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Reitor
José Geraldo Souza Jr.
Vice-Reitor
João Batista de Sousa
Coordenadora de Pós-Graduação
Maria Carmen Rosa Vilela Tacca
VIRTUALIZANDO A ESCOLA
Migrações docentes rumo à sala-de-aula virtual
Brasília, 2010
Realização
Laboratório Ábaco de Pesquisas Interdisciplinares sobre o Computador
na Educação
Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação em Educação
Universidade de Brasília
Capitulistas
Amaralina Miranda de Souza
Cristiano Alberto Muniz
Deller James Ferreira
Gilberto Lacerda Santos
Jaqueline Barbosa Ferraz de Andrade
Laura Maria Coutinho
Lúcio França Teles
Marina Lima C. Branco
Rafael de Alencar Lacerda
Thais Erre Felix
Woquiton Lima Fernandes
Projeto gráfico
Leticia Brasileiro / Link Design
Revisão
Lu Câmara
Os organizadores e capitulistas desse livro agradecem, de
modo geral, a todos os que possibilitaram sua realização:
aos órgãos de fomento que financiaram diversas investi-
gações aqui relatadas (CNPq, FENADESP, FAPDF), às insti-
tuições de ensino superior, onde as investigações foram
realizadas (UnB, Unopar) e aos professores e tutores que
foram alvo de nossas inquietações acadêmicas e que nos
forneceram dados para análise (da Faculdade de Educação
da Universidade de Brasília, da Secretaria de Educação do
Distrito Federal, do Instituto Federal Baiano, da Secretaria
de Educação do Acre).
Sumário
Apresentação 9
Capítulo 1
Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas 15
Capítulo 2
O material didático na educação a distância e sua dimensão
cognitiva: do recurso ao discurso 37
Capítulo 3
A mediação na tutoria online: o entrelace que confere significado
à aprendizagem 51
Capítulo 4
Avaliação das interações na aprendizagem criativa colaborativa
na web 89
Capítulo 5
O Registro Reflexivo: uma concepção de avaliação aplicada
ao curso de licenciatura em pedagogia a distância 107
Capítulo 6
Hércules e Jiló no Mundo da Matemática: Pesquisa e
desenvolvimento de um software educativo para apoio à
virtualização de situações de educação inclusiva 121
Capítulo 7
Migrações docentes rumo à sala-de-aula virtual 163
9
Apresentação
Capítulo 1
Ensinar e aprender no meio virtual:
rompendo paradigmas
Resumo
Introdução
Considerações finais
Referências
digital em http://www.lab-eduimagem.pro.br/frames/seminarios/pdf/
aacd.pdf. Site consultado em 27/07/2008.
DWYER, T.; WAINER, J.; DUTRA, R. S.; COVIC, A.; MAGALHÃES, V. B.; FER-
REIRA, L. R. R.; PIMENTA, V. A. e CLÁUDIO, K. (2007). Desvendando mitos:
os computadores e o desempenho no sistema escolar. Educação & So-
ciedade, vol. 28 no. 101, Campinas: CEDES.
Capítulo 2
O material didático na educação a distância
e sua dimensão cognitiva: do recurso ao discurso
Resumo
Introdução
Cognição e aprendizagem
Conclusão
Referências
Capítulo 3
A mediação na tutoria online:
o entrelace que confere significado à aprendizagem
Resumo
Introdução
distância, a partir da fala, dos dizeres e dos fazeres dos profissionais que
estão (re)construindo caminhos, abrindo novas searas, confrontando-se
com novos e velhos desafios, e cuja ação mediadora confere significado
ao processo de ensino-aprendizagem por meio de ferramentas de inte-
ração. A função tutora está se constituindo na prática e, enxergando
esse educador como uma instância mediadora no processo de ensino
e aprendizagem. A Experiência de Aprendizagem mediada pode trazer
subsídios que ajudem a aprimorar a especificidade desse profissional da
educação.
A Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural contribui para
o entendimento da prática mediadora em processos educativos, tendo
a linguagem como instrumento de mediação. Através da ação media-
dora e dos critérios universais de mediação, como a intencionalidade/
reciprocidade, significado e transcendência, confere-se qualidade à in-
teração educativa. É possível que esses critérios possam ser empregados
em sistemas educativos não presenciais? Para a teoria citada, apenas o
ser humano pode exercer essa mediação em contato face-a-face. Seria
ela possível em distância espaço-temporal? Estariam os tutores atuando
nessa perspectiva? Como aproximar esse conceito de mediação às ati-
vidades de moderação, a partir de interfaces que se configuram como
novos canais de comunicação para a prática do ensino a distância?
Em processos educativos a distância, os instrumentos de comu-
nicação se transformam em instrumentos simbólicos de mediação, por
meio dos quais o sujeito constrói seu raciocínio, dinamiza múltiplas
habilidades e potencializa suas linguagens. Essa dimensão é alcançada
pela experiência interativa no grupo, do componente humano e de seu
processo de mediação.
Essa qualidade conferida ao processo educativo pode ser dinami-
zada pela inserção de um agente mediador no processo de aprendiza-
gem, com o papel específico de potencializar a autonomia, a motivação
para aprender e as singularidades de um processo que se constrói pela
interatividade do grupo. Nesse sentido, a presença do tutor foi o foco
da pesquisa desenvolvida pela urgência de definir e revitalizar um papel
57
Professor
concepção e
realização de cursos
e materiais
FORMADOR didáticos Pesquisador
função pedagógica, atualização contínua,
estímulo à investigação e
aprendizagem reflexão sobre a
através das própria prática
interações
PERFIS DO Tutor
Tecnólogo TUTOR orientação e
educacional avaliação da
especialização em aprendizagem a
tecnologias distância
educacionais
Monitor
Recurso exploração de
materiais
didático específicos, em
respostas às dúvidas grupos de
dos alunos aprendizagem
Critérios de Mediação
Referências
Capítulo 4
Avaliação de interações na aprendizagem
colaborativa criativa na web
Resumo
Introdução
Material e Métodos
Atos da Fala
Resultados
Considerações Finais
Referências
Capítulo 5
O Registro Reflexivo: uma concepção de avaliação
aplicada ao Curso de Licenciatura em Pedagogia a
Distância
Resumo
Introdução
O Registro Reflexivo
quina seja alimentada por energia elétrica para que possa funcionar e
por meio de satélites ou banda larga para que possa conectar-se à rede
mundial de computadores, a Web. Então, minimamente, é necessário
que o aluno saiba lidar com equipamentos complexos e o computador
é um deles. É essa habilidade que, em última instância, garante a sua
atuação discente, pois grande parte dos seus estudos, atividades e tra-
balhos acadêmicos acontecem no ambiente on-line, acessado por meio
de computador pessoal ou de computadores reunidos em laboratórios
em espaços escolares.
O segundo diz respeito à organização do curso, que é dividido em
módulos. Estes reúnem cinco ou seis fascículos temáticos que, por sua
vez, são divididos em três seções. Cada semestre letivo é dividido em
semanas e em cada uma delas são trabalhadas uma ou duas seções; o
que requer do aluno, além da habilidade de lidar com os temas espe-
cíficos, um grande senso de organização. A cada semana o aluno tem
que responder ao professor para dar conta das atividades solicitadas.
Dessa forma, a avaliação do aluno, quanto ao seu desenvolvimento e
aprendizagem de conteúdos específicos, é realizada ao longo de todo o
processo, a cada seção, a cada fascículo, a cada módulo. Além de serem
vistas e avaliadas pelo professor-mediador, as mensagens postadas por
cada aluno são compartilhadas por seus colegas, o que permite uma
troca entre eles e, portanto, uma aprendizagem entre pares.
O terceiro reside no fato de que, mesmo tendo a plataforma
como lócus prioritário da atividade educativa, os encontros presenciais
são parte importante e imprescindível desse curso, pois são esses mo-
mentos que permitem a constituição de uma turma, o reconhecimento
dos colegas e o estabelecimento de laços que garantem até mesmo a
permanência de muitos que, ao longo do processo, foram encoraja-
dos por seus pares a superarem dificuldades e a persistirem. Além do
conteúdo do fascículo e das atividades, que são postadas na platafor-
ma, cada professor-aluno tem o seu material de trabalho impresso, o
que permite maior mobilidade e um trabalho off-line individual ou em
grupo.
115
Mediante o que foi exposto concluo que serei meu próprio guia,
por isso preciso me dedicar ao máximo ao curso, aprendendo a ter
uma mente investigativa e a aguçar minha curiosidade, lutando
para que eu nunca perca o desejo de querer aprender sempre
mais, superando as pedras encontradas em meu próprio caminho
e trilhando em busca do meu objetivo” Professor-aluno 4
Referências
Capítulo 6
Hércules e Jiló no Mundo da Matemática: Pesquisa e de-
senvolvimento de um software educativo para apoio à
virtualização de situações de educação inclusiva
Resumo
dade que é inerente aos seres humanos. Sendo assim, a educação inclu-
siva busca perceber e atender às necessidades educacionais especiais de
todos os alunos de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvi-
mento pessoal de todos. Ela implica em rejeitar a exclusão, em qualquer
que seja sua forma. A escola inclusiva desenvolve políticas, culturas e
práticas que valorizam a contribuição de cada aluno, construindo um
conhecimento partilhado para, dessa forma, atingir a qualidade acadê-
mica e sócio-cultural sem discriminação (Rodrigues, 2006)
É importante fazer a distinção entre educação inclusiva, educa-
ção especial e educação integrada, já que essas abordagens são constan-
temente confundidas e usadas como sinônimos.
O ensino especial é um sistema separado de educação das crian-
ças com deficiência, baseado na crença de que as necessidades das
crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares.
O ensino integrado pressupõe uma “participação tutelada” na
escola, em uma estrutura com valores próprios e aos quais é o aluno que
tem que se adaptar. Contudo, a criança é vista como portadora de um
problema que necessita ser adaptado aos demais estudantes, ou seja, o
ensino integrado pressupõe que a criança “problemática” se reabilite e
para que possa ser integrada na escola, caso contrário não obterá suces-
so. A escola integrativa separa os alunos em “normais” e “deficientes”, o
que acaba por criar uma escola especial paralela à escola regular dentro
dela mesma (CORDE, 1994).
O ensino inclusivo reconhece que todas as crianças são diferentes
e que, ao contrário do ensino integrado, no qual a criança se adapta à
escola e aos sistemas de educação, são os sistemas de educação e as
escolas que precisam ser transformados para atenderem às necessidades
educacionais individuais de todos os estudantes, sejam elas considera-
das especiais ou não; com ou sem necessidades especiais, promovendo
uma escola de sucesso que necessita de uma pedagogia diferenciada
para, assim, cumprir plenamente o direito à participação de todos os
alunos na escola regular (CORDE, 1994). Inclusão não significa tornar
todos iguais, mas sim respeitar as diferenças.
126 V I R T U A L IZ A ND O A E SC OLA MIGRA ÇÕE S DOCENTES RUMO À SA LA -DE -A UL A V I RT UA L
Nos jogos, a relação entre as telas está sendo feita por meio da
palheta de cores um pouco mais reduzida e da repetição de formas,
botões e tipografia.
Estudo de tipografia
grande, letras “a” e “g” em suas formas mais simplificadas e segue várias
das recomendações para tipos destinados a crianças. Ao mesmo tem-
po, é capaz de se destacar dentro das composições da tela, sem entrar
em conflito com os elementos que a compõe. Esta fonte foi utilizada
em textos curtos, utilizados em algumas partes do software (como, por
exemplo, “você quer mesmo sair?” na tela de saída) e em partes quando
uma legibilidade grande é exigida (principalmente dentro dos jogos, de-
vido à facilidade de leitura de numerais, oferecida por esta fonte).
Cooper Std - Fonte serifada e condensada. Apesar de fugir um
pouco dos padrões acima estabelecidos, esta fonte se destaca de ma-
neira harmônica dentro das telas. Ela foi, portanto, utilizada em títulos
curtos, ícones e botões.
Century Gothic - Fonte de fácil legibilidade. É esta fonte que
será utilizada nas telas com textos grandes, destinadas principalmente
a adultos.
Para a capa do software e para a tela de abertura foi desenvolvida
uma tipografia simples para as letras do título. Ela também tem o peso
necessário para aparecer entre as figuras e remete ligeiramente à Coo-
per Std, sendo, no entanto, sem serifa e menos arredondada.
Com tudo isto considerado, apresentamos algumas telas produzi-
das para o software:
Figura 9 – Menu para adultos (esq.) e tela auxiliar de saída (dir.) produ-
zidas para Hércules e Jiló no Mundo da Matemática.
Ergonomia didática
Ergonomia computacional
Considerações finais
Referências
MANDEL, T., The Elements of user interface, John Wiley and Sons: New
York, 1997.
160 V I R T U A L IZ A ND O A E SC OLA MIGRA ÇÕE S DOCENTES RUMO À SA LA -DE -A UL A V I RT UA L
VIRVOU, M., K., G., MANOS, K. Combining Software Games with Edu-
cation: Evaluation of its Educational Effectiveness. Educational Tech-
nology & Society, 8 (2), p.54-65, 2002
Capítulo 7
Migrações docentes rumo à sala-de-aula virtual
Mediar procedimentos de
avaliação das aprendizagens
A atividade, a interatividade
e a criatividade do aluno