma certificadora, em 2012, os prédios
pel ampliado para além do meramente arrecadatório ou fiscal do tributo.
verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país. A mesma pesquisa indicou
Agora o incentivo a sustentabilidade urbana faz parte de sua essência. A
que o valor dos imóveis que reivindicam essa certificação alcançou 8,3%
extrafiscalidade como princípio determina que os tributos e desonerações
do PIB total de edificações em 2012, atingindo R$ 163 bilhões. Entre 2009
tributárias devem ser opções para incentivar condutas que promovam a
e 2012, o número de certificações cresceu 412% no Brasil.
efetivação de objetivos, valores e princípios constitucionais, com impac-
Esse crescimento segue um movimento de aumento da demanda do con-
tos positivos e abrangentes na sociedade. Exatamente o que propõe o
sumidor por edifícios sustentáveis e a evidência cada vez mais nítida de
IPTU Verde de Salvador.
que eles conferem vantagens de mercado que podem ser quantificáveis,
O IPTU Verde segue uma lógica de certificação para edificações que in-
indo desde a economia de energia e corte de custos operacionais à valo-
vestirem em tecnologias sustentáveis em seus projetos de construção ou
rização imobiliária. O IPTU Verde de Salvador foi escolhido como uma das
reforma. A aplicação dessas tecnologias soma pontos, e esses pontos e
100 soluções, de 56 cidades, mais inovadoras para combater as mudanças
tecnologias somados classificam os empreendimentos. Ao atingir entre
climáticas na recente publicação Cities 100, lançada durante a COP 21, em
30 e 60 pontos, classifica-se como Bronze e se beneficiará com 5% de
Paris. Integramos, ainda, o mapeamento de incentivos econômicos para a
desconto na alíquota do IPTU. Entre 61 e 99 pontos, se alcança a categoria
construção sustentável da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
Prata, logrando 7% de desconto. Já quem atingir 100 ou mais pontos en-
Conectamos Salvador ainda aos movimentos globais que desenvolvem
quadra-se na categoria Ouro e recebe o desconto máximo permitido em
estratégias de combate e mitigação aos efeitos das mudanças climáticas
lei, de 10%. Os proprietários de terrenos inseridos em áreas de proteção
globais e ao apelo nacional pelo cuidado com a água. Enquanto governos
ambiental que optarem por não edificar neles ou explorá-los economica-
nacionais não se entendem em grandes cúpulas internacionais, as cidades
mente terão um desconto de 80% na alíquota anual do IPTU. Os projetos
podem dar respostas em âmbito local. Com visão de longo prazo avan-
de construção e reforma que busquem o IPTU Verde terão prioridade nos
çamos em busca do tempo perdido, convocando e “premiando” os que
licenciamentos municipais.
estão na mesma sintonia.
As tecnologias são reunidas em grandes grupos: gestão sustentável das
águas, eficiência e alternativas energéticas, projeto sustentável, bonifica-
ANDRÉ FRAGA – ENGENHEIRO AMBIENTAL E SECRETÁRIO
ções e emissões de gases de efeito estufa. As iniciativas percorrem esses
MUNICIPAL CIDADE SUSTENTÁVEL DE SALVADOR
grupos e vão desde o reaproveitamento de águas cinzas, passando pela
implementação de teto verde e indo até a implantação de captação de
energia a partir do sol e dos ventos. São 63 possibilidades de pontuação.
LISTA DE ABREVIATURAS,
SIGLAS E SÍMBOLOS

Aab
Área de abertura (m2)

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

Ailum
Área efetiva de abertura para iluminação natural (m2)

AQUA
Alta Qualidade Ambiental (Certificação de edificações sustentáveis)

Avent Área efetiva de abertura para ventilação natural (m2)

CFC Clorofluorcarbono

ENCE Etiqueta Nacional de Conservação de Energia

GEE Gases causadores do Efeito Estufa

GHP Gas Heat Pump

HCFC Hidroclorofluorcarbono

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

LEED Leadership in Energy and Environmental Design

ODP Potencial de Destruição de Ozônio

OIA Organismo de Inspeção Acreditado

RTQ-C Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência


Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas

RTQ-R Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência


Energética de Edificações Residenciais
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11

PASSO A PASSO..................................................................................................... 15

GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS............................................... 21

EFICIÊNCIA E ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS............................. 31

PROJETO SUSTENTÁVEL......................................................................... 69

BONIFICAÇÕES................................................................................................ 77

EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA................................... 79

REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 81

ANEXOS..................................................................................................................... 82
ANEXO 1. DECRETO 25.899, DE 24 DE MARÇO DE 2015.. 83

ANEXO 2. PORTARIA Nº. 0034/2015........................................... 97


INTRODUÇÃO
Este manual tem por objetivo orientar o leitor quanto à aplicação dos requisitos
do Decreto 25.899, de 24 de março de 2015, que institui o Programa de Certifi-
cação Sustentável “IPTU VERDE” em edificações no município de Salvador, para
seu fiel cumprimento. Para tal, os requisitos, conceitos e definições presentes no
Decreto são apresentados e exemplificados.
O conteúdo deste manual foi organizado em cinco categorias, seguindo a ordem
de apresentação do Anexo I do Decreto Municipal nº 25.899/15:

• Gestão sustentável das águas;


• Eficiência e alternativas energéticas;
• Projeto sustentável;
• Bonificações;
• Emissões de gases do efeito estufa.

A pontuação máxima a ser obtida é de 285 pontos e o empreendimento


poderá ser assim classificado:

VERDE
PREFEITURA DE SALVADOR
VERDE
PREFEITURA DE SALVADOR
VERDE
PREFEITURA DE SALVADOR

CA CA
TEG ZE TEG TA CA
RO
ORIA BRON ORIA PRA TEGO
RIA OU

Atendimento de no Atendimento de no Atendimento de no


mínimo 50 pontos: mínimo 70 pontos: mínimo 100 pontos:
obtenção de 5% de obtenção de 7% de obtenção de 10% de
desconto no IPTU. desconto no IPTU. desconto no IPTU.

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 11


Os 63 requisitos do Anexo I do Decreto Municipal nº 25.899/15 estão apre-
sentados neste Manual em quadros com moldura dupla, conforme o modelo
abaixo. O quadro inclui também a pontuação possível de ser atingida com o
cumprimento do requisito.

REQUISITO 1: Uso de equipamentos economizadores de água (torneiras com


arejadores, spray e/ou temporizadores e chuveiros com regulador de pressão)
em no mínimo 60% dos pontos de utilização da edificação - 3 pontos.

Para cada um dos 63 requisitos são apresentadas também a documentação a


ser entregue para comprovação de atendimento ao requisito e descrição de
como o item será avaliado.

Informações adicionais, observações sobre os requisitos, exemplos e exercícios


CATEGORIA APA: O IPTU VERDE, além de certificar os imóveis que realizam relacionados com o assunto que está sendo abordado são apresentados em tex-
práticas de sustentabilidade, também regulamenta o art. 5º da Lei nº 8.723, de 22 to em itálico, recuado e/ou em quadros, conforme o modelo abaixo.
de dezembro de 2014, que concede redução de 80% no valor venal de terrenos
declarados como não edificáveis e que não sejam economicamente explorados, O objetivo deste requisito é reduzir o consumo de água potável da edificação
para efeito de apuração do IPTU a ser pago. São considerados terrenos não por meio da utilização de componentes economizadores de água.
edificáveis aqueles localizados em Áreas de Proteção Ambiental – APA, nos
termos da Lei nº 7.400/2007 – PPDU, obedecidos os critérios do zoneamento EXEMPLO:
específico para cada área. Serão consideradas as seguintes APAs: Considerando uma residência de dois dormitórios (...).

I - APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu; Mais informações são encontradas no site:


II - APA Baía de Todos os Santos; http://iptuverde.salvador.ba.gov.br.
III - APA Joanes/Ipitanga;
IV – APA Lagoas e Dunas do Abaeté.

12 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 13
PASSO A PASSO PARA OS
EMPREENDIMENTOS OBJETO
DAS SEGUINTES SOLICITAÇÕES:
A) LICENÇA PARA CONSTRUÇÃO, MODIFICAÇÃO DE
PROJETO E LICENÇA PARA AMPLIAÇÃO E/OU REFORMA.

1º PASSO: Considerando que este programa é desenvolvido em parceria com


a Coelba, à qual compete a análise dos itens das temáticas “Gestão Sustentável
das Águas (itens 1 a 7)“ e “Eficiência Energética” (itens 8 a 35), deverá o reque-
rente solicitar avaliação prévia do projeto à Coelba, apresentando os respectivos
projetos dos itens marcados no formulário padrão do programa (Anexo I do
Decreto Municipal nº 25.899/15), bem como demais documentos que a Coelba
julgue necessário.

Após avaliação, a Coelba emitirá uma declaração ao requerente, com a pontua-


ção pré-atingida para o programa da Certificação IPTU Verde, no que se refere
aos itens retrocitados.

2º PASSO: Ao requerer à Sucom um dos serviços acima elencados, o requerente


deverá apresentar além dos documentos e peças gráficas contidas na carta de
serviço da Sucom (http://www.sucom.ba.gov.br/servicos/servicos-online/), os for-
mulários contidos nos Anexos I e II do Decreto Municipal nº 25.899 (de 24/3/2015)
devidamente preenchidos e assinados, documentos e peças gráficas relativos aos
itens selecionados na temática “Projeto Sustentável” (itens 36 a 47 e 55 a 58), assim
como a declaração de pré-análise emitida pela Coelba.

3º PASSO: Protocolada a solicitação, o processo será analisado com tramitação


prioritária, salientando que ele estará sujeito a ajustes e demais procedimentos
que a Sucom julgar necessário.

Estando o projeto em conformidade com a legislação vigente e observando os


itens selecionados na temática “Projeto Sustentável” que compete à Sucom ana-
lisar, a licença requerida será emitida, constando no campo de observação do
referido documento, que o empreendimento pleiteia a certificação “IPTU VER-
DE “na qualificação Bronze, Prata ou Ouro (o que couber).

4º PASSO: Concluída a obra, deverá ser requerida a solicitação do Alvará de


Habite-se à Sucom, devendo ser apresentado, além dos documentos conti-
dos na carta de serviço da Sucom, o laudo de vistoria emitido pela Coelba,
relativo às temáticas citadas no 1º passo;

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 15


5º PASSO: Protocolada a solicitação, será procedida a vistoria de Habite-se, LICENÇA PARA CONSTRUÇÃO, MODIFICAÇÃO DE PROJETO
na qual será verificado se a obra foi executada conforme projeto aprovado, E LICENÇA PARA AMPLIAÇÃO E/OU REFORMA.
sendo elaborado laudo de vistoria, no qual constará a declaração da pontu-
ação atingida, referente aos itens da temática “Projeto Sustentável” (itens 36
a 47 e 55 a 58). APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
E SOLICITAÇÃO DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DO PROJETO

6º PASSO: Os laudos de vistoria da Sucom e da Coelba, serão encaminhados


pela Sucom à Secis, que após formalização de processo próprio fará a avaliação COELBA

relativa aos itens da temática “Central de Resíduo com Compartimentos para


Coleta Seletiva” (itens 48 a 54) e da Temática “Bonificações” (itens 59 a 63), ANÁLISE DOS DOCUMENTOS E PROJETOS APRESENTADOS,
que são da sua competência, assinalados previamente no formulário contido no REFERENTES AOS ITENS 1 A 35 DO MANUAL

anexo I do Decreto Municipal nº 25.899/15, somando os pontos alcançados com


a pontuação declarada nos laudos de vistoria enviados pela Sucom; DECLARAÇÃO COM A PONTUAÇÃO PRÉ-ATINGIDA DA COELBA

7º PASSO: A Secis emitirá a certificação em duas vias;


APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS OS FORMULÁRIOS DOS
E PEÇAS GRÁFICAS CONTIDAS SUCOM ANEXOS I E II PREENCHIDOS
8º PASSO: De posse do certificado, o requerente deverá entregar uma via ori- NA CARTA DE SERVIÇO DA SUCOM E ASSINADOS

ginal à Sucom, a qual será anexada ao processo de solicitação de Alvará de


Habite-se, que será encaminhado à Sefaz, que por sua vez incluirá o imóvel no AVALIAÇÃO DOS ITENS 36 A 47 E 55 A 58
Cadastro Imobiliário Municipal (se for o caso) e concederá o desconto no IPTU, DO MANUAL E DOCUMENTOS APRESENTADOS

nos termos do Decreto Municipal nº 25.899/15.


EMISSÃO DA LICENÇA COM PRÉ-INDICAÇÃO DO
EMPREENDIMENTO NA CATEGORIA ALCANÇADA
9º PASSO: Os certificados terão validade de 3 (três) anos, devendo haver a
sua renovação dentro desse período na Secis, que remeterá à Sefaz, até 31 de
SIM NÃO
outubro de cada ano, o cadastro dos empreendimentos que terão sua certi- ALVARÁ DE HABITE-SE
ficação renovada. LICENÇA DE AMPLIAÇÃO SOLICITAÇÃO DO ALVARÁ DE
Para fazer jus ao benefício do desconto correspondente ao IPTU Verde, o OU REFORMA HABITE-SE À SUCOM

contribuinte deverá estar em situação de regularidade fiscal e cadastral, que APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS CONTIDOS NA CARTA DE SERVIÇO DA SUCOM,
será verificada em 30 de novembro de cada ano pela Sefaz, para concessão LAUDO DE VISTORIA EMITIDO PELA COELBA E ANEXOS I E II PREENCHIDOS E ASSINADOS.

do benefício para o exercício seguinte.


A SUCOM REALIZARÁ A VISTORIA DO HABITE-SE E ELABORAÇÃO DO
LAUDO COM A PONTUAÇÃO DOS ITENS 36 A 47 E 55 A 58
OBS.:
1) Os empreendimentos existentes e regulares, ou seja, possuem Alvará de Cons-
SECIS
trução e Alvará de Habite-se, que optarem pela prática de Refrotif serão enqua-
drados como Licença para Ampliação e/ou Reforma;
AVALIAÇÃO DOS ITENS 48 A 54 E 59 A 63 E SOMA DOS PONTOS
2) Ressaltamos que as Licenças e/ou Alvarás expedidos pela Sucom, estão sujei-
tos ao disposto no Art. 3º, inciso V, do Decreto Municipal nº 24.419/2013 (Regula-
EMISSÃO DO CERTIFICADO DO IPTU VERDE
menta os Art. 32 a 46 da Lei Municipal nº 8.421, de 15 de julho de 2013, referente
ao Cadastro Informativo Municipal – Cadin Municipal).
O REQUERENTE DEVE ENTREGAR UMA VIA PARA A SUCOM

A SUCOM VAI ANEXAR NO ALVARÁ DE HABITE-SE E ENCAMINHAR PARA A SEFAZ

A SEFAZ INCLUIRÁ O IMÓVEL NO CADASTRO IMOBILIÁRIO MUNICIPAL


E CONCEDER O DESCONTO NO IPTU

16 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 17
B) PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES QUE JÁ POSSUEM PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES QUE JÁ POSSUEM
CERTIFICAÇÃO EM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS CERTIFICAÇÃO EM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
(VERIFICAR A PORTARIA Nº 0034/2015 ANEXO 2)

1º PASSO: O requerente deverá dirigir-se à Secis munido dos seguintes documentos:


ENVIO DE DOCUMENTOS DESCRITOS NO PASSO A PASSO
a) Cópia autenticada da certificação que possuir;
b) Formulários contidos nos anexos I e II do Decreto Municipal nº 25.899,
de 24/3/2015, devidamente preenchidos e assinados;
c) Contrato social e CNPJ da empresa (se for o caso);
d) Documentos do(s) representante(s) legal(is) da empresa (se for o caso); SECIS

e) Cópia do Alvará de Habite-se do empreendimento;


f) Documento de propriedade do imóvel;
g) Certidões negativas de débito do imóvel.
ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA
E EMISSÃO DO CERTIFICADO
2º PASSO: A Secis formalizará o processo relativo à certificação no Programa
IPTU Verde por meio da análise de toda a documentação apresentada e emitirá
posteriormente o certificado;

3º PASSO: A Sefaz receberá da Secis – Secretaria Municipal Cidade Susten- A SEFAZ RECEBERÁ DA SECIS OS CERTIFICADOS
DOS EMPREENDIMENTOS JÁ EXISTENTES E REGISTRARÁ
tável os Certificados IPTU VERDE emitidos para empreendimentos já existen- O DESCONTO DO IPTU

tes e procederá ao registro do percentual de desconto no IPTU nas inscrições


imobiliárias correspondentes, de acordo com o selo constante do certificado,
da seguinte forma:


Desconto de 10% para o Certificado Ouro;

Desconto de 7% para o Certificado Prata;

Desconto de 5% para o Certificado Bronze.

Quando se tratar de novos empreendimentos, a Sefaz receberá da Sucom, jun-


tamente com o Alvará de Habite-se, uma via do Certificado IPTU VERDE expe-
dido pela Secis e promoverá o lançamento das novas unidades imobiliárias com
a concessão do benefício fiscal de acordo com o certificado emitido.

18 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 19
GESTÃO
SUSTENTÁVEL
DAS ÁGUAS

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 21


GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS REQUISITO 2: Uso de descargas de vasos sanitários de comando duplo
ou comando único com volume reduzido de 4,8 litros em no mínimo 60%
Esta categoria tem por objetivo reduzir e tornar racional o uso das águas na dos pontos - 3 pontos.
edificação. É composta por sete requisitos, dos quais pode-se somar 39 pontos
(13,68%) do total de pontos possíveis da certificação. COMO AVALIAR: Verificar a quantidade de vasos sanitários em banheiros e lavabos.
Verificar se foram especificadas descargas de comando duplo ou comando único
REQUISITO 1: Uso de equipamentos economizadores de água (torneiras com
com volume reduzido de 4,8 litros para, no mínimo, 60% dos vasos sanitários. Em
arejadores, spray e/ou temporizadores e chuveiros com regulador de pressão)
caso de edificação multifamiliar, considerar cada unidade imobiliária da edificação.
em no mínimo 60% dos pontos de utilização da edificação - 3 pontos.
COMO AVALIAR: Verificar a quantidade de pontos de utilização de água (ex- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto arquitetônico, projeto hidrossanitário,
cluindo vasos sanitários) em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros am- especificação dos vasos sanitários, fotografia e documento que comprove a
bientes similares. Nesses pontos, verificar se foram especificados componentes instalação dos vasos sanitários exigidos no requisito.
economizadores para, no mínimo, 60% dos chuveiros e torneiras. Em caso de
edificação multifamiliar, considerar cada unidade imobiliária da edificação. EXEMPLO 1:
Considerando uma residência de dois dormitórios, dois banheiros, sala, cozinha
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto arquitetônico, projeto hidrossanitário
e área de serviço que apresenta os seguintes vasos sanitários:
com indicadores dos pontos de utilização de água (excluindo vaso sanitário,
especificação dos equipamentos, fotografia, nota fiscal de compra e/ou docu-
• 2 vasos sanitários com descarga de comando duplo.
mento que comprove a instalação de torneiras e chuveiros economizadores).
EXEMPLO 1:
Considerando uma residência de dois dormitórios, dois banheiros, sala, cozinha
e área de serviço que apresenta os seguintes pontos de consumo de água:

• 2 chuveiros sem regulador de pressão;


• 4 torneiras (cozinha, 2 banheiros e área de serviço), sendo que a torneira
da área de serviço não possui arejador.

POSSUI
EQUIPAMENTOS ECONOMIZADOR?
1. CHUVEIRO NÃO
2. TORNEIRA SUÍTE SIM EQUIPAMENTOS POSSUI ECONOMIZADOR?
3. TORNEIRA SOCIAL SIM
1. VASO DO BANHEIRO SUÍTE SIM, COMANDO DUPLO
4. CHUVEIRO SOCIAL NÃO
2. VASO DO BANHEIRO SOCIAL SIM, COMANDO DUPLO
5. TORNEIRA TANQUE NÃO
6. TORNEIRA COZINHA SIM

Total de vasos sanitários: 2


Total de vasos sanitários de comando duplo ou comando único com volume
reduzido de 4,8 litros: 2
Total de pontos de utilização: 6 Percentual de pontos com componentes economizadores: 100%
Total de pontos com componentes economizadores: 3
Percentual de pontos com componentes economizadores: 3/6 = 50% Conclusão: A residência receberia os pontos relacionados ao Requisito 2
(3 pontos).
Conclusão: A residência não receberia os pontos referentes ao Requisito 1.

22 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 23
REQUISITO 3: Individualização dos medidores de consumo de água fria e EXEMPLO 2:
quente (quando tiver sistema de aquecimento central de água) nas edificações
multifamiliares, comerciais, institucionais e mistas - 2 pontos. Edificação multifamiliar com 6 apartamentos sem aquecimento
central de água:
COMO AVALIAR: Verificar a existência de medidores individuais de água fria e
de água quente instalados em cada apartamento de edificações multifamiliares
e em cada sala de edificações comerciais, institucionais e mistas. O medidor de
água quente só é exigido quando há sistema de aquecimento central de água
compartilhado por duas ou mais unidades autônomas.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto hidrossanitário, fotografia e outro


documento que comprove a instalação dos medidores individuais.

EXEMPLO 1:

Exemplo de hidrômetros individuais de água fria e água quente instalados


em unidades habitacionais autônomas de edificação multifamiliar.

Número de apartamentos: 6.
Total de hidrômetros instalados na edificação: 6.
Cada apartamento possui seu hidrômetro individual? Sim.
Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 2 pontos.

REQUISITO 4: Sistemas de reúso de 90% das águas cinzas: sistema


independente de reúso constituído de tratamento, reservação e distribuição
para vasos sanitários - 7 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se há sistema de reúso de águas cinzas para descarga


dos vasos sanitários. Caso exista, checar se pelo menos 90% dessa água é
utilizada para as descargas dos vasos sanitários.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto hidrossanitário, memorial de cálculo


e declaração do projetista que comprove a instalação do sistema de reúso de
águas cinzas para as descargas dos vasos sanitários.

24 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 25
Informações Complementares: REQUISITO 5: Sistemas de reúso de 90% das águas negras: sistema
Águas cinzas são as águas provenientes de chuveiros, lavatórios, máquinas independente de reúso constituído de tratamento, reservação e distribuição
de lavar roupa e tanques que podem ser aproveitadas para usos que não re- para vasos sanitários - 10 pontos.
querem água potável na edificação, tais como irrigação de jardins, descargas
de vasos sanitários e mictórios, limpeza de ambientes (calçadas, vidros e fa- COMO AVALIAR: Verificar se há sistema de reúso de águas negras para descar-
chadas), sistemas decorativos (fontes e chafarizes), proteção contra incêndio, ga dos vasos sanitários. Caso exista, conferir se pelo menos 90% desta água é
torre de resfriamento de sistemas de condicionamento de ar e outras possí- utilizada para as descargas dos vasos sanitários.
veis máquinas e equipamentos que utilizam água em seus processos.
Toda a água não potável utilizada na edificação deve ter procedimentos de DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto hidrossanitário, memorial de cálculo
tratamento e filtragem compatíveis com sua procedência e sua utilização. De- e declaração do projetista que comprove a instalação do sistema de reuso de
ve-se garantir que não haja mistura entre a água de fontes alternativas (ex.: águas negras para as descargas dos vasos sanitários.
água de chuva, água de reúso, águas negras, água do lençol freático) e a água
para consumo humano. A NBR 13.969 (ABNT, 1997) prevê a utilização de co- Informações Complementares:
res distintas das cores empregadas no sistema que transporta água potável Águas negras são as águas originárias de efluentes com resíduos de bacias
e recomenda a clara identificação do sistema de reserva e distribuição desta sanitárias que podem ser aproveitadas para usos que não requerem água
água. A identificação deve ser realizada pelo emprego de placas indicativas potável na edificação, tais como irrigação de jardins, descargas de vasos
nos reservatórios, na tubulação e nas torneiras, alertando os usuários de que sanitários e mictórios, limpeza de ambientes (calçadas, vidros e fachadas),
se trata de água não potável. Para as torneiras, uma alternativa é utilizar tor- sistemas decorativos (fontes e chafarizes), proteção contra incêndio, torre
neiras de acesso restrito, operadas com sistema de chaves destacáveis, para de resfriamento de sistemas de condicionamento de ar e outras possíveis
evitar o consumo de forma incorreta. máquinas e equipamentos que utilizam água em seus processos.
Assim como as águas cinzas, águas negras devem passar por um pro-
cesso de tratamento para uso posterior e seu uso deve ser completa-
EXEMPLO: mente identificado.

Esquema de captação e reúso de águas. Fonte: REQUISITO 6: Aproveitamento de águas pluviais em 90% da área de
(http://www.airtonmaria.com/reuso-da-agua) cobertura, excetuando possível área de telhado verde: implantação de
sistema de captação, tratamento, reservação e distribuição para vasos
sanitários - 7 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se há aproveitamento da água da chuva para fins


não potáveis da edificação. Caso exista, conferir se a água é coletada em, pelo
menos, 90% da área da cobertura, excluindo áreas possivelmente utilizadas para
telhado verde e utilizada nos vasos sanitários.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto hidrossanitário, fotografias e decla-


ração do projetista que comprove a instalação dos sistemas de acumulação de
água pluvial e uso nos vasos sanitários.

Informações Complementares:
Este requisito tem por objetivo aumentar a retenção de água no terreno,
auxiliando no gerenciamento do escoamento da água da chuva, reduzindo
a possibilidade de ocorrência de enchentes e aliviando a carga no sistema
de drenagem pluvial local. Além disso, ajuda a reduzir o consumo de água
potável na edificação por meio da captação e utilização da água da chuva
para fins não potáveis.

26 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 27
EXEMPLO 1:
Desconta-se a área de telhado verde da área total
Área total de telhado: 180 m²
calha i = 2% calha i = 2%
calha i = 2% calha i = 2%

Projeção da construção
Projeção da construção

Projeção da construção
Projeção da construção
10% 10%
Telha de Aço Telha de Aço
Termoacústica Termoacústica

Projeção da construção
Projeção da construção
Telha de Aço
Termoacústica Telha de Aço
Termoacústica
Telha de Aço

Termoacústica

Termoacústica
10%
10%

Telha de Aço
10%

10%
calha i = 2%

calha i = 2%

Área de telhado verde: 20 m²

calha i = 2% calha i = 2%

Área total de telhado: 180 m²


Projeção da construção

Área de telhado verde: 20 m²


Projeção da construção

Área de captação de água da chuva: 145 m²


10%
Telha de Aço
Termoacústica

Área de captação 145

IV
Projeção da construção 90% = 90,6%
Área total 180 - 20
Telha de Aço
Termoacústica
Termoacústica
Telha de Aço

10%
10%

calha i = 2% Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 7 pontos.

28 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 29
REQUISITO 7: Aproveitamento de água de condensação do sistema de ar con-
dicionado em no mínimo 80% dos pontos dos equipamentos, para utilização nos
vasos sanitários - 7 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se os equipamentos do sistema de condicionamento de


ar (central, split, fan coils, etc.) fazem o aproveitamento da água de condensação.
Caso afirmativo, verificar se em pelo menos 80% dos pontos esta água é aproveita-
da. Conferir se esta água é utilizada para as descargas dos vasos sanitários.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto do sistema hidrossanitário e de condi-


cionamento de ar, memorial de cálculo e declaração do projetista que comprove
a utilização da água de condensação para as descargas dos vasos sanitários.

EXEMPLO 1:

Edificação com 3 condicionadores de ar split

EFICIÊNCIA E
ALTERNATIVAS
ENERGÉTICAS
100% dos condicionadores de ar destinam a água de condensação ao reúso.

Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 7 pontos.

30 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 31
EFICIÊNCIA E ALTERNATIVAS Onde:
Ntotal: número total de pessoas na edificação
ENERGÉTICAS Napto: número de apartamentos do edifício
Npessoas: número de pessoas por apartamento
Esta categoria visa reduzir e tornar racional e eficiente o uso de energia na
edificação. É composta por 28 requisitos, dos quais pode-se somar 142 pontos
(49,82%) do total de pontos possíveis da certificação.

REQUISITO 8: Sistema de aquecimento solar dimensionado para atender a


trinta por cento (30%) de toda a demanda anual de água quente. Os coletores
solares para aquecimento de água devem possuir ENCE A ou Selo Procel e os
reservatórios de água devem possuir Selo Procel - 5 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se o sistema de aquecimento de água é solar térmi-


co. Caso afirmativo, conferir se a demanda anual de água quente atendida por
aquecimento solar é maior ou igual a 30%. Verificar se os coletores solares pos-
suem Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) Nível A pelo PBE/
Inmetro ou Selo Procel e se os reservatórios possuem Selo Procel.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Memorial de cálculo da demanda anual de O volume de água consumido diariamente na edificação é calculado por:
água quente realizado por meio da “Planilha de cálculo do sistema de aque-
cimento de água: solar”, disponível em http://www.pbeedifica.com.br/etique-
tagem/residencial/planilhas-catalogos, ou ferramenta semelhante. Fotografia,
especificação técnica do fabricante ou outro comprovante das etiquetas/Selo
Procel (dos coletores solares) e do Selo Procel (dos reservatórios térmicos).
Onde:
Informações Complementares: Vconsumo : volume de consumo diário de água a ser aquecida (litros)
Este requisito tem por objetivo promover a utilização de tecnologias mais sus- Vdia : volume diário de água quente por pessoa
tentáveis que o aquecimento instantâneo de água através de resistências elétri- Ntotal: número total de pessoas na edificação
cas (chuveiros elétricos), aproveitando os recursos naturais para o aquecimento
de água e reduzindo o consumo de energia.

Exemplo:
Para demonstrar o dimensionamento do sistema de aquecimento solar foi uti-
lizado como exemplo um edifício de apartamentos residenciais de 8 andares,
com 4 apartamentos por andar, totalizando 32 apartamentos. Cada apartamen-
to possui dois dormitórios e dois banheiros.
Observação: mais detalhes sobre o cálculo e obtenção das variáveis podem ser
encontrados no item 3.2.2.1 do Manual para aplicação do RTQ-R (disponível em
http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/residencial/manuais).

CÁLCULO DA DEMANDA DE ÁGUA QUENTE


Parâmetros utilizados:
População: 2 pessoas por dormitório (dado no RTQ-R)
Consumo de água: 50 litros por pessoa por dia (volume mínimo dado no RTQ-R)
A população residente no edifício é calculada da seguinte forma:

32 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 33
CÁLCULO DO RESERVATÓRIO DO SISTEMA CENTRAL COLETIVO
MÊS Nº (dias/mês) Taf (0C) DEmês (kwh/mês)

Parâmetros utilizados: Janeiro 31 24,6 3.090,83


Temperatura de consumo: Mínimo de 38°C para o Nordeste (RTQ-R, 2012) de- Fevereiro 28 24,7 3.770,93
terminado pelo projetista.
Março 31 24,8 3.040,20
Temperatura de armazenamento: 60°C (RTQ-R determina que esta temperatura
seja, no mínimo, igual à temperatura de consumo). Determinado pelo projetista. Abril 30 24,2 3.066,85
Temperatura ambiente: 25,3°C. Temperatura ambiente média do local de instala- Maio 31 23,2 3.406,13
ção de acordo com Anexo D da NBR 15.569 (RTQ-R, 2012). Também disponível Junho 30 22,4 3.472,20
em www.inmet.gov.br e www.projetee.ufsc.br.
Julho 31 21,2 3.864,12
O volume de armazenamento é: Agosto 31 21,4 3.829,60
Setembro 30 22,2 3.516,75
Outubro 31 23,3 3.392,32
Novembro 30 23,9 3.144,81
Dezembro 31 23,9 3.245,03

2 - Calcular a produção energética de uma instalação


2.1 - Calcular a radiação solar mensal incidente sobre
a superfície inclinada dos coletores (EImês)

Parâmetros utilizados:
Radiação solar incidente no plano inclinado: baseada em valores disponíveis no
Anexo D da NBR 15569. Dados de radiação também disponíveis no software
Radiasol (UFRGS).
EImês = Hdia x N

MÊS Nº (dias/mês) Hdia (kW/m2xdia) ELmês (kwh/m2)


CÁLCULO DA ÁREA DE COLETORES
Janeiro 31 5,77 178.87
1- Calcular a demanda de energia útil mês a mês (DEmês) Fevereiro 28 5,99 167,72
Março 31 5,89 182.59
Parâmetros utilizados:
Consumo diário de água quente: 6.400 litros (calculado anteriormente) Abril 30 5,32 159.60
Temperatura da água quente: temperatura média local mensal – 2° C Maio 31 4,81 149.11
Temperatura de consumo: 38°C Junho 30 4,47 134.10
Julho 31 4,71 146.01
DEmês = Qdia x N x (TACS – TAF ) x 1,16 x 10–3 Agosto 31 5,24 162.44
Setembro 30 5,66 169.80
Outubro 31 5,82 180.42
Qdia 6.400 litros/dia
Novembro 30 5,38 161.40
TACS 38 0
C Dezembro 31 5,5 170.50

34 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 35
2.2 - Calcular o parâmetro D1, que expressa a relação entre EAmês e DEmês
DEmês Dl mês EA mês
MÊS D1
(kwh/mês) (kwh/m2) (kwh/mês)
D1 = EAmês
Janeiro 3.090,83 178,87 7.389,76 2,390864
DEmês
Fevereiro 2.770,93 167,72 6.929,12 2,5006433
Onde a energia solar mensal absorvida pelos coletores, EAmês, é dada por:
Março 3.040,20 182,59 7.543,75 2,481233
EAmês = ScxF’R (ta)xEImês Abril 3.066,85 159,60 6.593,65 12,1499718

Maio 3.406,13 149,11 6.160,27 1.808583


Parâmetros utilizados:
Sc: Superfície de coletores disponíveis para instalação na edificação: 60 m2 Junho 3.472,20 134,10 5.540,15 1.5955732
(considerando 60 coletores do coletor escolhido – tabela Inmetro)
Julho 3.864,12 146,01 6.032,20 1.5610805

FR (ta)n: fator de eficiência óptica do coletor: 0,755 (tabela Inmetro para o cole- Agosto 3.829,60 162,44 6.710,98 1.7523992
tor escolhido)
Setembro 3.516,75 169,80 7.015,05 1.9947542
[ (ta)
(ta)n
]: modificador do ângulo de incidência: 0,96 (adotado conforme Outubro 3.392,32 180,42 7.453,80 2,1972556
recomendação do RTQ-R)
F’R Novembro 1.144,81 161,40 6.668,02 2,1203261

FR : fator de correção para o conjunto coletor/trocador: Dezembro 3.245,03 170,50 7.043,97 2,1706942
0,95 (adotado conforme recomendação do RTQ-R)

2.3 - Calcular o parâmetro D2, que expressa a relação entre EPmês e DEmês
F’R (ta)=FR (ta)n x [ (ta)n
(ta)
] x F’FRR
D2 = EPmês
F’R (ta) = 0,755 x 0,96 x 0,95 = 0,68856
DEmês

Para o cálculo de EPmês (energia solar mensal não aproveitada pelos coletores)
FR (ta) n 0.755
utiliza-se a seguinte sequência:

[ (ta)
(ta)n
] 0.96
F’R UL = FR UL x F x 10–3
F’R
R
F’R
0.95 Parâmetros utilizados:
FR
F’R (ta) 0.68856 FR UL : 4,716 (tabela INMETRO para o coletor escolhido)
Área disponível 60 F’R
Área do coletor 1 FR : fator de correlação para o conjunto coletor/trocador: 0,95
(adotado conforme recomendação do RTQ-R)
Nº de coletores 60
Sc 60 F’R UL= 4,716 x 0,95 x 10–3 = 0,00448

K1 = [ V
75xSc ] –0,25

36 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 37
Parâmetros utilizados: 2.4 - Calcular a fração solar mensal
Com os valores de D1 e D2 calcula-se o valor de f, utilizando a seguinte expressão:
Volume de água armazenada: 4.000 litros
f = 1,029D1 – 0,065D2 – 0,245D21 + 0,0018D22 + 0,0215D31
(11,6+1,18 TAC + 3,86 TAF –2,32 TAMB )
K2 = MÊS D1 D2 f
(100 – TAMB)
Janeiro 2,390864027 7,103669318 0,982650553
Parâmetros utilizados: Fevereiro 2,500643318 7,169255999 1,00383589
Temperatura mínima admissível de água quente: 38°C (dado do RTQ-R) Março 2,481233033 7,249270756 0,996661622
Temperatura ambiente: variável ao longo do ano Abril 2,149971828 6,887800071 0,93119307
Temperatura de água fria: variável ao longo do ano Maio 1,808582974 6,294378427 0,849013847
Junho 1,595572289 5,892364523 0,784937559
Fr Ul 4,716 Julho 1,561080461 5,354086996 0,794669853
Agosto 1,752399184 5,417125958 0,867256945
F’R
0,95 Setembro 1,994754155 5,796969973 0,932072032
FR
Outubro 2,197255591 6,326671834 0,967023478
F’r Ul 0,0044802 Novembro 2,120326084 6,67644084 0,931564171
Dezembro 2,170694241 6,688235841 0,944913392
Sc 60
V água armazenada 2.000
2.5 - Calcular a energia útil mensal coletada (EUmês)
T acs 38
FR (ta)n 0.755 EUmês = f x DEmês
FR (ta) 0,688.56
MÊS DEmês (kwh) f EUmês (kwh)
Janeiro 3.090,83 0,982650553 3.037,21
DE mês T amb Ta e
At EP mês Fevereiro 2.770.93 1,00383589 2.781,56
MÊS K1 K2 D1
(kwh) (0C) (0C) (horas) (kwh)
Março 3.040,20 0,996661622 3.030,05
Janeiro 3.090,83 26,6 24,6 744 1.224744871 1.2207245 21.956,26 7.103669318 Abril 3.066,85 0,93119307 2.855,83
Fevereiro 2.770,93 26,7 24,7 672 1.224744871 1.224489295 19.865,53 7.169255999 Maio 3.406,13 0,849013847 2.891,85
Março 3.040,20 26,8 24,8 744 1.224744871 1.229020626 22.039,25 7.249270756 Junho 3.472,20 0,784937559 2.725.46
Abril 3.066,85 26,2 24,2 720 1.224744871 1.208000542 21.123,38 6.887800071 Julho 3.864,12 0,794669853 3.070,70
Maio 3.406,13 25,2 23.2 744 1.224744871 1.170160428 21.439,48 6.294378427 Agosto 3.829,60 0,867256945 3.321,24
Junho 3.472,20 24,4 22,4 720 1.224744871 1.141836222 20.459,50 5.892364523 Setembro 3.516,75 0,932072032 3.277,86
Julho 3.864,12 23,2 21,2 744 1.224744871 1.099927074 20.688,82 5.354086996 Outubro 3.392,32 0,967023478 3.280,46
Agosto 3.829,60 23,4 21,4 744 1.224744871 1.105093946 20.745,40 5.417125958 Novembro 3.144,81 0,931564171 2.929,59
Setembro 3.516,75 24,2 22,2 720 1.224744871 1.134759203 20.386,49 5.796969973 Dezembro 3.245,03 0,944913392 3.066,27
Outubro 3.392,32 25,3 23,3 744 1.224744871 1.172336098 21.462,11 6.326671834 Total 39.839,78 36.268,10
Novembro 3.144,81 25,9 23,9 720 1.224744871 1.195024285 20.996,11 6.688235841
Dezembro 3.245,03 25,9 23,9 744 1.224744871 1.195762483 21.703,53 6.688235841
39.839,78
F= F = 91,03% 30%

IV
*At = número de dias do mês x 24 horas 36.268,10

38 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 39
Exemplo:
Considerando o exemplo apresentado no Requisito 8, a edificação receberia os
pontos referentes ao Requisito 9 por atender a mais de 50% da demanda de
água quente e possuir ENCE Classe A para os coletores solares e Selo Procel no
reservatório térmico - 7 pontos.

REQUISITO 10: Sistema de aquecimento solar dimensionado para atender a


setenta por cento (70%) de toda a demanda anual de água quente. Os coletores
solares para aquecimento de água devem possuir ENCE A ou Selo Procel e os
reservatórios de água devem possuir Selo Procel - 10 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se o sistema de aquecimento de água é solar. Caso


afirmativo, checar se a demanda anual de água quente atendida por aqueci-
mento solar é maior ou igual a 70%. Observar se os coletores solares possuem
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) Nível A pelo PBE/Inmetro
ou Selo Procel e se os reservatórios possuem Selo Procel.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Memorial de cálculo da demanda anual de


água quente realizado por meio da “Planilha de cálculo do sistema de aque-
cimento de água: solar”, disponível em http://www.pbeedifica.com.br/etiqueta-
gem/residencial/planilhas-catalogos, ou ferramenta semelhante. Fotografia ou
outro comprovante das etiquetas ou do Selo Procel (dos coletores solares) e do
Conclusão: A edificação receberia os pontos relacionados ao Requisito 8 por Selo Procel (dos reservatórios térmicos).
atender a mais de 30% da demanda de água quente e possuir ENCE Classe A
para os coletores solares e Selo Procel no reservatório térmico - 5 pontos. Exemplo:
Considerando o exemplo apresentado no Requisito 8, a edificação receberia os pontos
referentes ao Requisito 10 por atender a no mínimo 70% da demanda de água quente.
REQUISITO 9: Sistema de aquecimento solar térmico dimensionado para aten-
der a cinquenta por cento (50%) de toda a demanda anual de água quente. Os Observação:
coletores solares para aquecimento de água devem possuir ENCE A ou Selo Pro- Os pontos referentes aos requisitos 8, 9 e 10 não são cumulativos. Se o sistema
cel e os reservatórios de água devem possuir Selo Procel - 7 pontos. de aquecimento atender a mais de 70% da demanda de água quente, a edifica-
ção receberá 10 pontos referente ao Requisito 10.
COMO AVALIAR: Verificar se o sistema de aquecimento de água é solar. Caso
afirmativo, checar se a demanda anual de água quente atendida por aqueci- REQUISITO 11: Aquecimento de água por bomba de calor: as bombas de calor
mento solar é maior ou igual a 50%. Conferir se os coletores solares possuem devem possuir coeficiente de performance (COP) maior ou igual a 3,0 W/W e
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) Nível A pelo PBE/Inmetro não devem utilizar gases refrigerantes comprovadamente nocivos ao meio am-
ou Selo Procel e se os reservatórios possuem Selo Procel. biente (por exemplo, R22) - 8 pontos.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Memorial de cálculo da demanda anual de COMO AVALIAR: Verificar a existência de bombas de calor para aquecimento
água quente realizado por meio da “Planilha de cálculo do sistema de aque- de água. Caso existam, conferir se o COP das bombas é maior ou igual a 3 W/W
cimento de água: solar”, disponível em http://www.pbeedifica.com.br/etiqueta- e se não utilizam gases refrigerantes nocivos ao meio ambiente.
gem/residencial/planilhas-catalogos, ou ferramenta semelhante. Fotografia ou
outro comprovante das etiquetas ou do Selo Procel (dos coletores solares) e do DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Especificação das bombas de calor e com-
Selo Procel (dos reservatórios térmicos). provante de aquisição do equipamento; fotografias ou outro documento que
comprove a instalação das bombas de calor.

40 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 41
Informações Complementares: EXEMPLO 2:
As bombas de calor não devem utilizar gases refrigerantes com Potencial de Des-
truição de Ozônio (ODP > 0), tais como os Clorofluorcarbonos – CFCs (R-11, R-12, CÁLCULO DA ESPESSURA DO ISOLAMENTO DA TUBULAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
R-13) ou os Hidroclorofluorcarbonos – HCFCs (R-22, R-123) por serem prejudiciais
ao meio ambiente. Dentre os gases refrigerantes com ODP = 0 e portanto permi- Em uma edificação, as tubulações utilizadas para o abastecimento de água
tidos, encontram-se o R-134a, R-407C e o R-410A, entre outros. A Environmental quente são metálicas, de diâmetro 40 mm, com a condutividade térmica do
Protection Agency (EPA), dos Estados Unidos, disponibiliza para consulta uma lista
material de isolamento de 0,045 W/mK. Neste caso, em que a condutividade
de gases refrigerantes com os seus respectivos valores de ODPs.
térmica do isolante está fora da faixa estipulada pelo Requisito 12 (0,032 e 0,040
W/mK), é necessário calcular a espessura do isolamento da tubulação, conforme
REQUISITO 12: Existência de isolamento térmico da tubulação de água quente:
equação a seguir:
Nas tubulações não metálicas, a espessura mínima do isolamento deve ser de
1,0cm, com condutividade térmica entre 0,032 e 0,040 W/mK, para qualquer
diâmetro nominal de tubulação. Nas tubulações metálicas, a espessura do iso- E=r {(1+ e–r) /
}
-1
lamento deve ser de 1,0 cm para diâmetro nominal da tubulação de até 40 mm
e 2,5 cm para diâmetros nominais da tubulação iguais ou maiores que 40mm, Onde:
com condutividade térmica entre 0,032 e 0,040 W/mK. Quando exposto ao sol, E: espessura mínima de isolamento (cm);
o isolamento deve ter proteção contra raios UV e umidade - 2 pontos. r: raio externo da tubulação (cm);
e: espessura de isolamento listada na tabela abaixo para a temperatura da
COMO AVALIAR: Verificar tipo, material e diâmetro das tubulações e espessura água e tamanho da tubulação em questão (cm);
e condutividade térmica projetada para o isolamento. : condutividade do material alternativo à temperatura média indicada para
a temperatura da água (W/mK);
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto hidrossanitário de água quente; descri- : valor superior do intervalo de condutividade listado na tabela abaixo para
ção do isolamento térmico (espessura (mm) e condutividade térmica (W/mK)); a temperatura da água (W/mK).
fotografias durante a instalação, declaração do construtor comprovando a insta-
lação do isolamento e comprovante de aquisição. Mesmo que as tubulações de
água quente possuam propriedades isolantes no seu material, estas devem ainda
Espessura mínima de isolamento de tubulações para aquecimento
possuir isolantes térmicos como poliestireno e poliuretano.
de água (Fonte: BRASIL, 2012)
Informações Complementares:
Recobrir as tubulações de água quente com material isolante evita perdas de
calor e consequente desperdício de energia e de água, uma vez que, como a Temperatura da água Condutividade térmica Diâmetro nominal da tubulação (mm)
(ºC) (w/mk) c < 40 c ≥ 40
água não está na temperatura requerida (porque perdeu calor para o ambien-
te ao longo da tubulação), será descartada. T ≥ 38 0,032 a 0,040 1,0 cm 2,5 cm

EXEMPLO 1: Conforme as informações do exemplo:


r: 2,0 cm; : 0,045 W/mK;
CARACTERÍSTICAS DA TUBULAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
e: 2,5 cm; : 0,040 W/mK.
TIPO METÁLICA
MATERIAL COBRE
DIÂMETRO NOMINAL
POSSUI ISOLAMENTO TÉRMICO?
40 MM
SIM
E=2 {(1+2,5–2) 0,045/0,040
–1}
CARACTERÍSTICAS DO ISOLAMENTO TÉRMICO
E=2 {2,251,125–1}
MATERIAL POLIETILENO EXPANDIDO
CONDUTIVIDADE TÉRMICA 0,035 W/MK E=2 {1,490034}
ESPESSURA 25MM

E=2,980068 = 2,98 cm
METÁLICA >
_ 40 MM ISOLAMENTO >
_ 25 MM

A espessura necessária de isolamento da tubulação deve ser de no mínimo 2,98


Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 2 pontos. cm.

42 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 43
REQUISITO 13: Iluminação natural em escadas de segurança, desde que aten- REQUISITO 14: Instalação de sistemas de iluminação em 100% das áreas
dida a legislação vigente (Decreto Municipal 23252/12 e NBR 9077) e mediante comuns, com distribuição em circuitos independentes e dispositivos econo-
análise específica - 1 ponto. mizadores, tais como sensores de presença - 5 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar a existência de iluminação natural em escadas de se- COMO AVALIAR: Verificar a existência de circuitos independentes e auto-
gurança. Caso exista, observar o atendimento à legislação vigente. mação (sensores de presença, minuterias, etc.) na iluminação de áreas
comuns das edificações.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto arquitetônico, fotos e fiscalização in loco.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto luminotécnico e/ou elétrico, fotos, decla-
EXEMPLO 1: ração do projetista de atendimento da divisão dos circuitos e fiscalização in loco.

Informações Complementares:
Na iluminação artificial de áreas comuns externas, como jardins, estacionamen-
tos externos, acessos de veículos e pedestres, que não for projetada para fun-
cionar durante todo o dia é desejável que possua uma programação de controle
por horário ou um fotossensor capaz de desligar automaticamente o sistema de
iluminação artificial quando houver luz natural suficiente ou quando a iluminação
externa não for necessária. Exceção é feita à iluminação de entrada ou saída de
pessoas e veículos que exijam segurança ou vigilância.
Os ambientes sem automação devem possuir dispositivos de controle manual
que permitam o acionamento independente da iluminação do ambiente com
facilidade, localizado de forma que permita a visão clara de todo o ambiente.

REQUISITO 15: Fontes alternativas de energia: uso de painéis solares fotovol-


taicos que atendam a no mínimo 10% da iluminação das áreas comuns, exceto
áreas externas e estacionamentos. No caso de edificações constituídas de uma
única unidade imobiliária, a economia deve ser de no mínimo 10% do consumo
anual total - 10 pontos.

COMO AVALIAR: Analisar o projeto e verificar a instalação dos painéis solares


fotovoltaicos e inversor de frequência na edificação. Caso exista, examinar a de-
manda energética atendida pelos painéis para a iluminação das áreas comuns.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto com ART e memorial de cálculo da


projeção da geração de energia considerando perdas, especificação do inversor
e placas solares, cálculo da potência total instalada da iluminação das áreas co-
muns, além de nota fiscal da aquisição do sistema.

44 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 45
Informações Complementares: REQUISITO 18: Ventilação cruzada proporcionando condições de escoa-
A energia solar é uma energia limpa, renovável e sustentável e a geração mento de ar entre as aberturas localizadas em pelo menos duas diferentes
local traz benefícios para a população, diminuindo as perdas de energia fachadas e orientações das unidades imobiliárias residenciais - 1 ponto.
na distribuição.
COMO AVALIAR: Verificar a existência de aberturas em duas ou mais diferentes
EXEMPLO 1: fachadas da edificação. Caso existente, verificar se atendem à proporção:

A2 /A1 ≥ 0,25
Onde:
A1: somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas
fachadas da orientação com maior área de abertura para ventilação (m);

A2: somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas
fachadas das demais orientações (m).
Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 10 pontos.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto arquitetônico com indicação do tama-
REQUISITO 16: Fontes alternativas de energia: uso de turbinas eólicas, que nho das aberturas.
atendam a no mínimo 5% da iluminação das áreas comuns, exceto áreas ex-
ternas e estacionamentos. EXEMPLO 1:
No caso de edificações constituídas de uma única unidade imobiliária, a eco- Considerando a unidade habitacional das figuras a seguir, verificar a existên-
nomia deve ser de no mínimo 5% do consumo anual total - 10 pontos. cia de ventilação cruzada.

COMO AVALIAR: Analisar o projeto e verificar as turbinas eólicas e inversor de Planta da UH


frequência na edificação. Caso exista, verificar a demanda energética atendida
para a iluminação das áreas comuns.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto com ART e memorial de cálculo da


projeção da geração de energia considerando perdas, especificação das tur-
binas eólicas e inversor, cálculo de potencia total instalado da iluminação das
áreas comuns e apresentar nota fiscal da aquisição do sistema.

Informações Complementares:
A energia eólica é uma energia limpa, renovável e sustentável e a geração
local traz benefícios para a população, diminuindo as perdas de energia na
distribuição.

REQUISITO 17: Condutores de prumadas dimensionados para uma queda de


tensão menor ou igual a 1% - 5 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se o projeto atende à NBR 15.920.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto elétrico e/ou declaração do projetista


e memorial de cálculo da queda de tensão.

46 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 47
EXEMPLO 2:

Detalhamento de portas e janelas: esquadrias de portas com 0,05 m de es-


pessura; esquadrias de janelas com 0,03 m de espessura:

1) Identificar a fachada com maior área efetiva de abertura para ventilação:


- Norte
2) Somar as áreas de aberturas efetivas para ventilação da fachada identificada
no passo 1: A1 = 2,7213 m2
3) Somar as áreas efetivas de abertura para ventilação nas fachadas das demais
orientações: A2 = 1,0098 m2
4) Calcular a relação A2/A1 : A2/A1 = 0,37 Conclusão: A edificação atende ao requisito e soma 1 ponto.
5) Verificar se o valor encontrado é maior que 0,25.

Conclusão: A unidade habitacional receberia a pontuação referente ao Requi- REQUISITO 19: Existência de dispositivos de proteção solar externos às aber-
sito 18 (1 ponto). turas dos ambientes de permanência prolongada que permitam escurecimento
e ventilação em unidades imobiliárias residenciais - 2 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar a existência de venezianas em dormitórios e demais


ambientes de permanência prolongada de edificações residenciais.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Fotografias, projeto e/ou outro documento


que comprove a existência de venezianas nos ambientes.

48 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 49
Informações Complementares:
Para efeito desta certificação, entende-se como ambiente de permanência
prolongada “ambientes de ocupação contínua por um ou mais indivíduos,
incluindo sala de estar, sala de jantar, sala íntima, dormitórios, escritório, sala
de TV, cozinha ou ambientes de usos similares aos citados. Não são conside-
rados ambientes de permanência prolongada: lavanderia ou área de serviço,
banheiro, circulação, varanda aberta ou fechada com vidro, solarium, gara-
gem, entre outros que sejam de ocupação transitória. Os ambientes listados
nesta definição não excluem outros não listados.” O uso de venezianas nos
dormitórios já garante a obtenção da pontuação.

EXEMPLO:

O QUE UMA JANELA PRECISA TER PARA UM BOM DESEMPENHO TÉRMICO


E LUMÍNICO?
• Proporcionar escurecimento;
• Proporcionar uma boa ventilação natural e iluminação natural;
• Proteger o ambiente da chuva e vento;
• Propiciar sombreamento no verão e no inverno permitir a entrada do sol;
• Ser possível de ser vedada durante a ausência dos usuários.

EXEMPLO DE MODELOS APROPRIADOS

EXEMPLO DE MODELOS NÃO APROPRIADOS*


* No primeiro, não há sombreamento. No segundo, há bloqueio de metade da
abertura, prejudicando a iluminação natural

50 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 51
REQUISITO 20: Sistema de proteção e sombreamento de fachadas - pérgulas REQUISITO 21: Apresentar Nível A de eficiência na envoltória de acordo com o
horizontais ou verticais, brises ou persianas externas e outros protetores solares, RTQ-C - 15 pontos.
ou ainda vegetação.
Deverá ser apresentada máscara de sombra - 3 pontos. COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
(ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível A para a envoltória da edificação.
COMO AVALIAR: Verificar a existência de sombreamento em fachadas (pér- Consultar as Tabelas de Consumo/Eficiência Energética do Inmetro para con-
gulas horizontais ou verticais, brises, persianas externas, vegetação e outros firmação das informações (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabe-
protetores solares). las-comerciais.pdf). Ou avaliar se o memorial de cálculo gerado pelo Webpres-
critivo apresenta Nível A e é acompanhado pela declaração do arquiteto ou
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Fotografias, projeto e/ou outro documento engenheiro responsável pela sua emissão.
que comprove a existência dos sombreamentos nas fachadas; máscara de som-
bra, detalhamento do dispositivo de sombreamento. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Cons-
truída e ENCE da Envoltória Construída Nível A emitidos por um OIA e/
EXEMPLO: ou etiqueta parcial da envoltória e memorial de cálculo obtidos através do
Webprescritivo e declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela
Carta solar de Salvador com a máscara de sombras de uma proteção solar. avaliação pelo Webprescritivo.

Informações Complementares:
O Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de
Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (RTQ-C) especifica os requisitos
técnicos, bem como os métodos para classificação de edifícios comerciais, de
serviços e públicos quanto à eficiência energética.

A classificação do nível de eficiência de edificações é fornecida por meio de três


sistemas individuais (envoltória, sistema de iluminação e sistema de condiciona-
mento de ar) mais possíveis bonificações obtidas por iniciativas que aumentem
a eficiência da edificação.

Todos os sistemas individuais têm níveis de eficiência que variam de A (mais efi-
ciente) a E (menos eficiente).

O Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) é pessoa jurídica com competência


reconhecida pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) do Inmetro para
realizar a inspeção da edificação e emitir a ENCE. A lista com os OIAs está dis-
ponível no link: www.inmetro.gov.br/prodcert/.

52 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 53
REQUISITO 22: Apresentar Nível B de eficiência na envoltória de acordo com
o RTQ-C - 10 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia


(ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível B para a envoltória da edifica-
ção. Consultar as Tabelas de Consumo/Eficiência Energética do Inmetro para
confirmação das informações (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/
tabelas-comerciais.pdf). Ou avaliar se o memorial de cálculo gerado pelo We-
bprescritivo apresenta Nível B e é acompanhado pela declaração do arquite-
to ou engenheiro responsável pela sua emissão.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Cons-


truída e ENCE da Envoltória Construída Nível B emitidos por um OIA e/
ou etiqueta parcial da envoltória e memorial de cálculo obtidos através do
Webprescritivo e declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela
avaliação pelo Webprescritivo.
Exemplo de ENCE da Envoltória Construída Nível A

O Webprescritivo declaração é uma ferramenta de avaliação, pelo método


prescritivo, de edificações comerciais, de serviços e públicas. Com esta
ferramenta on-line o usuário fornece os parâmetros de projeto e obtém a
classificação parcial para envoltória, iluminação, condicionamento de ar e
também a classificação geral da edificação.
Um vídeo explicativo para sua utilização pode ser visualizado em: http://
www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/comercial/webprescritivo e a ava-
liação pode ser realizada no link http://www.labeee.ufsc.br/sites/de-
fault/files/webprescritivo/index.html.

54 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 55
EXEMPLO: REQUISITO 23: Apresentar Nível C de eficiência na envoltória de acordo com
o RTQ-C - 5 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia


(ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível C para a envoltória da edificação.
Consultar as Tabelas de Consumo/Eficiência Energética do Inmetro para con-
firmação das informações (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabe-
las-comerciais.pdf). Ou avaliar se o memorial de cálculo gerado pelo Webpres-
critivo apresenta Nível C e é acompanhado pela declaração do arquiteto ou
engenheiro responsável pela sua emissão.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Cons-


truída e ENCE da Envoltória Construída Nível C emitidos por um OIA e/
ou etiqueta parcial da envoltória e memorial de cálculo obtidos através do
Webprescritivo e declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela
avaliação pelo Webprescritivo.

EXEMPLO:

Exemplo de ENCE da Envoltória Construída Nível B

Exemplo de ENCE da Envoltória Construída Nível C

56 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 57
REQUISITO 24: Para edificações comerciais e institucionais, os elementos opa- REQUISITO 25: Inovações técnicas e de sistemas: Sistemas de cogeração e/
cos das coberturas, quando abaixo de um ambiente que possui condicionamen- ou inovações técnicas de qualquer sistema que apresente economia mínima de
to artificial, o fator solar dos elementos opacos deve ser menor ou igual a 2,0% e 20% no consumo anual de energia elétrica - 6 pontos.
em coberturas que os ambientes não possuam condicionamento artificial o fator
solar dos elementos opacos deve ser menor ou igual a 4,0% - 2 pontos. COMO AVALIAR: Análise da documentação.

COMO AVALIAR: Verificar o fator solar dos elementos opacos das coberturas. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto, memorial de cálculo e declaração do
projetista comprovando a economia mínima de 20%.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto arquitetônico (apresentar corte) iden- Não serão aceitos como inovação técnica aerogeradores e placa solar fotovoltaica.
tificando as superfícies opacas das coberturas de acordo com a composição de
camadas (tipo de material, espessura correspondente e cor – sistema construti- REQUISITO 26: Apresentar Nível A de eficiência de acordo com a certificação
vo) e inclinação da(s) cobertura(s). Inmetro, no sistema de condicionamento de ar central, split ou aparelho de janela cal-
culado de acordo com o RTQ-C e RTQ-R, nos ambientes de áreas comuns - 3 pontos.
Informações Complementares:
O Fator Solar de elementos opacos está relacionado à transmitância térmica dos COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
materiais e a absortância solar das superfícies, conforme a equação: (ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível A para o sistema de condicionamento
de ar nos ambientes de áreas comuns. Consultar as Tabelas de Consumo/
FS0 = 4.U.a Eficiência Energética do Inmetro para confirmação das informações (http://
www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabelas-comerciais.pdf). Ou para sistemas
Onde: split ou de janela, avaliar se o memorial de cálculo gerado pelo Webprescritivo
FSO: Fator Solar de elementos opacos [%]; apresenta Nível A para o sistema de condicionamento de ar nos ambientes de
U: transmitância térmica dos materiais [W/(m2K)]; áreas comuns e é acompanhado pela declaração do arquiteto ou engenheiro
a: absortância solar das superfícies [adimensional]. responsável pela sua emissão. Ou, para sistemas de condicionamento de ar não
regulamentados pelo Inmetro, verificar declaração do fabricante e laudo do
EXEMPLO: atendimento ao item 5.4 do RTQ-C.
Considerando a cobertura da figura abaixo, com uma absortância de 0,4, o fator
solar dos elementos opacos é: DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Constru-
ída e ENCE do Sistema de Condicionamento de Ar Construído Nível A emitidos
por um OIA e/ou etiqueta parcial obtida no Webprescritivo para sistemas do
tipo split ou janela e declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela
avaliação pelo Webprescritivo; e/ou comprovação através de declaração do fa-
bricante e laudo do atendimento ao item 5.4 do RTQ-C (sistemas de condicio-
namento de ar não regulamentados pelo Inmetro).

Informações Complementares:
Em edificações comerciais, de serviços e públicas, parcelas de edifícios podem
ter o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar avaliados
separadamente, recebendo uma classificação parcial do nível de eficiência refe-
Fonte: Catálogo de propriedades térmicas de paredes, coberturas e vidros rente a cada um desses itens.
(http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/files/projetos/etiquetagem/ane- Para a classificação do sistema de condicionamento de ar, o nível de eficiência
xos_rac/AnexoV.pdf) FSo = 4*1,94*0,4 FSo = 3,01% energética pode ser estabelecido para um pavimento ou um conjunto de salas,
assim como para os subsolos. Áreas comuns de shopping centers, edifício de
Conclusão: Se o ambiente abaixo desta cobertura possuir condicionamento ar- escritórios, etc. também podem ser avaliados.
tificial, não receberia a pontuação (pois a exigência é FSo ≤ 2%). Se o ambiente
abaixo desta cobertura não possuir condicionamento artificial, receberia a pon- Observação: A envoltória sempre é avaliada para a edificação como um todo
tuação (pois a exigência é FSo ≤ 4%). e é obrigatória para obtenção das ENCEs parciais do sistema de iluminação e
condicionamento de ar.

58 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 59
Em edificações residenciais, há uma ENCE específica para as Áreas de uso co-
mum, que avalia as áreas comuns de uso frequente e eventual existentes no
empreendimento.

Exemplo de ENCE do Sistema de Condicionamento de Ar de edificações


comerciais, de serviços e públicas nível A

O Webprescritivo é uma ferramenta de avaliação, pelo método prescritivo, de edi-


ficações comerciais, de serviços e públicas. Com esta ferramenta online o usuário
fornece os parâmetros de projeto e obtém a classificação parcial para envoltória,
iluminação, condicionamento de ar e também a classificação geral da edificação.
Um vídeo explicativo para sua utilização pode ser visualizado em: http://www.pbee-
difica.com.br/etiquetagem/comercial/webprescritivo e a avaliação pode ser realiza-
da no link http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/webprescritivo/index.html. Exemplo de ENCE de áreas de uso comum de edificações residenciais nível A

60 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 61
REQUISITO 27: Apresentar Nível A de eficiência de acordo com a
certificação Inmetro, no sistema de condicionamento de ar central,
split ou aparelho de janela calculado de acordo com o RTQ-C, em edi-
ficações comerciais e institucionais constituídas de uma única unidade
imobiliária - 3 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia


(ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível A para o sistema de condicionamento
de ar em edificações comerciais e institucionais constituídas de uma única unidade
imobiliária. Consultar as Tabelas de Consumo/Eficiência Energética do Inmetro
para confirmação das informações (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/
pbe/tabelas-comerciais.pdf). Ou, para sistemas split ou de janela, avaliar se
o memorial de cálculo gerado pelo Webprescritivo apresenta Nível A para o
sistema de condicionamento de ar em edificações comerciais e institucionais
constituídas de uma única unidade imobiliária e é acompanhado pela declaração
do arquiteto ou engenheiro responsável pela sua emissão. Ou, para sistemas de
condicionamento de ar não regulamentados pelo Inmetro, conferir a declaração
do fabricante e laudo do atendimento ao item 5.4 do RTQ-C.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Cons-


truída e ENCE do Sistema de Condicionamento de Ar Construído Nível A
emitidos por um OIA e/ou etiqueta parcial obtida no Webprescritivo para
sistemas do tipo split ou janela e declaração do arquiteto ou engenheiro res-
ponsável pela avaliação pelo Webprescritivo; e/ou comprovação através de
declaração do fabricante e laudo do atendimento ao item 5.4 do RTQ-C (sis-
temas de condicionamento de ar não regulamentados pelo Inmetro).

Informações Complementares:
Em edificações comerciais, de serviços e públicas, parcelas de edifícios
podem ter o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar
avaliados separadamente, recebendo uma classificação parcial do nível de
eficiência referente a cada um desses itens.
Este requisito pontua unidades imobiliárias individuais que apresentem Ní-
vel A no sistema de condicionamento de ar.

Exemplo de ENCE do Sistema de Condicionamento


de Ar de edificações comerciais, de serviços e públicas nível A
REQUISITO 28: Limitar a potência de iluminação dos espaços internos das edi-

62 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 63
ficações de acordo com a densidade de potência de iluminação limite (DPIL – W/ uma fileira de luminárias paralelas à(s) abertura(s) devem possuir um controle
m2) estipulada para o Nível A de eficiência do RTQ-C - 3 pontos. instalado, manual ou automático, para o acionamento independente da fileira de
luminárias mais próxima à abertura, de forma a propiciar o aproveitamento da
COMO AVALIAR: Verificar se a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia luz natural disponível. Aplicável em edificações constituídas de uma única unida-
(ENCE) emitida por um OIA apresenta Nível A para o sistema de iluminação. de imobiliária comercial ou institucional. Exceção: unidades de edifícios de meios
Consultar as Tabelas de Consumo/Eficiência Energética do Inmetro para de hospedagem - 2 pontos.
confirmação das informações (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/
tabelas-comerciais.pdf). Ou verificar se o memorial de cálculo gerado pelo COMO AVALIAR: Em ambientes com aberturas voltadas para áreas externas ou
Webprescritivo apresenta Nível A para o sistema de iluminação e é acompanhado átrios naturalmente iluminados, verificar se existe mais de uma fileira de luminá-
pela declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela sua emissão. rias paralela às aberturas. Caso afirmativo, verificar se a fileira mais próxima às
aberturas possui acionamento independente das demais.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Relatório de Inspeção da Edificação Cons-
truída e ENCE do Sistema de Iluminação Nível A emitidos por um OIA e/ DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto luminotécnico e/ou elétrico, declara-
ou etiqueta parcial obtida no Webprescritivo para o sistema de iluminação ção do projetista de atendimento da contribuição da luz natural.
e declaração do arquiteto ou engenheiro responsável pela avaliação pelo
Webprescritivo. EXEMPLO:
Para reduzir a necessidade de uso da iluminação artificial quando há luz natural
As Tabelas 4.1 e 4.2 do RTQ-C apresentam o limite máximo aceitável de densidade suficiente para prover a iluminância adequada no plano de trabalho, as luminá-
de potência de iluminação (DPIL) de acordo com o método de cálculo adotado (do rias próximas às janelas devem possuir um dispositivo de desligamento indepen-
método da área do edifício e método das atividades do edifício). dente do restante do sistema. A figura a seguir ilustra esta aplicação, na qual as
O Webprescritivo é uma ferramenta de avaliação, pelo método prescritivo, de edi- luminárias não precisam estar alinhadas entre si, mas sim que o circuito esteja
ficações comerciais, de serviços e públicas. Com esta ferramenta on-line o usuário alinhado às janelas. Dessa forma, o posicionamento das luminárias é também um
fornece os parâmetros de projeto e obtém a classificação parcial para envoltória, item importante a ser considerado no projeto luminotécnico.
iluminação, condicionamento de ar e também a classificação geral da edificação.
Um vídeo explicativo para sua utilização pode ser visualizado em: http://www.pbee-
difica.com.br/etiquetagem/comercial/webprescritivo e a avaliação pode ser realiza-
da no link http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/webprescritivo/index.html.

Exemplo de circuitos com controle de acionamento independente


próximo às janelas (Fonte: CB3E, 2013)
REQUISITO 29: Ambientes com abertura(s) voltada(s) para áreas externas ou
para átrio não coberto ou de cobertura translúcida e que contenham mais de

64 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 65
REQUISITO 30: Geradores de energia elétrica utilizando GN ou etanol - 4 pontos. em geral, devem ser locadas preferencialmente a oeste, de forma a bloquear
a insolação mais prejudicial, protegendo os ambientes de permanência pro-
COMO AVALIAR: Verificar a existência de geradores de energia elétrica. Caso longada como salas e quartos (exceção para climas frios). A permeabilidade
existentes, verificar se o combustível utilizado é o GN ou etanol. da edificação à ventilação permite que as áreas de lazer ao ar livre e contí-
guas a ela mantenham com mais fidelidade as condições originais de ventila-
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Especificação, nota fiscal de compra, fotogra- ção do terreno natural.
fia ou outro documento que comprove a instalação dos geradores.
O objetivo deste requisito é otimizar as orientações das edificações em combi-
REQUISITO 31: Geração de ar frio por absorção ou bomba de calor GHP - 6 pontos. nação com os demais condicionantes através da avaliação climática, de plantas
topográficas e de dados planialtimétricos.
COMO AVALIAR: Verificar se há geração de ar frio por absorção ou bomba de calor GHP.
REQUISITO 34: Elevadores com regeneração de energia elétrica - 1 ponto.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: projeto, fotografia e/ou especificação do equipa-
mento. COMO AVALIAR: Verificar a especificação dos elevadores.

REQUISITO 32: Recuperação de calor com emprego de roda entálpica (troca- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Especificação, catálogo e/ou declaração do
dor de calor) no sistema de renovação de ar de área exterior - 8 pontos. fabricante atestando a existência de regeneração de energia elétrica.

COMO AVALIAR: Verificar a existência de sistema de renovação de ar exterior. REQUISITO 35: Elevadores com programação de tráfego - 1 ponto.
Caso afirmativo, verificar a existência de roda entálpica instalada.
COMO AVALIAR: Verificar a especificação dos elevadores.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto e fotografia da roda entálpica instalada.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Especificação, catálogo e/ou declaração do
REQUISITO 33: Orientação ao sol e ventos: Apresentação de estudos de insola- fabricante atestando a existência de programação de tráfego nos elevadores.
ção com soluções para sombreamento das edificações e melhor aproveitamento
e estratégias de uso da ventilação natural existente. Os estudos deverão ser ane-
xados ao memorial descritivo - 4 pontos.

COMO AVALIAR: Verificar os estudos de insolação apresentados.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Estudos de insolação com soluções para


sombreamento das edificações e melhor aproveitamento e estratégias de uso
da ventilação natural existente.

Informações Complementares:
A forma e orientação das edificações são de grande importância no ganho ou
perda de calor da edificação. Formas mais compactas são mais necessárias
para climas com frio mais rigoroso, quando se procura menos trocas de calor
com o meio externo. Ao contrário, formas mais abertas são mais recomen-
dáveis para locais submetidos a climas em que a ventilação é uma estratégia
significativa durante o ano inteiro ou em parte deste. A orientação da edifi-
cação também é de grande importância nos ganhos térmicos da edificação.
De forma geral, em edificações baixas o ganho de calor é pela cobertura e
em edificações altas pelas paredes, principalmente as com orientação oeste,
seguido pelas fachadas leste, norte e sul, mas estas condições se alteram de
acordo com a latitude. Áreas molhadas (cozinhas, banheiros e lavanderias),

66 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 67
PROJETO
SUSTENTÁVEL

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 69


PROJETO SUSTENTÁVEL COMO AVALIAR: Análise de projeto e fotografia, de acordo com Art. 74 da Lei
nº 3.903 – Código de Obras de Salvador, que indica que vãos de iluminação
para compartimento de utilização eventual devem ter pelo menos um décimo
Esta categoria visa estimular a adoção de projetos mais sustentáveis às edi- (1/10) da área do piso.
ficações. É composta por 27 requisitos, dos quais pode-se somar 80 pontos
(28,07%) do total de pontos possíveis da certificação. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa do pavimento tipo e fotografia do local.

REQUISITO 36: Percolação: utilização de pavimentação permeável pelo REQUISITO 41: Iluminação natural e ventilação em 100% das áreas co-
menos em 60% da área de passeio atendidos os critérios discriminados na muns (circulação social e de serviço dos pavimentos tipo com extensão
Lei 8.140/11 - 5 pontos. de até 20m) - 4 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do projeto e das fotografias. COMO AVALIAR: Análise de projeto e fotografia, de acordo com Art. 74 da Lei
nº 3.903 – Código de Obras de Salvador, que indica que vãos de iluminação
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto específico e declaração do fornecedor para compartimento de utilização eventual devem ter pelo menos um décimo
quanto à permeabilidade do piso escolhido e fotografia do passeio finalizado. (1/10) da área do piso.

REQUISITO 37: Retardo e infiltração de águas pluviais: Construção de re- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa do pavimento tipo e fotografia do local.
servatórios e/ou valas de infiltração que permitam o retardo do escoamen-
to das águas pluviais. Deverá ser apresentado projeto específico com a REQUISITO 42: Existência de abertura voltada para o exterior ou prisma ou
ART/RRT no protocolamento - 2 pontos. poços de ventilação do edifício em 100% dos banheiros da edificação (exceto
lavabos) - 4 pontos.
COMO AVALIAR: Análise do projeto e das fotografias.
COMO AVALIAR: Análise de projeto ou cadastro arquitetônico e fotografia.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto específico com a ART/RRT no pro-
tocolamento e fotografias da execução evidenciando as valas de infiltração e DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa do pavimento tipo e fotografia do local.
fotografias das trincheiras concluídas, se aparente.
REQUISITO 43: Existência de abertura voltada para o exterior ou prisma ou
REQUISITO 38: Ampliação de áreas permeáveis além do exigido por lei: acrés- poços de ventilação do edifício em 50% dos banheiros da edificação (exceto
cimo de 10% sobre a área permeável mínima do terreno - 5 pontos. lavabos) - 2 pontos.

COMO AVALIAR: Análise comparativa dos índices urbanísticos. COMO AVALIAR: Análise de projeto ou cadastro arquitetônico e fotografia.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de situação com tabela de índices DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa do pavimento tipo e fotografia do local.
urbanísticos.
REQUISITO 44: Telhados de cobertura verde: Implantação de telhado verde em
REQUISITO 39: Elevadores para macas (dimensões internas 1,20 x 2,20 m) no mínimo 25% do teto do último pavimento da edificação - 10 pontos.
- 2 pontos.
COMO AVALIAR: Análise de projeto ou cadastro arquitetônico e fotografia.
COMO AVALIAR: Análise das especificações técnicas e dimensões do elevador.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa da cobertura e fotografia da
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Manual técnico com especificações do eleva- cobertura concluída.
dor, fotografias do equipamento instalado.
REQUISITO 45: Adoção de esquadrias externas com tratamento acústico - 4 pontos.
REQUISITO 40: Iluminação natural e ventilação em 50% das áreas co-
muns (circulação social e de serviço dos pavimentos tipo com extensão COMO AVALIAR: Análise de especificação de esquadria com declaração de
de até 20m) - 2 pontos. desempenho acústico do fornecedor e fotografia.

70 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 71
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de esquadrias e declaração de desem-
penho acústico do fornecedor e fotografia da esquadria instalada.

REQUISITO 46: Utilização de geradores de energia elétrica para emergência


insonorizados ou com tratamento acústico do ambiente e descarga do tipo
hospitalar - 3 pontos.

COMO AVALIAR: Verifica a existência de atenuadores de ruído e silencioso hospitalar.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Manual técnico do equipamento e/ou relatório


fotográfico evidenciando a existência de atenuadores de ruído e silencioso hospitalar.

REQUISITO 47: Implantação de bicicletários e estrutura de apoio: Prever bici-


cletários, observando para vagas de bicicletas o percentual mínimo de 20% do
número mínimo exigido de vagas para automóveis. Deverá também oferecer
vestiário nos prédios comerciais e institucionais - 4 pontos.

COMO AVALIAR: Análise de projeto e memória de cálculos mostrando número


de vagas totais e número reservado para bicicletas, evidenciando a proporção e
fotografia do suporte para bicicletas.
Distâncias recomendadas para instalação de bicicletários
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de garagem e, se necessário, da área re-
servada a vestiários, além de memória de cálculo de vagas de automóveis e bici- REQUISITO 48: Central de resíduos com compartimentos para coleta seletiva:
cletas. Espaço ventilado e de fácil acesso com revestimento de material lavável e ponto
de água - 1 ponto.

COMO AVALIAR: Análise do projeto, Plano de Gerenciamento de Resíduos Sóli-


dos de operação e fotografia.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto da central de resíduos e PGRS com


ART e fotografia da central de resíduos.

REQUISITO 49: Resfriamento de casa de lixo - 2 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do projeto e fotografia.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto técnico com ART e evidência fotográfica.

REQUISITO 50: Trituradores de papel e papelão - 1 ponto.

COMO AVALIAR: Análise de notas de compra dos aparelhos e fotografias.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Notas nominais comprovando a compra dos


aparelhos e fotografias comprovando a sua instalação.
Modelo do suporte para bicicletas

72 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 73
REQUISITO 51: Compactadores de lixo - 1 ponto. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Projeto estrutural com discriminação dos ti-
pos de estrutura utilizados com ART e registro fotográfico da execução e/ou
COMO AVALIAR: Análise de notas de compra dos aparelhos e fotografias. estrutura finalizada quando aparente.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Notas nominais comprovando a compra dos REQUISITO 57: Aumento de 100% de largura dos passeios fronteiriços à edifi-
aparelhos e fotografias comprovando a sua instalação. cação, totalizando no mínimo 3,00m para lotes com testada até 20m voltadas
para a via principal e 5,00m para os demais casos - 5 pontos.
REQUISITO 52: Trituradores de pia de cozinha em 90% dos pontos - 3 pontos.
COMO AVALIAR: Análise de projeto.
COMO AVALIAR: Análise de notas de compra dos aparelhos e fotografias.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de situação com dimensões de pas-
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Notas nominais comprovando a compra dos seios e testada do lote e destacando a proporção entre testada e o passeio.
aparelhos e fotografias comprovando a sua instalação.
REQUISITO 58: Recuo dos muros limítrofes, permitindo a criação de espaço de
REQUISITO 53: Parcerias com cooperativas cadastradas no município - 2 pontos. convivência público em 10% da área do terreno - 4 pontos.

COMO AVALIAR: Análise dos termos de cooperação. COMO AVALIAR: Análise de projeto e fotografias.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Termos de cooperação. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de situação com a marcação dos espa-
ços de convivência e fotografias.
REQUISITO 54: Plantio de espécies vegetais nativas: Uso de espécies vegetais
nativas para sombreamento do passeio com espaçamento mínimo de 6m ou
definido em função da copa - 2 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do projeto e fotografia.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta baixa indicando os pontos de alocação


dos espécimes com projeção de raio da copa e memorial descritivos das espé-
cies e fotografia da vegetação plantadas.

REQUISITO 55: Vagas para veículos elétricos: previsão de vagas dotadas de sina-
lização e estrutura para recarregamento de veículos elétricos, em edificações resi-
denciais, equivalente a, no mínimo, 10% das vagas mínimas exigidas - 7 pontos.

COMO AVALIAR: Análise de projeto elétrico e fotografias.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Planta de garagem com pontos elétricos es-


pecíficos para recarregamento de veículos elétricos e evidência fotográfica.

REQUISITO 56: Estruturas metálicas: Utilização de estruturas metálicas em


substituição ao concreto convencional. Discriminar na especificação de ma-
teriais - 5 pontos.

COMO AVALIAR: Projeto estrutural com discriminação dos tipos de estrutura


utilizados com ART e registro fotográfico da execução e/ou estrutura finali-
zada quando aparente.

74 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 75
BONIFICAÇÕES

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 77


BONIFICAÇÕES
Esta categoria visa pontuar iniciativas que melhorem a eficiência e sustentabili-
dade da edificação. É composta por quatro requisitos, dos quais pode-se somar
20 pontos (8,88%) do total de pontos possíveis da certificação.

REQUISITO 59: Os projetos de reforma de construções existentes, que utiliza-


rem a prática de retrofit e que buscarem a Certificação Ouro - 9 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do Relatório de Aplicação de Certificação Sustentável.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: RACS.

REQUISITO 60: Os projetos de reforma de edificações existentes, que utiliza-


rem a prática de retrofit e que buscarem a Certificação Prata - 6 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do Relatório de Aplicação de Certificação Sustentável


.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: RACS.

REQUISITO 61: Os projetos de reforma de edificações existentes, que utiliza-


rem a prática de retrofit e que buscarem a Certificação Bronze - 4 pontos.

COMO AVALIAR: Análise do Relatório de Aplicação de Certificação Sustentável.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: RACS. EMISSÕES DE


REQUISITO 62: Projetos que apresentarem, no requerimento de obtenção da
certificação, selo de certificação e orientação ambiental de construções susten- GASES DO
EFEITO ESTUFA
táveis emitido por instituição reconhecida poderão alcançar pontuação parcial
ou máxima no IPTU VERDE - Pontuação parcial ou máxima.

COMO AVALIAR: Análise da certificação enviada para edificações concluídas


conforme Portaria nº 0034/2015.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: certificação existente conforme Portaria


nº 0034/2015.

78 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 79
EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA REFERÊNCIAS
Esta categoria visa reduzir as emissões de gases do efeito estufa. É composta ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.969 - Tanques sép-
por um requisito, equivalente a 5 pontos (1,75%) do total de pontos possíveis ticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
da certificação. líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997.

REQUISITO 63: Inventário para compensação/neutralização de emissão de GEE: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Insti-
inventário refletindo adequadamente as emissões, através de metodologia con- tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro.
sistente, que permita comparação ao longo do tempo. Relatar as fontes relativas Portaria nº 372, de 17 de setembro de 2010. Requisitos Técnicos da Qualida-
à operação da edificação, nos seus consumos de áreas comuns de energia /água/ de para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços
combustível para geradores. O empreendimento deverá oferecer índice de redu- e Públicos (RTQ-C). Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/etiqueta-
ção de GEE acima de 80%, por meio de compensação - 5 pontos. gem/comercial/regulamentos.

COMO AVALIAR: Análise de inventário com base na ferramenta GHG Protocol, _______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Insti-
disponível no site www.ghgprotocolbrasil.com.br, contendo fontes relativas à tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro.
operação da edificação e certificação anual da compensação de carbono que Portaria Complementar nº 17, de 16 de janeiro de 2012. Portaria Complemen-
ofereça índice de redução de GEE acima de 80%. tar aos Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energé-
tica de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Disponível em:
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: Inventário GHG Protocol e Certificado RCE http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/comercial/regulamentos.
(Redução Certificada de Emissões).
______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro. Portaria
nº 18 de 16 de janeiro de 2012. Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível
de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R). Disponível em:
http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/residencial/regulamentos.

CB3E – CENTRO BRASILEIRO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES.


Manual para aplicação do RTQ-C. Versão 3. Com base na Portaria 372/2013.
Florianópolis, 2015. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/
files/projetos/etiquetagem/comercial/downloads/manual-rtqc_V4.pdf.

CB3E – CENTRO BRASILEIRO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES.


Manual para aplicação do RTQ-R. Versão 1. Com base na Portaria 18/2012. Flo-
rianópolis, 2014. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/sites/default/fi-
les/projetos/etiquetagem/residencial/downloads/Manual_RTQR_102014.pdf.

CENTRO BRASILEIRO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES – CB3E.


Planilha de cálculo do sistema de aquecimento de água: solar. Disponível em:
http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem/residencial/planilhas-catalogos.

ACBC – ASSOCIAÇÃO DE CICLISMO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ E


CAMBORIÚ.

Guia para construção de bicicletários adequados. Disponível em:


http://www.acbc.com.br/mobilidade/guia-bicicletario/

80 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 81
ANEXO 1
DECRETO Nº 25.899, de 24 março de 2015

Regulamenta o Art. 5º da Lei nº 8.474, de 2 de outubro de 2013, e institui o Pro-


grama de Certificação Sustentável “IPTU VERDE” em edificações no município
de Salvador, que estabelece benefícios fiscais aos participantes do programa,
assim como o Art. 5º da Lei nº 8.723, de 22 de dezembro de 2014, e dá outras
providências.

CONSIDERANDO que o Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001,


estabelece como Diretrizes Gerais da Política Urbana a garantia do direito a ci-
dades sustentáveis, a ordenação e o controle do uso do solo, de forma a evitar a
poluição e a degradação ambiental e a adoção de padrões de produção e con-
sumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da
sustentabilidade ambiental, social e econômica do município e do território sob
sua área de influência;

CONSIDERANDO que a Lei nº 8.474, de 2 de outubro de 2013, concede em


seu Art. 5º desconto de até 10% (dez por cento) do valor do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU a proprietários de imóveis resi-
denciais e não residenciais que adotem medidas que estimulem a proteção, a
preservação e a recuperação do meio ambiente;

CONSIDERANDO que a Lei nº 7.400, de 20 de fevereiro de 2007, dispõe sobre


o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador – PDDU,
doravante denominado apenas PDDU;

ANEXOS CONSIDERANDO as disposições vigentes contidas na Lei nº 3.377/84 e nº


8.167/12, que dispõem sobre o Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo no
Município de Salvador – LOUOS,

CONSIDERANDO que a Lei nº 8.723, de 22 de dezembro de 2014, concede, em


seu Art. 5º, redução de 80% (oitenta por cento) no valor venal dos terrenos de-
clarados como não edificáveis para fins de apuração do IPTU,

DECRETA:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica criado o Programa de Certificação Sustentável em edificações no


município de Salvador, denominado IPTU VERDE.

PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 83


§1o. A certificação concedida pela Prefeitura da Cidade de Salvador possui o apresentado quando do protocolamento do processo de construção, ampliação
objetivo de incentivar empreendimentos que contemplem ações e práticas e/ou reforma e modificação de projeto, acompanhado dos seguintes documentos:
sustentáveis destinadas à redução do consumo de recursos naturais e dos
impactos ambientais. I – formulários constantes nos Anexos I e II;
II – projeto de arquitetura e memorial descritivo.
§2o. A certificação IPTU VERDE é opcional e aplicável aos novos empreendi-
mentos a serem edificados, assim como às ampliações e/ou reformas de edifi- § 1º Só serão admitidos os pedidos de pré-certificação de empreendimentos que
cações existentes de uso residencial, comercial, misto ou institucional. não tenham pendências relativas ao licenciamento e/ou fiscalização ambiental,
mediante a apresentação de declaração do órgão municipal responsável.
Art. 2º A certificação IPTU VERDE será obtida pelo empreendimento que adotar
ações e práticas de sustentabilidade relacionadas no Anexo I, correspondendo § 2º Em se tratando de ação e prática de sustentabilidade relativa ao consumo
cada ação à pontuação ali estabelecida, da seguinte forma: de água, quando o empreendimento for também abastecido com captações
superficiais ou subterrâneas, o empreendedor deverá apresentar o documento
I - o empreendimento que atingir, no mínimo, 50 (cinquenta) pontos será classi- de outorga e/ou anuência emitido pelo órgão competente.
ficado como BRONZE;
II - o empreendimento que atingir, no mínimo, 70 (setenta) pontos será classifi- § 3º No caso de ação e prática de sustentabilidade relativa ao uso da água
cado como PRATA; proveniente de captações superficiais ou subterrâneas destinada ao abasteci-
III - o empreendimento que atingir, no mínimo, 100 (cem) pontos será classifica- mento humano (potável), o empreendedor deverá apresentar o documento de
do como OURO. Controle de Qualidade da Água, em atendimento à Portaria nº 2.914, de 12 de
dezembro de 2011, do Ministério da Saúde.
Parágrafo único. No caso de projeto de reforma ou ampliação de edificação
existente, as ações e práticas de sustentabilidade deverão ser relativas a toda § 4º No caso de ação e prática de sustentabilidade relativa ao manejo de re-
edificação e ao lote em que ela se encontra implantada. síduos sólidos, o empreendedor deverá apresentar junto com a proposta de
pré-certificação o Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos da atividade,
Art. 3º A obtenção da certificação IPTU VERDE não exime nenhum empreen- incluindo-se neste, se couber, as outras categorias de resíduos que não sejam
dimento do cumprimento integral da legislação ambiental, urbanística, edilícia, urbanos, como resíduos sólidos industriais, especiais e perigosos, para avaliação
tributária e demais normas legais aplicáveis. pelo órgão municipal competente.

§ 1º As edificações existentes que não foram objeto de licenciamento poderão Art. 6º O requerimento será analisado pelo órgão licenciador, no prazo de até
participar do Programa, desde que obtenham a sua regularização nos órgãos 60 (sessenta) dias úteis.
licenciadores municipais.

§ 2º Para os empreendimentos não implantados e licenciados antes da vigência CAPÍTULO III


deste Decreto poderá ser pleiteada a certificação através do protocolo de solici- DO LICENCIAMENTO
tação de processo próprio atendendo às exigências listadas no Art. 5º.
Art. 7º O projeto que solicitar a pré-certificação IPTU VERDE terá tramitação
prioritária nos procedimentos de licenciamento, tais como obtenção de Alvarás
Art. 4º A descaracterização das ações e práticas de sustentabilidade que
de Construção, Ampliação e/ou Reforma, modificação de projeto aprovado, as-
justificaram a concessão da certificação IPTU VERDE importará no cancelamen-
sim como Alvará de Habite-se.
to, a qualquer tempo, da certificação emitida, bem como seus benefícios.
Parágrafo único. Os órgãos responsáveis pelo licenciamento de obras ou pela
emissão de pareceres técnicos que subsidiem o licenciamento terão prazo de até
CAPÍTULO II
30 (trinta) dias úteis para formular as exigências, que deverão ser feitas de uma só
Do REQUERIMENTO DA CERTIFICAÇÃO DO PROJETO
vez, e mais 30 (trinta) dias úteis, após o cumprimento integral das exigências, para
aprovação do projeto ou emissão do parecer técnico, salvo quando por despacho
Art. 5º O requerimento para obtenção da pré-certificação IPTU VERDE,
fundamentado for justificada a impossibilidade do cumprimento deste prazo.
indicando as ações e práticas de sustentabilidade a serem adotadas, deverá ser

84 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 85
CAPÍTULO IV cional ao número de meses que faltar para o fim do exercício.
DA CONCESSÃO DA CERTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
§ 3º Para fins de vigência final do desconto no IPTU, será considerado o exercí-
Art. 8º No ato da solicitação do Alvará de Habite-se, sendo verificado que as
cio da data de vencimento do Certificado IPTU VERDE, sendo o cálculo propor-
ações de sustentabilidade constantes do Anexo I, declaradas para obtenção da
cional ao número de meses que faltar para o fim do exercício.
certificação, foram efetivamente cumpridas, será concedida a certificação IPTU
VERDE, de acordo com o disposto no Art. 2º deste Decreto.
§ 4º O órgão licenciador deverá remeter à Sefaz, até 31 de outubro de cada ano,
o cadastro de empreendimentos com certificação renovada, para o registro do
§ 1º A avaliação quanto à pontuação final do empreendimento, conforme o dis-
benefício fiscal de desconto no IPTU.
posto no Art. 2º, ficará a cargo do órgão licenciador, que poderá assinar convê-
nios com órgãos e entidades municipal, estadual e federal.
§ 5º Somente farão jus a continuar recebendo o benefício os contribuintes que
anualmente estiverem em situação de regularidade fiscal e cadastral em 30 de
§ 2º Ficará a cargo da Secis a emissão da certificação IPTU VERDE, nos termos
novembro de cada ano, para vigorar para o exercício seguinte.
do Anexo III.

§ 3º A emissão do certificado fica condicionada à apresentação das Certidões


SECÃO II
Negativas de Débitos Imobiliários e Débitos Mobiliários e à inexistência de regis-
DA REDUÇÃO DO VALOR VENAL PARA OS TERRENOS
tro no Cadastro Informativo Municipal – CADIN.
Art. 11. Para fins do disposto no art. 5º da Lei nº 8.723, de 22 de dezembro de
Art. 9º Após a emissão do Alvará de Habite-se, o processo será encaminhado
2014, os terrenos declarados como não edificáveis e que não sejam economica-
à Sefaz, contendo o certificado IPTU VERDE, para as providências necessárias.
mente explorados terão redução de 80% (oitenta por cento) no valor venal, para
efeito de apuração do IPTU a ser pago.
Parágrafo único. No Alvará de Habite-se deverá constar a anotação de que a
edificação foi construída de acordo com a certificação IPTU VERDE.
§ 1º A redução prevista no caput deste artigo só se aplica sobre a parte não edi-
ficável do terreno.
CAPÍTULO V
§ 2º Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se como não edifi-
DOS BENEFÍCIOS FISCAIS NO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E
cáveis os terrenos inseridos em Áreas de Proteção Ambiental – APA, nos termos
TERRITORIAL URBANA – IPTU
da Lei nº 7.400/2007 – PPDU, obedecidos os critérios de zoneamento específico
para cada área.
SEÇÃO I
DO DESCONTO NO IPTU DAS EDIFICAÇÕES
§ 3º As Áreas de Proteção Ambiental – APA a serem consideradas para os fins
do disposto neste Decreto são as seguintes:
Art. 10. Será concedido desconto na cobrança do IPTU para todas as unidades
imobiliárias autônomas que compõem a edificação, da seguinte forma:
I - APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu;
II - APA Baía de Todos os Santos;
I – desconto de 5% (cinco por cento), quando houver a certificação BRONZE;
III - APA Joanes/Ipitanga;
II – desconto de 7% (sete por cento), quando houver a certificação PRATA;
IV – APA Lagoas e Dunas do Abaeté.
III - desconto de 10% (dez por cento), quando houver a certificação OURO.
§ 4º Em se tratando de Área de Proteção Ambiental – APA, a redução prevista
§ 1º A concessão do desconto descrito no caput terá validade de 3 (três) anos,
no caput deste artigo será suspensa pelo órgão competente, caso se comprove
quando deverá ser reavaliado pelo órgão licenciador, podendo ser renovado o
a inobservância das normas legais pertinentes à preservação ambiental.
benefício por igual período, mediante solicitação do interessado.
§ 5º A redução do valor venal será requerida pelo contribuinte interessado, até
§ 2º Para fins de vigência inicial do desconto no IPTU, será considerado o exer-
30 de abril do exercício, à Sefaz anexando cópia dos documentos considerados
cício da data de expedição do Certificado IPTU VERDE, sendo o cálculo propor-
necessários.

86 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 87
§ 6º Para fins de vigência inicial do redutor do valor venal, será considerado o
exercício do requerimento do benefício.

CAPÍTULO VI
DAS SANÇÕES
GABINETE DO PREFEITO
Art. 12. O desconto na cobrança do IPTU de que trata o Art. 10 deste Decreto
poderá ser cancelado de ofício, a qualquer momento, pela Sefaz, em que seja MUNICIPAL DE SALVADOR,
verificado o descumprimento dos termos da respectiva certificação. EM MARÇO DE 2015.
Parágrafo único. O cancelamento previsto no caput será estendido a todas as
unidades autônomas que compõem a edificação, mesmo que o descumprimen-
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO
to tenha sido causado por uma única unidade imobiliária.
Prefeito
Art. 13. O descumprimento de um dos termos da respectiva certificação deverá
ser comunicado pelo contribuinte à Sefaz, no prazo de até 30 (trinta) dias, a JOÃO INÁCIO RIBEIRO ROMA COSTA
contar do ato ou fato que lhe deu origem. Chefe de Gabinete do Prefeito

Parágrafo único. A falta de comunicação prevista no caput deste artigo implica PAULO GANEM SOUTO
na aplicação da penalidade disposta na alínea “a”, inciso I do Art. 82 da Lei nº Secretário Municipal da Fazenda
7.186, de 27 de dezembro de 2006.

SÍLVIO PINHEIRO
Art. 14. No ato do protocolamento do processo, os responsáveis técnicos e em-
preendedores assumem como verídicas as informações anotadas no Anexo I do Secretário Municipal de Urbanismo
presente Decreto, respondendo pelo seu fiel cumprimento, sob pena de serem res-
ponsabilizados através de sanções legais, civis e criminais, a depender do caso. ANDRÉ MOREIRA FRAGA
Secretário Municipal Cidade Sustentável

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 15. Caberá às Secretarias Municipais Cidade Sustentável – Secis e de Urba-


nismo – Sucom:

I - a realização de programas e ações de divulgação do programa de certificação;


II - a elaboração de manual para o fiel cumprimento do presente Decreto.

Art. 16. As Secretarias Municipais referidas neste Decreto poderão expedir ins-
truções necessárias ao cumprimento das normas estabelecidas neste regula-
mento.

Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

88 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 89
AÇÕES E PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE Iluminação natural em escadas de segurança , desde
13 que atendida a legislação vigente (Decreto Municipal 1
23252/12 e NBR 9077) e mediante análise específica.
GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS (Subtotal de 39 Ptos. = 13.68 %)
Instalação de sistemas de iluminação em 100% das
Pontuação Pontuação áreas comuns, com distribuição em circuitos
Item Sistemas e dispositivos economizadores Observação 14 5
Máxima Declarada independentes e dispositivos economizadores, tais
Uso de equipamentos economizadores de água como sensores de presença.
(torneiras com arejadores, spray e/ou temporizadores Fontes alternativas de energia: uso de painéis solares
1 3
e chuveiros com regulador de pressão) em no mínimo fotovoltaicos, que atendam a no mínimo 10% da
60% dos pontos de utilização da edificação. iluminação das áreas comuns, exceto áreas externas
Uso de descargas de vasos sanitários de comando 15 e estacionamentos. 10
2 duplo ou comando único com volume reduzido de 4.8 3 No caso de edificações constituídas de uma única
litros em no mínimo 60% dos pontos. unidade imobiliária, a economia deve ser de no míni-
mo 10% do consumo anual total.
Individualização dos medidores de consumo de água
fria e quente (quando tiver sistema de aquecimento Fontes alternativas de energia: uso de turbinas eóli-
3 2 ca, que atendam a no mínimo 5% da iluminação das
central de água) nas edificações multifamiliares,
comerciais, institucionais e mistas. áreas comuns, exceto áreas externas e
16 estacionamentos. 10
Sistemas de reúso de 90% das águas cinzas: No caso de edificações constituídas de uma única
4 sistema independente constituído de tratamento, 7 unidade imobiliária, a economia deve ser de no
reservação e distribuição para vasos sanitários. mínimo 5% do consumo anual total.
Sistemas de reúso de 90% das águas negras: sistema Condutores de prumadas dimensionados para
5 independente constituído de tratamento, reservação e 10 17 5
uma queda de tensão menor ou igual a 1%.
distribuição para vasos sanitários.
Ventilação cruzada proporcionando condições de
Aproveitamento de águas pluviais em 90% da área de escoamento de ar entre as aberturas localizadas em
cobertura, excetuando possível área de telhado verde: 18 1
6 7 pelo menos duas diferentes fachadas e orientações
implantação de sistema de captação, tratamento, das unidades imobiliárias residenciais.
reservação e distribuição para vasos sanitários.
Existência de dispositivos de proteção solar externos
Aproveitamento de água de condensação do sistema às aberturas dos ambientes de permanência
7 de ar-condicionado, em no mínimo 80% dos pontos 7 19 2
prolongada que permitam escurecimento e venti-
dos equipamentos, para utilização nos vasos sanitários. lação em unidades imobiliárias residenciais.
EFICIÊNCIA E ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS (Subtotal de 142 Ptos. = 49.82 %) Sistema de proteção e sombreamento em fachadas -
Sistema de aquecimento solar dimensionado para pérgolas horizontais ou verticais, brises ou persianas
atender a demanda anual de água quente. 20 externas, e outros protetores solares ou ainda 3
Os coletores solares para aquecimento de água vegetação.
devem possuir ENCE A ou Selo Procel e os Deverá ser apresentada máscara de sombra.
reservatórios de água devem possuir Selo Procel. Apresentar Nível A de eficiência na envoltória de
21 15
Quando dimensionado para atender a trinta por cento acordo com o RTQ-C.
8 5
(30%) de toda a demanda de água quente. Apresentar Nível B de eficiência na envoltória de
22 10
Quando dimensionado para atender a cinquenta por acordo com o RTQ-C.
9 7
cento (50%) de toda a demanda de água quente. Apresentar Nível C de eficiência na envoltória de
23 5
Quando dimensionado para atender a setenta por acordo com o RTQ-C.
10 10
cento (70%) de toda a demanda de água quente. Para edificações comerciais e institucionais, os
Aquecimento de água por bomba de calor: as bombas elementos opacos das coberturas, quando abaixo de
de calor devem possuir coeficiente de performance um ambiente que possui condicionamento artificial, o
11 (COP) maior ou igual a 3,0 W/W e não devem utilizar 8 24 fator solar dos elementos opacos deve ser menor ou 2
gases refrigerantes comprovadamente nocivos ao igual a 2,0% e em coberturas que os ambientes não
meio ambiente (por exemplo, R22). possuam condicionamento artificial o fator solar dos
elementos opacos deve ser menor ou igual a 4,0%.
Existência de isolamento térmico da tubulação
de água quente: nas tubulações não metálicas, a Inovações técnicas e de sistemas: sistemas de
espessura mínima do isolamento deve ser de 1,0 cm, cogeração e/ou inovações técnicas de qualquer
25 6
com condutividade térmica entre 0,032 e 0,040 W/ sistema que apresente economia mínima de 20% no
mK, para qualquer diâmetro nominal de tubulação. consumo anual de energia elétrica.
Nas tubulações metálicas, a espessura do isolamento Apresentar Nível A de eficiência de acordo com a
12 2
deve ser de 1,0 cm para diâmetro nominal da certificação Inmetro, no sistema de condicionamento
tubulação de até 40 mm e 2,5 cm para diâmetros 26 de ar central, split ou aparelho de janela calculado de 3
nominais da tubulação iguais ou maiores que 40 mm, acordo com o RTQ-C e RTQ-R , nos ambientes de
com condutividade térmica entre 0,032 e 0,040 W/ áreas comuns.
mK. Quando exposto ao sol, o isolamento deve ter
proteção contra raios UV e umidade.

90 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 91
Apresentar Nível A de eficiência de acordo com a Iluminação natural e ventilação em 100 % das áreas
certificação Inmetro, no sistema de condicionamento 41 comuns (circulação social e de serviço dos 4
de ar central, split ou aparelho de janela calculado de pavimentos tipo com extensão de até 20 m).
27 3
acordo com o RTQ-C, em edificações comerciais e
Existência de abertura voltada para o exterior ou pris-
institucionais constituídas de uma única unidade
42 ma ou poços de ventilação do edifício em 100% dos 4
imobiliária.
banheiros da edificação (exceto lavabos).
Limitar a potência de iluminação dos espaços internos
Existência de abertura voltada para o exterior ou
das edificações de acordo com a densidade de potên-
28 3 43 prisma ou poços de ventilação do edifício em 50% dos 2
cia de iluminação limite (DPIL – W/m2) estipulada para
banheiros da edificação (exceto lavabos).
o nível A de eficiência do RTQ-C.
Telhados de cobertura verde: implantação de telhado
Ambientes com abertura(s) voltada(s) para as áreas
44 verde em no mínimo 25% do teto do último pavimento 10
externas ou para átrio não coberto ou de cobertura
da edificação.
translúcida e que contenham mais de uma fileira de
luminárias paralelas à(s) abertura(s) devem possuir Adoção de esquadrias externas com tratamento
45 4
um controle instalado, manual ou automático, para o acústico.
acionamento independente da fileira de luminárias Utilização de geradores de energia elétrica para
29 2
mais próxima à abertura, de forma a propiciar o 46 emergência insonorizados ou com tratamento acústico 3
aproveitamento da luz natural disponível. Aplicável do ambiente e descarga do tipo hospitalar.
em edificações constituídas de uma única
unidade imobiliária comercial ou institucional. Implantação de bicicletários e estrutura de apoio
Exceção: unidades de edifícios de meios de Prever bicicletários, observando para as vagas o
hospedagem. percentual mínimo de 20% do número mínimo exigido
Geradores de energia elétrica utilizando como 47 de vagas para automóveis. 4
30 4 Deverá também oferecer vestiário nos prédios
combustível GN ou etanol.
comerciais e institucionais.
31 Geração a frio por absorção ou bomba de calor GHP. 6
Central de resíduos com compartimentos para
Recuperação de calor com emprego de roda entálpica coleta seletiva
32 (trocador de calor) no sistema de renovação de ar de 8
área exterior. Espaço ventilado e de fácil acesso com revestimento
48 1
de material lavável e ponto de água.
Orientação ao sol e ventos: apresentação de estudos
de insolação com soluções para sombreamento das 49 Resfriamento de casa de lixo. 2
edificações e melhor aproveitamento e estratégias de 50 Trituradores de papel e papelão. 1
33 4
uso da ventilação natural existente.
Os estudos deverão ser anexados ao memorial descri- 51 Compactadores de lixo. 1
tivo.
52 Trituradores de pia de cozinha em 90% dos pontos. 3
Elevadores.
53 Parcerias com cooperativas cadastradas no município. 2
34 Elevadores com regeneração de energia elétrica. 1
Plantio de espécies vegetais nativas: uso de espécies
35 Elevadores com programação de tráfego. 1 vegetais nativas para sombreamento do passeio
54 2
PROJETO SUSTENTÁVEL (Subtotal de 80 Ptos. = 28.07%) com espaçamento mínimo de 6 m ou definido em
função da copa.
Pontuação Pontuação
Item Sistemas e dispositivos economizadores Observação Vagas para veículos elétricos: previsão de vagas
Máxima Declarada dotadas de sinalização e estrutura para
Percolação: utilização de pavimentação permeável 55 recarregamento de veículos elétricos, em edificações 7
36 pelo menos em 60% da área de passeio, atendidos os 5 residenciais, equivalente a, no mínimo, 10% das
critérios discriminados na Lei 8.140/11. vagas mínimas exigidas.
Retardo e infiltração de águas pluviais: construção de Estruturas metálicas: utilização de estruturas metálicas
reservatórios e/ou valas de infiltração que permitam o 56 em substituição ao concreto convencional. 5
37 retardo do escoamento das águas pluviais. 2 Discriminar na especificação de materiais.
Deverá ser apresentado projeto específico com a Aumento de 100% de largura dos passeios fronteiriços
ART/RRT no protocolamento. à edificação, totalizando no mínimo 3.00 m para lotes
57 5
Ampliação de áreas permeáveis além do exigido por com testada até 20 m voltadas para a via principal e
38 lei: acréscimo de 10% sobre a área permeável mínima 5 5.00 m para os demais casos.
exigida para o terreno. Recuo dos muros limítrofes, permitindo a criação de
Elevadores para macas (dimensões internas 1.20 x 58 espaço de convivência público em no mínimo 10% da 4
39 2 área do terreno.
2.20 m).
Iluminação natural e ventilação em 50% das áreas
40 comuns (circulação social e de serviço dos pavimentos 2
tipo com extensão de até 20 m).

92 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 93
BONIFICAÇÕES (Subtotal de 19 Ptos. = 6.68 %) FORMULÁRIO PARA OBTENÇÃO DE CERTIFICAÇÃO
Pontuação Pontuação “IPTU VERDE”
Item Sistemas e dispositivos economizadores Observação
Máxima Declarada
Os projetos de reforma de construções existentes, que
59 utilizarem a prática de retrofit e que buscarem a 9 Empreendimento: Logradouro (cód. log.): Bairro:
Certificação Ouro.
Os projetos de reforma de edificações existentes, que
60 utilizarem a prática de retrofit e que buscarem a 6
Certificação Prata. Proprietário ou requerente: CPF:
Os projetos de reforma de edificações existentes, que
61 utilizarem a prática de retrofit e que buscarem a 4
Certificação Bronze.
Endereço: Bairro: CEP:
Projetos que apresentarem, no requerimento de ob-
tenção da certificação, selo de certificação e orien- Pontuação
62 tação ambiental de construções sustentáveis emitido parcial ou
por instituição reconhecida poderão alcançar pontu- máxima
ação parcial ou máxima no IPTU VERDE. E-mail:
EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA (Subtotal de 5 Ptos. = 1.75 %)
Inventário para compensação/neutralização de emissão
de GEE: inventário refletindo adequadamente as
emissões, através de metodologia consistente, que
permita comparação ao longo do tempo. Relatar as Autor do projeto: CPF:
63 fontes relativas à operação da edificação, nos seus con- 5
sumos de áreas comuns de energia/água/combustível
para geradores. O empreendimento deverá oferecer
índice de redução de GEE acima de 80%, através de Endereço: Bairro: CEP:
compensação.
TOTAL DE PONTOS (285 Ptos. = 100%) 285

Profissão: Telefone: CAU/CREA Nº:

Nós, abaixo assinados, atestamos a veracidade das informações prestadas, es-


tando o projeto apresentado de acordo com as práticas e ações de sustenta- E-mail:
bilidade indicadas no Formulário acima, respeitando a legislação vigente, bem
como as recomendações da ABNT e das concessionárias dos serviços públicos,
e assim pleiteamos para o projeto a qualificação de;
RT pela execução da obra: CPF:
( ) BRONZE
( ) PRATA
( ) OURO Endereço: Bairro: CEP:
( ) A DEFINIR

Profissão: Telefone: CAU/CREA Nº:


Em: _______ de _____________________ de 2015.

Proprietário: ______________________________________________________
E-mail:

Responsável Técnico Projeto : ________________________________________

Responsável Técnico Obra : __________________________________________

94 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 95
CERTIFICADO “IPTU VERDE”
ANEXO 2
Certifico que o empreendimento, objeto do Processo Administrativo nº_________
PORTARIA Nº 0034/2015
__________________________, situado na __________________________________ O SECRETÁRIO DA SECRETARIA CIDADE SUSTENTÁVEL, no uso das atri-
_ buições que lhe são conferidas por lei e CONSIDERANDO que o Decreto nº
25.899, de 24 de março de 2015, institui o Programa de Certificação Ambien-
_____________________________________________________, cumpriu com todas tal IPTU VERDE em edificações no município de Salvador, que estabelece
as ações e práticas de sustentabilidade indicadas em projeto, na qual atingiu a pontua- benefícios fiscais aos participantes do Programa;
ção de ___________ pontos, conferindo-lhe a qualificação ITPU VERDE categoria: CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer procedimentos para a aná-
lise dos pedidos de certificação para efeito da concessão do desconto do
( ) BRONZE IPTU VERDE, em razão de apresentação de selo de certificação e orienta-
( ) PRATA ção ambiental de edificações sustentáveis, no âmbito da competência da
( ) OURO Secretaria Municipal Cidade Sustentável;

CONSIDERANDO que atualmente existem poucas Certificações Ambientais


em, _______/_______/_________________ de Edificações disponíveis no Brasil.

RESOLVE:
______________________________________________
Art.1º Fica disciplinado através desta Portaria que os projetos que apresen-
Nome e Matrícula tarem, no requerimento de obtenção da certificação, conforme consta no
Anexo I, Bonificações, Item 62, selo de certificação e orientação ambiental
SECIS – SECRETARIA CIDADE SUSTENTÁVEL de construções sustentáveis, emitido pelas instituições abaixo designadas,
Ladeira de São Bento, 89 - Edif. Oxumaré, sala 301 - Centro. Telefone: 3202-5630 poderão alcançar pontuação máxima no IPTU VERDE.

CERTIFICAÇÕES PONTUAÇÃO
SELO PROCEL; ENCE GERAL DA EDIFICAÇÃO
CONSTRUÍDA NÍVEL A DE ACORDO COM RTQ-C E
RTQ-R; LEED PLATINA NC; LEED OURO NC; LEED 100
PRATA NC; LEED SCHOOL; LEED EXISTING BUILDING;
AQUA - HQE DE EXECUÇÃO OU OPERAÇÃO.
ENCE GERAL DA EDIFICAÇÃO CONSTRUÍDA
NÍVEL B DE ACORDO COM RTQ-C E RTQ-R; LEED 70
CERTIFICADO.

Art.2º Revoga-se a Portaria nº 0024/2015, publicada no Diário Oficial do Municí-


pio, em 27 a 29 de junho de 2015.

Art.3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO SECRETÁRIO CIDADE SUSTENTÁVEL, em 11 de novembro de 2015.

ANDRÉ MOREIRA FRAGA


Secretário

96 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE” PREFEITURA DE SALVADOR, A PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL 97
ELABORAÇÃO:
ANA CHRISTINA ROMANO MASCARENHAS
NEOENERGIA

ANDRÉ MOREIRA FRAGA


SECRETARIA CIDADE SUSTENTÁVEL

ANGELA MÁRCIA ANDRADE


ANGELA ANDRADE CONSULTORIA

JOÃO RESCH LEAL


SECRETARIA CIDADE SUSTENTÁVEL

MICHELE FOSSATI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

NELSON SIMÕES DE OLIVEIRA CARVALHO


SECRETARIA CIDADE SUSTENTÁVEL

ROBERTO LAMBERTS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

SANDRA VALENTE SANDE


SINDUSCON

THALES DE AZEVEDO FILHO


THALES DE AZEVEDO FILHO E ENGENHEIROS ASSOCIADOS

PROFISSIONAIS CONVIDADOS:
VINICIUS CAVALCANTE MARIANO
ENGENHEIRO CIVIL

SAUL KAMINSKY BERNFELD OLIVEIRA


ARQUITETO E URBANISTA

DIEGO VIANA GOMES


ARQUITETO

98 MANUAL PARA APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL “IPTU VERDE”
Acesse www.iptuverde.salvador.ba.gov.br
para tirar suas dúvidas e simular a implantação
das ações em seu empreendimento.

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