Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3filosofias
A PARÁBOLA DAS
walter pacheco
LUCAS 10.25-37
INTRODUÇÃO
Eu não aprecio o tipo de pregação em que o pregador fala, fala e o
que fala, nada tem a ver com o texto bíblico. Minha opinião é que
a mensagem do pregador deve começar com a leitura da Bíblia,
continuar com a explicação da Bíblia e terminar com a
aplicação da Bíblia. Se não for assim, pode chamar de discurso,
palestra, aula, mas não chama de pregação da Palavra.
Esta hora é muito especial. Aqui na igreja, se vamos ocupar você
em ouvir, que seja em ouvir os ensinamentos da Palavra de Deus.
Então, nesta noite, vamos olhar para o texto do Evangelho de
Lucas 10.25-37.
2
Esta é uma linda história, é a Parábola do Bom Samaritano, que eu
vou chamar de A Parábola das Três Filosofias.
Filosofia tem a ver com a forma de pensar, a forma de ver o
mundo, de enxergar as coisas. Tem três maneiras de enxergarmos
a vida.
Jesus contou esta história durante uma conversa que teve com um
doutor da Lei, devia ser um escriba ou um sacerdote. Era alguém
religioso, porque fez a Jesus uma pergunta interessante sobre a
salvação. Porém, a intenção da pergunta era colocar Jesus à prova.
Lemos isto no v.25: a pergunta foi feita para experimentar Jesus,
ou seja, colocar Jesus numa situação difícil, comprometedora
diante das principais religiões da época. A pergunta foi: O que eu
tenho que fazer para ser salvo?
Ora, mas esta é uma boa pergunta! Sim, a pergunta é boa, a
intenção é que não era boa. Mas, toda pessoa deveria perguntar: O
que eu preciso fazer para ser salvo? Como eu posso ir para o céu?
De que maneira posso alcançar o perdão dos meus pecados e a
salvação da minha alma?
3
simples: ninguém cumpre a Lei, com perfeição.
Você consegue amar a Deus sobre todas as coisas, o tempo todo?
Você consegue amar o seu próximo como a si mesmo, toda hora?
Ninguém consegue. Aquele homem também não conseguia. Se
para ser salvo, precisava cumprir com o que a Lei manda fazer,
ele mesmo não era capaz de cumprir a Lei.
Nem nós somos capazes de seguir a Lei o tempo todo; essa é a
verdade! Como cristão, seguimos a Lei de Deus, mas não sem
falhar, não sem pecar.
Então, pra se justificar, aquele homem perguntou pra Jesus: “Mas,
quem é o meu próximo?”
Porque ele imaginava: “se o meu próximo for todo mundo, como
que vou dar conta? Se o meu próximo for todo judeu, ainda é
muita gente, mas, melhora um pouco. Se o meu próximo for
apenas os que são da minha religião, fica mais fácil! Ou, se o meu
próximo for somente as pessoas da minha família e os meus
amigos, aqueles que me tratam bem, opa, fica mais fácil ainda!”
Então, ele perguntou pra Jesus: “quem é o meu próximo?”
E Jesus respondeu contando a Parábola do Bom Samaritano, que
eu estou chamando de Parábola das Três Filosofias e você vai
entender.
Jesus conta que havia uma estrada ligando Jerusalém a Jericó, uma
estrada de quase 30 quilômetros, cheia de curvas e famosa pelos
assaltos que aconteciam nela, porque facilitava o esconderijo de
bandidos antes e depois de atacarem suas vítimas.
4
Cada filosofia está representada pelos personagens da história que
Jesus contou.
Qual será a sua filosofia de vida? Do berço à sepultura, do quarto
ao cemitério, de que maneira você caminha pela longa estrada da
vida (que para alguns não chega a ser longa)?
A primeira filosofia que identificamos na história, é a filosofia dos
bandidos, que podemos chamar de filosofia da subtração.
Há pessoas que passam pela vida e se dedicam em subtrair dos
outros, sugar o máximo dos seus semelhantes; o négocio é tirar,
subtrair. É a filosofia dos bandidos dessa história.
Lemos aqui no v.30, Jesus contando: “Certo homem descia de
Jerusalém a Jericó, quando foi atacado por bandidos. Eles lhe
tiraram as roupas, o espancaram e o deixaram quase morto à beira
da estrada”.
Arrancaram tudo daquele homem; bateram nele e foram embora,
deixando-o quase morto. Quer dizer: arrancaram o dinheiro dele,
arrancaram a roupa dele e quase arrancaram também a vida dele.
É a filosofia da subtração. O negócio é arrancar, é tirar, é subtrair.
Filosofia que pode ser resumida numa frase: “O que é meu, é
meu; e o que é seu, é meu também, se eu puder arrancar de você”.
Essa é a filosofia do ladrão, do corrupto, do egoísta.
Essa é a filosofia abraçada pelos últimos governantes do nosso
Estado do Rio de Janeiro. Mas, além deles, essa é a filosofia que
tem regido a vida de muitos outros nesses dias em que estamos
vivemos.
Hoje em dia, o pensamento está sendo esse. Uma pessoa olha para
a outra pensando no que vai tirar dela, pensando na vantagem que
vai levar em cima.
E com essa maneira de pensar o mundo vai ficando cada vez pior.
5
Aliás, acontece como Jesus havia falado sobre o final dos tempos:
“O pecado aumentará e o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12).
Parece que todos estamos vivendo nessa estrada de Jerusalém para
Jericó, cheia de bandidos interessados somente em tirar da gente.
Agora, não pensa que essa filosofia do subtrair, só acontece na
vida dos outros.
Essa filosofia tem entrado no nosso coração também! Ela já está
presente em todos os lugares e até dentro da igreja, dentro de
casa, no casamento... essa filosofia de levar vantagem em tudo,
tirar, tomar, extrair, sugar, está generalizada!
No casamento, se você não tiver cuidado, você passa da fase do
“vem cá, meu bem” para a fase do “Dá cá meus bens”.
É a filosofia da subtração: o que é meu é meu e o que é seu, se eu
puder tomar, é meu também. Misericórdia!
6
seu, é seu; e o que é meu, é meu; eu não vou tomar de você, não
vou te arrancar nada, porque eu não sou bandido; eu sou do bem,
sou até da igreja! Eu sou um sacerdote. Agora, é o seguinte: não
me peça nada também não. O que é seu, é seu, eu não vou tomar;
e o que é meu, é meu, ninguém tasca e também não dou, não
compartilho, não reparto”.
Que coisa! O homem caído e ferido com a violência dos bandidos,
agora é ferido pela indiferença desses, pasme, religiosos.
Bem, eles podem ter pensado: “Ah! Se eu parar pra ajudar, posso
ser assaltado também. Eu não conheço essa pessoa. Eu não sei
como ajudar”. E passou de longe, indiferente.
Quantas vezes também temos os nossos motivos pra não ajudar o
próximo e “tiramos o corpo fora”; deixando para outra pessoa
fazer o que tem que ser feito.
Nesse ponto, Jesus está ensinando que nenhum motivo nosso pra
não ajudar, é justo. Nada justifica a indiferença.
Essa é a filosofia da conservação. Melhor eu me guardar,
conservar o que eu tenho, segurar, manter, do que gastar com os
outros.
Não devemos adotar essa filosofia na nossa vida, não! Mas, muitas
vezes, adotamos e passamos pelas pessoas necessitadas sem dar
nenhuma atenção pra elas. Agimos com indiferença.
Tem uma poesia muito linda de Cecília Meireles, que diz assim:
Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.
7
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.
Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.
(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)
Quantos que passam pela vida com esta filosofia: Tanto fez, tanto
faz. Eu cuido das minhas coisas, você cuida das suas. Eu vivo a
minha vida, você vive a sua.
Como escreveu a poetisa: Já não se morre de velhice nem de fome
nem de doença, mas quanta gente tá morrendo de indiferença!
Nenhum de nós deveria adotar essa filosofia. No mínimo, ao
sabermos de alguém que ainda não recebeu a salvação, devemos
orar a Deus por ela e não parar até que ela se converta.
8
divina, e quem aparece na história contada por Jesus? O odiado e
desprezado e xingado, samaritano.
9
precisando da sua ajuda? Vá e ajude!
O samaritano que passou pela estrada não tinha nenhuma
obrigação de ajudar, mas ajudou. O homem caído não era da sua
terra, não era seu conhecido, não era da sua religião, mas ele
ajudou simplesmente porque viu que ele precisava e não porque
merecia.
Alguém escreveu essa frase: “Não há montanhas por demais
altas, nem desertos por demais perigosos, quando o motivo que
nos impele a atravessá-los é o amor”.
Que filosofia temos abraçado na estrada da nossa vida? A
filosofia da subtração? A filosofia da conservação? Ou a filosofia
da doação?
Agora, pra terminar esta mensagem, o samaritano dessa história
tem muitas semelhanças com a Pessoa que contou essa história.
Se você reparar bem, existem semelhanças entre o samaritano e o
Senhor Jesus!
Podemos dizer que Jesus é o nosso Bom Samaritano, e que o
homem caído na estrada, somos nós.
A Bíblia até diz: “Todos nós nos desviamos como ovelhas;
deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E,
no entanto, o SENHOR fez cair sobre ele [Jesus] os pecados de
todos nós” (Is 53.6).
E sobre Jesus, está escrito em Mt 20.28, Jesus mesmo declarou:
(vamos ler juntos): “Porque até o Filho do Homem não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita
gente” (NTLH).
Se a terceira filosofia é a filosofia do dar, quem melhor encarnou
essa filosofia foi o próprio Senhor Jesus que deu a Sua vida para
nos salvar. Escuta as semelhanças:
O samaritano se compadeceu do ferido, Jesus Se compadeceu
de nós.
10
O samaritano desceu do seu cavalo pra socorrer o ferido; Jesus
desceu muito mais, desceu do céu, veio ao mundo, se fez gente
como nós, pra nos salvar.
O samaritano tratou as feridas do homem caído. Jesus também
trata das feridas do nosso coração.
O samaritano levou o homem ferido até um lugar onde ele
pudesse ser cuidado e ficar bom. Jesus tem nos levado para a
Sua igreja, onde podemos ser ficar e ser encorajados.
O samaritano pagou o tratamento daquele homem com duas
moedas de prata; Jesus pagou pela nossa salvação com o Seu
próprio sangue, Sua própria vida.
E por último, o samaritano prometeu que ia voltar, Jesus
também prometeu que um dia voltará pra nos levar para o céu.
11
CONCLUSÃO
12
ACESSE AQUI
www.pastorwalterpacheco.com