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Curso Técnico em

Telecomunicações
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI


Conselho Nacional

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor Geral

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional

Curso Técnico em
Telecomunicações

Silvano Munay

Componente Curricular na Modalidade a Distância

Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs Design Educacional, Design Gráfico,


Luciano Mattiazzi Baumgartner - Departamento Diagramação e Ilustrações
Regional do SENAI/SC Equipe de Desenvolvimento de Recursos
Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis
Coordenador de EaD - SENAI/RN
João Xavier - Centro de Tecnologias em Revisão Ortográfica e Normativa
Informática Aluízio Alves Contextual Serviços Editoriais e FabriCO

Coordenador de EaD – SENAI/SC em Florianópolis


Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em
Florianópolis

Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do SENAI/SC
Florianópolis.

M963a
Munay, Silvano
Análise de circuitos elétricos / Silvano Munay. – Brasília : SENAI/DN,
2010.
377 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Circuitos elétricos. 2. Grandezas elétricas. 3. Potência elétrica. I. SENAI.


Departamento Nacional. II. Título.

CDU 621.3.049

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Nacional

Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C


Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190
http://www.senai.br
Sumário

Apresentação................................................................................................... 09
Plano de estudos............................................................................................ 11
Unidade 1: Grandezas elétricas básicas................................................. 13
Unidade 2: Resistores................................................................................... 67
Unidade 3: Lei de OHM............................................................................... 81
Unidade 4: Potência elétrica em corrente contínua e associação de
resistores................................................................................................................. 91
Unidade 5: Leis de Kirchhoff....................................................................115
Unidade 6: Análise de circuitos por teoremas...................................179
Unidade 7: Magnetismo............................................................................217
Unidade 8: Princípio de geração de energia elétrica......................235
Unidade 9: Armazenamento de energia elétrica: capacitores.....257
Unidade 10: Circuito RC série em corrente alternada....................293
Unidade 11: Potência elétrica em corrente alternada....................353
Palavras do autor..........................................................................................373
Conhecendo o autor....................................................................................375
Referências......................................................................................................377
Apresentação
da disciplina
Olá! Seja bem-vindo ao Componente Curricular
Análise de Circuitos Elétricos do Curso Técnico
em Telecomunicações. O objetivo geral é analisar
fenômenos elétricos em função dos componentes
constituintes de um circuito elétrico.

O conteúdo referente aos temas Grandezas elétricas


básicas, Resistores, Lei de OHM, Potência elétrica
em corrente contínua e associação de resistores,
Leis de Kirchhoff, Análise de circuitos por teoremas,
Magnetismo, Princípio de geração de energia elé-
trica, Armazenamento de energia elétrica através de
capacitores, Circuito RC série em corrente alternada
e Potência elétrica em corrente alternada, consti-
tuem-se na base imprescindível para o progresso
dos estudos da eletricidade como fonte de energia.
Portanto, sua dedicação à aprendizagem desses
conteúdos, em paralelo ao apoio do seu professor
tutor, é fator de sucesso.

Estamos juntos nessa caminhada. Conte com o nos-


so integral apoio.

Bons estudos!

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Plano de Estudos

Carga-horária
120 horas
‡‡ 72 horas a distância e 48 horas em encontros
presenciais

Ementa
‡‡ Grandezas elétricas (tensão, corrente e resistência)
‡‡ Resistores (tipos, associação série, paralela, mista
e divisor de tensão)
‡‡ Lei de OHM
‡‡ Potência elétrica
‡‡ Redes/malhas/Leis de Kirchhoff
‡‡ Teoremas de Norton, Thevenin e Superposição
‡‡ Tensão alternada (valor de pico, pico a pico, valor
médio, frequência, período)
‡‡ Sinais não simétricos (valor médio, valor eficaz)
‡‡ Capacitores (tipos, reatância capacitiva e constan-
te de tempo)
‡‡ Indutores (tipos, reatância indutiva e constante de
tempo)
‡‡ Circuitos RC, RL, RLC
‡‡ Ressonância
‡‡ Transformadores
‡‡ Potência elétrica em CA
‡‡ Impedância

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Curso Técnico em Telecomunicações

Objetivos

Objetivo Geral

Analisar fenômenos elétricos em função dos componentes constituintes de um


circuito elétrico

Objetivos Específicos

‡‡ Propiciar conhecimentos técnicos e científicos que possibilitem a aplicação da


eletricidade como fonte de energia;
‡‡ Promover bases conceituais para a execução dos processos inerentes a siste-
mas elétricos;
‡‡ Propiciar fundamentos técnicos relativos à instalação e manutenção de equipa-
mentos elétricos.

10
1
Grandezas Elétricas
Básicas

Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:

‡‡ compreender a composição e a estrutura da


matéria;
‡‡ identificar fontes geradoras de energia elé-
trica;
‡‡ identificar as unidades de medida elétrica;
‡‡ realizar a conversão de medidas elétricas;
‡‡ realizar medição com instrumento de medi-
da;
‡‡ compreender o funcionamento de um circui-
to elétrico simples.

Seções de estudos
Acompanhe nesta unidade o estudo das seções
seguintes.

Seção 1: Matéria.
Seção 2: Eletrização da matéria.
Seção 3: Atração e repulsão entre cargas
elétricas.
Seção 4: Unidade de medida de tensão elé-
trica.
Seção 5: Medição de tensão em corrente
contínua.
Seção 6: Corrente elétrica.
Seção 7: Resistência elétrica.
Seção 8: Circuito elétrico.

11
Curso Técnico em Telecomunicações

Para iniciar
O objetivo principal desta unidade é fazer com que você compreenda
o que de fato é eletricidade, conhecendo desde a forma como a mes-
ma é gerada e chega a nossas residências até as principais unidades de
medidas (tensão, corrente e resistência).

Ainda durante esta unidade você também aprenderá a efetuar medi-


ções com o multímetro, referenciando-se à corrente contínua (CC) para
melhor compreender a instalação de um circuito elétrico e todos os
seus componentes.

É importante destacar que o conteúdo desta unidade é base para todas


as outras, portanto, fique atento e leia com bastante atenção!

Ah! Sempre que precisar, entre em contato com o seu tutor, ele estará
à sua disposição para ajudá-lo durante o processo de aprendizagem
por meio de uma sólida parceria, na qual ele também estará disposto a
aprender com você.

Lembre-se sempre: o seu contato, além de indispensável, será sempre


muito bem-vindo!

“A adversidade desperta em nós


capacidades que, em circunstâncias
favoráveis, teriam ficado
adormecidas.”
– Horácio –

Seção 1:
Matéria
Quem nunca ouviu falar sobre o conceito de matéria? O que lhe vem à cabeça
quando você escuta ou lê essa palavra? Átomos? Moléculas? Espaço?

Vamos ver juntos!

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Análise de Circuitos Elétricos

O átomo é uma partícula divisível, sendo constituído pelo núcleo, onde estão
os prótons e os nêutrons, e pela eletrosfera, onde estão os elétrons.

A eletrosfera, por sua vez, é composta por camadas ou órbitas formadas pelos
elétrons, que se movimentam em trajetórias circulares em volta do núcleo. Os
prótons são partículas subatômicas que possuem carga elétrica positiva. Já os
elétrons são partículas subatômicas dotadas de carga elétrica negativa. E por
último, os nêutrons são partículas subatômicas sem carga elétrica.

A seguir confira a imagem que representa um átomo.

Figura 1 - Representação do átomo


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Modelo atômico de Rutherford e Bohr


De acordo com Niels Henrick David Bohr (físico dinamarquês), os elétrons se
movimentam ao redor do núcleo seguindo trajetórias circulares denominadas
de camadas ou níveis.

Unidade 1 13
Curso Técnico em Telecomunicações

Essas camadas foram especificadas por letras a partir da camada mais interna:

Nota
K, L, M, N, O, P e Q.

Os elétrons podem ir de um nível mais interno para outro mais externo absor-
vendo energia. Caso o processo fosse inverso, ocorreria emissão de energia.
Os postulados de Bohr permitem que você conheça quantos elétrons um dado
átomo possui em cada uma das camadas.

Figura 2 - Camadas do modelo atômico


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Acompanhe a seguir a quantidade máxima de elétrons em cada uma das cama-


das.

14
Análise de Circuitos Elétricos

Tabela 1 - Valor máximo de elétrons em cada camada

Camada Número máximo de elétrons


K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

A camada mais externa de um átomo não pode possuir mais de oito elétrons.
Nem todo átomo possui a mesma quantidade de camadas. Que tal agora co-
nhecermos um pouco mais sobre a eletrização da matéria? Confira este assunto
na próxima seção.

Seção 2:
Eletrização da matéria
Quando o número total de prótons e elétrons é igual, diz-se que a matéria está
eletricamente neutra.

Confira a seguir alguns exemplos de materiais eletricamente neutros.

Figura 3 - Materiais eletricamente neutros no seu estado natural


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 15
Curso Técnico em Telecomunicações

É importante destacar que essa neutralidade pode ser alterada por meio do
processo de eletrização. Os processos de eletrização atuam sempre nos elé-
trons que estão na última camada dos átomos conhecida como camada de
valência.

Quando um processo de eletrização retira elétrons da camada de valência dos


átomos, o material fica com o número de prótons maior que o número de
elétrons. Nestas condições, o corpo fica eletricamente positivo. Quando um
processo de eletrização acrescenta elétrons a um material, o número de elé-
trons se torna maior que o número de prótons. Nestas condições, o corpo fica
eletricamente negativo.

Tipos de processos de eletrização


Na natureza há vários processos de eletrização.

Por exemplo:

‡‡ eletrização por atrito;


‡‡ eletrização por contato;
‡‡ eletrização por impacto;
‡‡ eletrização por indução.

No caso da eletrização por atrito a figura a seguir demonstra quando o corpo


fica eletricamente positivo por atrito, veja.

Figura 4 - Processo de eletrização positiva


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

16
Análise de Circuitos Elétricos

Quando um corpo está com uma quantidade maior de prótons do que de elé-
trons ele fica positivamente eletrizado!

Pergunta
Mas como um corpo fica negativamente eletrizado?

Agora confira na figura a seguir quando o corpo fica negativamente eletrizado:

Figura 5 - Processo de eletrização negativa


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Quando o corpo está com excesso de elétrons, ele fica negativamente eletriza-
do!

Nos corpos sólidos são os elétrons que se movimentam de um átomo para ou-
tro. Os prótons permanecem em seus núcleos.

Siga o passo a passo do pequeno experimento a seguir e veja como funciona a


eletrização por atrito.

Unidade 1 17
Curso Técnico em Telecomunicações

1º – Pegue um papel.

2º – Rasgue o papel em vários pedaços.

3º – Coloque os pedaços de papel sobre uma


superfície.

4º – Pegue um pente de plástico.

18
Análise de Circuitos Elétricos

5º – Penteie o cabelo três vezes.

6º – Aproxime o pente dos pedaços de papel


que estão sobre a superfície.

Pergunta
Então, conseguiu fazer o experimento? O que aconteceu? Qual foi o
resultado obtido?

Possivelmente o pente atraiu os pedaços de papel, não é mesmo? Mas por qual
motivo que isso aconteceu, você sabe?

A resposta é simples, vamos ver juntos!

Primeiro, o atrito do pente com os cabelos causa uma eletrização positiva,


pois esse atrito retira elétrons do pente.

Depois, ao aproximar o pente dos pedaços de papel, os elétrons dos átomos


do papel são atraídos pelos prótons que estão em maior quantidade no pente.
Como os elétrons não podem saltar para o pente, eles arrastam os pedaços de
papel por causa da força de atração.

Unidade 1 19
Curso Técnico em Telecomunicações

Outro exemplo

Quando as nuvens se atritam com o ar, as mesmas adquirem cargas elétricas.


Você já viu um relâmpago? O relâmpago comprova a existência de carga elétri-
ca nas nuvens.

E então, está gostando do assunto? Vamos à próxima seção.

Seção 3:
Atração e repulsão entre
cargas elétricas
A aproximação de dois corpos eletrizados causa uma reação entre eles. Quando
um dos corpos está eletrizado positivamente e o outro está eletrizado negativa-
mente há uma tendência para que eles se atraiam mutuamente.

Entretanto, se os dois corpos estiverem igualmente eletrizados (positivo e posi-


tivo ou negativo e negativo), eles se repelem.

Atenção
Lembrando que:

‡‡ a carga positiva é representada por+; e


‡‡ a carga negativa é representada por -.

Potencial elétrico
Você sabe o que é potencial elétrico?

O potencial elétrico de um corpo é definido como a capacidade que esse cor-


po tem para realizar trabalho. Neste caso, o trabalho é atrair ou repelir outras
cargas elétricas.

20
Análise de Circuitos Elétricos

Pergunta
Lembra do experimento que você fez com o pente na seção anterior?

O pente estava eletrizado e por este motivo teve a capacidade de realizar o


trabalho de mover o papel em sua direção, conforme você pode verificar nova-
mente na figura a seguir.

Figura 6 - Processo de eletrização por atrito


Fonte: adaptado de SENAI-CTGAS (2005).

Pode-se dizer então que:

Figura 7 - Bastões carregados positivamente e negativamente


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 21
Curso Técnico em Telecomunicações

Ao se comparar os trabalhos realizados por dois corpos eletrizados, automatica-


mente estão sendo comparados os seus potenciais elétricos.

A diferença entre os trabalhos expressa diretamente a diferença de potencial


elétrico (cuja abreviação é ddp) entre os dois corpos. Nos campos da eletrônica
e da eletricidade, utiliza-se quase exclusivamente a expressão tensão ou tensão
elétrica para indicar a diferença de potencial elétrico (ddp).

É possível verificar a existência de diferença de potencial entre corpos eletri-


zados com cargas diferentes ou com o mesmo tipo de carga. Para que isso
aconteça é necessário que a quantidade de carga seja diferente, conforme você
pode verificar na figura a seguir:

Figura 8 - Diferença de potencial entre cargas diferentes e entre cargas iguais


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Dica
A diferença de potencial é também denominada de tensão elétrica.

E por falar em tensão elétrica, esse é o assunto da próxima seção. Acompanhe!

22
Análise de Circuitos Elétricos

Seção 4:
Unidade de medida de
tensão elétrica
A tensão entre dois pontos pode ser medida por meio de instrumentos. A uni-
dade de medida de tensão é o volt e o símbolo desta grandeza elétrica é V.

Pergunta
Você sabia que a unidade volt é uma homenagem ao cientista italiano
Alessandro Volta? Sim,

Volta mostrou que a origem da corrente elétrica, descoberta por


Luigi Galvani, não estava nos seres vivos, mas sim no contato entre
dois metais diferentes num meio ionizado. Decorrente dessas suas
investigações construiu as primeiras pilhas químicas no final do
século XVIII, marcando o início do estudo da eletricidade e dos
circuitos elétricos. (FEUP, 2009).

Em algumas situações, a unidade de medida padrão se torna inadequada.

Por exemplo: o metro, que é uma unidade de medida de comprimento, não


é adequado para expressar o comprimento de um pequeno objeto, como por
exemplo, o diâmetro de um botão. Para tomada de medidas tão pequenas, são
utilizados os submúltiplos do metro, como o centímetro (0,01 m) ou o milímetro
(0,001 m).

Da mesma forma, a unidade de medida de tensão volt também tem múltiplos e


submúltiplos adequados a cada situação.

Aliás, em eletrônica é muito comum expressar um determinado valor – tanto


da corrente, da resistência ou da tensão elétrica – por meio de um múltiplo ou
submúltiplo.

Unidade 1 23
Curso Técnico em Telecomunicações

Pergunta
Mas o que seria múltiplo e submúltiplo?

‡‡ Múltiplos são valores acima da unidade, no caso mil vezes maior.


‡‡ Submúltiplos são valores abaixo da unidade, no caso mil vezes menor.

A tabela seguinte mostra alguns deles:


Tabela 2 - Múltiplos e submúltiplos

Denominação Símbolo Valor com relação ao volt


Megavolt MV 106 V ou 1.000.000 V
Múltiplos
Quilovolt kV 103 V ou 1.000 V
Unidade Volt V 1V
Milivolt mV 10-3 V ou 0,001 V
Submúltiplos
Microvolt mV 10-6 V ou 0,000001 V

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

No campo da eletricidade, usam-se normalmente o volt e o quilovolt. Porém,


na área da eletrônica, usa-se normalmente o volt, o milivolt e o microvolt.

A conversão de valores é feita de forma semelhante à conversão de unidades de


medida. Você se lembra como transformamos 1 quilômetro em metros? Então,
este processo de conversão acontece da mesma forma, veja!
Tabela 3 - Conversão de valores- volts

Quilovolt Volt Milivolt Microvolt

kV V mV mV

Posição da vírgula
Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Fontes geradoras de tensão elétrica


A existência de tensão é condição fundamental para o funcionamento de todos
os aparelhos elétricos. A partir dessa necessidade, foram desenvolvidos disposi-

24
Análise de Circuitos Elétricos

tivos que têm a capacidade de criar um desequilíbrio elétrico entre dois pontos
dando origem a uma tensão elétrica. Esses dispositivos são denominados gene-
ricamente de fontes geradoras de tensão.

Existem vários tipos de fontes geradoras de tensão. Acompanhe a seguir alguns


exemplos.

Figura 9 - Exemplos de fontes geradoras de tensão


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Como você pôde perceber, as pilhas, por exemplo, são fontes geradoras de
tensão. Elas são constituídas basicamente por dois tipos de metais mergulhados
em um preparado químico:

‡‡ cobre (Cu); e
‡‡ zinco (Zn).

Este preparado químico reage com os metais retirando elétrons de um e levan-


do para o outro. Um dos metais fica com potencial elétrico positivo e o outro
fica com potencial elétrico negativo. Portanto, entre os dois metais existe uma
ddp ou tensão elétrica, conforme demonstra a figura a seguir.

Figura 10 - Exemplo do funcionamento de uma bateria


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 25
Curso Técnico em Telecomunicações

Pela própria característica de funcionamento das pilhas, um dos metais se torna


positivo e o outro negativo. Cada um dos metais é denominado de polo. Sendo
assim, as pilhas dispõem de um polo positivo e um polo negativo, observe.

Figura 11 - Identificação dos polos positivo e negativo de uma pilha


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Atenção
Os polos de uma pilha nunca se alteram. O polo positivo sempre tem
potencial positivo e o polo negativo sempre tem potencial negativo.
Normalmente se diz que as polaridades de uma pilha são fixas.

Devido ao fato de as pilhas terem polaridade invariável, a tensão fornecida é


denominada de tensão contínua, tensão em corrente contínua (tensão CC) ou
ainda tensão DC (do inglês direct current).

Tensão contínua é a tensão elétrica entre dois pontos cuja polaridade é invariável.

Todas as fontes geradoras de tensão que têm polaridade fixa são denomina-
das fontes geradoras de tensão contínua. As pilhas utilizadas em gravadores,
rádios e outros aparelhos fornecem uma tensão contínua de aproximadamen-
te 1,5 V independente do seu tamanho físico, conforme você pode verificar a
seguir.

26
Análise de Circuitos Elétricos

Figura 12 - Relação entre tamanho físico da pilha e sua carga


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Perceba que todas as pilhas têm a mesma tensão contínua de 1,5 V porque a
tensão fornecida por uma pilha comum é independente do seu tamanho.

O que diferencia uma pilha pequena de uma pilha grande é a quantidade de


carga que podem oferecer num determinado intervalo de tempo.

Atenção
É importante destacar também que a tensão fornecida por uma pilha
comum é invariável ao longo do tempo.

Por exemplo, se você realizar a leitura da tensão de 1,5 V fornecida por uma
pilha comum ao longo de três minutos, a leitura observada será a mesma em
qualquer instante de tempo.

Veja no gráfico a seguir:

Unidade 1 27
Curso Técnico em Telecomunicações

Gráfico 1 - Evolução da tensão por um determinado tempo


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

E por falar em pilhas, veja a imagem da família a seguir e tente adivinhar o que
cada um deles faz com as pilhas e baterias usadas.

Então, conseguiu identificar o que cada um dos integrantes dessa família faz
com as pilhas e baterias usadas? Vamos ver juntos?

28
Análise de Circuitos Elétricos

Pergunta
Foi o que você imaginou? E você, o que faz com as pilhas e baterias
usadas?

Todos precisam saber...

Apesar de parecerem inofensivas, as pilhas e baterias representam um


grave problema ambiental. O seu processo de oxidação, promovido pela
exposição ao calor e à umidade, acaba liberando materiais altamente tó-
xicos (mercúrio, chumbo e cádmio, por exemplo) que atingem o ar, o solo
e a água. Esses materiais podem ficar no meio ambiente durante muitos
anos. Alguns dos problemas causados pelos mesmos são danos no siste-
ma nervoso central, nos rins, nos pulmões, no fígado e mutações genéti-
cas .
No Brasil, a resolução nº. 257 publicada pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) regula o descarte apropriado de pilhas e baterias
após o seu uso.
Uma dica: para saber se o produto pode ser descartado junto com o lixo
comum, leia a sua embalagem.
...e TODOS devem colaborar!
O meio ambiente é o nosso ambiente.

Unidade 1 29
Curso Técnico em Telecomunicações

Seção 5:
Medição de tensão em
corrente contínua
A medição de tensão em corrente contínua consiste na utilização de um ins-
trumento com o objetivo de determinar a tensão presente entre dois pontos de
uma fonte geradora de tensão, conforme você pode verificar na figura a seguir.

Figura 13 - Multímetro medindo tensão em corrente contínua


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

30
Análise de Circuitos Elétricos

Existem dois tipos de instrumentos com os quais se pode medir tensão em cor-
rente contínua: o voltímetro e o multímetro. Confira!

Figura 14 - Voltímetro e multímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Existem voltímetros e milivoltímetros destinados especificamente para medição


de tensões contínuas. O símbolo em destaque * na figura a seguir é utilizado
para indicar que o voltímetro de bobina móvel é utilizado para medir tensões
CC.

Figura 15 - Identificação do voltímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 31
Curso Técnico em Telecomunicações

Os voltímetros e milivoltímetros para tensões contínuas têm dois bornes na


parte posterior que se destinam a receber a tensão cujo valor será indicado na
escala, conforme a figura a seguir.

Figura 16 - Localização dos bornes de conexão do voltímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Os bornes são identificados com os sinais “+” e “-” porque os voltímetros de


CC têm polaridade estabelecida para ligação. Os voltímetros e milivoltímetros
para tensões contínuas têm polaridade de ligação especificada.

Para realizar a medição, utiliza-se normalmente conectar dois condutores de-


nominados pontas de prova aos bornes do instrumento, conforme você pode
verificar na figura a seguir.

Figura 17 - Identificação das pontas de prova do voltímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

32
Análise de Circuitos Elétricos

Quando se usam pontas de prova (com as cores preta e vermelha), deve-se uti-
lizar a ponta de prova vermelha no borne positivo (+) do instrumento.

Após a conexão nos bornes do instrumento, as extremidades livres das pontas


de prova são conectadas nos pontos onde se deseja medir a tensão CC. A ponta
de prova vermelha ou o condutor que estiver conectado ao borne positivo (+)
do instrumento deve ser ligado no ponto positivo a ser medido e a outra ponta
de prova no ponto negativo, como mostra a figura a seguir.

Figura 18 - Medição de tensão CC com voltímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 33
Curso Técnico em Telecomunicações

Pergunta
Possivelmente neste momento você esteja se questionando:

“Depois de conectar as pontas de prova, o que acontece?”

Quando as pontas de prova são conectadas com a polaridade correta nos pon-
tos de medição, o ponteiro do instrumento sai da posição de repouso, deslo-
cando-se no sentido horário em direção ao fim da escala. O valor da tensão
medida é indicado na escala do instrumento. Acompanhe!

Figura 19 - Voltímetro indicando valor de tensão


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Um pouco sobre leitura de escala de instrumentos elétricos


Para realizar uma leitura correta é preciso conhecer alguns conceitos. Razão
(R), por exemplo, é quanto vale cada espaço entre dois traços da escala. Para
saber a Razão de uma escala, tem-se a seguinte expressão matemática:

R= M–m
NIC
Sendo:
M = maior número em um intervalo considerado.
Por exemplo, entre 1 e 2, M = 2.
m = menor número em um intervalo considerado.
Por exemplo, entre 1 e 2, m = 1.
NIC = número de espaços entre o intervalo considerado.
Por exemplo, entre 1 e 2, NIC = 8.

34
Análise de Circuitos Elétricos

Então, aplicando a fórmula:

R = 2 – 1 = 1 = 0,125
8 8

A Leitura (L) mostrada pelo instrumento é:

L = m + número de intervalos de m até o ponteiro vezes R.

Assim,
L = 1 + 4 x 0,125 = 1 + 0,5.

Portanto,
L = 1,5 unidades.

Reflita
E caso a pessoa não consiga conectar corretamente as pontas de prova, o
que deve ser feito?

Simples, caso as pontas de prova sejam ligadas com a polaridade invertida, o


ponteiro se deslocará no sentido anti-horário (sentido incorreto). Neste caso,
você deverá inverter as pontas de prova nos pontos de medição.

Então, achou fácil? Lembre-se sempre, qualquer dúvida entre em contato com o
seu tutor, ele estará à disposição para ajudá-lo.

O multímetro
O multímetro, também conhecido por multiteste, é um instrumento que tem
a possibilidade de realizar medições não só de tensão, mas também de várias
outras grandezas de natureza elétrica. A figura a seguir mostra um tipo de mul-
tímetro comum nos laboratórios de eletrônica, confira.

Unidade 1 35
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 20 - Multímetro analógico


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

O multímetro é o principal instrumento na bancada de quem trabalha com ele-


trônica e eletricidade. Tal importância é devida à sua simplicidade de operação,
transporte e capacidade de possibilitar medições de diversas grandezas elétri-
cas.

Atenção
Você conhecerá agora os procedimentos para a medição de tensão
contínua utilizando o multímetro.

Sempre que você utilizar um multímetro para uma medição, é importante que
siga um procedimento padronizado. A correta utilização deste procedimento
deve se tornar um hábito para que o instrumento não seja danificado em uma
operação mal executada.

Confira a seguir o passo a passo deste procedimento.

PASSO TÍTULO DESCRIÇÃO

Conectam-se as pontas de prova nos bornes do


Conexão
instrumento.
das pontas
1
de prova ao
Ponta vermelha no borne DC ou positivo (+) e pon-
multímetro
ta preta no borne comum (COM) ou negativo (-).

36
Análise de Circuitos Elétricos

Veja:

Figura 21 - Pontas de prova do multímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

PASSO TÍTULO DESCRIÇÃO


É a determinação da posição correta do seletor de
escalas para a realização de uma medição de tensão.

A seleção da escala possibilita a realização da medi-


ção e garante a segurança do equipamento. Quando
se conhece aproximadamente o valor que vai ser me-
Seleção
dido, posiciona-se a chave seletora para a escala de
da escala
tensão imediatamente superior ao valor estimado.
2 de tensão
contínua no
A chave seletora deve ser sempre posicionada para
multímetro
um valor mais alto que a tensão que será medida.

Por exemplo, para medir a tensão de uma pilha que


tem valor máximo de 1,5 V, seleciona-se uma escala
de 2,5 V ou 3 V, ou outras próximas a essas, tudo de-
penderá das escalas de que o instrumento dispuser.

Veja:

Unidade 1 37
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 22 - Multímetro na escala de tensão CC


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

PASSO TÍTULO DESCRIÇÃO


Após a colocação das ponteiras e a correta seleção
da escala, as extremidades livres das pontas de
prova são conectadas aos pontos de medição.
Conexão do
multímetro A ponta de prova vermelha é conectada ao ponto
3
para medi- de medida positivo (+) e a preta ao negativo (-).
ção
Com a conexão correta das pontas de prova, o
ponteiro do instrumento deve se mover no sentido
horário.

Veja:

38
Análise de Circuitos Elétricos

Figura 23 - Multímetro realizando medição de tensão CC


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

PASSO TÍTULO DESCRIÇÃO


Após a conexão das pontas de prova nos pontos de
medição, o ponteiro se move para em uma posição
definida.
Leitura da
4
escala
Para realizar a leitura corretamente, o observador
deve se posicionar frontalmente ao painel de esca-
las.

Veja:

Unidade 1 39
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 24 - Posição de leitura do multímetro analógico


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Em geral, os multímetros têm cinco ou mais posições na chave seletora para a


medição de tensão CC e apenas três escalas no painel de leitura. Inicialmente, a
interpretação de valores de tensão a partir do multímetro pode parecer difícil.
Entretanto, com o uso constante desse instrumento o procedimento de leitura
será automaticamente exercitado e se tornará fácil.

O manuseio do multímetro requer a observação de alguns procedimentos, con-


fira.

Procedimentos de segurança
‡‡ Mantenha o multímetro sempre longe das extremidades da bancada.
‡‡ O multímetro não deve ser empilhado sobre qualquer objeto ou equipamen-
to.

40
Análise de Circuitos Elétricos

‡‡ Sempre que o instrumento não estiver em uso, posicione a chave seletora de


escala para a posição desligada (OFF). Caso isto não seja possível, posicione
a chave seletora para a posição ACV na maior escala.

Procedimentos de manuseio
‡‡ A
chave seletora deve ser posicionada adequadamente para cada tipo de
medição.
‡‡ As pontas de prova devem ser introduzidas nos bornes apropriados.
‡‡ Apolaridade deve estar sempre sendo observada nas medições de tensão
CC.
‡‡ Atensão a ser medida não deve exceder o valor determinado pela chave
seletora do instrumento.

Procedimentos de conservação
‡‡ Faça a limpeza do instrumento apenas com pano limpo e seco.

Na próxima seção vamos embarcar em uma viagem rumo a corrente elétrica. Então
pronto para este passeio? Vamos la!

Seção 6:
Corrente elétrica
A corrente elétrica consiste em um movimento orientado de cargas provocado
pelo desequilíbrio elétrico (ddp) existente entre dois pontos. Observe:

Unidade 1 41
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 25 - Movimento de cargas elétricas


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Assim, a corrente elétrica é a forma pela qual os corpos eletrizados procuram


restabelecer novamente o equilíbrio elétrico.

Pergunta
Você sabe o que significa descarga elétrica?

As descargas elétricas são fenômenos comuns na natureza. Os relâmpagos são


exemplos característicos de descargas elétricas. O atrito contra o ar faz com
que as nuvens fiquem altamente eletrizadas, adquirindo um potencial elevado
(tensão muito alta). Quando duas nuvens com potenciais elétricos diferentes se
aproximam uma da outra, ocorre uma descarga elétrica (relâmpago) entre elas,
como você pode conferir na figura a seguir:

Figura 26 - Descarga elétrica entre duas nuvens


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

42
Análise de Circuitos Elétricos

A descarga elétrica entre duas nuvens com potenciais diferentes nada mais é
do que uma transferência orientada de cargas elétricas de uma nuvem para a
outra.

Cabe destacar ainda que a descarga elétrica é o movimento de cargas elétri-


cas orientado entre dois pontos onde existe uma ddp. Durante a descarga, um
grande número de cargas elétricas é transferido numa única direção para dimi-
nuir o desequilíbrio elétrico entre dois pontos.

Podemos exemplificar como isso ocorre com a figura a seguir:

Figura 27 - Movimento de cargas elétricas


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Os elétrons que estão em excesso em uma nuvem se deslocam para a nuvem


que tem falta de elétrons. O deslocamento de cargas elétricas entre dois pontos
onde existe uma ddp é denominado de corrente elétrica.

Nota
Assim, a corrente elétrica é o deslocamento orientado de cargas
elétricas entre dois pontos quando existe uma ddp entre esses pontos.

Unidade 1 43
Curso Técnico em Telecomunicações

A partir da definição de corrente elétrica, pode-se concluir que o relâmpago é


uma corrente elétrica que ocorre devido à tensão elétrica existente entre as nu-
vens. Durante o curto tempo de duração de um relâmpago, um grande número
de cargas elétricas flui de uma nuvem para outra. Dependendo da grandeza do
desequilíbrio elétrico entre as duas nuvens, a descarga (corrente elétrica) entre
elas pode ter maior ou menor intensidade.

Unidade de medida da intensidade de corrente elétrica


A corrente elétrica é uma grandeza elétrica e a sua intensidade pode ser
medida com um instrumento. A unidade de medida da intensidade da corrente
elétrica é o ampère e é representada pelo símbolo A. Uma intensidade de cor-
rente de 1 A significa que 6,25 x 1018 cargas elétricas passam em 1 segundo por
um determinado ponto.

Esta unidade de intensidade de corrente também possui múltiplos e submúlti-


plos conforme você pode conferir na tabela a seguir:
Tabela 4 - Múltiplos e submúltiplos da corrente

Denominação Símbolo Relação com a unidade


Quiloampère kA 103 A ou 1.000 A
Ampère A 1A
Miliampère mA 10-3 A ou 0,001 A
Microampère mA 10-6 A ou 0,000001 A
Nanoampère nA 10-9 A ou 0,000000001 A
Picoampère PA 10-12 A ou 0,000000000001 A

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

No campo da eletrônica são mais utilizados o ampère, o miliampère e o mi-


croampère. Por exemplo, caso você queira transformar miliampère em ampère,
você deverá deslocar a vírgula três casas para a esquerda.

Veja o exemplo.

A quantos ampères (A) equivalem 200 miliampères (mA)?

200,0 mA (a vírgula está no último zero).

Desloque-a três casas para a esquerda, assim:

200 = em mA
20,0 = 1 casa para a esquerda

44
Análise de Circuitos Elétricos

2,00 = 2 casas para a esquerda


0,200 = 3 casas para a esquerda

Ou seja: 200 mA equivalem a 0,2 A.


Tabela 5 - Conversão de valores- ampères

Quiloampère Ampère Miliampère Microampère Nanoampère


kA A mA mA nA

Posição da vírgula

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Pergunta
Você sabe qual é o instrumento utilizado para medir a intensidade da
corrente elétrica? Não sabe? Não lembra? Vamos ver juntos?

O instrumento utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica é o am-


perímetro. Dependendo da intensidade da corrente, você poderá usar ainda:

‡‡ miliamperímetro;

‡‡ microamperímetro;

‡‡ nanoamperímetro;

‡‡ picoamperímetro.

Uma pausa para reflexão!


A eletricidade é uma força poderosa que exige respeito e cuidado da parte de
quem lida com ela. Por isso, aí vão alguns conselhos que lhe ajudarão a traba-
lhar com segurança e manter a sua saúde e a sua vida:

‡‡ verifique a ausência de tensão em equipamentos elétricos;


‡‡ assuma posição ou postura adequada;
‡‡ utilize equipamentos de proteção;
‡‡ utilize métodos e procedimentos adequados;
‡‡ leia os manuais dos equipamentos;
‡‡ em caso de dúvida, procure sempre mais informações.

Unidade 1 45
Curso Técnico em Telecomunicações

Às vezes abrimos mão de fazer a coisa da forma cer-


ta porque não temos tempo a perder. Mas, como diz o
velho ditado, “é melhor perder cinco minutos na vida
do que perder a vida em cinco minutos”. Ou em menos
tempo ainda... Pense nisso!

Dica
Procure conhecer as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança
do Trabalho (NRs) que tratam sobre esse assunto.

Seção 7:
Resistência elétrica
Resistência elétrica é uma propriedade dos materiais que reflete o grau de
oposição ao fluxo de corrente elétrica. Em outras palavras, resistência elétrica é
a oposição que um material apresenta à passagem da corrente elétrica. Todos
os dispositivos elétricos e eletrônicos apresentam uma determinada oposição
à passagem da corrente elétrica. A resistência que os materiais apresentam à
passagem da corrente elétrica tem origem na sua estrutura atômica.

Sendo assim, para que a aplicação de uma ddp a um material origine uma cor-
rente elétrica, é necessário que a estrutura desse material propicie a existência
de cargas elétricas livres para movimentação. Quando um material propicia a
existência de um grande número de cargas livres, a corrente elétrica flui com
facilidade através do material, conforme ilustrado na figura a seguir. Neste caso,
a resistência elétrica desse material é pequena.

46
Análise de Circuitos Elétricos

Figura 28 - Movimento de cargas livres em um material de baixa resistência elétrica


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Por outro lado, no material que propicia a existência de um pequeno número


de cargas livres a corrente elétrica flui com dificuldade. Veja a figura na seguir a
resistência elétrica deste material é grande.

Figura 29 - Movimento de cargas livres em um material de elevada resistência elétrica


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Atenção
A resistência elétrica de um material depende da facilidade ou dificuldade
com que esse material libera cargas para a circulação.

O efeito causado pela resistência elétrica, que pode parecer inconveniente, en-
contra muitas aplicações práticas em eletricidade e eletrônica.

Alguns exemplos práticos de aplicação da elevada resistência de alguns materiais são:

‡‡ aquecimento – em chuveiros e ferros de passar;


‡‡ iluminação – lâmpadas incandescentes.

Unidade 1 47
Curso Técnico em Telecomunicações

Unidade de medida da resistência elétrica


A unidade de medida da resistência elétrica é o ohm e é representada pelo
símbolo Ω.

A unidade de medida da resistência elétrica também possui múltiplos e sub-


múltiplos. Entretanto, na prática, usa-se quase que exclusivamente os múltiplos.
Veja a tabela a seguir:

Tabela 6 - Múltiplos de resistência

Denominação Símbolo Relação com a unidade


Megohm MΩ 106 ou 1.000.000 Ω
Quilohm kΩ 103 ou 1.000 Ω
Ohm Ω 1Ω

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Cabe ressaltar que a conversão de valores obedece ao mesmo procedimento de


outras unidades que estudamos anteriormente. Dessa forma:

• 120 Ω é igual a 0,12kΩ;


• 5,6 kΩ é igual a 5.600 Ω;
• 2,7 MΩ é igual a 2.700 kΩ;
• 390 kΩ é igual a 0,39 MΩ;
• 470 Ω é igual a 0,00047 MΩ;
• 680 kΩ é igual a 0,68 MΩ.

O instrumento destinado à medição de resistência elétrica é denominado de


ohmímetro. Raramente se encontra um instrumento que seja unicamente oh-
mímetro. Em geral, as medições de resistência elétrica são realizadas por meio
de um multímetro.

Os multímetros têm uma escala no painel e algumas posições da chave seletora


destinadas à medição de resistência elétrica, conforme você pode acompanhar
na figura a seguir.

48
Análise de Circuitos Elétricos

Figura 30 - Medição de resistência elétrica com um multímetro


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Materiais condutores e isolantes


Os materiais são denominados de condutores quando permitem a passagem
da corrente elétrica e são denominados de isolantes quando não permitem a
passagem da corrente elétrica, conforme você pode verificar a seguir:

Figura 31 - Efeitos da ddp em condutores e isolantes


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Os materiais condutores e isolantes são empregados em todos os dispositivos e


equipamentos elétricos e eletrônicos.

Os materiais condutores se caracterizam por permitir a existência de corrente


elétrica toda vez que se aplica uma ddp entre seus extremos, conforme ilustra-
do a seguir:

Unidade 1 49
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 32 - DDP fornecido pela bateria


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Existem materiais sólidos, líquidos e gasosos que são condutores elétricos.


Entretanto, na área da eletricidade e eletrônica, os materiais sólidos são os mais
importantes. Nos materiais sólidos, as cargas elétricas que se movimentam são
os elétrons, como você pode verificar na figura a seguir:

Figura 33 - Movimento dos elétrons com e sem ddp


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Os elétrons que se movimentam no interior dos materiais sólidos, formando a


corrente elétrica, são denominados de elétrons livres. Para que um material
sólido seja condutor de eletricidade é necessário que esse material possua um
grande número de elétrons livres. Quanto mais elétrons livres existirem em um
material, melhor condutor de corrente elétrica ele será.

Os metais são os materiais que melhor conduzem a corrente elétrica porque os


átomos da sua estrutura possuem um pequeno número de elétrons na cama-
da externa (até três elétrons). Esses elétrons se desprendem facilmente porque

50
Análise de Circuitos Elétricos

estão fracamente ligados ao número de átomos, tornando-se elétrons livres,


acompanhe na figura a seguir.

Figura 34 - Fuga de um elétron


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Exemplo

Os átomos de cobre que formam a estrutura atômica do “metal cobre” têm 29


elétrons, dos quais apenas um está na última camada. Este elétron se desprende
do núcleo, vagando livre no interior do material. A mobilidade dos elétrons da
última camada energética do cobre é tal que a sua estrutura química se compõe
de um grande número de núcleos fixos rodeados por elétrons livres que se mo-
vimentam intensamente de um núcleo para outro, conforme você pode verificar
na figura a seguir.

Unidade 1 51
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 35 - Estrutura do cobre


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

A grande liberdade de movimentação dos elétrons no interior da estrutura


química do cobre fornece a esse material a característica de boa condutividade
elétrica.

Dessa forma, os materiais condutores podem ser classificados segundo a resis-


tência que apresentam. Os melhores condutores (chamados de bons conduto-
res) são aqueles que apresentam menor resistência elétrica.

Confira a seguir a classificação de condutividade elétrica em ordem decrescente


de alguns materiais condutores, a partir da prata:

Prata
Cobre
Alumínio
Constantan
Níquel-cromo

Reflita
Você sabia que eliminando a prata (que é um metal precioso), o cobre é
o melhor condutor elétrico sendo muito utilizado para a fabricação de
condutores para instalações elétricas?

52
Análise de Circuitos Elétricos

E quanto aos materiais isolantes?

Os materiais classificados como isolantes são os que apresentam grande oposi-


ção à circulação de corrente elétrica no interior da sua estrutura. Isto se deve ao
fato de que a sua estrutura atômica não propicia a existência de elétrons livres.
Nos materiais isolantes, os elétrons dos átomos que compõem a estrutura quí-
mica são fortemente ligados aos seus núcleos, sendo dificilmente liberados para
a circulação.

Estes materiais têm a sua estrutura atômica composta por átomos que têm cin-
co ou mais elétrons na última camada energética, conforme ilustrado no exem-
plo a seguir:

Figura 36 - Estruturas atômicas do nitrogênio e do enxofre


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Em condições anormais, um material isolante pode se tornar condutor. Esse


fenômeno, denominado ruptura dielétrica, ocorre quando a quantidade de
energia entregue ao material é tão elevada que os elétrons (normalmente pre-
sos aos núcleos dos átomos) são arrancados das órbitas, provocando a circula-
ção de corrente.

Nota
A formação de faíscas no desligamento de um interruptor elétrico é um
exemplo típico de ruptura dielétrica. A tensão elevada existente entre os
contatos no momento da abertura fornece uma grande quantidade de
energia que provoca a ruptura dielétrica do ar, propiciando formação da
faísca.

Vamos continuar nossa viagem pelo mundo do conhecimento? Desta vez vamos
pegar uma carona com o circuito elétrico. Acompanhe!

Unidade 1 53
Curso Técnico em Telecomunicações

Seção 8:
Circuito elétrico
O circuito elétrico é um caminho fechado por onde pode circular a corrente
elétrica. Veja como isso ocorre na figura a seguir:

Figura 37 - Exemplo de circuito elétrico


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Os circuitos elétricos podem assumir as mais diversas formas com o objetivo de


produzir os efeitos desejados, tais como:

‡‡ luz;

‡‡ som;

‡‡ calor; e
‡‡ movimento.

Pergunta
E quais são os componentes de um circuito elétrico?

54
Análise de Circuitos Elétricos

São eles:

‡‡ fonte geradora;
‡‡ carga; e
‡‡ condutores.

O circuito elétrico mais simples que se pode construir é constituído desses três
componentes. Conheça a seguir um pouco sobre cada um deles.

Fonte geradora
Todo circuito elétrico necessita de uma fonte geradora que forneça um valor
de tensão necessário para a existência de corrente elétrica.

Pergunta
Mas o que são fontes geradoras?

Fonte geradora é qualquer dispositivo ou sistema que gere uma força eletromo-
tiva entre seus terminais. As pilhas são um exemplo de fonte geradora.

Figura 38 - Fonte geradora (pilhas)


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Carga
A carga, também denominada de consumidor ou receptor de energia elétrica,
é o componente do circuito elétrico que transforma a energia elétrica fornecida

Unidade 1 55
Curso Técnico em Telecomunicações

pela fonte geradora em outro tipo de energia – mecânica, luminosa, térmica,


etc. As cargas são o objetivo-fim de um circuito. Os circuitos elétricos, por sua
vez, são constituídos visando o funcionamento da carga.

São exemplos de carga:

‡‡ lâmpada – transforma energia elétrica em luminosa (e térmica, pois também


produz calor);
‡‡ motor – transforma energia elétrica em mecânica (movimento de um eixo);
‡‡ rádio: transforma energia elétrica em energia sonora.

Condutores
Constituem a ligação entre a fonte geradora e a carga. São utilizados como
meio de transporte para a corrente elétrica.

Uma lâmpada ligada por meio de condutores a uma pilha é um exemplo ca-
racterístico de circuito elétrico simples formado por três componentes. Veja na
figura a seguir:

Figura 39 - Circuito elétrico simples


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Cabe ressaltar que a lâmpada tem no seu interior uma resistência chamada de
filamento que se torna incandescente quando percorrida por uma corrente
elétrica, gerando luz.

56
Análise de Circuitos Elétricos

A figura a seguir mostra uma lâmpada incandescente com as partes indicadas.


Veja que o filamento recebe a tensão por meio dos terminais de ligação.

Figura 40 - Elementos de uma lâmpada


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Quando a lâmpada é conectada à pilha por meio dos condutores, forma-se um


circuito elétrico. Os elétrons em excesso no polo negativo da pilha se movimen-
tam através do condutor e do filamento da lâmpada em direção ao polo positi-
vo da pilha.

A figura a seguir ilustra o movimento dos elétrons livres saindo do polo negati-
vo, passando pela lâmpada e se dirigindo ao polo positivo. Confira!

Figura 41 - Movimento de elétrons em um circuito simples


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Unidade 1 57
Curso Técnico em Telecomunicações

Enquanto a pilha tiver condições de manter um excesso de elétrons no polo


negativo e uma falta de elétrons no polo positivo, haverá corrente elétrica no
circuito e a lâmpada se manterá acesa.

Simbologia dos componentes de um circuito elétrico

Reflita
Imagine se a cada vez que você necessitasse desenhar um circuito
elétrico, precisasse reproduzir os componentes na sua forma real!
Possivelmente esse seria um dificultador, não é mesmo?

Por essa razão foi criada uma simbologia, de forma que cada componente é
representado por um símbolo toda vez que se for preciso desenhar um circuito
elétrico.

A tabela a seguir mostra alguns símbolos utilizados e os respectivos componen-


tes, acompanhe.
Tabela 7 - Símbolos dos componentes elétricos

Designação Componente Símbolo

Condutor

Cruzamento sem conexão

Cruzamento com conexão

58
Análise de Circuitos Elétricos

Fonte, gerador ou bateria

Lâmpada

Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Atenção
É importante destacar que a representação gráfica de um circuito elétrico
por meio da simbologia é denominada de esquema ou diagrama
elétrico.

Na prática, funciona conforme ilustra a figura a seguir.

Circuito Elétrico

Figura 42 - Representação na forma real e na forma de esquema elétrico


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Quando se necessita representar a existência de uma corrente elétrica em um


diagrama, utiliza-se normalmente uma seta acompanhada pela letra “I”, como
você pode verificar na figura a seguir.

Unidade 1 59
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 43 - Representação da corrente I


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Pergunta
Possivelmente você esteja se questionando: “Mas o que comanda o
funcionamento de um circuito elétrico?”

Os circuitos elétricos possuem normalmente um componente adicional além da


fonte geradora, consumidor e condutor. Esse componente é o interruptor ou
a chave. Os interruptores ou chaves são incluídos nos circuitos elétricos com
a missão de comandar o seu funcionamento, conforme você pode verificar na
figura a seguir.

Figura 44 - Circuito sem passagem de corrente elétrica e circuito com passagem de corrente elétrica
Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

60
Análise de Circuitos Elétricos

Dica
Os interruptores ou chaves podem ter as mais diversas formas, mas
cumprem sempre a função de ligar ou desligar o circuito, ok?

Nos esquemas ou diagramas elétricos, os interruptores e as chaves são repre-


sentados pelo símbolo da figura a seguir, confira!

Figura 45 - Símbolo de interruptores e chaves

Cabe ainda ressaltar que na posição desligado ou aberto o interruptor provoca


uma abertura em um dos condutores. Nesta condição o circuito elétrico não
corresponde a um “caminho fechado” porque um dos polos da pilha (positivo)
está desconectado do circuito. Veja na figura a seguir:

Figura 46 - Representação de uma chave na condição “desligado”


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Dica
Ao trabalhar com eletricidade, lembre-se sempre de usar os
equipamentos de proteção individual!

Na posição ligado ou fechado, o interruptor tem os seus contatos fechados,


tornando-se um condutor de corrente. Nesta condição, o circuito corresponde
a um “caminho fechado” onde circula corrente elétrica, conforme você pode
verificar na figura a seguir:

Unidade 1 61
Curso Técnico em Telecomunicações

Figura 47 - Representação de uma chave na condição “ligado”


Fonte: SENAI-CTGAS (2005).

Pergunta
Você sabia que antes que se compreendesse de forma mais científica a
natureza do fluxo de elétrons, a eletricidade já era utilizada para algumas
aplicações, como na iluminação, por exemplo?

Sim, isso mesmo! Naquela época, estabeleceu-se por convenção que a corrente
elétrica se constituía de um movimento de cargas elétricas que fluía do polo
positivo para o polo negativo da fonte geradora. Este sentido de circulação do
mais (+) para o menos (-) foi denominado de sentido convencional da corren-
te.

Sendo assim, no sentido convencional da corrente, as cargas elétricas se movi-


mentam do polo positivo para o polo negativo.

Porém, com o aprofundamento e melhoramento dos recursos científicos, veri-


ficou-se mais tarde que nos condutores sólidos a corrente elétrica se constituía
de elétrons em movimento do polo negativo para o polo positivo. Este sentido
de circulação foi denominado de sentido eletrônico da corrente.

Atenção
Cabe ressaltar que o sentido que se adota como referência para o estudo
dos fenômenos elétricos (eletrônico ou convencional) não interfere nos
resultados obtidos, razão pela qual ainda hoje se encontram defensores
para cada um dos sentidos. O sentido da corrente utilizado neste material
didático será o convencional: do positivo para o negativo.

62
Análise de Circuitos Elétricos

Dica
Lembre-se que durante seus estudos você pode contar com o apoio
do tutor, para compartilhar ideias, tirar dúvidas e discutir os assuntos
abordados.

Vamos lá! Aproveite esses momentos de interação com tutor para


explorar o aprendizado, construindo novos conhecimentos.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos.Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) na ferramenta
Sala de Aula e realize as atividades que preparamos para você. Apro-
veite para sanar as dúvidas que surgirem com o seu tutor, ele estará à
disposição para ajudá-lo.

Encontro presencial
A aprendizagem acontece também quando experiências se concreti-
zam, por isso, você é convidado a participar do encontro presencial.
Esse é um ótimo momento para rever e explorar os assuntos estuda-
dos junto com o professor e colegas. Aprender exige envolver-se por
múltiplos caminhos de forma colaborativa, assim as descobertas serão
significativas para você.

Relembrando
Durante o estudo desta unidade você teve a oportunidade de aprender
um pouco sobre o conceito de matéria, que nada mais é do que tudo
aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Conheceu ainda as
principais unidades de medidas elétricas e pôde verificar que tensão é
a diferença de potencial entre dois pontos distintos.

Aprendeu também a converter as unidades de medidas em outras


unidades, facilitando assim a leitura e interpretação dos instrumentos
de medidas. Enfim, esses foram os principais assuntos estudados nes-
ta unidade, lembrando sempre que nosso alvo neste momento são as
variações das grandezas elétricas em circuitos de corrente contínua.

Unidade 1 63
Curso Técnico em Telecomunicações

Também é importante lembrar que corrente contínua é um sinal que


não varia o seu comportamento no decorrer do tempo, diferente de
outros sinais que você conhecerá na segunda unidade deste material
didático. Vamos em frente!

Saiba mais
Aprofunde seus conhecimentos sobre o assunto desta unidade pesqui-
sando nos sites a seguir.

‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=5BYlhKmsfEM>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=K9J-2m8pqj4&feature=PlayList&p
=515E4F1C68A265C6&playnext_from=PL&playnext=1&index=20>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=i_z7o6NyHWA&feature=PlayList&p
=515E4F1C68A265C6&playnext_from=PL&playnext=1&index=21>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=s-PAbfZatxA&feature=PlayList&p=
FB44E673F8BE7B91&playnext_from=PL&playnext=1&index=11>
‡‡ <http://www.ibytes.com.br/eletronica.php?id=368>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=I6fu8bUOdC8>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=xwH4R7sCMcQ&feature=related>
‡‡ <http://www.youtube.com/watch?v=s-PAbfZatxA>

Alongue-se
Agora, iniciaremos alguns cuidados com a sua saúde e o seu bem-estar.
Para tanto, forneceremos uma série de dicas de saúde e orientações
sobre alongamentos e exercícios físicos, a fim de melhorar sua qualida-
de de vida. Movimente-se ao final de cada unidade para prevenir lesões
e doenças e retorne às atividades somente após dez minutos de pausa,
ok?
(Orientação fisioterapêutica Dra. Taísa Vendramini)

64

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