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INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO

CAPÍTULO II

Condicionamento
de sinais analógicos

2008/2009

Bibliografia do capítulo

•Curtis D. Johnson, Controlo de


Processos - Tecnologia da
Instrumentação, Edição da Fundação
Calouste Gulbenkian, 1991
•Gustavo da Silva, Instrumentação
Industrial, Edição da Escola Superior de
Tecnologia de Setúbal, 1999

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 2


Índice do capítulo

• Princípios básicos
• Pontes de Wheatstone
• Filtros RC passivos e activos
• Amplificadores operacionais
• Amplificadores de instrumentação
• Conversores de sinais (I/V e V/I)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 3

Condicionamento de sinais
analógicos

„Princípios básicos de condicionamento


de sinal analógico
‹Alteração do nível do sinal: os casos mais
simples são a amplificação e a atenuação
(modulação em amplitude).
‹Alteração da frequência do sinal: Neste
caso, diz-se que se está a proceder a uma
modulação em frequência.

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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Linearização: Existem diversos transdutores


que têm uma variação de entrada/saída que
é do tipo não-linear, sendo muitas vezes do
tipo exponencial.

‹Exemplo: Transdutor em que a sua tensão de


saídaVi varia de uma forma exponencial com a
intensidade de luz (I), i.e.:
−α . I
Vi = V0 e (2.1)
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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Linearização (continuação): Na equação


anterior:
”Vi = Tensão de saída para a intensidade I
”V0 = Tensão correspondente a I=0
”α = Constante da exponencial
”I = Intensidade de luz

„Para linearizar esta equação, utiliza-se


um amplificador cuja saída varia com o
logaritmo natural do sinal de entrada.
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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Linearização (continuação): A equação


deste amplificador, é dada por:

VA = K × ln(VIN ) (2.2)
‹em que:
”VA = Tensão de saída do amplificador
”VIN = Tensão de entrada no amplificador = Vi
”K = Constante de ganho (ou de calibração)

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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Linearização (continuação): Substituindo


(2.1) em (2.2), obtém-se:
− α.I
VA = K.ln(V0 .e )
VA = K.ln(V0 ) - α.K.I (2.3)
‹em que Vi=VIN => Relação linear entre VA e I

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Linearização: Gráficos de saída do transdutor
não-linear e do amplificador.

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Condicionamento de sinais
analógicos

„Circuitos passivos: Vamos considerar


os seguintes circuitos básicos:
”Circuito divisor de tensão
”Ponte de Wheatstone
”Filtros (passivos)

‹Circuito divisor de tensão: É geralmente


utilizado para converter uma variação de
resistência numa variação de tensão.
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Circuito divisor de tensão:

‹Neste circuito, a impedância de saída é


dada pelo paralelo das duas resistências
R1 e R2.
‹Deve ter-se em conta a dissipação de
energia nas resistências, devido à
passagem de corrente.
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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Circuito divisor de tensão: Neste circuito, a


tensão de saída VD, é dada por:

⎛ R2 ⎞
VD = ⎜⎜ ⎟⎟Vs
⎝ R1 + R 2 ⎠
‹Neste caso, R1 ou R2 podem ser
transdutores cuja resistência varia com
uma dada grandeza dinâmica
(temperatura, deformação, etc…).
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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Problema 2.1. Circuito divisor de tensão:


‹Considere no esquema anterior Vs=5.0 V,
R1=10 kΩ e que R2 varia de 4 a 12 k Ω.
Determine a variação de VD, a gama de variação
da impedância de saída e a potência dissipada
no transdutor.
‹Resolução: Para R2=4 kΩ, tem-se:

⎛ 4 ⎞
VD = ⎜ ⎟ × 5 = 1.43 V
⎝ 4 + 10 ⎠
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Condicionamento de sinais
analógicos

„Problema 2.1. Circuito divisor de tensão


‹Para R2=12 kΩ, tem-se:
⎛ 12 ⎞
VD = ⎜ ⎟.5 = 2.73 V
⎝ 12 + 10 ⎠
‹Impedância de saída Rs:
⎛ 4 ⎞
RS = ⎜ ⎟ = 2.86 kΩ
⎝ 4 + 10 ⎠
⎛ 12 ⎞
RS = ⎜ ⎟ = 5.45 kΩ
⎝ 12 + 10 ⎠
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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Problema 2.1. Circuito divisor de tensão


‹Potências dissipadas na resistência R2:
2
⎛V⎞ V
P = V.I = V.⎜ ⎟ =
⎝R⎠ R
P = 1.432 /4000 = 0.51 mW
P = 2.732 /12000 = 0.62 mW
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone: É utilizada em aplica-
ções em que a resistência do transdutor varia
com uma grandeza dinâmica. No esquema, a
letra D corresponde a um detector de zero,
utilizado para comparar os potenciais entre os
pontos a e b. No caso mais geral, o detector de
zero é constituído por:

Amplificador diferencial
de elevada impedância
de entrada
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone: Esquema típico do
circuito em ponte para corrente contínua.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone: Considerando que o
detector de zero tem uma impedância
infinita, i.e., corresponde a termos um
circuito aberto, tem-se:

R3 R4
∆V = Va − Vb Va = .V Vb = .V
R1 + R 3 R2 + R4
⎛ R3 R4 ⎞ ⎛ R 3 .R 2 − R 1.R 4 ⎞
∆V = ⎜⎜ − ⎟⎟.V ⇒ ∆V = ⎜⎜ ⎟⎟.V
R
⎝ 1 + R 3 R 2 + R 4 ⎠ (R
⎝ 1 + R 3 ).(R 2 + R )
4 ⎠

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone: Do circuito anterior,
verifica-se que ∆V=0, quando:

R 3 R 2 = R 1R 4
‹Esta condição é independente do facto de poder
haver variações na tensão de alimentação V da
ponte.
‹A equação de ∆V e a equação acima representa-
da, constituem a base de aplicação das pontes de
Wheatstone em instrumentação, utilizando
detectores de elevada impedância de entrada.

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Condicionamento de sinais
analógicos

„ Ponte de Wheatstone:
„ Compensação de ligações: A resistência das
ligações compridas pode ser alterada de
uma forma transitória (efeitos devidos a
ruído, térmicos, vibrações, tensões
parasitas, etc..)
„ Solução do problema: Utilizar uma
compensação de ligações de tal forma que,
qualquer variação na resistência das
ligações vá afectar de igual forma os dois
braços do circuito da ponte.
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Ponte de Wheatstone:
‹ Compensação de ligações: Esquema típico.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone:
‹ Compensação de ligações: Esquema
típico.
‹R3 e R4 alteram-se da mesma forma, pelo
que:
R3*R2=R1*R4

‹Portanto, não há alterações na tensão de


desvio da ponte.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„Ponte de Wheatstone:
‹Ponte equilibrada por corrente: A ponte de
Wheastone tem que ser equilibrada através da
variação das resistências nos braços da ponte.

DESVANTAGEM!
‹Solução actual: Equilíbrio electrónico da ponte
através do fornecimento de uma corrente de
compensação. Deste modo, só são utilizadas
resistências fixas na ponte de Wheatstone.
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Ponte de Wheatstone:
‹Ponte equilibrada por corrente: A
ponte de ponte de Wheatstone
equilibrada electrónicamente através
da injecção de corrente num dos
braços da ponte.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„Ponte de Wheatstone:

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Condicionamento de sinais
analógicos
„Ponte de Wheatstone:
‹Princípio básico da ponte equilibrada por
corrente:
‹Divide-se a resistência R4 em
R4=R4+R5, de tal modo que R4>> R5.
‹A corrente I é injectada na ligação entre
as duas resistências.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Ponte de Wheatstone:
‹Ponte equilibrada por corrente:
R 4 >> R 5 ⇒ (R 2 + R 4 ) >> R 5
⎛ R4 + R5 ⎞
Vb = ⎜⎜ ⎟⎟.V − I.R 5
⎝ R2 + R4 + R5 ⎠
⎛ R3 R4 + R5 ⎞
∆V = ⎜⎜ − ⎟⎟.V − I.R 5
⎝ R1 + R 3 R 2 + R 4 + R 5 ⎠
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtros analógicos
‹Filtros: Circuitos que eliminam o ruído
indesejável nos sinais das medidas,
através do bloqueio de certas
frequências ou bandas de frequências.

‹Filtro RC passa-baixo: Trata-se de um


filtro passivo, pois os componentes do
circuito são passivos, ou seja, não
possuem alimentação própria. Estes
filtros, bloqueiam as altas frequências e
deixam passar as baixas frequências.
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-baixo
„ Esquema típico do filtro:

„ Frequência crítica (ωc): frequência para a qual a


razão entre as tensões de saída e de entrada é de
0.707.
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-baixo:
‹A frequência crítica é dada por:
1 1
fc = (Hz) ; ωc = (rad/s)
2πRC RC
‹ A relação de amplitude entre as tensões de
entrada/saída, para qualquer frequência f do
sinal, é dada por:
Vo 1
=
Vi ⎛ f ⎞
2

1 + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ fc ⎠
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Filtros passivos de 1ª ordem

Filtro RC passa-baixo:
Diagrama de resposta
em frequência
(aproximação
assimptótica).

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Condicionamento de sinais
analógicos
„Filtro RC passa-baixo
‹Problema 2.10: Um sinal de medida
tem uma frequência < 1 kHz mas
tem ruído indesejável a 1 MHz.
‹Dimensione um filtro passa-baixo
passivo que atenue o ruído para 1
%.
‹Qual é o efeito do filtro no sinal de
medida para o seu máximo a 1 KHz.

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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-baixo
‹Resolução: Cálculo da frequência crítica
para 1 MHz

Vo 1
= 0.01 =
Vi ⎛ 1000000 ⎞
2

1 + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ fc ⎠
⇒ f c ≅ 10 kHz
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-baixo
‹ Problema 2.10 (cont): Para esta frequência,
temos que dimensionar C e R. Convém fixar o
valor de C, pois existe uma muito menor
variedade de escolha. Assim, escolhendo um
valor corrente para o condensador (C=0,01 µF),
obtém-se:

1 1
R= =
2πCf c 2π × 0.01× 10 −6 × 10000
R = 1.59 ×103 Ω = 1.59 kΩ
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Filtro RC passa-baixo
‹ Problema 2.10 (cont): Para obter a
relação de entrada/saída a 1 kHz, aplica-
se a expressão do filtro em função da
frequência, pelo que:

Vo 1
= = 0.995
Vi ⎛ 1000 ⎞
2

1+ ⎜ ⎟
⎝ 10000 ⎠
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-baixo
‹ Problema 2.10 (cont): Em decibel (dB) -
unidade corrente quando se está a lidar
com sinais em frequência, tem-se:

⎛ Vo ⎞ ⎛ Vo ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ = 20 × ln10 ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ Vi ⎠ dB ⎝ Vi ⎠
= 20 × ln10 (0,995) = −1.003 dB
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Condicionamento de sinais
analógicos
„ Filtro RC passa-alto
„ Este filtro, deixa passar as altas frequências
e rejeita as baixas frequências.
„ A relação entrada-saída é dada pela
seguinte expressão:

Vo
=
(f/f c )
Vi 1 + (f/f c )
2

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Condicionamento de sinais
analógicos
„Filtro RC passa-alto
„ A frequência crítica deste filtro obtem-se
através da mesma expressão obtida para o
filtro passa-baixo, ou seja:

1
fc = (Hz)
2πRC
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Condicionamento de sinais
analógicos
„Filtro passa-alto passivo

Filtro RC passa-alto:
Diagrama de resposta
em frequência
(aproximação
assimptótica).

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 39

Condicionamento de sinais
analógicos

„Filtro passa-alto passivo


‹Exemplo 2.11: Os impulsos de um motor
passo-a-passo, são transmitidos a 2 kHz.
‹Dimensione um filtro que reduza o ruído a
60 Hz, mas que não reduza o sinal do
motor eléctrico em mais do que 3 dB.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 40


Condicionamento de sinais
analógicos

„Filtro passa-alto passivo


‹Resolução:

⎛ Vo ⎞ ⎛ Vo ⎞
− 3dB = ⎜⎜ ⎟⎟ = 20 × ln10 ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ Vi ⎠ dB ⎝ Vi ⎠
⎛ Vo ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ = 10 −(3 / 20 ) = 0.707
⎝ Vi ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 41

Condicionamento de sinais
analógicos

„Filtro passa-alto passivo


‹ Exemplo 2.11: Vamos considerar que a
frequência crítica fc do filtro é a 2 kHz. Para fc, o
sinal é atenuado em 3 dB. Calculando agora a
atenuação do sinal de entrada para a frequência
de 60 Hz, tem-se:

⎛ Vo ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ =
(60 / 2000) = 0.03
⎝ Vi ⎠
2
⎛ 60 ⎞
1+ ⎜ ⎟
⎝ 2000 ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 42
Condicionamento de sinais
analógicos

„Filtro passa-alto passivo


‹ Exemplo 2.11:

‹O sinal de saída é atenuado em


cerca de 97%. Só teremos 3% de
sinal de ruído à saída.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 43

Condicionamento de sinais
analógicos

„Amplificadores operacionais
(ampops)
‹Circuito integrado de importância funda-
mental nos circuitos electrónicos
‹Começou a ser fabricado sob a forma de
circuito integrado em meados dos anos
60
‹Componente muito versátil
‹As características deste circuito são
próximas das ideais
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 44
Condicionamento de sinais
analógicos

„Conceitos gerais sobre ampops


‹Os ampops funcionam com níveis de
tensão que estão bastante próximos dos
previstos do ponto de vista teórico
‹O circuito integrado do ampop é bastante
complexo, sendo constituído por um
elevado número de transístores, resistên-
cias e um condensador (em geral)
‹Neste capítulo, não iremos abordar os
detalhes relativos ao circuito interno do
ampop
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 45

Condicionamento de sinais
analógicos

„Aplicações dos ampops


‹Aparelhos de medida
‹Circuitos para computadores e telecomunica-
ções
‹Aparelhos eléctricos (pode dizer-se, sem exa-
gero, que a sua utilização é quase universal)
‹São parte integrante da maioria dos circuitos
electrónicos fundamentais, tais como converso-
res analógico-digital e digital-analógico, oscila-
dores, malhas de captura de fase, filtros analó-
gicos, circuitos opto-electrónicos
‹Periféricos de comunicações (Ex: placas de rede,
placas de som, portos de comunicação)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 46
Condicionamento de sinais
analógicos

„Descrição do amplificador operacional


”Entrada inversora (1)
”Entrada não inversora (2)
”Uma saída (3)
”Terminais de alimentação (V+ e V-)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 47

Condicionamento de sinais
analógicos
„Descrição do amplificador operacional
‹Tensões de alimentação (Vcc) e (-Vee)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 48


Condicionamento de sinais
analógicos

„Descrição do amplificador operacional


‹No ampop, as tensões de alimentação
estão ligadas a um ponto comum de terra
‹A terra de referência do ampop é o termi-
nal comum das duas fontes de alimenta-
ção
‹Isto significa que não existe nenhum ter-
minal do ampop que esteja ligado física-
mente à terra

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 49

Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Este dispositivo é projectado de modo a
que se verifique a seguinte relação:

v o = A(v 2 − v1 )
‹v1=sinal na entrada inversora
‹v2=sinal na entrada não-inversora
‹A=constante de ganho
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 50
Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Admite-se que a corrente de entrada nos
terminais 1 e 2 é nula
‹Isto significa que no modelo ideal do
ampop, a impedância de entrada é infinita
‹No modelo ideal, o terminal de saída é
uma fonte de tensão ideal
‹Isto significa que a impedância de saída
do ampop ideal é nula

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 51

Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 52


Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹O ampop responde apenas à diferença de
tensões (v2-v1) e ignora qualquer sinal
comum às duas entradas
‹Ex: se v2=v1=1 V, então a saída v3=0
(no ampop ideal)
‹Esta propriedade designa-se por rejeição
de modo comum (Common-Mode
Rejection - CMR)
‹A CMR de um ampop ideal é infinita
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 53

Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Por definição, um ampop é um amplifica-
dor diferencial, com uma única saída
‹O ganho A designa-se por ganho diferen-
cial
‹O ganho A também é conhecido por
ganho em anel aberto (muito elevado)
‹Se fecharmos o anel, ou seja realimentar-
mos a saída numa das entradas, passamos
a ter o ganho em anel fechado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 54
Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Considera-se que o ampop ideal tem um
ganho A constante para todo o espectro
de frequências (de 0 a infinito)
‹Isto significa que o ampop ideal amplifica
sinais para qualquer frequência com um
ganho constante
‹A largura de banda de um ampop é infini-
ta

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 55

Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Curva de funcionamento (linear e saturação)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 56


Condicionamento de sinais
analógicos

„O amplificador operacional ideal


‹Resumo das equações de funcionamento
relativas ao ampop ideal
i 2 ≈ i1 ≈ 0 (zona linear ou de saturação)
v o = A(v 2 - v1 ) (zona linear)
v o ≈ Vdd ⇐ v 2 > v1 (zona de saturação)
v o ≈ Vss ⇐ v 2 < v1 (zona de saturação)
Vdd ; Vss ⇒ tensões de alimentaçã o
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 57

Condicionamento de sinais
analógicos

„Exemplo de um ampop: LM 741

V+
Ganho A > 100
Largura de banda 0,5 a 5 MHz
3 7
V1 +
6
Vo
Slew rate 1 V/µs
LM741
2
V2 -
4 Impedância de entrada > 108 Ω
V- Impedância de saída < 100 Ω

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 58


Condicionamento de sinais
analógicos
„Embalagens típicas (ampop LM741)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 59

Condicionamento de sinais
analógicos
„Análise de circuitos com o ampop ideal
‹Circuitos com realimentação
‹Realimentação negativa (negative feed-
back): corresponde a ligar o terminal de
saída (3) ao terminal de entrada inversora
(1)
‹Realimentação positiva (positive feed-
back): corresponde a ligar o terminal de
saída (3) ao terminal de entrada não-
inversora (2)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 60
Condicionamento de sinais
analógicos

„Análise de circuitos com o ampop ideal


‹Circuito de amplificação com realimenta-
ção negativa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 61

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito de amplificação com realimentação
negativa
‹Ganho em anel fechado

v0
G≡
vi
‹Tensão diferencial das entradas
v0
v 2 − v1 = ≅ 0 (A ≈ ∞)
A
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 62
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito de amplificação com realimentação
negativa
‹Isto significa que v2 é aproximadamente
igual a v1, ou seja considera-se que existe
um “curto - circuito virtual” entre as duas
entradas
‹Como v2 está ligado à terra, então:

v2 = 0 ; v1 ≅ 0
‹O terminal 1 equivale a uma terra virtual
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 63

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito de amplificação com realimentação
negativa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 64


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito de amplificação com realimentação
negativa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 65

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito de amplificação com realimentação
negativa
‹Aplicando a lei de Ohm ao circuito
v I − v1 v I
i1 = ≅ (v I ≅ 0)
R1 R1
⎛ v0 ⎞ ⎛ R2 ⎞

i1 = i 2 ⇒ i 2 = − ⎜ ⎟
⎟ ⇒ v 0 = −⎜⎜ ⎟⎟ v I
⎝ R2 ⎠ ⎝ R1 ⎠
v0 R2
=− ⇒ ganho em anel fechado − G
vI R1
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 66
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito inversor somador (pesado)
‹Adicionam-se vários sinais de entrada através de
resistências à entrada inversora

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 67

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito inversor somador (pesado)
‹Análise do circuito
vI vI vI
i1 = − ; i2 = − ; ..... ; i n = −
R1 R2 Rn
i = i1 + i 2 + ...... + i n
v 0 = 0 − i × R f = −i × R f
⎛ Rf Rf Rf ⎞
v 0 = −⎜⎜ v1 + v 2 + .... v n ⎟⎟
⎝ R1 R2 Rn ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 68
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora não inversora
‹Neste circuito, o sinal de entrada vI é aplicado ao
terminal não inversor (+), enquanto que o outro
terminal é ligado à massa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 69

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora não inversora
‹Análise do circuito (considerando o amplificador
como sendo ideal)
v0
v 2 − v1 = = 0 para A = ∞
A
v v − v0
i1 = − I ; i 2 = I
R1 R2
⎛ vI ⎞ v0 ⎛ R2 ⎞
v 0 = v I + ⎜⎜ ⎟⎟R 2 ; = 1 + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ R1 ⎠ vI ⎝ R1 ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 70
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora não inversora
‹Seguidor de tensão: é utilizado para ligar uma
fonte com uma elevada impedância com uma
carga de baixa impedância
‹Utiliza-se como um transformador de impedân-
cias ou amplificador de potência
‹No caso anterior, se fizermos R1=0 e R2=∞,
obtém-se um amplificador de ganho unitário
‹É conhecido com seguidor de tensão, visto que a
saída segue a entrada
‹No caso ideal, v0=vI, Rin=0 e Rout=∞

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 71

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora não inversora
‹Seguidor de tensão: esquema do circuito e
modelo do circuito equivalente

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 72


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuito inversor com impedâncias genéricas
‹Considere um circuito inversor com impedâncias
genéricas Z1(s) e Z2(s), em que s=jω é a frequên-
cia no domínio complexo
‹A relação entrada-saída, é Vo/Vi=- Z2(s) / Z1(s)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 73

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem inversora integradora
‹Substitui-se a resistência na realimentação por
um condensador (Integrador de Miller)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 74


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Análise do circuito (Nota: considera-se que o
circuito começa a funcionar para t=0)
1t vI
v C (t) = VC + ∫ i1 (t)dt ; i1 =
C0 R
v 0 (t) = − v C (t)
1 t
v 0 (t) = − ∫ v i (t)dt − VC
CR 0
(VC = tensão inicial em C)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 75

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Este circuito fornece uma tensão de saída que é
proporcional ao integral do sinal de entrada
‹CR = constante de tempo do integrador
‹Descrição no domínio da frequência => s=jω
1
Z1 (s) = R ; Z 2 (s) =
sC
V0 (s) 1
=−
Vi (s) sCR
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 76
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Análise em frequência: para frequências reais,
s=jω, pelo que:
V0 (jω) 1
=−
Vi (jω) jωCR
Relação de ganho e ângulo de fase φ
V0 1
= ; φ = +90º
Vi ωCR
Frequência de corte do integrador :
ωin = 1/CR (rad/s)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 77

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora

Resposta do
integrador de
Miller (ideal) a
um sinal de
entrada
periódico (onda
quadrada)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 78


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Resposta em frequência do circuito integrador
ideal

Inclinação de
-6 dB/oitava
ou
-20 dB/década

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 79

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Problemas associados ao circuito integrador
‹Teóricamente, para ω=0, a resposta do integra-
dor é infinita
‹O elemento na realimentação é um condensador,
logo em corrente contínua este comporta-se
como um circuito aberto => não há realimenta-
ção negativa!
‹Consequências: não é possível produzir tensões
infinitas à saída => o ampop satura para valores
de tensão próximos das tensões de alimentação!

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 80


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Para minimizar este problema, introduz-se uma
resistência em paralelo com o condensador (Deve
ser o mais elevada possível)

Integrador
não ideal

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 81

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora integradora
‹Análise do circuito: Assumindo que o AMPOP está
na zona linear, que será o caso desde que a saída
não sature, pode considerar-se que V- ≈ 0, pelo
que se obtém a seguinte equação
⎛ 1 ⎞
− Vo ⋅ ⎜ R 2 + ⎟
Vi − V− V − Vo V ⎝ sC ⎠
= − ⇒ i =
R1 1 R1 1
R 2 // R2 ⋅
sC sC
V (s) R ⎛ 1 ⎞
⇒ o = − 2 ⎜⎜ ⎟⎟
Vi (s) R 1 ⎝ sR 2 C + 1 ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 82
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Substitui-se a resistência de entrada do amplifi-
cador inversor por um condensador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 83

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Análise do circuito
dv I (t)
i1 = C
dt
⎛ dv (t) ⎞
v o (t) = −CR ⎜ I ⎟
⎝ dt ⎠
Zi (s) = 1/sC ; Zo (s) = R
Vo (s)
= −sCR
Vi (s)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 84
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Análise do circuito (continuação):

Vo (jω )
= − jωCR
Vi (jω )
Relação de ganho e ângulo de fase
Vo (jω )
= ωCR φ = -90º
Vi (jω )
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 85

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Resposta em frequência

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 86


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Problemas associados a este circuito
‹Exemplo: Se o sinal de entrada Vi for uma onda
sinusoidal, então a saída Vo vai ser a derivada do
sinal de entrada, ou seja:

Vi (t ) = A sin(ωt )
d
Vo (t ) = (Vi (t )) = Aω cos(ωt )
dt
⇒ Vo (t ) ∝ ω ⇒ Problemas com o ruído!
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 87

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹A montagem anterior, em geral, não é usada na
prática. No circuito prático, intercala-se uma
resistência em série com o condensador

Derivador
não ideal

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 88


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora derivadora
‹Análise do circuito: Assumindo que o AMPOP está
na zona linear, pode considerar-se que V- ≈ 0, daí
resultando que:

Vi − V1 V1 − Vo Vi Vo
= ⇒ =-
1 R 1 R2
R1 + 2 R1 +
sC sC
Vo (s) R 2 ⎛ sR 1C ⎞
⇒ =− ⎜⎜ ⎟⎟
Vi (s) R 1 ⎝ sR 1C + 1 ⎠
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 89

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora ou
diferencial
‹Este circuito é semelhante ao somador e é usado
para subtrair o sinal v1 ao sinal v2.
‹O terminal v+ tem uma tensão imposta pelo
divisor resistivo R3 e R4. A tensão no terminal v-
é igual à tensão no terminal v+, desde que o
AMPOP não entre na zona de saturação.
‹Nesta montagem, a saída é uma subtracção
ponderada das tensões de entrada.
‹Para calcular o ganho, pode-se utilizar o Teorema
da Sobreposição
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 90
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora
‹Esquema do circuito

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 91

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora
‹Aplicação do Teorema da Sobreposição à monta-
gem subtractora (amplificador inversor + ampli-
ficador não inversor)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 92


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora
‹Análise do circuito inversor:

⎛ R2 ⎞
v o1 = ⎜⎜ − ⎟⎟ v1
⎝ R1 ⎠

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 93

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora
‹Análise do circuito não-inversor :

⎛ R4 ⎞
v − ≈ v + = ⎜⎜ ⎟⎟ v 2
⎝ R3 + R4 ⎠

⎛ R1 + R 2 ⎞
v o2 = ⎜⎜ ⎟⎟ v +
⎝ R1 ⎠

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 94


Condicionamento de sinais
analógicos
„Montagem amplificadora subtratora
‹Combinando os dois circuitos, por
aplicação do teorema da Sobreposição,
obtém-se:

⎛ R2 ⎞ ⎛ R 4 ⎞ ⎛ R 2 + R1 ⎞
v O = −⎜⎜ ⎟⎟ v1 + ⎜⎜ ⎟⎟ ⎜⎜ ⎟⎟ v 2
⎝ R1 ⎠ ⎝ R 3 + R 4 ⎠ ⎝ R1 ⎠

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 95

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Montagem amplificadora subtratora
‹Análise do circuito (2): Se os valores das
resistências utilizadas forem todos iguais (i.e. R1
= R2 = R3 = R4), a saída vo é igual a v2 – v1,
implementando assim a subtracção entre os dois
sinais de entrada.
‹Por este motivo, esta montagem é designada por
subtratora ou diferencial (R1=R3 e R2=R4)

R2
vO = (v 2 - v1 )
R1
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 96
Condicionamento de sinais
analógicos
„Amplificador de Instrumentação
‹Circuito típico e expressão de ganho (G)

Vo
R3 = R5 ; R4 = R6
⎛ 2R 2 ⎞ R 4
G = ⎜⎜1 + ⎟⎟
V1
⎝ R1 ⎠ R 3

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 97

Condicionamento de sinais
analógicos

„Amplificador de Instrumentação
‹Exemplo de um amplificador com ganho G=100

Vo
R 1 = R 3 = R 5 = 10 kΩ
R 2 = 45 kΩ ; R 4 = R 6 = 100 kΩ
⎛ 2 × 45 ⎞ 100
G = ⎜1 + ⎟×
V1
⎝ 10 ⎠ 10
G = 100

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 98


Condicionamento de sinais
analógicos

„Amplificador de Instrumentação
‹Amplificador de instrumentação integrado : INA
128 ou INA 129 da firma Burr-Brown

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 99

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos com Ampops em Instrumentação
‹Exemplo 2.14: A saída de um transdutor
varia entre 20 e 250 mV.
‹Dimensione o circuito de condicionamento
de sinal para que os valores à saída passem
a estar na gama de 0-5 V.
‹O circuito deve ter uma impedância de
entrada muito elevada.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 100


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos com Ampops em Instrumentação
‹Exemplo 2.14 - Resolução:

Vout = m × Vin + V0
⎧0 = m × 0,02 + V0

⎩5 = m × 0,25 + V0
⎧ m = 21,7 ⎧Vout = 21,7 × (Vin − 0,434/21,7)
⎨ ⎨
⎩V0 = −0,434 ⎩Vout = 21,7 × (Vin − 0,02)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 101

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos com Ampops em Instrumentação
‹Circuito electrónico

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 102


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos com Ampops em Instrumentação
‹ Exemplo 2.14 (cont.): Gráficos de variação da tensão de saída
do transdutor (V transd) versus temperatura T (ºC) e saída do
circuito condicionador de sinal (Vamplif.) versus Vtransd.).

250 5

4.5

200 4

3.5
V transdutor [mV]

150 3

V amplif. [V]
2.5

100 2

1.5

50 1

0.5

0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Temperatura [ºC] V transdutor [mV]

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 103

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos especiais – conversores de sinais
‹ Circuito conversor Corrente-Tensão (I/V): Utiliza-se para converter
sinais de controladores, que enviam correntes na gama 4-20 mA
para tensões, por exemplo em válvulas ou solenóides.

Vout = I × R

‹ A resistência R no terminal não inversor serve, para dar ao conjunto,


estabilidade com a temperatura.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 104
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos especiais – conversores de sinais
‹ Circuito conversor Tensão-Corrente (V/I): Utiliza-se para
converter sinais de transdutores, que enviam correntes na
gama 4-20 mA para tensões, por exemplo nos controladores
ou registadores.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 105

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Circuitos especiais – conversores de sinais
‹ Circuito conversor Tensão-Corrente (V/I):
⎛ R ⎞
I = −⎜⎜ 2 ⎟⎟.Vi
⎝ R 1R 3 ⎠
R 1 × (R 3 + R 5 ) = R 2 R 4
VSAT
(R 3 + R 5 ) × ( − R3)
IM
R ML =
R3 + R4 + R5
‹ RML= resistência de carga máxima
‹ VSAT= Tensão de saturação do ampop ; IM = corrente
máxima
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 106
Condicionamento de sinais
analógicos
„ Erros introduzidos nos amplificadores: A saída
real de um ampop é dada por:
V1 + V2
Vo = A d (V1 − V2 ) + A c ( ) + K d (Vos + (R 1 − R 2 )I os )
2
+ K p Vp + K n Vn + f(V1 − V2 ) + (Vn , I n )A d
‹1ºtermo: resposta à tensão diferencial.
‹2º termo: resposta à tensão de modo comum.
‹3º termo: resposta devida a erros de polarização
das entradas.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 107

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Erros introduzidos nos amplificadores (cont.):
‹4º termo: erros devidos a má rejeição de ruído das
fonte de alimentação (+) e (-).
‹5º termo: Erro devido à não linearidade do
amplificador (distorção)
‹6º termo: ruído equivalente na entrada ->
proveniente de ruído térmico, ruído de passagem
(ondas electromagnéticas, etc), gerado no
amplificador.

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 108


Condicionamento de sinais
analógicos
„ Erros introduzidos nos amplificadores (cont.):
‹O amplificador de instrumentação de dois andares,
permite obter as seguintes características:
‹Tensão de desvio Vos reduzida (baixo offset)
‹Deriva térmica reduzida
‹Elevada rejeição de modo comum (CMRR)
‹Ajuste do ganho através de resistência não ligada
às entradas diferenciais (anéis de realimentação).

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 109

Condicionamento de sinais
analógicos
„ Compensação da tensão de offset (Vos) na
montagem amplificadora diferencial

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DMM 110

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