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Ficha Formativa

Disciplina: Biologia e Geologia Ano:11º junho 2020

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o número
do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Grupo I

1. A falha de Santo André, cujo contexto tectónico se representa na Figura 1A, situa-se na costa oeste dos Estados
Unidos. O setor desta falha localizado na região de Cholame move-se de forma regular a uma taxa média de 28
mm/ano. A regularidade e a recorrência dos eventos sísmicos neste setor contrastam com as dos restantes setores a
NO e a SE, caracterizados por uma irregularidade sísmica com predomínio de deslocamentos bruscos e violentos. Na
Figura 1B, assinala-se a distribuição dos epicentros no setor de Cholame, para um dado período de tempo. Rochas do
grupo dos serpentinitos têm vindo a ser associadas a este setor da falha. Com efeito, os serpentinitos são quase
sempre o resultado de processos metamórficos de baixo grau, frequentemente condicionados pela circulação de
fluidos em zonas de falha. Estes processos atuam em rochas de proveniência mantélica, de tipo peridotítico, muito
ricas em olivina. A presença de talco em serpentinitos, identificados em sondagens realizadas na região de Cholame,
permite inferir que o talco se está aqui a formar como resultado da reação de minerais do grupo da serpentina com
fluidos hidrotermais ricos em dióxido de carbono, que ascendem ao longo do plano de falha. A identificação de talco
em serpentinitos associados a ambientes tectónicos ativos é um dado com muito significado, uma vez que, tendo o
talco uma resistência friccional baixa, poderá estar associado ao movimento mais contínuo da falha neste setor.

Fig 1

1.1. Ao longo da falha de Santo André, ocorre predominantemente

(A) convergência entre a placa do Pacífico e a microplaca de Juan de Fuca.

(B) deslizamento lateral entre a placa do Pacífico e a microplaca de Juan de Fuca.

(C) convergência entre a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana.

(D) deslizamento lateral entre a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana.


1.2. Os sismos gerados na falha de Santo André caracterizam-se por terem geralmente focos

(A) profundos, onde o comportamento frágil dos materiais da litosfera tende a predominar.

(B) profundos, onde o comportamento dúctil dos materiais da litosfera tende a predominar.

(C) superficiais, onde o comportamento frágil dos materiais da litosfera tende a predominar.

(D) superficiais, onde o comportamento dúctil dos materiais da litosfera tende a predominar.

1.3 Numa estação sismográfica distanciada do epicentro, a melhor explicação para o registo de ondas P e para
a ausência de registo de ondas S será por estas deixarem de se propagar, ao atravessarem o limite...

(A) crosta continental – manto. (C) manto – núcleo externo.

(B) núcleo externo – núcleo interno. (D) crosta continental – crosta oceânica.

1.4 O aumento do valor da velocidade de propagação das ondas sísmicas P no nosso planeta está geralmente
relacionado com o aumento da

(A) facilidade de deformação dos materiais atravessados.

(B) rigidez dos materiais atravessados.

(C) temperatura a que se encontram os materiais atravessados.

(D) porosidade dos materiais atravessados.

1.5 As primeiras ondas registadas num sismograma são

(A) transversais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direção de propagação da onda.

(B) transversais, provocando a vibração das partículas numa direção perpendicular ao raio sísmico.

(C) longitudinais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direção de propagação


da onda.

(D) longitudinais, provocando a vibração das partículas numa direção perpendicular ao raio sísmico.

1.6 As tensões existentes no setor de Cholame da falha de Santo André induzem um regime tectónico em que

(A) os blocos da falha sofrem essencialmente movimentos paralelos à direção do plano de falha.

(B) os blocos da falha sofrem essencialmente movimentos perpendiculares à direção do plano de falha.

(C) o bloco superior da falha desce relativamente ao bloco inferior.

(D) o bloco superior da falha sobe relativamente ao bloco inferior.

1.7 O deslocamento relativo dos dois blocos de uma falha é geralmente quantificado

(A) pela direção da falha. (C) pela inclinação da falha.

(B) pelo rejeito da falha. (D) pelo plano de falha.


1.8 Os peridotitos caracterizam-se por serem rochas geoquimicamente

(A) ácidas, constituídas essencialmente por silicatos de cálcio, de ferro e de magnésio.

(B) ultrabásicas, constituídas essencialmente por silicatos de alumínio, de sódio e de potássio.

(C) ultrabásicas, constituídas essencialmente por silicatos de cálcio, de ferro e de magnésio.

(D) ácidas, constituídas essencialmente por silicatos de alumínio, de sódio e de potássio.

1.9 Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos processos geológicos envolvidos na
formação do talco identificado nas sondagens efetuadas no sector de Cholame.

A. Reação da olivina com fluidos hidrotermais.

B. Génese da falha de Santo André.

C. Reação da serpentina com fluidos ricos em CO2.

D. Formação de peridotitos mantélicos.

E. Formação de serpentinitos.

1.10 Explique por que razão na região do vale de Cholame se regista uma elevada concentração de epicentros de
sismos de reduzida magnitude.

1.11 Faça corresponder cada uma das descrições de rochas da coluna A à respetiva designação, que consta da
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Rocha sedimentar detrítica, porosa e pouco permeável. (1)Ardósia


(b) Rocha magmática cristalina, granular, impermeável quando não fraturada ou alterada. (2)Areia
(c) Rocha metamórfica de alto grau, foliada, impermeável quando não fraturada ou alterada. (3)Argilito
(d) Rocha sedimentar detrítica, não consolidada, muito porosa e permeável. (4)Basalto
(e) Rocha metamórfica de baixo grau, foliada, com baixa permeabilidade quando não (5)Calcário
fraturada ou alterada. (6)Gnaisse
(7)Granito
(8)Mármore

2. A região de Idanha-a-Nova é dominada pela ocorrência de rochas metamórficas, magmáticas e sedimentares,


estas últimas representadas pelos depósitos de cobertura, como se mostra na Figura 2A. Os depósitos de cobertura,
de idade cenozoica, são constituídos por dois grupos de unidades. O grupo inferior corresponde a antigos depósitos
fluviais resultantes da alteração e do desmantelamento de rochas preexistentes. O conjunto superior é consequência
das sucessivas fases de soerguimento da Cordilheira Central Portuguesa, e é formado por depósitos localizados na
base de blocos abatidos por falhas. Os terrenos da região formam geralmente uma superfície aplanada, se
excetuarmos as cristas quartzíticas do sinclinal de Penha Garcia e os maciços graníticos, de que é exemplo o
inselberg (monte-ilha) de Monsanto. O sinclinal de Penha Garcia, cujo corte transversal está representado na Figura
2B, apresenta uma direção NO-SE e desenvolve-se em rochas do Ordovícico (488 a 444 milhões de anos). Esta
estrutura, que se prolonga para Espanha, destaca-se da planície que a cerca. Toda a sequência é rica em icnofósseis,
interpretados como pistas de locomoção e de alimentação de trilobites, que obteriam matéria orgânica
escavando e revolvendo os sedimentos, deixando as impressões dos seus apêndices locomotores marcadas no
substrato.

Fig 2

2.1 Por cristalização fracionada e diferenciação gravítica, o magma parental do granito de Monsanto foi-

se tornando progressivamente

(A) mais denso e mais rico em sílica. (C) menos denso e mais rico em sílica.

(B) mais denso e mais pobre em sílica. (D) menos denso e mais pobre em sílica.

2.2 Os quartzitos são rochas resultantes de processos de metamorfismo que atuaram sobre antigos depósitos

(A) evaporíticos. (C) argilosos.

(B) carbonatados. (D) areníticos.

2.3 A falha representada é , dado que o teto , relativamente ao muro.

(A) normal … desceu (C) inversa … desceu

(B) normal … subiu (D) inversa … subiu

2.4. As forças tectónicas que geraram o sinclinal de Penha Garcia terão sido

(A) distensivas, de direção NE-SO. (C) compressivas, de direção NO-SE.

(B) compressivas, de direção NE-SO. (D) distensivas, de direção NO-SE.

2.5 As unidades litológicas que se localizam na região central do sinclinal de Penha Garcia, entre os afloramentos dos
quartzitos do Ordovícico, são

(A) mais resistentes à erosão e mais antigas do que os quartzitos.

(B) mais resistentes à erosão e mais recentes do que os quartzitos.

(C) menos resistentes à erosão e mais antigas do que os quartzitos.

(D) menos resistentes à erosão e mais recentes do que os quartzitos.


2.6. A abundância de icnofósseis de trilobites no registo fóssil do Ordovícico inferior de Penha Garcia foi facilitada por

(A) as depressões geradas no substrato terem sido rapidamente preenchidas por sedimentos.

(B) as pistas de locomoção terem sido originalmente escavadas nos quartzitos.

(C) os exosqueletos de trilobites serem facilmente fossilizáveis.

(D) os paleoambientes da região se terem caracterizado por um elevado hidrodinamismo.

2.7. A deformação das rochas, associada à formação de cadeias montanhosas, pode dar origem a diferentes
estruturas geológicas como, por exemplo, a dobras. Indique o tipo de deformação associada à génese de dobras.
(forças e regime)

3. O Chaitén é um vulcão situado no sul do Chile, que, até 2008, apresentava uma caldeira vulcânica preenchida,
principalmente, por um domo de lava riolítica. Em Maio de 2008, o Chaitén entrou, repentinamente, em erupção,
construindo um novo domo de lava a norte do anterior e produzindo uma nuvem de cinzas vulcânicas e de gases que
atingiu quase 17 km de altura. A cidade de Chaitén, localizada a cerca de 10 km a sudoeste do local da erupção, ficou
coberta de cinzas. Cerca de 4000 pessoas tiveram de ser transportadas por barco. O mapa da Figura 3A evidencia a
localização do Chaitén, perto da costa oeste da América do Sul. A linha X – Y ali traçada define a direção segundo a
qual foi representada, na Figura 3B, uma secção do interior da Terra, evidenciando a zona de subducção resultante
da convergência entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana.

Fig. 3

3.1 Em limites de placas, como o representado na Figura 3B, para além da atividade vulcânica, pode
também ocorrer , resultante do aumento de temperatura e de pressão a que as rochas são sujeitas.

(A) destrutivos ... sedimentação (C) construtivos ... sedimentação

(B) destrutivos ... metamorfismo (D) construtivos ... metamorfismo

3.2. A formação do domo de lava riolítica que ocupava a caldeira do Chaitén, antes da erupção de maio de 2008,
relacionou-se provavelmente com o facto de a lava ser...

(A) muito viscosa. (C) de natureza básica.

(B) pouco silicatada. (D) com baixo teor de gases.

3.3. O riolito é uma rocha que apresenta textura , pois resulta de um arrefecimento do magma.

(A) granular ... rápido (C) agranular ... rápido

(B) granular ... lento (D) agranular ... lento


3.4. Relativamente às regiões envolventes, na zona do vulcão Chaitén o fluxo térmico é

(A) superior, devido à existência de uma zona de subducção.

(B) superior, devido à ascensão de magma.

(C)inferior, devido à ascensão de magma.

(D)inferior, devido à existência de uma zona de subducção.


3.5 O basalto é uma rocha abundante na ilha da Madeira. Relativamente à cor, essa rocha classifica-se como .
Esta característica está relacionada com a relativa de minerais félsicos na sua composição.

(A) leucocrata […] abundância (C) leucocrata […] escassez

(B) melanocrata […] abundância (D) melanocrata […] escassez

3.6. Faça corresponder a cada uma das manifestações vulcânicas, que constam da coluna A, o equivalente vulcânico,
expresso na coluna B.

COLUNA A COLUNA B
(a) Emissões periódicas de água subterrânea em ebulição sob a forma de colunas
de água. (1) Lavas encordoadas.
(b) Movimentos a grande velocidade de fluxos de piroclastos pulverizados (2) Fumarolas.
suspensos numa fase gasosa. (3) Nuvens ardentes.
(c) Formação de grandes fragmentos, expelidos violentamente, total ou (4) Lavas em almofada.
parcialmente fundidos e solidificados no seu percurso aéreo. (5) Géiseres.
(d) Escoamento lento de lava, originando rochas de superfície áspera e muito (6) Bombas vulcânicas.
rugosa. (7) Lavas escoriáceas.
(e) Formação de depressões resultantes do colapso da câmara magmática, em (8) Caldeiras vulcânicas.
consequência da ascensão e descompressão do magma.

3.7 Explique em que medida os estudos de gravimetria em regiões vulcânicas permitem prever a ocorrência
de atividade vulcânica.

4. A formação de cadeias montanhosas resultou de um conjunto de fenómenos representativos da atividade


geológica do nosso planeta há milhões de anos. O diagrama da Figura 4 representa os domínios de estabilidade dos
minerais andaluzite, distena e silimanite em função das condições de temperatura – pressão – profundidade
existentes numa cadeia montanhosa durante as fases de deformação que ocasionaram o metamorfismo e
condicionaram a instalação de um maciço granítico. A linha 1 do gráfico indica o início da fusão em granitos.

Fig 4

4.1. A partir da análise do gráfico da Figura 4 pode afirmar-se que…

(A) o aumento de temperatura promove a transformação de andaluzite em distena.

(B) a 600 ºC, o aumento de pressão promove a transformação de silimanite em andaluzite.

(C) a distena sofre cristalização em condições de pressão menos elevadas do que a andaluzite.

(D) o aumento de pressão de 2Kb para 4Kb, a 600 ºC, promove a transformação da andaluzite em silimanite.
4.2. A andaluzite, a silimanite e a distena são minerais polimorfos, pois apresentam…

(A) a mesma composição química e a mesma estrutura cristalina.


(B) a mesma composição química e diferente estrutura cristalina.
(C) diferente composição química e diferente estrutura cristalina.
(D) diferente composição química e a mesma estrutura cristalina.

4.3. A textura do xisto metamórfico traduz a influência de uma tensão , responsável pela
disposição dos minerais segundo planos paralelos.
(A) não foliada ... não litostática (C) foliada ... não litostática

(B) foliada ... litostática (D) não foliada ... litostática

4.4. A formação de gnaisse ocorre em ambientes onde o principal fator de metamorfismo é a…

(A) … temperatura elevada. (C) … pressão não litostática.

(B) … circulação de fluidos. (D) … pressão litostática.

4.5. O fenómeno de intrusão de magma granítico em rocha calcária promove o aparecimento de…

(A) filito. (C) gnaisse.

(B) mármore. (D) quartzito.

4.6. Explique a importância da presença de distena, de andaluzite ou de silimanite na caracterização do ambiente


de formação da rocha em que surgem.

4.7. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com
a transformação de um granito até que se venha a formar outra rocha magmática.

Inicie pela letra A.

A. Ação de movimentos tectónicos que levam à exposição do granito.

B. Acumulação de sedimentos, originando estratos.

C. Meteorização da rocha granítica.

D. Cristalização de minerais a partir de material silicatado em fusão.

E. Remoção de partículas do granito alterado.

F. Adaptação mineralógica e textural ao aumento de temperatura e pressão.

Fim

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