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Shanna Hamilton

Português 459R

O sertão: protetor do mundo

No romance Grande Sertão: Veredas, o autor Guimarães Rosa utiliza muito simbolismo

para expressar as suas ideias. O narrador, Riobaldo, está contando a história da sua vida e ao

longo da história trata-se de temas importantes como a luta entre o bem e o mal. Nessa redação

vou focalizar no bem, no simbolismo de Deus presente na primeira metade do livro. O sertão é

usado como uma representação da vontade de Deus e o seu apoio à causa dos jagunços.

“O sertão está em toda a parte” (13). A primeira menção do sertão é uma descrição do

grande alcance e importância dessa terra, dessa ideologia. O sertão não é exclusivamente as

terras que ficam longe do povo, mas realmente faz parte de uma grande quantidade do Brasil.

Também não somente se referi à própria terra, mas também representa os sentimentos do povo

que o habita. Na mesma maneira, o alcance de Deus é infinitivo, não tem limites. Pode ser que

parece a ser algo inatingível, que está longe do alcance, mas realmente está presente em todo

parte. Essa ideia é repetida constantemente, com o sertão sendo um lugar não muito bem

entendido por muitas pessoas, mas algo de qual muitos homens querem fazer parte.

O sertão nem sempre é representado como uma coisa boa, tem também um lado mal. Um

exemplo disso é na citação que diz, “o sertão é o penal, criminal. O sertão é onde homem tem

que ter a dura nuca e mão quadrada” (117). Ainda que essa citação mostra a necessidade de

fortaleza pessoal para suportar a dureza do sertão, isso serve como uma boa lembrança da

responsabilidade individual de cada pessoa. As decisões vêm com consequências, e as pessoas

passam por dificuldades que refletem as qualidades que precisam ganhar. Deus nem sempre age

em maneiras esperadas, muitas vezes ensina e castiga com uma mão dura. Também mostra uma
necessidade de preparação dos jagunços, pois Deus só protege e ajuda quando os homens estão

fazendo a sua parte e sendo dignos da ajuda. Ao contrário, quando eles estão gastando tempo

com coisas que não são importantes, enfrentam a ira de Deus na forma de não conseguir os seus

objetivos, por exemplo, as armaduras que precisam.

Há a contraste entre deus sendo na natureza do sertão e o diabo sendo “no meio do

redemunho” (15) que passa por lá. O diabo traz uma desordem tumultuoso que representa a

necessidade do bem e do mal. A luta entre os dois lados é uma parte muito importante do texto e

um tema repetido durante ao longo da história que Riobaldo está contando. Interessante também

é que o Riobaldo sempre se refere a Deus como uma coisa certa, que ele sabe sem a sombra de

dúvida que existe – na mesma maneira que ele sabe que o sertão existe e está em tudo. Mas no

outro lado, ele sempre está negando que o diabo existe. O diabo não está presente em tudo da

natureza como Deus, mas é um personagem menos certo. Fica mais fácil para imaginar que não

existe, mas como Riobaldo explica, realmente os dois são necessários pois o diabo é o oposto de

Deus e guia os homens maus, como Hermógenes.

Em conclusão, “sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder

do lugar” (25), pois o sertão é muito além de um lugar. Sertão é a representação da salvação

daqueles que fazem a vontade de Deus e não se perdem ao diabo quem tenta a tomar conta deles,

quem tenta até comprar as suas almas. O sertão é a esperança de mudança para o bem e a

oportunidade para fazer a vontade de Deus e ganhar o seu apoio na vida. Deus está no sertão,

Deus é o sertão.

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