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PROPRIEDADES PERIÓDICAS 2017

Configurações eletrônicas condensadas


• O neônio tem o subnível 2p completo.
• O sódio marca o início de um novo período.
• Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o
sódio como
Na: [Ne] 3s1

• [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio.


• Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre].
• Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre].
1
Desenvolvimento da Tabela Periódica

• A primeira tentativa (Mendeleev e Meyer) ordenou os elementos


em ordem crescente de massa atômica.
• Faltaram alguns elementos nesse esquema.
Exemplo: em 1871, Mendeleev observou que a posição mais
adequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, o que deixou
um elemento faltando abaixo do Si. Ele previu um número de
propriedades para este elemento. Em 1886 o Ge foi descoberto.
As propriedades do Ge se equiparam bem à previsão de
Mendeleev.
• A tabela periódica moderna: organiza os elementos em ordem
crescente de número atômico. Em 2002, haviam 115 elementos
conhecidos. 2
Carga nuclear efetiva

• A carga nuclear efetiva é a carga sentida por um elétron em um


átomo polieletrônico;
• A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao
efeito dos elétrons internos;
• Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos
elétrons que os protegem da carga nuclear;
• A carga nuclear sentida por um elétron depende da sua distância
do núcleo e do número de elétrons mais internos;
• Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a
carga nuclear efetiva (Zef ) diminui;
• Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui.
3
• A carga nuclear efetiva, Zef , agindo em um elétron é igual ao
número de prótons do núcleo, Z, menos o número médio de
élétrons, S, que está entre o núcleo e o elétron em questão:
Zef = Z – S
S é uma média, portanto não é necessariamente um número inteiro.
• Qualquer densidade eletrônica entre o núcleo e um elétron mais
externo diminui a carga nuclear efetiva agindo em um elétron mais
externo. Diz-se que a densidade eletrônica relativa aos elétrons
mais internos blinda ou protege os elétrons mais externos da carga
total do núcleo.
• Elétrons do mesmo nível não blindam uns aos outros da carga do
núcleo. Nesse caso, Zef sofrido pelo elétrons mais externos é
determinada basicamente pela diferença entre a carga do núcleo e
4
entre a carga dos elétrons internos.
Átomo de magnésio

• A carga nuclear efetiva sentida pelos elétrons de valência do Mg


depende principalmente da carga 12+ do núcleo e da carga 10-
do cerne de Ne;
• Se os elétrons internos fossem totalmente eficientes para blindar
os elétrons de valência do núcleo, cada elétron de valência
sentiria uma carga de 2+.
5
• Os elétrons 3s têm alguma probabilidade de estar dentro do cerne
de Ne. Portanto, os elétrons mais internos não são totalmente
eficientes em blindar os elétrons 3s do núcleo, resultando numa
carga nuclear efetiva sentida pelos elétrons 3s maior que 2+.
Cálculos mais detalhados resultam em um valor de Zef = 3,3. 6
PROCEDIMENTO AUFBAU (CONSTRUÇÃO)
valor de n valor de l
0 1 2 3

8 8s

7 7s 7p

6 6s 6p 6d

5 5s 5p 5d 5f

4 4s 4p 4d 4f

3 3s 3p 3d

2 2s 2p

1 1s

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6 8s
7 2
PROPRIEDADES PERIÓDICAS

• A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as


configurações eletrônicas:

• O número do periodo é o valor de n.

• Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido.

• Os grupos 3A -8A têm o orbital p preenchido.

• Os grupos 3B -2B têm o orbital d preenchido.

• Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido.

8
PERIODICIDADE NAS CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS
8A

1A 2A 1s 3A 4A 5A 6A 7A 1s

2 2 s 2 p

3 3 s 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B 3 p

4 4 s 3 d 4 p

5 5 s 4 d 5 p

6 6 s 5 d 6 p

7 7 s 6 d

6 Lantanídeos 4 f

7 Actinídeos 5 f

Elementos representativos Elementos de transição Elementos de transição interna


bloco s ou p: ns ou np bloco d: (n-1)d bloco f: (n-2)f
9
TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS VIIIA

(18)

IA IIA H IIIA IVA VA VIA VIIA He


(1) (2) 1 (13) (14) (15) (16) (17) 2
Li Be B C N O F Ne
2
3 4 5 6 7 8 9 10

3
Na Mg IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB IB IIB Al Si P S Cl Ar
11 12 (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (11) (12) 13 14 15 16 17 18
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
4
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
5
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
6
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Fr Ra Ac Rf Db Sg Bh Hs Mt
7
87 89 89 104 105 106 107 108 109 110 111 112 114

Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
6 Lantanídeos
58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
7 Actinídeos
90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103

Metais do grupo principal Metais de transição Metalóides Não-metais


10
11
Raio atômico

Considere uma molécula diatô-


mica simples:

• A distância entre os dois


núcleos é denominada
distância de ligação.

• Se os dois átomos que formam


a molécula são os mesmos,
metade da distância de ligação
é denominada raio covalente
do átomo.
12
Raio atômico

(b) Iôdo (I2)

(a) Metal (Be) D I2 = 266 pm


DBe = 180 pm R I2 = 133 pm
RBe = 90 pm
DH2 = 74 pm
RH2 = 37 pm

13
BROWN, T.L. 14
2005
CHANG, R. 15
2006
Raio atômico
o o o o o o
1 2 3 4 período 5 período 6 período
0,25 Cs
Rb
K
Raio atômico (nm)

0,20 Elementos de Elementos de Elementos de


transição transição transição
Na
0,15
Li Po
I Lantanóides
0,10 Br
Cl

0,05 H F

0 10 20 30 40 50 60 70 80
RUSSELL,J.B. Número atômico (Z)
16
1994
Variação do raio atômico

•No 2º e 3º períodos – quando Z aumenta, aumenta o número de


elétrons na camada de valência. A maior atração entre ó núcleo e os
elétrons resulta na diminuição do raio atômico;
No 4º, 5º e 6o períodos – O decréscimo do raio atômico é moderado
entre os elementos de transição, onde a adição de elétrons é feita no
subnível (n-1)d e não na camada n. Os elétrons adicionados nesta
camada protegem (efeito de blindagem) parcialmente os elétrons
mais externos, reduzindo a carga nuclear efetiva. Quando a
população de elétrons na subcamada (n-1)d tende ao máximo (10 e)
a repulsão intereletrônica provoca um aumento do tamanho do
átomo. Dentre os elementos representativos a diminuição do raio
atômico ocorre com o aumento de Z. 17
• Nos lantanídeos e actinídeos (6º e 7º períodos) – o efeito de
blindagem é maior, pois são adicionados elétrons na subcamada
(n-2)f, enquanto Z aumenta simultaneamente. A adição do elétron
nesta camada, muito interna, anula quase que completamente o
aumento da carga nuclear, resultando em uma pequena contração
através da série. A redução de raio de um elemento para outro é de
1 pm, somando 13 pm ao longo da série e é denominada de
contração lantanóidica ou actinóidica;

• No grupo – para os elementos representativos o aumento de raio é


pronunciado, pois apesar do aumento de Z, o aparecimento de
elétrons numa nova camada aumenta a distância entre os elétrons
de valência e o núcleo, resultando no aumento de raio atômico;
18
• No grupo – para os elementos de transição (B) a variação no
tamanho do átomo é menos pronunciada. Do 4º período e um outro
imediatamente abaixo há um aumento significativo no tamanho
atômico, porém, entre o 5º e o 6 o períodos essa diferença já não
existe, como resultado da contração lantanóidica .

19
Exercício 01 – Usando a tabela periódica (ou fazendo a
configuração eletrônica) coloque os seguintes elementos em ordem
crescente de tamanho atômico: 15P, 16S, 33As, 34Se

VA VIA

3º Período 15P 16S (ns2 np)

4º Período 33As 34Se (ns2 np)

P >S ; As > Se ; Se > S ; As > P

Ordem crescente de tamanho atômico: S < P < Se < As (previsão)

Experimentalmente: S (1,02Å) < P(1,10Å) < Se(1,17Å) , As(1,19Å)


20
ENERGIA DE IONIZAÇÃO

Energia necessária para remover completamente um elétron


de um átomo ou um íon gasoso, no estado fundamental. O
processo é endotérmico.

1a Energia de ionização:

Li(g)  Li+(g) + e- Ei (1) = +520 kJ/mol

2a Energia de ionização:

Li+(g)  Li2+(g) + e- Ei (2) = +7.297 kJ/mol

21
PRIMEIRA ENERGIA DE IONIZAÇÃO

BROWN, T.L., 22
2005
BROWN, T.L., 23
2005
BROWN, T.L., 2005
Irregularidades na variação da Ei
Ei cresce do Li ao Be, mas diminui do Be ao B: Para o Li e Be , o
elétron é removido da subcamada 2s, enquanto para o B, o elétron
sai da subcamada 2p. Um elétron 2s está mais fortemente ligado ao
núcleo do que um elétron 2p.
Ei cresce do C ao N, mas diminui do N ao O: Para o N o elétron é
removido de um orbital com um único elétron, enquanto para o O, o
elétron sai de um orbital onde há repulsão (elétrons emparelhados). 24
AFINIDADE ELETRÔNICA

Energia envolvida quando um átomo gasoso, no estado


fundamental, ganha um elétron para formar um íon gasoso:

A afinidade eletrônica pode ser:

• Exotérmica:

Cl(g) + e-  Cl-(g) Eaf = -349 kJ/mol

•Endotérmica:

Mg(g) + e-  Mg-(g) Eaf = + 230 kJ/mol

25
Afinidade eletrônica (kJ/mol)

CHANG, R., Número Atômico, Z 26


2006 Variação da afinidade eletrônica com o número atômico.
Tabela – Valores de afinidade eletrônica para alguns elementos
representativos e gases nobres*

CHANG, R., 2006


27
CHANG, R.
Raio iônico 2006

Raio iônico (em pm) de alguns elementos mostrados em suas posições na


28
tabela periódica.
300 300
Metais Alcalinos Cs Halogênios
Rb -
250 250 I
K -
- Br

Raio (pm)
Cl
Raio (pm)

200 Na 200
-
Li F
+ 150
150 Cs
+
+ Rb I
K 100 Br
100 + Cl
Na
+ 50 F
50 Li
CHANG, R. 0 10 20 30 40 50 60 10 20 30 40 50 60
2006
Número Atômico, Z Número Atômico, Z
Comparação entre os raios atômicos e raios iônicos dos elementos dos grupos 1A e 7A.

152 72 78 133

29
Mudança no tamanho (pm) quando Li e F reagem para formar LiF
BROWN, T.L.
2005
30
Comparação dos raios (emǺ) de átomos neutros e íons de elementos representativos.
Variação do raio iônico numa série isoeletrônica

Considere os seguintes íons na série isoeletrônica (todos têm 10


elétrons):
Aumento da carga nuclear

O-2 F- Na+ Mg2+ Al3+

Diminuição do raio iônico

A carga nuclear na série aumenta continuamente. Como o número de


elétrons permanece constante, o raio do íon diminui, pois os elétrons
são mais fortemente atraídos pelo núcleo.

31
RUSSELL,J.B.
Densidade 1994

Densidade dos elementos a 25 oC. (Para os elementos gasosos nesta


temperatura, a densidade é a do líquido no ponto de ebulição.) 32
Ponto de fusão RUSSELL,J.B.
1994

33
Variação da densidade de alguns elementos com o número atômico, Z
CARÁTER METÁLICO

BROWN, T.L., 34
2005
Metais

• Caráter metálico: brilho, maleabilidade e dúctilidade, os óxidos


formam sólidos iônicos básicos e tendem a formar cátions em
solução aquosa);
• O caráter metálico aumenta à medida que descemos em um grupo;
• O caráter metálico diminui ao longo do período;
• Os metais têm energias de ionização baixas;
• A maioria dos metais neutros sofre oxidação em vez de redução;
• Quando os metais são oxidados, eles tendem a formar cátions
característicos: metais do grupo 1A formam íons M+ ; metais do
grupo 2A formam íons M2+ ;
• A maioria dos metais de transição têm cargas variáveis.
35
Óxido metálico + água  hidróxido metálico
Na2O(s) + H2O(l)  2NaOH(aq)

BROWN, T.L.,
36
2005
Não-metais

• Os não-metais apresentam um comportamento mais variado do


que os metais.
• Quando os não-metais reagem com os metais, os não-metais
tendem a ganhar elétrons:
metal + não-metal  sal
2Al(s) + 3Br2(l)  2AlBr3(s)

• A maior parte dos óxidos não-metálicos são ácidos:


óxido não-metálicos + água  ácido
P4O10(s) + H2O(l)  4H3PO4(aq)

37
Metalóides
• Os metalóides têm propriedades intermediárias entre os metais e
os não-metais;
• Exemplo: o Si tem brilho metálico, mas é quebradiço;
Os metalóides são famosos na indústria de semicondutores.

Grupo 1A: os metais alcalinos


• Todos os metais alcalinos são macios;
• A química é dominada pela perda de seu único elétron s:
M  M+ + e -
• A reatividade aumenta ao descermos no grupo.
• Os metais alcalinos reagem com água para formar MOH e gás
hidrogênio:
2M(s) + 2H2O(l)  2MOH(aq) + H2(g)
38
Grupo 1A: os metais alcalinos
• Os metais alcalinos produzem diferentes óxidos ao reagirem com o O2:
4Li(s) + O2(g)  2Li2O(s) (óxido)
2Na(s) + O2(g)  Na2O2(s) (peróxido)
K(s) + O2(g)  KO2(s) (superóxido)
Os metais alcalinos emitem cores características quando colocados
em uma chama à alta temperatura;
• O elétron s é excitado por uma chama e emite energia quando
retorna ao estado fundamental. BROWN, T.L., 2005

39
Grupo 2A: os metais alcalinos terrosos
• Os metais alcalinos terrosos são mais duros e mais densos do que os
metais alcalinos.
• A química é dominada pela perda de dois elétrons s:
M  M2+ + 2e-.
Mg(s) + Cl2(g)  MgCl2(s)
2Mg(s) + O2(g)  2MgO(s)
O Be não reage com água. O Mg reagirá apenas com o vapor de
água. Do Ca em diante:
Ca(s) + 2H2O(l)  Ca(OH)2(aq) + H2(g)
BROWN, T.L., 2005

40
Hidrogênio
• O hidrogênio é um elemento singular;
• Muito frequentemente ocorre como um gás diatômico incolor, H2;
• Ele pode tanto ganhar outro elétron para formar o íon hidreto, H-,
como perder seu elétron para formar H+:
2Na(s) + H2(g)  2NaH(s)
2H2(g) + O2(g)  2H2O(g)

• O H+ é um próton;
• A química aquosa do hidrogênio é dominada pelo H+(aq).

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Grupo 6A: O Grupo do Oxigênio

• Há duas formas importantes de oxigênio: O2 e ozônio (O3). O


ozônio pode ser preparado a partir do oxigênio:
3O2(g)  2O3(g) H = 284,6 kJ
• O ozônio possui um cheiro pungente e é tóxico;
• O oxigênio (ou dioxigênio, O2) é um agente de oxidação potente,
uma vez que o íon O2- tem uma configuração de gás nobre;
• Existem dois estados de oxidação para o oxigênio: 2- (por
exemplo, H2O) e 1- (por exemplo, H2O2);
• O enxofre é outro importante membro desse grupo;
• A forma mais comum do enxofre é o S8 amarelo;
• O enxofre tende a formar S2- nos compostos (sulfetos).
42
BROWN, T.L., 2005

Grupo 7A: os halogênios

• A química dos halogênios é dominada pelo ganho de um elétron


para formar um ânion:
X2 + 2e-  2X-
• O flúor é uma das substâncias mais reativas que se conhece:
2F2(g) + 2H2O(l)  4HF(aq) + O2(g)  H = -758,9 kJ
• Todos os halogênios consistem de moléculas diatômicas (X2).
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• O cloro é o halogênio mais utilizado industrialmente. Ele é
produzido pela eletrólise do sal grosso (NaCl):
2NaCl(aq) + 2H2O(l)  2NaOH(aq) + H2(g) + Cl2(g).
• A reação entre o cloro e a água produz ácido hipocloroso
(HOCl) usado no tratamento da água de piscina:
Cl2(g) + H2O(l)  HCl(aq) + HOCl(aq)
Todos os compostos dos halogênios com hidrogênio são ácidos
fortes, com exceção do HF.

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Grupo 8A: os gases nobres
• Todos os gases nobres são não-metais e monoatômicos;
• Eles são notoriamente não-reativos porque têm os subníveis s e
p completamente preenchidos;
• Em 1962, os primeiros compostos de gases nobres foram
preparados: XeF2, XeF4 e XeF6;
• Até agora, os únicos outros compostos de gases nobres
conhecidos são o KrF2 e o HArF.
BROWN, T.L., 2005

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