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Quintal verde consultoria

Eng. Agrônoma Thalita Cardoso Anastácio


(19)9 8152-0203

COLETA DE SOLO PARA ANÁLISE

A coleta de solo deve seguir alguns critérios, pois, somente assim, será
garantido o resultado representativo e coerente da área.

1ª etapa – Divisão da área em glebas homogêneas


Devemos subdividir a área em glebas (frações de território), que
apresentam características semelhantes.
Algumas das características observadas para a separação em glebas são:
tratos de adubação e correção; declividade; características distintas do solo da
área; cultura.
Para cada uma dessas glebas deve-se realizar uma amostragem,
resultando em uma amostra por gleba (área homogênea).
A amostra que será enviada para o laboratório é uma mistura de várias
subamostras retiradas em zigue-zague pela área. Quanto maior for o número de
subamostras, maior será a representatividade da área pela amostra composta.

2ª etapa – Coleta as amostras de solo


A profundidade da coleta vai variar com o estado, para SP, MG e RJ será
de 0 a 20 cm. Quando se trabalha com plantas com sistema radicular profundo,
também é indicado a realização da amostragem na profundidade de 20 a 40 cm.
A amostragem pode ser realizada com trato ou pá de corte (enxada reta).
- Realize a retirada os materiais sobre o solo, como grama, pedras e folhas
(sem retirar parte da camada de solo)
- Fazer um buraco com a profundidade desejada para a amostragem e
retirar uma “fatia” da parede do buraco (amostra simples).

Junte todas as “fatias” coletadas em zigue-zague de diversos pontos da


gleba em um balde limpo (amostra composta) e misture.
Retire uma fração de 300 a 500 g da amostra composta para enviar para
o laboratório (use saquinho plástico).
3ª etapa – Identificação das amostras
As amostras devem ser lacradas e identificadas com: Profundidade
coletada; Cidade; Data; Tipo de cultivo; outras.

4ª etapa – O que pedir ao laboratório na análise?

É interessante que seja solicitado a análise completa do solo, ela será


geralmente composta por (há variáveis por estado e laboratório):

 “Análise de rotina” – Macronutrientes


pH, Matéria Orgânica, Fósforo, Potássio, Enxofre, Cálcio, Magnésio,
acidez total (Hidrogênio+alumínio), e as determinações: SB, CTC, m,
V%.

 Micronutrientes
Boro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio, Zinco e Sódio (Sódio só e
necessária para área próxima ao litoral ou com suspeita de salinização ou
sodificação).

 Física
Areia, Silte e Argila.
Observações:
I. O solo deve ser analisado pelo menos a cada 2 ou 3 anos ou com
maior frequência em solos com problemas de fertilidade ou
intensamente cultivados.

II. Todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e


embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem
conter resíduos de calcário ou fertilizantes.

III. Para amostras nas quais pretende-se também analisar


micronutrientes, use ferramentas de aço e evite baldes de metal
galvanizado e alumínio.

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