Faz parte da comissão permanente de agricultura do Senado, cujos presidente e vice, Soraya Thronicke e Luís Carlos Heinze, são favoráveis, além de ter sido eleito por Rondônia, estado mais rural e altamente bolsonarista. Aliado ao fato de que deve concorrer à reeleição em 2022, seu voto deve ser favorável. Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) Eleito pela Rede, mesmo partido de Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato, tem discurso armamentista apenas na teoria, se vendendo como delegado da polícia civil, mas defendendo a criação de regulamentações e burocracias desnecessárias, como o exame toxicológico. Deve criar
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resistência a um projeto menos restritivo, mas ultimamente é difícil afirmar o quanto se importa com o custo político de votar contra uma de suas principais pautas de campanha, especialmente considerando que só deve concorrer à reeleição em 2026. Seu voto pode acabar pendendo para os dois lados, dependendo do teor do projeto. Álvaro Dias (PODE-PR) Oportunista de longa data, devido ao seu eleitorado mais conservador e seu caráter mais midiático, é bem provável que ceda e acabe votando favoravelmente, destarte seu voto pela derrubada dos decretos, pois ainda almeja se candidatar a presidente em 2022 e sabe da importância de conquistar ao menos parte do eleitorado bolsonarista que falhou em surrupiar em 2018. Ângelo Coronel (PSD-BA) Braço direito de Renan Calheiros, seu eleitorado é do interior do estado, fazendo com que cedesse na votação do projeto de decreto legislativo que suspendia os decretos e adotando uma postura mais veladamente armamentista no geral, mesmo sendo oposição ao governo. Seu voto deve ser, em primazia, favorável. Antônio Anastasia (PSD-MG) Tucano de formação e com eleitorado urbano, foi eleito várias vezes por mais da metade dos votos válidos, o que diminui o custo político de votar desfavoravelmente, portanto seu voto contrário é bem provável. Arolde de Oliveira (PSD-RJ) Declaradamente armamentista, é um dos poucos parlamentares assumidamente bolsonaristas no senado, chegando inclusive a ser perseguido por um dos inquéritos inconstitucionais do STF, com direito a mandado de busca e apreensão no gabinete. Carlos Fávaro (PSD-MT) Terceiro lugar nas eleições de 2018, assumiu recentemente como substituto após a cassação da senadora bolsonarista Juíza Selma. Desde que assumiu interinamente, votou com o governo em todas as ocasiões, exceto no projeto das fake news, embora Bolsonaro tenha afirmado que um senador novato se equivocou pela natureza virtual do voto, podendo
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ter se referido a ele. Mesmo não tendo sido eleito, veio do meio dos produtores rurais e agropecuários, além de seu partido ter um bom relacionamento com o governo desde a indicação de um correligionário para o Ministério das Comunicações, então aparenta ser razoável afirmar que seu voto pode ser contabilizado. Carlos Viana (PSD-MG) De eleitorado menos elitizado que Anastasia, é parlamentar de primeiro mandato e já defendeu a manutenção dos decretos quando da votação do projeto de decreto legislativo. Muito provável que vote favoravelmente. Chico Rodrigues (DEM-RR) De formação agropecuária e titular da CRA, é senador por Roraima, estado bolsonarista e de eleitorado mais rural, já havendo votado contra a derrubada dos decretos. Voto certamente favorável. Cid Gomes (PDT-CE) Opositor ferrenho do governo e das forças de segurança, fácil dizer que seu voto contrário é praticamente certo. Ciro Nogueira (PP-PI) Velho conhecido de falcatruas, é o atual presidente do partido, que conta com 6 senadores, e tem se aproximado do governo recentemente, inclusive articulando nomes, além de ser coronel piauiense. Dito isso, é possível dizer que seu voto deva ser favorável, considerando seu ganho político com o eleitorado e a aproximação com o governo. Confúcio Moura (MDB-RO) Social democrata e desarmamentista, mesmo com a eventual pressão de conterrâneos e correligionários, seu voto favorável é muito improvável, ainda mais considerando que foi eleito em 2018, tendo ainda 6 anos para lidar com um eventual custo político. Daniella Ribeiro (PP-PB) Pedagoga sem muita experiência política, acredita que a segurança é dever do Estado e políticas armamentistas deveriam ser descartadas em prol de políticas de treinamento e fortalecimento das polícias. Muito difícil acabar votando favoravelmente, mesmo focando em sua pauta de defesa das mulheres.
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Dário Berger (MDB-SC) Senador catarinense, tem influência do meio agropecuário. Votou com o governo em grande parte das propostas, também votou contra a derrubada dos decretos. Além disso, sofre pressão da cúpula do MDB, alinhada ao governo. Assim, é razoável contar com seu voto. Eduardo Braga (MDB-AM) Embora já tenha sido ministro do governo Dilma, tem se aproximado do governo recentemente, devido à pressão interna do partido, lotado nas lideranças do governo, e ao velho oportunismo político, portanto, é difícil prever seu voto, mas se o seu eleitorado amazonense de natureza ribeirinha e a recente aproximação com o governo servem de algo, seu voto provavelmente deve ser favorável. Eduardo Girão (PODE-CE) Tive contato com seu assessor jurídico, se mostrou extremamente solícito e aberto para diálogo. Revelou ser o senador a favor da posse, mas fortemente contra o porte. Tem amenizado seu discurso desde que assumiu o mandato. Difícil saber como votaria em um projeto que trouxesse ambas a posse e o porte, mas definitivamente é alguém que pode ser trabalhado. Eduardo Gomes (MDB-TO) Líder do governo no Congresso, voto a favor certo. Eliziane Gama (CIDADANIA-MA) Autointitulada defensora dos direitos humanos, fez parte da chapa do comunista Flávio Dino e apoiou Haddad para o pleito de 2018, além de repetir calorosamente todas as bagatelas desarmamentistas de sempre. Voto desfavorável garantido. Elmano Férrer (PODE-PI) Engenheiro agrônomo de formação e de eleitorado do interior do Piauí, deve ter seu mandato findado já em 2022, então o custo político de votar contrariamente seria alto, portanto, devido à natureza de seus redutos eleitorais e o fato de já haver votado contra a derrubada dos decretos, seu voto a favor é praticamente garantido. Esperidião Amin (PP-SC)
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Velha figura da política catarinense, foi o único senador do estado que teve a vergonha de votar a favor da derrubada dos decretos, mesmo se vendendo como conservador e armamentista. Muito provável que ceda a pressão de ambos o eleitorado e os outros dois senadores catarinenses, visto que, embora ainda tenha garantidos 6 anos de mandato, sua associação com a velha política ainda é forte e um estado tão conservador e bolsonarista com Santa Catarina pode acabar encontrando facilmente um eventual substituto para ele. Fabiano Contarato (REDE-ES) Progressista, seu voto contrário é certo. Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) Um dos líderes do governo no Congresso, voto favorável já garantido. Fernando Collor (PROS-AL) Considerando seu histórico de volatilidade, é muito difícil saber como deve votar, principalmente se for considerado o oportunismo político e sua relação com o governo. Flávio Arns (REDE-PR) Ligado a Randolfe Rodrigues, votou a favor do porte rural apenas por se tratar de questão acordada pelas lideranças, continua sendo progressista, portanto seu voto é quase certamente contrário. Flávio Bolsonaro (REPUB-RJ) Filho do presidente, desnecessárias maiores considerações. Humberto Costa (PT-PE) Senador petista. Nada mais. Irajá (PSD-TO) Filho de Kátia Abreu, fato que aparenta tentar esconder, deve seguir na mesma linha da mãe e votar de forma desfavorável ao governo. Izalci Lucas (PSDB-DF) Vice-líder do governo, embora peessedebista já se pode contar com o seu voto a favor. Jader Barbalho (MDB-PA)
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Um dos coronéis mais antigos ainda na ativa, sua preocupação com custo político é praticamente nula e seu ímpeto coronelista deve barrar quaisquer chances de um voto favorável. Jacques Wagner (PT-BA) Provável candidato petista a presidente em 2022. Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) Devido a sua proximidade com Fernando Bezerra Coelho, senador conterrâneo e líder do governo, e a pressão interna do partido em apoiar o governo onde a pauta é cara, seu voto provavelmente deve ser favorável. Jayme Campos (DEM-MT) Pecuarista, acabou votando pela derrubada dos decretos, mas por ter eleitorado rural, seu voto ultimamente deve ser favorável, pendente no máximo de um eventual cálculo de custo político de votar contrariamente dependendo da flexibilidade do projeto. Jean Paul Prates (PT-RN) Oposição petista. Jorge Kajuru (CIDADANIA-GO) Embora já tenha passado por partidos como PPS, PSOL e PSB, devido ao seu caráter, no mínimo, excêntrico, considerando que foi expulso do PSB por ser armamentista e ter apoiado os decretos, além do fato de que foi eleito senador por Goiás, seu voto favorável é certo. Jorginho Mello (PL-SC) Embora não seja assumidamente bolsonarista, votou com o governo quase sempre, inclusive contra a derrubada dos decretos, contra o projeto das fake news e a favor do porte rural, além de ser catarinense. Seu voto é praticamente certo. José Maranhão (MDB-PB) Velho coronel do MDB, deve votar contrariamente e manter seu posicionamento de oposição ao governo em geral, devido aos baixos custos políticos. José Serra (PSDB-SP)
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Socialista enrustido, o fóssil tucano deve votar terminantemente contra qualquer proposta de flexibilização, principalmente considerando o iminente fim de sua vida pública. Kátia Abreu (PP-TO) Embora seja agropecuária, sua base de apoio é majoritariamente composta de trabalhadores sindicalizados, além de ser opositora ferrenha do governo. Assim, mesmo lidando com uma base rural, um voto favorável provavelmente só ocorreria em um projeto desidratado, ou que versasse apenas sobre a posse. Lasier Martins (PODE-RS) Então filiado ao PDT, foi expulso do partido por se recusar a ser parte da base governista do então governo Dilma. Já se manifestou a favor da flexibilização do acesso a armamentos e afirma que a regulamentação para o porte é excessivamente rigorosa. Considerando isso, além de seu eleitorado mais gaúcho rural, em contraponto ao eleitorado gaúcho urbano mais desarmamentista, seu voto favorável é praticamente certo. Leila Barros (PSB-DF) Social democrata, era esportista e secretária de esportes na gestão do socialista Rodrigo Rollemberg. Parlamentar de primeira viagem, não tem um grande histórico de votos ou de declarações para solidificar boa parte de seus posicionamentos, havendo sido a favor da derrubada dos decretos, mas contra o projeto das fake news e da lei de abuso de autoridade, mas tem se mostrado mais restritiva do que permissiva em relação a pauta. Aparenta ser favorável a posse, mas não ao porte, principalmente quando se trata da proteção a mulheres e vítimas de violência doméstica, portanto é alguém que pode valer a pena investir algum tempo, mesmo sabendo que o eleitorado brasiliense não deve a pressionar nesse sentido. Lucas Barreto (PSD-AP) Senador por Amapá, estado mais rural, embora tenha sido eleito junto com Randolfe Rodrigues, a tendência é que seu voto seja favorável devido ao eleitorado amapaense, especialmente considerando que já votou pela manutenção dos decretos e o fato de que até o outro senador conterrâneo, Davi Alcolumbre, é a favor de, ao menos, a posse.
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Luís Carlos Heinze (PP-RS) Tive contato direto com seu chefe de gabinete, que garantiu ser armamentista e ter interesse na articulação das votações relevantes. Seu histórico de votos se sustenta, portanto, seu voto pode ser considerado garantido. Luiz do Carmo (MDB-GO) Suplente do Ronaldo Caiado, também sofre pressão interna do partido, além de ter sido eleito por Goiás, fortemente armamentista e reduto de aliados bolsonaristas influentes, como o líder na Câmara Major Vitor Hugo, o que praticamente garante seu voto favorável. Mailza Gomes (PP-AC) Do interior do Acre, foi contra a derrubada dos decretos junto ao outro senador votante de seu estado. Considerando também a natureza eminentemente rural de seu reduto eleitoral, seu voto favorável é certo. Major Olímpio (PSL-SP) Declaradamente armamentista, embora tenha rompido com o governo, sua base de apoio é majoritariamente militar, principalmente os da ativa das forças de segurança pública, a exemplo da PMESP. Voto certo. Mara Gabrilli (PSDB-SP) Seu gabinete é bem acessível e se mostraram muito abertos ao diálogo e dispostos a discutir o assunto. Nas reuniões, relataram ser muito preocupada com a questão da mulher e da violência doméstica, especialmente com o acesso a armas que mulheres de baixa renda e em situação econômica instável teriam, aparentando ser razoavelmente favorável a ideia da posse e razoavelmente desfavorável ao porte, mais pela questão da acessibilidade e devido conhecimento técnico que essas mulheres teriam. Vale a pena gastar algum tempo com ela, principalmente considerando a receptibilidade em relação ao assunto. Marcelo Castro (MDB-PI) Petista enrustido, seu voto certamente é desfavorável, principalmente considerando o custo político baixo por haver sido eleito em 2018. Márcio Bittar (MDB-AC)
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Pecuarista, faz parte da bancada ruralista e foi um dos primeiros a declarar apoio ao presidente antes mesmo do primeiro turno das eleições de 2018, além de ter discursado a favor da manutenção dos decretos quando da votação do projeto de decreto legislativo que os sustavam. Seu voto favorável é certo. Marcos do Val (PODE-ES) Desnecessárias quaisquer explicações. Marcos Rogério (DEM-RO) Filho de agricultores, é evangélico e proclama ser conservador, embora tenha votado a favor da lei do abuso de autoridade e do projeto das fake news, além de ter sido eleito por um estado altamente bolsonarista. Ademais, seu histórico de votos, incluindo a apresentação do projeto do porte rural, leva a crer que é um voto razoavelmente garantido, salvo alguma maior surpresa. Maria do Carmo Alves (DEM-SE) De atuação muito discreta, quando havia organizado um evento para discutir o tiro esportivo o gabinete se mostrou interessado a ponto de enviar um assessor parlamentar para acompanhar. Senadora de longa data, é bem improvável que seu voto, independentemente de qual seja, tenha ultimamente um grande custo político, mas aparenta ter interesse no assunto, portanto seu voto tem boa chance de ser favorável. Mecias de Jesus (REPUB-RR) Único senador de Roraima que votou pela derrubada dos decretos, deve sofrer pressão de ambos o eleitorado rural e bolsonarista e dos outros dois senadores do estado, que defenderam a manutenção dos decretos, além de ter enviado emenda permissiva ao 3723. Um voto razoavelmente garantido. Nelsinho Trad (PSD-MS) Votou contra a derrubada dos decretos, foi eleito junto com a senadora bolsonarista Soraya Thronicke por um dos estados mais bolsonaristas do país. Voto a favor garantido. Omar Aziz (PSD-AM)
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Amigo do senador conterrâneo Eduardo Braga, deve ser influenciado por ele em seu voto, fazendo com que seu voto seja provavelmente favorável, tendo como base o provável apoio do próprio Braga ao governo devido a essa recente aproximação. Oriovisto Guimarães (PODE-PR) Amigo de longa data de Álvaro Dias e senador por um estado bolsonarista, seu gabinete de início se mostrou desinteressado, mas com a pressão das classes rurais e a influência de seu amigo conterrâneo, é muito provável que vote favoravelmente. Otto Alencar (PSD-BA) Petista de alma, veio da área médica e é opositor declarado do governo, havendo votado a favor da derrubada dos decretos arguindo sua suposta inconstitucionalidade, além de ser católico ligado a CNBB. Com certeza voto contrário. Paulo Paim (PT-RS) Petista de longa data. Paulo Rocha (PT-PA) Petista paraense. Plínio Valério (PSDB-AM) Uma vez filiado ao PV, é progressista com pautas de proteção ambiental. Seu voto deve ser desfavorável, já que seu interesse é mais ligado a pauta ambiental que aos trabalhadores rurais, mas considerando que sua eleição foi relativamente inesperada, a pressão do eleitorado e das populações ribeirinhas podem fazer com que vote mais favoravelmente. Randolfe Rodrigues (REDE-AP) Um dos líderes da oposição progressista, é como se fosse um Jean Wyllys do Senado. Voto contrário com certeza. Reguffe (PODE-DF) Praticamente não tem quaisquer pautas senão o enxugamento da máquina pública, mesmo não sendo liberal. Por ser social democrata e devido a seu histórico de votos, é improvável que mude seu voto sem que o seu
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eleitorado o pressione nesse sentido, mas considerando o eleitorado brasiliense, é muito improvável que isso aconteça. Renan Calheiros (MDB-AL) Esse nome dispensa descrições. Roberto Rocha (PSDB-MA) Eleito em 2014, muito provavelmente deve votar favoravelmente devido ao fato de que vai ter que defender sua reeleição já em 2022 e seu eleitorado ser composto de maranhenses envolvidos com atividades rurais e pesqueiras, além de já haver defendido a manutenção dos decretos em plenário. Rodrigo Cunha (PSDB-AL) Um caso à parte, é a singela expressão do liberal que só é liberal na economia, sendo desarmamentista ferrenho, muito devido ao trauma de ter seu pai, sua mãe e sua avó assassinadas a tiros. Chegou, inclusive, a votar contra o porte rural, questão acordada pelos líderes partidários. Seu voto contrário é praticamente certo. Rodrigo Pacheco (DEM-MG) Advogado ligado a OAB, seu eleitorado mineiro não deve alterar razoavelmente seu voto provavelmente contrário, por ser menos ruralizado que o de outros conterrâneos e por ter sido eleito ainda em 2018, podendo afagar o eventual custo político por mais 6 anos. Rogério Carvalho (PT-SE) Petista e sergipano. Romário (PODE-RJ) Um dia modelo de revista de armas, agora deve ser pressionado por seus pares no senado e por parte do eleitorado devido a real chance de uma mudança legislativa menos restritiva, principalmente considerando seu fracasso nas eleições de 2018 frente a um candidato supostamente armamentista, embora seu teor mais social democrata possa acabar impedindo que vote favoravelmente a uma proposta menos restritiva. Rose de Freitas (PODE-ES)
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Tem histórico de cunho mais social democrata e chegou a discursar a favor da derrubada dos decretos quando da votação do projeto de decreto legislativo, mas considerando que vai ter que defender seu mandato já em 2022 e que foi eleita pelo mesmo partido e estado que o senador Marcos do Val, é bem provável que com a aproximação certa seu voto acabe sendo favorável. Sérgio Petecão (PSD-AC) Se diz favorável a flexibilização da legislação armamentista, mas também já manifestou ser contra o porte. Considerando a natureza do eleitorado acrense e a pressão dos outros dois senadores do estado, é bem provável que ele vote a favor. Simone Tebet (MDB-MS) Professora universitária de formação e social democrata, mesmo sendo eleita por um estado com forte teor pecuarista e ter os outros dois senadores de seu estado favoráveis, sua posição de destaque deve afogar uma parte de um eventual custo político de votar desfavoravelmente. Muito provavelmente seu âmbito social democrata deve falar mais alto e barrar qualquer proposta menos restritiva, que vá além da posse. Soraya Thronicke (PSL-MS) Uma das poucas bolsonaristas no Senado, voto certo. Styvenson Valentim (PODE-RN) Apostando em cima de seu passado como policial, foi eleito pela Rede, mesmo partido de Randolfe Rodrigues, e junto com Zenaide Maia, opositora declarada do governo e aliada do PT. Seu voto deve ser contra praticamente qualquer projeto mais flexível, que não restrinja o porte ou até a posse a castas específicas, como policiais. Tasso Jereissati (PSDB-CE) Coronel tucano, seu voto contrário é certo, especialmente por não ter grandes custos políticos mesmo após vários escândalos. Telmário Mota (PROS-RR) Seu eleitorado é majoritariamente do interior de Roraima, além de já haver votado favoravelmente em relação a pauta, inclusive sendo contra o
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projeto de decreto legislativo que derrubava os decretos e defendendo o direito a legitima defesa em plenário. Vanderlan Cardoso (PSD-GO) Se diz lavajatista, votou contra a derrubada dos decretos e contra o projeto das fake news, além de ter sido eleito por uns dos estados mais armamentistas do país. Seu voto a favor é certo. Veneziano Vital do Rego (PSB-PB) Raposa da velha política e conhecido da polícia federal, é opositor ao governo e foi relator do projeto de decreto legislativo que suspendia os decretos. Não há porque contar com o seu voto. Wellington Fagundes (PL-MT) Mesmo tendo formação em medicina veterinária e seu pai ter sido vaqueiro, votou a favor do projeto de decreto legislativo que derrubava os decretos. Com a pressão do eleitorado rural do estado, seu voto pode acabar por ser favorável até mesmo em um projeto mais flexível. Weverton (PDT-MA) Socialista convicto com direito a militância em Havana, foi líder da minoria enquanto deputado no governo Temer. Voto definitivamente contrário. Zenaide Maia (PROS-RN) Senadora oposicionista da área da saúde, votou a favor da derrubada dos decretos e faz parte do autointitulado bloco parlamentar da resistência democrática com o PT. Voto certamente desfavorável. Zequinha Marinho (PSC-PA) Da bancada evangélica, foi eleito senador em 2018 e quando deputado recebeu votos em todos os municípios do estado, algo até então inédito, portanto o custo político de seu voto deve ser algo praticamente irrelevante no longo prazo. Votou contra a derrubada dos decretos, portanto seu voto tende a ser favorável, dependendo do teor da proposta.