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Relatório de Geologia :

Saída de campo
Helena Santos nº10 11ºA - 28/02/2022

Praia da Batata - Lagos

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 1


Introdução
Dia 14 de Fevereiro de 2022 fez se uma saída de campo com a turma do 11ºA, na
parte da manhã, para se discutir sobre a matéria de forma prática, vendo exemplos
pela cidade.

1ª paragem
A primeira paragem foi no Mercado Municipal de Lagos (Fig.2) onde
contemplou-se as escadas (fig 1) pois apenas observando-os dava para inferir que
eram uma rocha calcária que foi formada a 200 metros de profundidade em águas
tropicais e tinha sido formado a mais de 200 Milhões de anos, ou seja, na era
Mezósoica mais especificamente no período Cretáceo. Ainda no Mercado
Municipal de Lagos discutiu-se sobre os azulejos, chegando á conclusão que são
compostos por caulino, que é um minério.

Fig.1 Fig. 2

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 2


2ª paragem

A segunda paragem foi bem perto, foi só atravessar


a rua á frente do Mercado Municipal de Lagos,
sentamo-nos no muro entre a avenida e o rio e lá a
professora mostrou fotografias de Lagos no século
passado. Reparamos que antigamente a avenida que
nos conhecemos não existia e que o mar ia até quase
ao mercado, e que na parte atrás, onde está a marina
e etc. eram só areias, e a avenida era só areia e lodo.
Outra coisa que observamos enquanto estávamos
lá foi a calçada portuguesa (Fig. 3), que é feita de
calcários predominantemente de três cores : branco ;
preto ; vermelho.
Fig. 3 Os calcários brancos forma-se através da
precipitação do carbonato de cálcio na forma de bicarbonato , principalmente em
meio marinho. Os calcários avermelhados (tom de ferrugem ) são formados da
mesma maneira mas durante a formação havia o ferro reagiu com o oxigénio e
oxidou dando assim a cor avermelhada ao calcário. O calcário preto forma-se igual
ao branco mas em um ambiente onde existia muita matéria orgânica/carbonosa,
dando assim a cor preta/acizentada. Antigamente os portugueses faziam a calçada
portuguesa com os restos de calcário que sobrava das construções tendo assim uma
calçada com rochas de diferentes tamanhos e formas mas com o passar do tempo
foi se construindo a calçada portuguesa com calcários todos mais ou menos do
mesmo tamanho.

3ª paragem

A terceira paragem foi ao pé da estatua do D. Sebastião (Fig.


4), lá discutiu-se que antigamente esta estatua era uma
rotunda, e que a armadura é feita de um mármore escuro , ou
seja, um calcário que foi formado onde havia matéria
carbonosa e que sofreu metamorfismo para se transformar
em mármore, a cara de D. Sebastião é feita de mármore Del
Rey e o cabelo é feito com tufo calcário, provavelmente de
origem vulcânica.
Fig. 4

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 3


4ª paragem

A quarta paragem foi na fonte das oito bicas (Fig. 5),


observando a fonte descobrimos que foi inspirada
em uma fonte antiga que era usada para abastecer a
cidade. Esta fonte é feita de mármore, e com o fluxo
da água e com os químicos que usam para limpar a
agua, como o cloro, ela ficou erodido nas áreas de
maior fluxo, o ferro das bicas oxidou e viu-se que o
oxido de ferro escorreu para o mármore. Fig. 5

5ª paragem

A quinta paragem foi parque de estacionamento da avenida, lá observou-se uma


parte da muralha que não foi reformada, vendo assim, o calcário com cavidades
causadas pela erosão de seres vivos, que desgastaram a rocha criando pequenas
cavidades (Fig. 6) onde os seres vivos se protegiam do mar, esses seres vivos são
chamados de litófagos pois lito- significa rocha e fagos- significa comer, ou seja,
comem a rocha. Lá também se encontrou cracas (Fig. 7) que são seres vivos que
criam uma proteína que permite a eles se “colarem” a rocha e também ajudam a
proteger a rocha da erosão. Entre algumas rochas encontrámos gatos (Fig. 8) que
são estruturas de cobre responsáveis por juntar duas rochas para o muro não
colapsar, mas havia lá poucos pois por ser feito de cobre muitas pessoas roubam e
vendem, o que se pode tornar perigoso pois estas estruturas são muito importantes
para a muralha se manter estável. Lá também encontramos marcas nas rochas de
erosão provavelmente formadas por cordas de barcos, pois a muralha estava em
contato direto com o mar no século passado e essas marcas formaram-se
provavelmente por as cordas baterem na muralha.

Fig. 6

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 4


Fig. 7

Fig. 8

6ª paragem

A sexta paragem foi na praça do infante onde se observou uma rocha com
Estiolitos (Fig. 9) que são como um eletrocardiograma da rocha, pois tem a mesma
forma, são causados por a rocha sofrer grandes tensões. Ainda na praça do infante
uma loja tinha um mostruário com larvikito (Fig. 10) no fundo do mesmo, larvikito
é uma rocha magmática, que arrefece na crosta e como demora milhares de anos
para arrefecer tem tempo para formar os cristais, normalmente é encontrada na
Noruega. De seguida fomos á esquina em frete a farmácia Telo pois o canto da
construção (Fig. 11) tinha claramente sido construído a pressa graças ao terramoto
de 1755 pois la encontrava-se varias rochas diferentes e que não pertenciam
anteriormente aquela parede pois uma delas tinha um recorte que tinha sido feito
para outro lugar.

Fig. 10
Fig. 9 Fig. 11

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 5


7ª paragem

A sétima paragem foi na praia da batata (Fig. 12), lá observamos a rochas que são
bio calcoarenitos, ou seja, é composto por areias, calcários, e tem fosseis, e são
rochas heterogéneas pois da para ver as diferentes camadas de rochas e por ser
heterogénea tem umas partes mais erodidas que outras. Nesta praia notou-se o
principio da continuidade pois havia uma rocha que estava separada das outras
mas que tinha as mesmas camadas de sedimentos. Nas arribas haviam plantas que
por um lado são vantajosas e por outro lado são desvantajosas, é bom porque
diminuem a intensidade da chuva, por isso protege a arriba e por outro lado as
raizes vão se metendo pela arriba alargando as fracturas.

Fig. 12

Fim

1ª SAÍDA DE CAMPO 2022 - HELENA SANTOS 6

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