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A Condição Colonial
lembrados até os dias atuais por sua produção, é possível que daqui a dois ou três
mil anos esqueçamos os políticos, celebridades, influencers, youtubers, generais e
demais pessoas que ganharam certa notoriedade momentânea, contudo nomes como
os de: Einstein e Madame Curie, Thomas Mann e Bach manterão nossa memória
coletiva sempre viva.
A pergunta que você estudante de Letras se faz agora deve ser: Por que as Artes e
as Ciências são importantes? A resposta nos parece muito óbvia, mas em um
momento em que tanto as artes quanto a ciência passam por ataques e
questionamento é preciso lembrar que temos o rádio, o avião, a penicilina, a televisão,
o computador, os carros, os telefones celulares, a internet graças a essas realizações
que foram e ainda serão uma espécie de subproduto que emerge da tarefa principal
do cientista. Que tarefa seria essa? A resposta para tal pergunta é ser curioso, pois o
cientista é aquele que continua a perguntar “Por quê?” e não se satisfaz com uma
resposta, está sempre alerta às possibilidades que se apresentam, ele continua a
perguntar: “O quê?”, “Como?” “Quando?”
Neste sentido, proponho que pensemos em como o ser social é interessante do ponto
de vista do conhecimento, pois estamos sempre em busca da verdade sobre o mundo
em que vivemos, sobre nossa vida, sobre aqueles que nos antecederam. A Literatura
é um modo de pensar a vida, a função social que exerce emerge para além da simples
análise de escolas literárias, autores, obras e contextos. Suas fronteiras são infinitas
e passam os tempos e espaços em um encontro de culturas, histórias, memórias e
vidas. Neste sentido, “Poetas e músicos são especialmente hábeis em expressar
emoções para nós” (BURGESS, 2008, p.13), o que nos preocupa em particular é a
literatura, no entanto, o interesse por outras artes e áreas do conhecimento deve ser
uma premissa para o professor de Letras em formação. Os métodos são variáveis, no
entanto a matéria, que é a Arte se evidencia na fruição estética.
também tomava corpo. Nesse período que temos os escritos do “patriarca da nossa
literatura: José de Anchieta (1534-1597)”. Anchieta é responsável pelo primeiro livro
produzido no país, além de produzir peças exclusivamente literárias em quatro línguas
a saber, português, espanhol, latim e tupi, muitas vezes mesclando-as.
O religioso também foi o provocador da valorização do tupi, o que gerou nas
autoridades da época medidas de proibição do uso da língua indígena. Esse é o período
em que as crônicas de viagem, escritos religiosos e a “literatura de senhores”
predominaram quase que absolutamente. A partir das reflexões dos três teóricos
percebemos que o descontentamento do intelectual da colônia com a metropóle só
crescia em sua gênese.