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TECNOLOGIA DOS
MATERIAIS - I
Verificando a linha do tempo observamos que o primeiro metal a ser utilizado pelo homem
foi o OURO a 8000AC,em seguida o BRONZE(que é uma liga de cobre e estanho) a
7000AC e o FERRO só começou a ser utilizado por volta de 3500AC.
IDADE DA PEDRA
IDADE DO BRONZE
IDADE DO FERRO
MATERIAIS
ALUMINI
AÇO O MADEI PLÁSTIC
RA OS
PEDR
COBR
FERR FIBRA DE
O BORRACH CARBONO
NÍQUE
RESINA
S
• Introdução
Tecnologia dos Materiais : é o ramo da ciência que trata das relações gerais
existentes entre a composição, estrutura e propriedades dos materiais, e os processos
físicos e químicos que as podem alterar.
• Classes de Materiais
De modo geral, podemos classificá-los como:
- Metais (Metálicos);
- Cerâmicos;
- Polímeros;
- Compósitos (Compostos);
- Bio-materiais;
- Semicondutores.
• Materiais Metálicos
O tipo de ligação predominante é a ligação metálica e geralmente tem uma estrutura
cristalina. O material mais utilizado na engenharia é o aço, que é uma liga de ferro com
carbono e possui boa ductilidade, boa resistência mecânica e é bom condutor elétrico e
térmico. É utilizado nas industrias em geral.
Considerações dimensionais
Considerações de forma
Considerações de peso
Considerações de resistência mecânica
Resistência ao desgaste
Conhecimento das variáveis de operações
Facilidade de fabricação
Facilidade de montagem
Requisitos de durabilidade
Número de unidades
Disponibilidade de material
Custo da matéria-prima
CÁLCULO DE ÁREAS(REVISÃO)
• A massa atômica (A) de um elemento químico é a soma das massas dos prótons e
nêutrons do núcleo.
Arranjos Atômicos
Os átomos tendem a ficar arranjados de forma a melhor ocupar o espaço. Este arranjo é
chamado empacotamento compacto.
Sobre os espaços vazios podemos imaginar uma nova camada de átomos empacotados
compactamente.
Desta forma podemos construir uma estrutura 3D.
Estruturas Não Cristalinas: Essas estruturas são conhecidas como estruturas amorfas,
isto é, sem forma.
Exemplos: gases, líquidos e vidros.
Estruturas Cristalinas
Os átomos se encontram dispostos ordenadamente segundo padrões repetitivos, nas três
dimensões, formando cristais.
Os átomos são organizados em um arranjo espacial (reticulado).
O reticulado pode ser descrito pela célula unitária
(modelo geométrico), que é a menor unidade de repetição do reticulado (cristal).
A célula unitária permite descrever qualquer tipo estrutura como um todo, porque a
estrutura completa pode ser gerada pela repetição da célula unitária no espaço.
Há apenas sete formas de célula unitária que podem ser empilhadas para formar os
sistemas cristalinos no espaço tridimensional. Elas são:
cúbica,tetragonal, ortorrômbica, romboédrica
hexagonal, monoclínica e triclínica.
a = 2.r
Fator de Empacotamento
Definição:
Fator de empacotamento (F.E)=
FE = 1 . 4/3.π . r3
a3
Como a = 2.r
FE = 1 . 4/3.π . r3
(2.r)3
FE = 1 . 4/3.π . r3
8.r3
2r
4r a
a
a
Aplicando Pitágoras:
( 4r )2 = a2 + a2 16 r2 = 2a2
Anotações de aula: Prof. José Claudio 19
2 2
2 a = 16 r
a2 = 8.r2
a = 2,82 .r
F.E = 4 . 4/3 . π . r3
(2,82. r )3
F.E = 16,73 . r3
3
22,42.r
F.E = 0,74
Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
A célula unitária tem a forma de um cubo com um átomo distribuído nos vértices
e mais um no centro, conforme se pode ver na figura.
Definindo o fator de empacotamento como a relação entre o volume ocupado pelos átomos
e o volume da célula unitária, temos: fator de empacotamento = volume de 1 átomo
(esfera) x 2 átomos / volume do cubo.
Fator de empacotamento = 0,68
Note que 0,74 é o maior valor que pode ter o fator de empacotamento quando se
considera um modelo de esferas de mesmo diâmetro.
Polimorfismo ou Alotropia
Existem metais, como o ferro, que mudam de estrutura cristalina com o aumento da
temperatura: o ferro é ccc desde a temperatura ambiente até 910ºC, quando então passa a
ser cfc. Se continuarmos a aquecer, o ferro novamente muda de estrutura cristalina
voltando a ser ccc a partir de 1396ºC e mantém esta estrutura até sua fusão (aprox. 1536ºC).
Diz-se que metais como o ferro, sofrem transformações alotrópicas de fase no estado
sólido.
Imperfeições Estruturais
• É um "defeito" no arranjo periódico regular dos átomos em um cristal.
• Podem causar uma mudança significativa nas propriedades de um material.
• Podem ser classificadas em duas categorias:
variações na composição e imperfeições cristalinas.
Variações na composição
Na qual os átomos de soluto são muito menores que os átomos de solvente, portanto,
podem alojar-se nos seus interstícios, conforme se pode ver na figura.
Exemplos de solução sólida intersticial: carbono em ferro.
Imperfeições cristalinas
Os materiais cristalinos são formados por cristais que possuem diversos tipos de
imperfeições, tais como: defeitos pontuais, defeitos em linha e defeitos de superfície.
Defeitos Pontuais
Ocorrem em pontos isolados do cristal.
Entre os tipos mais comuns, podemos citar as vacâncias (vazios), os intersticiais e os de
Frenkel.
intersticiais
Defeitos em hélice: são defeitos lineares em que a superfície formada pelos planos
atômicos extras tem uma característica helicoidal ou espiral
Propriedades Químicas
Densidade(d): essa propriedade é também conhecida como massa específica, e
define-se como a massa contida pela unidade de volume.
d= m / v
A massa m pode ser dada em g, kg, etc
O volume v pode ser dado em m3, cm3, etc
Propriedades Físicas
αferro = 1,1x10 C
Ex.: -5 0 -1
αcobre = 1,7x10 C -5 0 -1
αalumínio = 2,4x10 C -5 0 -1
Exemplos de cálculos
1-Uma barra de cobre tem 80cm de comprimento a uma temperatura de 150 C. Qual será
seu aumento de comprimento quando aquecida a 350 C?
Propriedades Mecânicas
Os tipos de forças que atuam sobre os corpos rígidos são: tração, compressão,
cisalhamento, flexão e torção.
Pode-se realizar o ensaio de dureza Rockwell em dois tipos de máquinas, ambas com a mesma
técnica de operação, que diferem apenas pela precisão de seus componentes.
A máquina padrão mede a dureza Rockwell normal e é indicada para avaliação de dureza em geral.
A máquina mais precisa mede a dureza Rockwell superficial, e é indicada para avaliação de dureza
em folhas finas ou lâminas, ou camadas superficiais de materiais.
Nos ensaios de dureza Rockwell normal utiliza-se uma pré-carga de 10 kgf e a carga maior pode ser
de 60, 100 ou 150 kgf.
Nos ensaios de dureza Rockwell superficial a pré-carga é de 3 kgf e a carga
maior pode ser de 15, 30 ou 45 kgf.
Penetrador de diamante:
Penetrador esférico:
Exemplo: Qual é a profundidade aproximada de penetração que será atingida ao ensaiar um material
com dureza estimada de 40HRC?
Tensão (σ) é a relação entre uma força (F) aplicada sobre um corpo e a área inicial
(A), ou seja: σ=F/A
Obs.: A= área da seção transversal
Unidades de tensão – σ
-A força pode ser dada em Newtons (N) ou quilograma-força (kgf)
-A área pode ser dada em m2, cm2, mm2
Logo a tensão será dada em: N/m2, N/cm2, kgf/mm2, kgf/cm2.
A deformação não possui unidade. É um número puro. As vezes vem em forma de
ε
porcentagem. Ex.: =0,3 ou =30% ε
Resp: σ = 178,38kgf/mm 2
2- Calcule a deformação sofrida por um corpo de 15cm, que após um ensaio de tração
passou a apresentar 16cm de comprimento. Dar a resposta em porcentagem.
Resp : ε = 6,66%
ESTRICÇÃO
Produção do Gusa
Alto Forno
Produção:
Para cada tonelada de ferro gusa produzido, são usadas cerca de 2t de minério, 0,5t de
calcário, 1t de coque e 4t de ar. E, como subprodutos, cerca de 0,5t de escória e 6t de gás.
A escória é utilizada para fabricação de cimento e materiais refratários e o gás carbônico é
utilizado em caldeiras.
Quando o gusa sai do Alto Forno ele tem dois caminhos a seguir: Vai para o forno Cubilot
para produção do ferro fundido ou vai para os Conversores para produção do aço.
Ferro gusa 5 a 6% C
Ferro fundido 4 a 5% C
Aço < 2%
Impurezas
Segundo a ABNT, os dois primeiros algarismos designam a classe do aço, os dois últimos a
média do teor de carbono empregado. Exemplos:
Aço 1020
10- significa que é aço ao carbono
20- significa que a porcentagem média de carbono é 0,20%