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CASO CLÍNICO 
Referências:  
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
manual_prevencao_incapacidades.pdf 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
ES SFC  guia_de_hanseniase.pdf 
Dermatologia de Sampaio de Rivitti, 4ª 
edição 
 
 

Qual o provável 
diagnóstico da criança?  

No caso o paciente apresenta a lesão da foto com anestesia tátil, dolorosa 


e térmica.  

Pela a perda das três sensibilidades e a característica da lesão, sendo uma 


placa com bordas definidas e elevadas o diagnóstico é de hanseníase 
tuberculóide, podendo inclusive se assemelhar a hanseníase tuberculóide 
da infância, por ser placa pequena e única.  

na classificação operacional o diagnóstico é hanseníase paucibacilar.  

Porque não são os outros tipos de hanseníase, como 


indeterminada e virchoviana?  
 
A forma indeterminada não apresenta perda da sensibilidade dolorosa e 
tátil, apenas a térmica. A perda das outras sensibilidades e de pelos no 
interior da mancha indica evolução para o polo tuberculóide. Além disso 
a característica clínica da lesão é diferente, mais maculosa, hipocrômica  
 
A forma virchoviana observa-se várias lesões distribuídas pelo corpo, 
com intensa infiltração, madarose,  
 
A forma borderline tem um acometimento importante da parte nervosa e 
um número maior de lesões de tuberculóide.  
Quais diagnósticos  AS lesões em placa com um colarete podem ser lesões iniciais de: 
diferenciais para a lesão  leishmaniose tegumentar brasiliensis, granuloma anular, tuberculose 
apresentada pela  cutânea. Importante destacar que nenhum desses cursa com alteração de 
criança?   sensibilidade.  

Na evolução da lesão por leishmaniose tegumentar observa-se uma 


ulceração, com fundo granulomatoso.   

No granuloma anular é mais comum nas mãos e pés, e um número maior 


de lesões.  

Quais exames  Solicitaria: 


subsidiários você 
- Anatomopatológico: verificar o diagnóstico diferencial.  
solicitaria para 
- O achado na hanseníase será: granulomas localizados em 
confirmação do caso?  
torno dos vasos e infiltrado distribuídos nos filetes 
cutâneos e nervosos.  
- Teste do suor 

Exames que provavelmente viram negativos: baciloscopia.  

Como a criança pode ter  Criança pode ter sido infectada por familiares próximos residentes de 
se infectado?  feira de santana que fossem multibacilares. Já que os irmãos infectados 
apresentam polo tuberculóide, do qual a transmissão é menos frequente 
(chance de adoecer de 2 a 3 vezes que a população geral). 

Qual o plano de cuidado  TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: se paciente entre 30 e 50 kg 


da criança?  
Supervisionado: Rifampicina 450 mg 1cp + dapsona 50 a 100 mg 1cp  

Diário: clofazimina 50 a 100mg 1cp por 28 dias 

tempo de tratamento: 6 meses (podendo se estender no máx até 9 meses)  

TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: 

- Encaminhamento para oftalmologia 


- Se olhos secos: colírio diário  
- orientação quanto a desidratação da região e recomendação de 
hidratação facial diária.  
- Reavaliação do exame físico para observar progressão ou não da 
perda sensitiva do corpo, principalmente mãos e pés  
- Avaliação da mobilidade facial pela proximidade do nervo facial e 
orientações de exercícios para a região com um fisioterapeuta 

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