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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PAREDE

Biologia e Geologia – 11º ano, turmas A e B

Teste junho / 2020

Proposta de correção

1.
1.1. (A).
O texto refere que há duas intrusões – uma granítica, mais antiga e outra, que originou
gabros, gabrodioritos, dioritos e sienitos. Esta sequência de rochas da segunda intrusão,
pela ordem com que os seus termos estão apresentados, é sugestiva de cristalização
fracionada – um processo de diferenciação magmática que vai gerando magmas
sucessivamente mais ricos em sílica e que permite explicar a coexistência de rochas
magmáticas com diferentes composições químicas, no mesmo maciço intrusivo.

1.2. (D).
Em rochas mais antigas, a percentagem de isótopo pai é menor, porque, à medida que o
tempo passa, os isótopos pais vão-se desintegrando (desintegração radioativa).

1.3. (D).
Tem uma percentagem de sílica (SiO2) superior a 65%, logo, terá de ser uma rocha ácida.

1.4. (C).
Em contacto com o ambiente superficial, as rochas interagem com o ar e com a água.
Como a atmosfera é oxidante, o ião Fe2+ instabiliza-se, originando a forma oxidada (Fe3+).
Por isso, à medida que a meteorização química progride, diminui o teor de Fe2+ (FeO) e
aumenta o teor de Fe3+ (Fe2O3). O aumento de água reflete a influência dos processos de
hidrólise e hidratação na meteorização das rochas.

1.5. (B).
Tratando-se de metamorfismo de contacto, a influência da pressão é negligenciável; só a
temperatura e os fluidos influenciam o metamorfismo.

1.6. (A).
O conglomerado de Monte Santos tem fragmentos de calcários do Jurássico e do
Cretácico, os quais têm, seguramente, mais de 82 Ma, visto que já existiam na região,
quando a intrusão magmática se instalou. Os dados referem que aquele conglomerado é
de idade cenozoica (o texto esclarece que o Paleogénico é o primeiro período da era
Cenozoica), portanto, mais recente (tem menos do que 65 Ma – limite inferior da era
Cenozoica) do que os detritos que o compõem, o que está de acordo com o princípio da
inclusão.
1.7. (C).
As enxurradas são eventos muito energéticos. Nessas condições, a água consegue
transportar sedimentos de maiores dimensões mas não deixa de transportar os que são
mais pequenos, o que origina depósitos mal calibrados.

1.8. A resposta deve transmitir as seguintes ideias:


- essa mancha calcária corresponde a um resto da antiga cobertura sedimentar da intrusão
que constitui o maciço de Sintra (15 pontos);
- a referida cobertura sedimentar foi completamente erodida, expondo as rochas
intrusivas subjacentes, exceto naquele local (10 pontos).

1.9. As rochas estratificadas do Mesozoico já se encontravam deformadas, quando os


sedimentos do conglomerado se depositaram sobre elas.

2.
2.1. (B).
A imagem representa o flanco sul de uma dobra sinforma sinclinal. O outro flanco (o flanco
norte) não se vê na foto, porque está mais a norte, na Praia Pequena. O núcleo – onde
estão as rochas mais recentes, visto tratar-se de um sinclinal – estará entre as duas praias.
Portanto, em relação à foto, para a esquerda (norte), isto é, em direção ao núcleo, rochas
mais recentes e para a direita (sul), rochas mais antigas (ver desenho abaixo).

N Praia Pequena Praia Grande S

2.2. (C).
Tratando-se de um sinforma, as camadas convergem para a zona de charneira, pelo que as
do flanco norte têm de mergulhar (inclinar) para sul (ver desenho acima).
2.3. (B).
Em ambas as falhas, o teto sobe, conforme se percebe pela posição relativa de cada
estrato deslocado pelas falhas. Na foto abaixo, as setas brancas identificam o mesmo
estrato e a seta azul a orientação da compressão tectónica.

2.4. (D).
A areia da Praia Grande é mais escura do que o normal, porque contém uma percentagem
considerável de minerais escuros (máficos) que refletem a composição ferromagnesiana
das rochas donde são provenientes (provavelmente, os gabros e os gabrodioritos
presentes no maciço de Sintra, que se encontra junto à Praia Grande).

2.5. B – C – F – D – E – A.
As etapas B, C e F traduzem a formação da rocha calcária e dos fósseis (pegadas) que ela
contém. Os moldes (pegadas) foram impressos antes do sedimento calcário ter litificado, isto é,
antes da diagénese.
A verticalização da camada com as pegadas (e de todas as outras camadas, como as que se
veem na foto acima) foi provocada pela intrusão do maciço de Sintra (etapa E como
consequência de D), como refere o texto de suporte ao grupo 1: “A intrusão do maciço
influenciou a geologia regional, quer através da deformação dos estratos das rochas
sedimentares encaixantes…”.
Finalmente, a exposição das pegadas só foi possível porque a camada imediatamente mais
recente que, neste caso, devido à deformação excessiva, não se encontrava por cima mas ao
lado, foi erodida (etapa A).

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