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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE


CURSO DE GEOGRAFIA
Disciplina: Geografia da População Profa. Marta Luedemann
Nome: PEDRO EDUARDO MONTEIRO DA SILVA Turma: ( ) Tarde ( x ) Noite
Curso: (x ) Bacharelado ( ) Licenciatura Currículo: ( ) 60 horas ( x ) 54 horas

Resumo nº: 2 Autor(es): John Eaton

Título: Manual de Economia Política – A posição do capitalismo na história humana Capítulos: 1


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Há milhares de anos, mesmo antes do nascimento da figura mais abordada da história, Jesus Cristo,
o homem começa a ter uma noção da sua capacidade, tanto física e mental. Teorias mostram que
nós, seres humanos, assim que nós conhecemos hoje, viemos dos macacos. Isso por que nossos
primos primatas apresentam fisicamente quase todas as mesmas características que a gente, desde
um pouco da fisionomia, as patas e a face. Mas, desses membros citados, as patas, as dianteiras,
começam a ter destaque. Sabemos que animais, principalmente os quadrúpedes, não conseguem
permanecer eretos e muito menos segurar algo com firmeza em suas patas, algo que facilmente os
macacos conseguem, desde de se apoiar em galhos, mas também seguram frutos, gravetos e fazem
o movimento de arremesso com esses itens naqueles que lhe apresentam algum tipo de ameaça.
Esse processo semelhante, foi um dos determinantes que o homem é advindo desse animal, mas o
que destacou e propiciou ao homem chegar até o estágio atual foi que o mesmo conseguiu fazer mais
com as mãos, ele iniciou o que chamamos de trabalho. Com o cérebro maior e postura ereta por mais
tempo, esse ser começa a construir ferramentas para as mesmas serem capaz de suprir suas
necessidades fisiológicas, contribuindo tanto pra alimentação e no seu abrigo. Num período remoto
onde todos viviam sobre o mesmo grau, com os mesmos valores e equidade nas relações, o humano
pré-histórico consegue estabelecer entre si o que chamamos hoje de comunismo primitivo, onde
todos caçavam, comiam e dividiam quase todas as mesmas funções, mas claro que naquela época já
havia suas próprias especificidades, tribos, funções por sexo; homem saía pra caçar e a mulher ficava
responsável por fazer roupas e comida, dentre outros. Contudo, havia um certo comunismo entre si,
pois os frutos em que o solo concebia eram pra todos, assim como todos iam à caça, faziam
armadilhas etc. Isso foi possível devido às condições frágeis em que se acometiam, não sabiam como
o amanhã seria, portando sua alimentação e moradia na incerteza. Passou-se mais tempo, e aquela
pata dianteira antes assegurando somente um galho, agora uma mão capaz de criar instrumentos de
trabalho, fazendo que o ser pensante, evoluísse a ponto de produzir mais rapidamente, ou seja, com
o desenvolvimento de mais ferramentas, o primata evoluído consegue caçar mais, plantar mais,
colher mais e se abrigar mais. Saindo daquela estagnação, onde o meio de sobrevivência existente
era precário e insuficiente, agora há um montante a mais do que o anterior, tornando-se o humano
refém de outro humano, pois antes que o mesmos entravam em conflito e não sabiam o que fazer
com os prisioneiros, a escravização começa a ter origem, pois os meios de produção começam a se
desenvolver, o que era pouco torna-se muito e cumulativo, antes pra próprio consumo agora para
trocas, emergindo o que conhecemos de comércio. Com suas ferramentas mais trabalhadas, o
homem começa a produzir mais e estabelecer trocas de consumíveis e dos seus semelhantes,
gerando o mercado escravo. Atualmente, quando nós pessoas da nova era observamos as maiores
construções da humidade, como as grandes muralhas, pirâmides, templos, não imaginamos o quanto
de mão de obra foi necessária para o erguimento, principalmente escrava, sendo a última a principal
fonte de exploração por dinastias que perdurou-se por milênios, chegando em seu fim em séculos
atrás. Quando temos a queda de uma dinastia, as que restaram nas cercanias tendem a se temer e
começam a se desenvolverem mais, ou, quando caídas, os novos líderes adotam um novo regime e
as pessoas são obrigadas a segui-las. Com a derrota dos romanos pelos bárbaros, uma das
principais dinastias chegaram ao seu fim, porém, em seu longo trajeto, o Império romano pôs mais fim
em historias de vidas do que começos, com sua fome insaciável de conquistas e vitórias,
características que qualquer outro Império existente na época teria, pois, a partir do momento em que
a geração de alimentos, a preocupação com a caça, armazenamento de alimentos, cultivos e o
pastoril deixam de serem grandes, tornando se uma estabilidade, algo comum, os imperadores
começam a enfocar nos novos segmentos rentáveis do comércio, o apossamento de novas terras e
escravos, sendo esses dois segmentos um dos indicativos de riqueza, através de sua acumulação,
não só deles mas também dos citados anteriormente, como estoque de consumíveis e quantidade de
animais. Assim o mundo se passou por anos e anos, no loop quase infinito de escravização e roubos
de terras, sendo os locais que se mais destacavam nesses ramos transformavam se em grandes
centros, tanto do ponto de vista urbano, de recursos e de poderio, porém essa alta exposição era
perigosa, sendo os principais alvos de outros centros e vilas vizinhas, estando em situação de
permanente vulnerabilidade, pois mesmo que estes possuíssem guardas e grandes muros para
proteção, esses ataques eram bem planejados e estrategicamente elaborados. Os líderes desses
grandes âmagos não só tinham que lidar com seus inimigos fora dos muros, mas também com a
rebelião dentro deles, mas não eram inimigos, pessoas de outros grupos ou civilização, era o próprio
habitante na situação de insatisfação com o regime adotado, governo, modos de vida precários, e não
só os eles tentavam uma retaliação mas também os escravos, onde eram inseridos em situacoes
muito mais agravantes do que as primeiras citadas. Geralmente, por não terem o mesmo poderio em
armas do que seus superiores, eram detidos muito antes de suas vozes serem ouvidas,
permanecendo na estaca zero e sem nenhuma melhoria. Vimos que o mundo contemporâneo de hoje
é nada mais e nada menos do que uma construção de milênios, de eventos como revoluções e
guerras. Esses acontecimentos em períodos distintos ainda deixam cicatrizes fortes na atualidade,
independente da esfera em que seja discutida, dessas cicatrizes presenciamos o surgimento da
colonização, do imperialismo, sistemas econômicos, novos tipos de sociedade e a religião. As
dinastias abordadas acima tiveram sua existência na Ásia, Europa e África. Porém, em suas quedas,
as civilizações europeias se perpetuaram e influenciaram por mais tempo, a ponto de se
desenvolverem, concentrando riquezas e ficando incomparáveis a quaisquer outros reinos. Pensando
em sua expansão econômica e objetivando novas terras e escravos, o continente europeu dá inicio a
um dos momentos do planeta mais conhecidos até então; as grandes expedições marítimas, onde os
europeus saíam oceano a oceano em busca de novas fontes de recursos, colonizado terras,
aprisionando e escravizando nativos. Também na Europa, após a escassez de escravidão primitiva,
os reinos começam a introduzir um novo sistema de produção, dessa vez o intuito era o mesmo,
exploração de pessoas e de suas terras, de uma maneira mais "sofisticada" e sob influências da
Igreja, que obtinha grande der naquele tempo. O feudalismo, como é conhecido, serviu como
placenta e base para o capitalismo, onde neste há concentração de recursos e exploração é maior.
Podemos considerar a origem das sociedades desde a Idade da Pedra, onde o homem já começa a
fazer tribos e pertencer a estes, lhe fazendo um integrante daquele grupo, daquela estrutura,
daqueles costumes compartilhados, intensificando assim para a criação de novos grupos e
civilizações, transformando desde já o ser humano indivíduo da sociedade, onde tem uma família, um
meio de sobrevivência, hábitos. O nosso cérebro por natureza, sente a necessidade de por nome a
tudo e a todos, para que as coisas façam sentido e que sejam memoráveis, a partir do instante em
que o ser primitivo deixou de focar mais na terra para suas práticas e começou a olhar para os céus,
seu consciente lhe obriga a autodenominar as coisas, com isso ele percebe a existência de
fenômenos naturais, como a chuva, sol, lua e demais astros, atribuindo esses corpos celestiais a
deuses. Esse processo fez com que o homosapiens sentisse alguma energia intitulada de divina,
onde mesmo se desenvolve por sentimentos e sensações, originando as primeiras bases religiosas
que se tem existência. Quando observamos as práticas religiosas dos povos antigos, notamos a sua
diversidade politeísta e sempre atribuindo essas divindades a componentes da natureza, pois eram
eles que proveriam sua sobrevivência. Dessa forma, temos a concepção que tudo isso foi originado
devido a uma evolução da pata dianteira do macaco para a mão de um primata com cérebro maior,
agora capaz de construir e destruir qualquer coisa, tanto usado para o bem ou para o mal, fazendo
que nós nos diferencie do meio natural, pois acreditamos que a natureza não trabalha para si, nem
pros animais e sim pra gente, convencidos de superioridade e centro do universo. Enganando-se e
usando como artifício o processo de um animal que esgota aquela área de alimentos, esquecendo
que faz parte do ciclo natural, onde aquela mesma área "devastada" será espaço de transformações
futuras pela própria natureza, e os próprios animais fazem parte dessa harmonia, pois os mesmos
descarregam sementes ao ingerir frutos, por exemplo, e adubam através de excrementos. O Homem,
independente da era em que estava inserido, sempre o considerou como topo da cadeia alimentar, o
único que poderia causar qualquer uma alteração sobre o meio natural, esquecendo que a natureza
possui suas próprias regras e que a mesma é vingativa. Partindo dessa perspectiva, desde os
primórdios, o homem tinha como principal fator de cultivo os rios, destacando destes o Nilo e
Eufrates, isso se deu por que às suas margens, as terras eram férteis e irrigadas por suas águas,
garantindo suas diversas culturas de alimentos, propiciando assim sua sobrevivência, podendo assim,
afirmar que o humano sempre buscou relações com os corpos hídricos mais próximos de si, pois
começa a ter a concepção que aquele corpo d'água corrente é o principal meio de origem de vivência,
dessa maneira, estabelece construções e inicia sua vida mais próximo aos rios, o que é visto muito
atualmente, onde áreas geralmente mais densas são localizadas à margem de lagoas, lagos, rios
preservando as mesmas intenções do passado, reproduzindo as ações dos nossos descendentes
antigos. Quando falamos sobre meios de produção, logo nos vêm a mente na idade Antiga, os
principais conjuntos populacionais, protegidas por grandes muralhas, muros de grande elevação,
portões de ferro, todos os métodos de escapamento possíveis afim de retardar quaisquer tipos de
ataques que aquele local venha a receber, esse modelo tem destaque na Europa e no continente
asiático, porém valemos ressaltar o continente europeu pois é nesta grande massa de terras que
ocorrerá as invenções que serão as mais utilizadas no mundo moderno, servindo-os como base,
futuros protótipos, mal sabendo eles que suas criações mudaria o conceito que vida e sociedade que
temos hoje nos dizia atuais. Portanto, as grandes descobertas, as que serviram de base para os
brancos medievais vieram muito antes de sua existência, isso por que muito antes do homem saber o
que seria uma sociedade, o mesmo já realizava descobrimentos que um dia iria transformar esse
campo social, como o fogo, a agricultura, as ferramentas para cultivos, como foice, enxada, a
fundição de metais, a roda, dentre muitos que foram surgindo um atrás do outro com a demanda do
ser pensante, contando com sua curiosidade e sua arte de criar coisas novas. Por fim, conseguimos
através da leitura deste capítulo, seguir uma ordem cronológica dos fatos, datando desde o inicio de
tudo, na Idade da Pedra até o momentos atuais, onde presenciamos a evolução do homem no
sentido físico, mental e social, a ponto que fez emergir conceitos como cultura, religião, comércio,
meios de produção, hierarquias, dinastias, sistemas econômicos, sendo esses últimos mais
abordados pelo autor, que discute desde o comunismo primitivo até o capitalismo, passando pelo
feudalismo e socialismo, desde a sua forma mais inocente até sua versão exploratória, onde todos
saem da igualdade de valores, de consumir e dividir os mesmos alimentos, abrigos, animais para uma
realidade totalmente avessa, sendo nesta obrigada a presença de monetário para sobrevivência, e
caso não haja posse de recursos, não quaisquer recursos, mas aqueles que podem ser trocáveis, o
indivíduo padece independente da esfera social que está inserido, se submetendo a situações
precárias, de insalubridade, fome, sem opções de sobrevivência, pois não há mais terras livres para
cultivos, muito menos ferramentas disponíveis para trabalhos, e isso em um planeta onde seres
humanos um dia já pluralizados, vivendo em certa simetria, agora se encontram em uma
singularidade permanente, sem valores e individualismo.

Palavras-chave: capitalismo, primitivo, Europa, homem e sociedade

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