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SISTEMA HIDRÁULICO

0. SUMÁRIO
a. Introdução
Generalidades
Sistemas Hidráulicos (Aberto/Fechado)
Lei das pressões de Pascal
b. Tipos de Fluído Hidráulico
Óleos Vegetais
Fluídos com Base Mineral
Fluídos Sintéticos (Skydrol)
c. Detecção e prevenção de Contaminação
d. Sistema Hidráulico
Bombas/Válvulas/Filtros
e. Componentes do sistema Hidráulico
Reservatório Hidráulico
Bombas Hidráulicas
Válvula Seletora
Válvula de Seqüência
Válvula de Bloqueio
Válvula Reguladora
Acumulador
Filtros
Linhas de Fluído
Vedações
Atuadores

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1. INTRODUÇÃO

Genericamente, sistemas hidráulicos são aqueles em que o trabalho é realizado pelo


movimento do fluído que pode ser líquido ou gasoso, compressivos (gases) ou
incompreessivos (líquidos).
Cata-ventos e rodas d’água são exemplos de sistemas hidráulicos abertos utilizadores
de fluídos gasosos (ar) e líquidos (água) abertos, já nos aviões, o sistema hidráulico é
fechado, em que o fluido em movimento está confinado de tal forma que sua pressão pode
ser aumentada, de maneira que com pouca quantidade de fluído mais trabalho pode ser
desenvolvido.
• Lei das pressões de pascal – “a pressão no interior de um recipiente é transmitida
igualmente em todas as partes do recipiente e agem perpendicularmente sobre cada
um de seus elementos.”
As figuras 1, 2 e 3 nos permitem fazer as correlações entre a lei das pressões de Pascal e
o princípio de fluídos em movimento de Bernoulli, relações estas necessárias, visto que em
um sistema hidráulico o fluído está em movimento, assim sendo a energia total (Et) será
dada pela soma das energia cinética (Ek) e da energia potencial ou estática (Es).
Um fluído hidráulico de uso aeronáutico deve ser tão incompressível quanto possível,
fluir com o mínimo de fricção, ter boas propriedades lubrificantes, não deve gerar espuma,
deve ser compatível com os materiais que constituem os componentes e demais partes do
sistema, em especial, os materiais usados nas vedações, não ser inflamável e trabalhar sob
baixas temperaturas.
2. TIPOS DE FLUÍDOS HIDRÁULICOS

·· Óleos vegetais – muito usados no passado quando as exigências não eram tão rigorosas
quanto hoje. É um produto derivado da mistura de óleo castor com álcool com coloração
para identificação. Vedações de borracha natural podem ser usadas com este fluido. Este
fluido, provavelmente não será encontrado em aeronaves modernas.
·· Fluído com base mineral – é um fluído a base de querosene de petróleo, tem boas
características de lubrificação, não espumante e não corrosivo. É quimicamente estável.
Para identificação é colorido em vermelho e sistemas que usam este fluído podem ser
lavados com nafta, varsol ou solvente padrão. Vedações e componentes do sistema podem
ser feitos com neoprene. Estes fluídos são inflamáveis.
·· Fluídos sintéticos – na busca de resolver o problema de inflamabilidade dos fluidos
com base mineral, bem como melhorar as características operacionais sob altas pressões e
temperaturas, foi desenvolvido um fluído a base de fosfato. O mais popular é o fluído MIL
–H-8446, conhecido como Skydrol-500A, colorido na cor púrpura clara, sendo outras
especificações de Skydrol identificados nas cores verde ou amarela.
Estes fluídos são mais leves do que a água, tendo uma faixa de temperatura operacional
bem ampla, de menos(-)65ºF até mais(+) de 225ºF. Este fluído é muito suscetível a

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contaminação por água da atmosfera, pelo que, deve ser mantido bem vedado, ataca
polivenil-clorido e não deve gotejar em cablagens elétricas, pois corroe a isolação, a não
ser que esta seja de teflon e outros materiais especiais, ele também remove tintas se estas
não forem de epoxy ou poliuretano. Juntas e vedações devem ser de butyl, silicone ou
teflon.
3. DETECÇÃO DE CONTAMINAÇÃO E PREVENÇÃO

Os sistemas hidráulicos trabalham com alta pressão e, em decorrência, os componentes


trabalham com alta precisão, baixo nível de folgas, daí a grande preocupação com a
contaminação, pois esta poderá causar falha.
Quando reabastecendo o sistema, esteja certo de que está usando o fluido correto,
conforme indicado no manual do fabricante e informado no reservatório.
Sistemas que usam o fluido mineral, MIL-H-5606, estarão livres de contaminação desde
que as recomendações sejam seguidas e mantendo o reservatório fechado. Qualquer
suspeita de contaminação impõem que seja feita a troca do fluído.
4. SISTEMA HIDRÁULICO

O sistema hidráulico pode se apresentar, predominantemente de duas formas, como uma


unidade integrada que contem componentes essenciais como o reservatório, válvulas de
controle, a bomba hidráulica de acionamento elétrico e outros elementos, constituindo um
conjunto de potência hidráulica, Power Pack, e a outra vversão onde a maioria dos
componentes do sistema são de montagem independente
A figura 3 mostra a bomba hidráulica sendo acionada no sentido de fazer com que o trem de
pouso seja estendendo. É uma bomba tipo engrenagem que, quando girando no sentido
indicado, o fluido sai do reservatório através da válvula direcional, Check Valve, da direita,
circula o contorno da bomba, onde ele é pressurizado para o nível de pressão limitado pela
válvula de controle de baixa pressão que provê pressão suficiente para movimentar o trem de
pouso para baixo bloqueado.
Da bomba o fluido se move para baixo, para a válvula de bloqueio, Shuttle Valve,
deslocando seu pistão para a esquerda, comprimindo sua mola e abrindo a passagem para o
lado inferior dos três cilindros do trem de pouso. Esta mesma pressão move a válvula
unidirecional de trem em cima para a direita, abrindo-a de forma que o fluido retornando da
parte superior dos cilindros possa retornar através da bomba para o lado inferior dos
cilindros ou para o reservatório.
Quando a manipula de controle de posição do trem de pouso, comandada pelo piloto, é
levada para a posição de trem em cima (Gear Up), de acordo coma figura 4 a bomba é
acionada no sentido inverso. Fluído é deslocado do reservatório através do filtro e
contornando as engrenagens da bomba, da esquerda para a direita, passará pela válvula
unidirecional de trem em cima, Gear Up Check Valve, fazendo com que o trem de pouso
receba pressão para deslocar e manter o tem de pouso em cima e bloqueado. O fluido de
retorno passa pela válvula de controle e vai para o reservatório. Note que a válvula Shuttle
teve seu pistão deslocado para a direita pela ação de sua mola.
Quando os três cilindros foram movidos para a posição “Up”, a pressão irá aumentar e
abrir a chave de pressão que por sua vez, cortará a energia da bomba e se manterá travada
nesta condição.

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No sistema apresentado não existe bloqueio mecânico de trem de pouso em cima, o trem
é mantido em cima pela pressão hidráulica. Se a pressão desaparecer, a chave dará partida
no motor da bomba, promovendo sua restauração, antes que o trem de pouso tenha uma
chance de se movimentar, descer, sair do seu alojamento.
A extinção do trem de pouso, neste tipo de instalação, em condição de emergência, será
dependente da ação do piloto mediante, a abertura do disjuntor do motor do sistema de
trem de pouso e colocando a manipula de trem de pouso na posição Gear Down e da
abertura da válvula que controla a queda do trem, o que permite fluxo de fluído da parte
superior para a inferior, nos três cilindros para a posição para baixo, em resposta ao peso do
trem de pouso.
5. COMPONENTES DO SISTEMA HIDRÁULICO

Dentre os principais componentes do sistema hidráulico temos, o reservatório hidráulico,


as bombas hidráulicas, as válvulas hidráulicas, acumuladores, filtros, as linhas dos fluídos,
os selos, os atuadores, e outros.
• Reservatório hidráulico – são recipientes destinados não somente para armazenar o
fluido necessário para o funcionamento do sistema completo, como também como
câmara de expansão e o local onde o fluido pode purificar por si só de ar acumulado em
seu ciclo operacional.
O reservatório deve ter capacidade suficiente para armazenar todo o fluido que possa
retornar sob qualquer configuração dos diferentes sistemas com atuação hidráulica,
incluindo-se expansão por surgimento eventual de bolhas e térmica.
Os reservatórios podem ser não-pressurizados e pressurizados, sendo que a maioria
está dotada de filtro na linha de retorno do fluido. Existem instalações em que a
alimentação, para a bomba hidráulica de acionamento mecânico, acoplada ao motor, é feita
a partir de uma saída que não afeta todo o fluído armazenado, ou seja, é feita de forma a
proteger certo volume com vistas a evitar a ocorrência de perda total no caso de uma
ruptura da tubulação que supre a bomba mecânica. Estes tanques (reservatórios), trabalham
com pressão ambiente, por este motivo, na medida em que os aviões voam mais alto, este
sistema não mais atende as necessidades operacionais, pois o fluído seria expelido do
reservatório.
Para instalações em aeronaves que voam mais alto, para evitar a ocorrência de
expurgamento de fluído, passou a ser necessário pressurizar os reservatórios. A
pressurização em aviões menores é feita mediante o uso de venturi, já nos aviões de grade
porte é usado ar de sangria de motores. Em geral a pressão é da ordem de 12 PSI’s para os
aviões menores e acima desta para os de grande porte.
Com a realização de trabalho o fluído se aquece, assim, em aviões maiores torna-se
necessário fazer seu resfriamento antes de retornar ao seu reservatório, o que é feito por
meio da instalação de um trocador de calor, em geral, localizado no interior do tanque de
combustível e consistido, basicamente por uma serpentina.
• Bomba Hidráulica – o fluído produz trabalho em um sistema hidráulico de uma
aeronave, quando o fluído de move sob pressão, é função da bomba produzir esta
pressão pelo movimento do fluido. As bombas hidráulicas não são propriamente
geradores de pressão, mas sim de movimento de fluído. A pressão somente poderá ser
gerada quando houver uma restrição ao fluxo do fluído.
Basicamente existem dois tipos de bombas, quanto ao acionamento, as manuais e as
movidas por algum outro tipo de energia como mecânica, elétrica, pneumática, etc. Na

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aviação predominam as mecânicas acopladas ao motor e as elétricas acionadas por um
motor elétrico. A figura 5 mostra uma bomba manual, onde pelo bombeamento manual se
obtém trabalho mecânico a partir da pressão decorrente do movimento do fluido de uma
câmara para a outra.
As figuras 6, 7, 8 e 9 mostram diferentes tipos de bombas hidráulicas quanto ao seu
princípio de funcionamento e quanto ao fluxo movimentado que poder ser de fluxo
constante e de fluxo variável.
A bomba de fluxo constante é aquela que produz um determinado movimento do fluído,
fixo para cada rotação, sendo que um sistema hidráulico que use este tipo de bomba,
obrigatoriamente deverá ter uma unidade de alívio ou um regulador para prevenir sua
destruição, ou de elementos do sistema, em decorrência da elevada variação de pressão
imposta no sistema.
A bomba de fluxo variável move um volume de fluído proporcional à demanda do
sistema, estas bombas, com muita freqüência, são do tipo pistão, onde a variação do
volume é obtida pela variação do deslocamento do pistão com relação da sua base.
A bomba da figura 6 é de fluxo constante e tem seu funcionamento baseado na
movimentação das quatro aletas flutuantes que deslocadas pelo espaçador central são
forçadas contra a parede interna, definindo volumes decrescentes para cada um dos
quadrantes na medida em que o giro é feito de forma que o volume do quadrante junto a
saída é o menor.
A bomba da figura 7 é das mais usadas na aviação geral, onde o acionamento é feito pela
engrenagem da esquerda. O fluido é admitido pela câmara formada pelo espaço deixado
entre os dentes das duas engrenagens que representa um volume grande, quando
comparado com o volume disponibilizado entre as engrenagens e a parede interna da
bomba assim é obtido o aumento de fluxo na saída. Entre os dentes das duas engrenagens
somente passa fluído suficiente para lubrificação.
Neste tipo de bomba é necessário colocar um dispositivo que evite o bombeamento de
ar, quando no início de seu funcionamento, escorvar (abastecer), o que é feito mediante o
caminho de baixa pressão, mostrado do lado direito da figura, que visa manter a bomba
pressurizada.
A bomba “gerotor” é uma combinação da bomba de engrenagens com a exceção que as
engrenagens são de movimento em torno de um só eixo, onde a engrenagem de quatro
dentes (spur – espora), é acionada pelo motor. A rotação da engrenagem interna movimenta
a externa de cinco dentes, provocando a variação do volume do fluido através do corpo da
bomba. Faz parte deste conceito de bomba uma placa de espessura variável colocada sobre
as engrenagens, cujo espaço sobre as engrenagens é menor junto ao pórtico de saída da
bomba.
A mecanização mostrada na figura 9 é a de uma bomba de fluxo variável onde a variação
do fluxo é obtida pela variação relativa do curso dos diferentes pistões que deslizam sobre
uma plataforma de espessura diferente, cuja posição depende da demanda de fluxo e, em
conseqüência, promovendo o quanto os pistões de deslocam, faz com que a pressão
permaneça estabilizada, na ordem 3.000 PSI’s.
• Válvulas Hidráulicas – são de vários tipos tanto do ponto de vista funcionamento
como no tocante às suas funções.
• Válvulas de controle de fluxo
• Válvulas de controle de pressão

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Das válvulas controladoras de fluxo a mais conhecida é a
·· Válvula Seletora - que determina o direcionamento do fluxo de fluido na sua função
de produzir determinado trabalho, como por exemplo, recolher ou estender o trem de
pouso. As figuras 10 e 11 apresentam duas válvulas deste tipo, onde a primeira é de fácil
entendimento enquanto a segunda já tem seu funcionamento um pouco mais complexo,

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visto que quatro elementos móveis, dois a dois, acionados pelo eixo com ressaltos, faz a
coordenação da seleção de encaminhamento do fluxo de fluido.
.. Válvulas Unidirecionais – são válvulas instalada em um sistema hidráulico com a
finalidade de permitir o fluxo de fluído em apenas um sentido, ele serve para isolar linhas
hidráulicas. Estas válvulas podem ter uma outra função, qual seja a de num sentido permitir
fluxo normal e no sentido reverso permitir apenas um fluxo restrito, parcial. Veja as figuras
12 e 13.
·· Válvulas de seqüência – são válvulas que têm como função direcionar o fluxo de
fluído para diferentes atuadores de maneira seqüencial ou priorizada, como por exemplo, o
acionamento de trem de pouso em baixo, sendo que o trem está guardado em um
alojamento com portas, a ação deve ocorrer segundo uma seqüência, ou seja, as portas
devem ser abertas antes de movimentar o trem. As figuras 14, 15 e 16 são válvulas para
este tipo de função.
·· Válvulas de bloqueio – a grande maioria dos aviões de maior porte têm, no mínimo,
dois sistemas hidráulicos instalados por razões de dispachabilidade, certificação, segurança,
estes sistemas devem ter a possibilidade de unificar ou isolar trechos das instalações com
vistas à segurança ou flexibilidade operacional.
Esta função pode ser satisfeita de forma automática mediante o uso deste tipo de válvula,
cujo desenho é apresentado na figura 17 onde no caso de falta de pressão por ruptura de
tubo ou por vazamento sério em determinado componente, aquele setor do sistema é
isolado, vice-versa também pode ser atendido por este tipo de válvula.
Dentre as válvulas de controle de pressão as mais conhecidas são as válvulas de alivio,
Relief Valve e as reguladoras de pressão. A válvula da figura 18 é um bom exemplo, onde
uma mola pré-calibrada determina a pressão em que a válvula irá abrir e permitir o alívio
da pressão excedente. Na figura 19 temos um arranjo em que a válvula de espera está
trabalhando como regulador.
• Acumulador hidráulico – são componentes do sistema hidráulico que funcionam como o
próprio nome sugere, acumulam pressão hidráulica durante o funcionamento normal do
sistema e devolvem-na na forma de trabalho quando o suprimento principal não estiver
disponível, funcionam como uma bateria nos sistemas elétricos.
Seu funcionamento está baseado em um recipiente, em geral esférico ou cilíndrico, onde no
seu interior existe um diafragma ou um pistão (cilindro) em que, de um lado existe ar ou
nitrogênio comprimido com uma pressão aproximada de 1/3 da pressão do sistema e do outro
lado a pressão do fluído hidráulico do sistema.
Quando a pressão do sistema reduz, face à pressão do ar ou nitrogênio do outro lado do
diafragma ou do pistão, estes elementos serão deslocados, fazendo com que a pressão do
fluído hidráulico do sistema seja mantida. Veja a figura 20.
• Filtros – são elementos muito importantes do sistema hidráulico visto que o fluído deve
ser mantido limpo, isento de impurezas, pois contaminantes podem liquidar com
componentes do sistema hidráulico.
A capacidade de filtragem é medida em microns, sendo um mícron correspondente à uma
milionésima parte de um metro, ou 39 milionésimos de uma polegada.
Em se tratando de fluído hidráulico, é normal que a filtragem separe contaminantes com 25 ou
mais microns, o que corresponde, normalmente a 95% das impurezas. A tabela da figura 21.
nos dá uma idéia de tamanhos de partículas e uma classificação de tramas de filtros, enquanto

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figuras 22 e 23 nos dão, respectivamente uma idéia de um filtro e de um material filtrante
usado na construção de filtros.
O material filtrante da figura 23 é feito, geralmente de celulose ou de uma fina malha de aço
inoxidável, sendo este reutilizável.
• Linhas de Fluído Hidráulico – As linhas, tubos , mangueiras que constituem o caminho
para o fluido ser transportado entre todos os elementos, componentes de um sistema
hidráulico, devem ter propriedades adequadas ao sistema em que forem instalados,
principalmente no tocante à pressão, à vibração, à composição química do fluído, à
localização térmica e ao comprimento do percurso. Existem linhas flexíveis de baixa
pressão, até aproximadamente 300 PSI’s, rígidos de pressão média, em torno de 1500
PSI’s e alta pressão, aproximadamente 3000 PSI’s. As tubulações hidráulicas rígidas ou
flexíveis são fabricadas segundo especificações militares, MIL-H-5593 para as flexíveis
comuns, MIL-H-8794 para os de pressão média e MIL-H8788 para os de alta pressão.
Os condutores de fluído hidráulico, mais simples são os metálicos, em liga de alumínio 5052-
2, os demais são construídos com o emprego de materiais compostos como a borracha
sintética como miolo de um condutor, coberto por uma malha de algodão e por uma fina
malha de aço inoxidável. Os condutores de maior resistência à corrosão e alta pressão são os
de Teflon ou aço inoxidável. Os tubos com Teflon não devem ter sua forma modificada por
ocasião de execução de algum serviço de manutenção. Nas figuras 24, 25, 26 e 27 temos uma
idéia de sua apresentação.
• Vedações – são usada em quase todos os componentes e junções de um sistema hidráulico
para minimizar vazamentos no interior de componentes, para evitar perdas de pressão e
evitar vazamentos externos.
Existem, quando ao formato, basicamente dois tipos, as juntas (gaskets), para uso em junções
em que não existe movimento e os “o-rings” e “packing” para vedações onde existe
movimento entre as partes. Dependendo das características do fluído, é costume fazer os
vedantes de borracha natural, borracha sintética ou de teflon. Nas figuras 28 e 29 são
apresentados dois tipos de vedantes onde podemos verificar ocorrência de vazamentos
decorrentes de dimensionamento incorreto do selo de vedação (o-ring no caso).
• Atuadores – são unidades nas quais se dá a transformação da energia hidráulica do fluído,
disponível na forma de pressão, em trabalho. A fim de realizar este trabalho é necessário
que haja um movimento.
O s atuadores podem ser lineares ou rotativos. Os atuadores lineares, em geral, são
constituídos por um cilindro e um pistão com um eixo, sendo este ligado à parte móvel, carga
e o cilindro à parte estrutural, podendo ser desbalanceados ou balanceados.
O atuador linear desbalanceado apresenta somente um braço de acoplamento à carga,
enquanto o balanceado tem dois eixos de atuação, um de cada lado do pistão. As figuras 30 e
31 mostram os diferentes conceitos de atuadores.
Fazem parte desta categoria de atuadores hidráulicos as PCU’s-Power Control Units, unidade
de atuação hidráulica de grande potência, comumente usadas nos sistemas de controle e
atuação das principais superfícies de comando de um avião, como flaps, ailerons, profundores
leme de direção, entre outros.

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