Limites

Noção Intuitiva

Sucessões numéricas Dizemos que:

1, 2, 3, 4, 5, .... Os termos torna-se cada

vez maior sem atingir um
x  +
limite
1 2 3 4 5
, , , , ,.....
Os números aproximam-se
cada vez mais de 1, sem
x1
2 3 4 5 6 nunca atingir esse valor

1, 0, -1, -2, -3, ... Os termos torna-se cada

vez menor sem atingir um
x  -
limite
3 5 6 Os termos oscilam sem
1, ,3, ,5, ,7,... tender a um limite
2 4 7
 Limites usando sequências
Vamos analisar alguns casos em que
aparece a ideia informal e intuitiva de limite.

Exemplos:

a)Vamos considerar uma região quadrada de

área igual a 1.
 Limites usando sequências
Num primeiro momento vamos colorir a metade do
quadrado.

No momento seguinte, colorimos metade da

região e mais metade do que restou:
 Limites usando sequências

E assim, sucessivamente e indefinidamente, a

área da região colorida resultante vai tendendo a
1. Dizemos, então, que o limite desse
desenvolvimento, quando o número de
momentos tende ao infinito, é colorir a figura
toda, ou seja, obter uma área colorida igual a 1.
Limites Intuitivos
 Limites Intuitivos

(b )

(a ) lim f ( x)  0
x 1

(b) lim f ( x)  
x  


(a )
Definição:
•Se os valores de f(x) puderem ser tomados
tão próximos quanto queiramos de L, desde
que tomemos os valores de x
suficientemente próximos de a mas não
iguais a a), então escrevemos
, que deve ser lido
lim f ( x)  L
x a

como “o limite de f(x) quando x tende a é L”.

•Exemplo: Tomemos a função .
x2  9
f ( x) 
x 3
Comportamento da função 𝑓(𝑥) quando x se
aproxima de 3
x f(x) x f(x)
2,5 5,5 3,4 6,4
2,8 5,8 3,2 6,2
2,9 5,9 3,1 6,1
2,99 5,99 3,01 6,01
2,999 5,999 3,001 6,001
2,9999 5,9999 3,0001 6,0001
... ... ... ...
Note que:
- quanto mais x se aproxima de 3 por
valores menores do que 3, mais o
valor de 𝑓(𝑥) se aproxima de 6.
- quanto mais x se aproxima de 3 por
valores maiores do que 3, mais o valor
de 𝑓(𝑥) se aproxima de 6.
Logo, Matematicamente, afirma-se:
lim f ( x)  6
x 3
 Definição de limites laterais
• Se os valores de f(x) • Se os valores de f(x)
puderem ser tomados puderem ser tomados
tão próximos de L quanto tão próximos de L quanto
queiramos desde que queiramos desde que
tomemos os valores de x tomemos os valores de x
suficientemente suficientemente
próximos de a (mas próximos de a (mas
maiores do que a), então menores do que a),
escrevemos então escrevemos

lim  f ( x)  L lim  f ( x)  L
x a x a
 Relação entre limites laterais e
bilaterais

O limite bilateral de uma função f(x) existe

em um ponto a se, e somente se, existirem
os limites laterais naquele ponto e tiverem
o mesmo valor, isto é:
se, e somente se,

lim f ( x)  L  lim f ( x)
x a x a
lim f ( x)  L
x a
Relação entre limites laterais e bilaterais

lim f ( x)  L  lim f ( x)
x a x a
 Definição formal de limite
Seja f(x) definida num intervalo aberto I,
contendo a, exceto possivelmente no próprio a.
Dizemos que o limite de f(x) quando x
aproxima-se de a é L, e escrevemos:
lim f ( x)  L
x a

se para todo  > 0, existe um  > 0, tal que

f ( x)  L   sempre que 0  x  a  
Definição formal de limites
Reformulando a definição de limites,
teremos:

lim f ( x)  L
x a
Significa que,   0 existe um   0 tal que x está no
intervalo aberto (a   , a   ) e x  a,
então 𝑓(𝑥) está no intervalo aberto
( L   , L   ).
Exemplo 1:
lim(3x  1)  2
x 1
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝜀 > 0 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝛿 > 0 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
0 < 𝑥 − 𝑎 < 𝛿 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑓(𝑥) − 𝐿 < 𝜀
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝜀 > 0 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝛿 > 0 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
0 < 𝑥 − 1 < 𝛿 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 3𝑥 − 1 − 2 < 𝜀
𝜀
⇒ 3𝑥 − 3 < 𝜀 ⇒ 3 𝑥 − 1 < 𝜀 ⇒ 𝑥 − 1 <
3
𝜀
Logo basta tomar 𝛿 = . Isto prova que
3

lim(3x  1)  2
x 1
 Sabendo que:

lim( x  1)  3 ;  =0,2
x 4
Determine um   0 para o  dado,
tal que
se 0  x  a   então f ( x)  L  
 Resolução
lim( x  1)  3 ;  =0,2
x 4

𝐷𝑎𝑑𝑜 𝑢𝑚 𝜀 = 0,2 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝛿 > 0 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒

0< 𝑥−4 <𝛿𝑒 𝑥−1−3 <𝜀

Logo 𝑥 − 4 < 0,2 .

Logo basta tomar 𝛿=𝜀 = 0,2

 Exemplo 2:
•Usando a definição de limite, prove que

lim 𝑥 2 =4
𝑥→2
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝜀 > 0 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝛿 > 0 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
0 < 𝑥 − 2 < 𝛿 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑥 2 − 4 < 𝜀 ⇒
𝑥+2 𝑥−2 <𝜀

Observe que no primeiro membro da

desigualdade, além do fator 𝑥 − 2 , temos também
o fator 𝑥 + 2 . Assim temos quer criar uma
restrição para este termo. Assim temos,
 Exemplo 2
Trabalhando com 𝑥 + 2 , para que possamos
selecionar o intervalo aberto requerido como
sendo o intervalo (1,3) e isto implica que 𝛿 ≤ 1 .
Assim:
0 < 𝑥 − 2 < 𝛿 e 𝛿 ≤ 1 ⇒ 𝑥 − 2 < 1 ⇒ −1 <
𝑥−2<1
⇒ −1 + 4 < 𝑥 − 2 + 4 < 1 + 4 ⇒
⇒3<𝑥+2<5⇒ 𝑥+2 <5

Agora como temos:

0 < 𝑥 − 2 < 𝛿 e 𝑥 + 2 < 5, logo
𝑥 − 2 < 𝛿 ⇒ 𝑥 − 2 𝑥 + 2 < 5𝛿.
Exemplo 2
Comparando com o que queremos 𝑥 + 2 𝑥 −
 Exemplo 2
Mostramos que se 𝛿 ≤ 1 e 0 < 𝑥 − 2 <
𝛿, então 𝑥 + 2 < 5, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝛿 𝑥 + 2 < 5 𝛿.
Exemplo 2

𝜀
Assim, se escolhermos 𝛿 min ( ,1),
para todo
5
𝜀 > 0, a seguinte afirmativa é verdadeira:

Se 0 < 𝑥 − 2 < 𝛿 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑥 2 − 4 < 𝜀

e assim prova-se que :

lim 𝑥 2 = 4
𝑥→2
 Prove pela definição o seguinte limite

Determine um   0 para o  dado,

tal que
se 0  x  a   então f ( x)  L  
 Sabendo que

lim( x  2 x  1)  1 ;  =0,001
2
x 2
Determine um   0 para o  dado,
tal que
se 0  x  a   então f ( x)  L  
 Propriedades dos limites
Teorema 1:

Exemplo:
 Propriedades dos limites

2)
 Propriedades dos limites

2)

3)

Exemplos:
 Propriedades dos Limites
Teorema 2:

Se L, M, a, c são números reais e n inteiro

lim f ( x)  L e lim g ( x)  M ,
x a
x a
• Regra da soma(subtração):
lim f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)  L  M
x a x a x a

• Regra do Produto:
lim f ( x).g ( x)  lim f ( x). lim g ( x)  L.M
x a x a x a

• Regra da multiplicação por escalar:

lim c. f ( x)  c . lim f ( x)  c.L
x a x a

Regra do quociente:
f ( x) lim f ( x) L
lim  x a 
x a g ( x) lim g ( x) M
x a
• Regra da potencia:

lim f ( x)  (lim f ( x))  L

n n n
x a x a

• Regra da raíz

se lim f ( x)  L  0, n é impar.
x a

lim n f ( x)  lim f ( x)  L
n
n
x a x a
• Regra do logaritmo:
lim log c ( f ( x))  log c (lim f ( x))
x a x a

 log c L se lim f ( x)  0
x a
• Regra do seno(o mesmo vale para o cosseno)

lim sen f ( x)  sen(lim f ( x))  sen L

x a x a
• Regra da exponencial:
lim f ( x )
lim c f ( x)
c xa
c L
x a
Exemplos 1
Exemplos 2
Exemplos 3
Exemplos 4
Exemplo 4
 Limites de Funções Polinomiais

Teorema 3 – Os Limites de Funções Polinomiais

podem ser obtidos por Substituição:

Se
n 1
P( x)  an x  an1 x
n
 ...  a0

então
Exemplo 5 – Limite de Uma Função Polinomial

lim 3x
5
 4x  x  x  2 
4 2

x  2

3  (2)  4  (2)  (2)  (2)  2 

5 4 2

3  (32)  4 16  4  2  2 
 96  64  4  2  2  32
 Limites de Funções Racionais

Teorema 4 – Os Limites de Funções Racionais

podem ser obtidos por Substituição, caso o limite do
denominador não seja zero:

Se P(x) e Q (x) são polinômios e Q (c )  0

então
 Exemplo – Limite de Uma Função Racional

x  4 x  3 (1)  4(1)  3 0
3 2 3 2

lim   0
x 1 x 5
2
(1)  5
2
6
Exemplo 6 – Cancelando um Fator Comum

x  x2
2

lim
x 1 x x
2

Solução: Não podemos substituir x = 1 porque isso

resulta em um denominador zero. Testamos o
numerador para ver se este também é zero em x = 1.
Também é, portanto apresenta o fator (x – 1) em
comum com o denominador. Cancelar o (x – 1) resulta
em uma fração mais simples, com os mesmos valores
da original para

x  x  2 ( x  1)( x  2) x  2
2
  , x ≠ 1:
x x
2
x( x  1) x
Usando a fração simplificada, obtemos o limite
desses valores quando x 1 por substituição:

x  x2
2
x  2 1 2
lim  lim  3
x 1 x x
2
x 1 x 1
 Exemplo 7:
2h  2 1 1
lim  lim 
h 0 h h 0 2h  2 2 2
2h2
 Fator comum de h.
h( 2  h  2 )
h
 Cancelar h para h  0.
h( 2  h  2 )
1

2h  2
1 1
 
20  2 2 2
 PROPRIEDADES
lim f ( x)  L lim g ( x)  M
Se xa e x a então:
a) lim[ f ( x)  g ( x)]  L  M
x a

b) lim[ f ( x).g ( x)]  L.M

x a

c) lim f ( x) = L desde que M  0

x a g ( x) M
d) lim  f ( x)  Ln ( p/  inteiro positivo n)
n

x a
PROPRIEDADES
e) lim n f ( x)  n L , desde que L  0 p/ n par
x a

f) lim ln  f ( x)  ln.L , desde que L  0

x a

g) lim cos f(x)  cos( L)

x a

h) lim sen f(x)  sen( L)

x a

i) lim e f ( x)
 e L
x a
 Exemplo: Determine o seguinte limite:
Teorema: Se f é uma função polinomial, então
lim f ( x)  f (a)
x a

lim ( x  3x  1) 
2
x 2
Exemplo 7
Exemplo 8
Limites Indeterminados
Em alguns casos não é possível calcular o valor
do limite por simples substituição. Ao adotar
tal procedimento nos deparamos com
resultados do tipo
Exemplo 9
Exemplo 10
Exercícios
Calcular os limites abaixo:
x2  x  2 x2  4
a) lim b) lim
x  2 ( x 2  4) x  2 ( x  2)

x32 3
x 2
c) lim d) lim
x 1 ( x  1) x 8 ( x  8)

27 x  1
3
e) lim
x
1 3x  1
3