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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO PROVÍNCIAL DE MANICA
I. RELATÓRIO
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republicado pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro, o mesmo contém varios elementos
instrutórios:
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Acta de Negociação do Valor de Contrato final;
Alvara n.º 15/OP2/021T/2019, emitido aos 14 de Maio de 2019, da Empresa
Nazazcon Nazário Construções, Limitada;
Declaração emitida pelo Tribunal Judicial da Provincial de Manica;
Certidão de quitação emitida pelo Instituto Nacional de Segurança Social;
Certidão n.º 1832/2019, emitida pela Autoridade Tributaria de Chimoio;
Certidão n.º 407/DP/PM/INE/2019, emitida pelo Instituto Nacional de
Estatistica, Delegação Provincial de Manica;
Certidão de Inscrição da Empresa Nazcon - Nazário Construções Lda no
Cadastro Único da UFSA; e
Caderno de Encargos
II. Fundamentação
5. Em analise dos autos do processo supra citado, que o Conselho Municipal da Vila de
Gondola no dia 06 de Setembro deu entrada no Tribunal Administrativo da Provincia de
Manica, o mesmo Tribunal devolveu no dia 17 de Setembro, para a entidade
Contratante juntar o Certificado de qualificação, comprovativo da Comunicação à
UFSA, Cabimento de Verba, Anúncio de adjudicação Públicado no jornal, Relatório de
Avaliação, garantia provisória, garantia definitiva, indicar a cláusula do foro judicial,
certificado de habilitações literaria e proficional dos responsaveis pela execução do
projecto e que o contrato se encontrava em execução prévia ilegal.
7. Outrossim, segundo a informação prestada pela entidade Contratante que faz mensão
da nota de envio do expediente em resposta à devolução enviada pelo Tribunal
Administrativo que diz que o contrato anteriormente celebrado se encontrava em
execução, porque o mesmo mencionava que produz efeitos apenas com a assinatura das
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partes, sem a prévia submissão ao Tribunal Administrativo para obtenção do visto,
tendo apenas como fundamento a emergencia derivada da situação causada pelo ciclone
IDAI, o que ja não se verifica no contrato actual uma vez que o mesmo indica que a
obras terão o inicio após o Visto do Tribunal Administrativo, contrariando a Legalidade
do mesmo.
8. Ora vejamos, relativamente a esta situação o Tribunal deu uma oportunidade para que
a entidade contratante se pronunciase e retratasse com vista a sanar as irregularidades,
mas entidade contratante achou que já estava tudo anexo se esquecendo dos requisitos
Legais exigidos pelo Decreto n.º 5/2015, de 6 de Outubro, que aprova o regulamento
das empreitadas.
III. DO DIREITO
10. Por outro lado, do conteudo do Relatório da Avaliação constante do processo, não
faz uma clara especificação em descritivo, pese embora mencionam o critério
conjugado, onde traz duvidas, dentre os vários concorrentes com o valor contratual
baixo a que cabe no valor estimado do concurso foram adjudicar uma Empresa com o
valor contratual inicial de 9.894.728,06Mt e em seguida foram negociar para a redução
do mesmo para adequar ao valor estimado no concurso que é de 9.000.000,00 Mt.
11. Certo é que, com esta norma geral importa referir que quando se trata de concurso
publico temos que seguir os requisitos Legais pre difinidos, com pena de atropelarmos a
Lei, logo a entidade contratante não se ilustrou no critério conjugado.
12. Na verdade, o contrato ilustra que foi celebrado no dia 08 de Julho do ano em curso,
o que demostra que se encontra em execução, onde a entidade assume e ao mesmo
tempo contraria-se no contrato posterior dizendo que os efeitos são após o visto do
Tribunal Administrativo, dando a entender fazer distrair o Tribunal.
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13. Assim o acordo entre as partes facilmente ira colidir com a natureza e efeitos do
Visto, previsto no artigo 61 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Fevereiro, alterada e
repúblicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro, segundo o qual “ O Visto constitui um
acto jurisdicional condicionalmente da eficácia global dos actos e mais instrumentos
legalmente sujeitos à fiscalização prévia.”
14. Ademais, a execução de um contrato, nunca pode ser feita antes da submissão do
processo à fiscalização prévia, isto é, qualquer acto só é exequivel a partir da data do
visto do Tribunal Administrativo, porque constitui uma infracção financeira, nos termos
previsto da alinea b) do n,º 1 do artigo 98 da Lei n,º 14/2014, de 14 de Agosto, alterada
e republicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro.
15. Perante o exposto, constata –se ainda, que o contrato não apresenta outros elementos
instrutórios, nomeadamente:
16. Perante tais irregularidades, o contrato sub judice não reúne os requisitos legais para
a concessão do visto.
IV. DECISÃO
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condições e por intempestividade da submissão à fiscalização prévia decorrente
da execução prévia ilegal, nos termos previsto da alinea c) do artigo 77 da Lei
n.º 8/2015, de 6 de Outubro, que altera e república a Lei n.º 14/2014, de 14 de
Agosto.
Ordenar a instauração de processo de multa contra o sr. Arlindo Cesário Ngozo-
Presidente do CMVG, a sra. Cremilda Elzira Mario-Vereadora das Finanças e o
Sr.Laviano Gervásio Benedito- Chefe da UGEA, por prática da infração
financeira prevista e punida nos termos da alinea b) do n.º 1 do artigo 98 da Lei
n.º 14/2014, de 14 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 8/2015. De 6 de
Outubro, concretamente na, “Execução do acto sem prévia sujeição ao Visto”.
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Pelo Ministério Público
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