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O que é melhoria contínua e quais são as

suas etapas
No ritmo frenético em que vivemos atualmente, diversas mudanças tecnológicas surgem
o tempo todo e, para acompanhá-las, as companhias precisam desenvolver técnicas
de melhoria contínua de processos para conseguir atender às exigências do público, que
está cada vez mais rigoroso.

Há várias estratégias, métodos e ferramentas que podem ser adotados pelas


empresas com vistas ao aprimoramento contínuo. Para escolher o melhor e mais eficaz
para a realidade da sua empresa, no entanto, é preciso entender bastante sobre o assunto.

E se você deseja aprender mais sobre melhoria contínua de processos e suas etapas,
continue conosco, pois este artigo apresenta informações interessantes sobre o
tema. Boa leitura!

Afinal, o que é melhoria contínua?


A melhoria contínua é um esforço contínuo para melhorar produtos, processos ou
serviços, reduzindo o desperdício e aumentando a qualidade. Esse esforço contínuo gera
uma vantagem competitiva para as organizações.

O conceito de melhoria contínua desconsidera a ideia de que produtos e operações


podem ser “bons o suficiente”. Ou seja:não existe algo suficientemente bom em uma
organização, que deve estar em processo de aprimoramento constante.

Sendo assim, a melhoria contínua nunca pode ser encarada como um programa. Se
considerarmos dessa maneira, imediatamente definimos a expectativa de que ele tenha
uma data inicial e final. Isso entra em conflito direto com a mudança cultural que deve
ser impulsionada nas empresas.

Enfim, para que estratégia da melhoria contínua realmente funcione, é necessário que
haja continuidade na sua aplicação, de forma cíclica e integrando a cultura
organizacional da companhia.

Um pouco de história
Com o aumento do consumo no início do século XX, a produção em massa tornou-se
extremamente comum. Com isso, o público passou a exigir das grandes fábricas que os
produtos tivessem uma boa qualidade e, ao mesmo tempo, fossem uniformes.

Nesse contexto, os empresários perceberam a necessidade de melhorar os processos


internos para que pudessem oferecer o que o público demandava. Além disso, o
aumento de demanda trouxe a necessidade de processos mais rápidos e produtivos.
A melhoria contínua começa a ganhar importância no final do século XIX. Um dos
primeiros exemplos ocorreu na Ford Motor Company, com a introdução do conceito de
linha de montagem.

Ao mover mecanicamente as peças de cada estação de trabalho e o conjunto


semiacabado de uma etapa para a outra do processo, um produto acabado pode ser
montado mais rapidamente e com menos trabalho do que comparado a um sistema
estático.

Outra companhia que se destacou e foi pioneira na implantação de práticas de melhoria


da qualidade de seus processos foi a Guinness Brewery.

A cervejaria contratou o estatístico William Sealy Gosset em 1899, que alcançou fama
duradoura sob o pseudônimo de “Estudante” devido às técnicas desenvolvidas
na Guinness, particularmente a distribuição t de Student e o teste t de Student ainda
mais comumente conhecido.

Até que, em meados de 1948, começou a surgir no Japão a melhoria contínua de


processos que mudaria a trajetória das produções em larga escala. Tanto é verdade que,
nos dias de hoje, empresas de diversos setores e diferentes portes aplicam o pensamento
enxuto (Lean Thinking) derivado da melhoria contínua japonesa, com objetivo de evitar
sobrecargas, variações e desperdícios (muri, mura e muda, respectivamente).

Mais ou menos nessa mesma época surge Deming, pioneiro nos estudos e aplicação de
melhorias no âmbito da qualidade. Deming defendeu que todas as pessoas que desejam
melhorar a empresa onde trabalham, precisam ter o que ele chamou de um Sistema do
Saber Profundo, composto de 4 partes:

 Visão sistêmica: Entendimento dos processos globais envolvendo fornecedores,


executores e clientes de bens e serviços (SIPOC).
 Conhecimento da variação: O alcance e as causas da variação na qualidade de
um processo ou produto e uso da amostragem estatística nas medições.
 Teoria do conhecimento: Os conceitos explicativos do conhecimento e os
limites do que pode ser conhecido.
 Conhecimento de psicologia: Conceitos da natureza humana.

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