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Aula Introdutória
Percebemos que a tutela coletiva de direitos e tutela de direitos Difusos são totalmente diferentes.
A primeira diferença entre estes interesses reside na titularidade. Os interesses difusos têm como seus
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. Não existe a possibilidade de
delimitar as pessoas que serão atingidas. (fabrica que esta poluindo o meio ambiente, não é possível
determinar as pessoas afetadas pela poluição).
Os interesses coletivos têm como titulares as pessoas integrantes de um determinado grupo, categoria ou
classe. (sindicato, condomínio, professores universitários) existe a possibilidade de delimitação.
Direitos difusos
Os direitos coletivos em sentido lato se classificam em: Direitos coletivos em sentido estrito
Direitos individuais homogêneos
Art. 81. CDC A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: (sentido amplo)
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares
pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular
grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Turma: D1
CENTRO UNIVERSO GOIÂNIA
Direitos difusos: São aqueles que possuem a mais ampla transindividualidade real. Além disso, têm
como características a indeterminação dos sujeitos titulares, unidos por um vínculo meramente de fato, a
indivisibilidade ampla, a indisponibilidade, a intensa conflituosidade, a ressarcibilidade indireta.
Ex: A proteção da comunidade indígena, da criança e do adolescente, das pessoas portadoras de deficiência, o direito de todos
não serem expostos à propaganda enganosa e abusiva veiculada pela televisão, rádio, jornais, revistas, painéis publicitários e a
pretensão a um meio ambiente hígido, sadio e preservado para as presentes e futuras gerações.
“(…) compreende interesses que não encontram apoio em uma relação base bem definida, reduzindo-se o vínculo entre as pessoas a
fatores conjunturais ou extremamente genéricos, a dados de fato frequentemente acidentais ou mutáveis: habitar a mesma região,
consumir o mesmo produto, viver sob determinadas condições sócio-econômicas, sujeitar-se a determinados empreendimentos, etc.”
Ex: “(a) aumento ilegal das prestações de um consórcio: o aumento não será mais ou menos ilegal para um ou outro consorciado.
(…) Uma vez quantificada a ilegalidade (comum a todos), cada qual poderá individualizar o seu prejuízo, passando a ter, então,
disponibilidade do seu direito. Eventual restituição caracterizaria proteção a interesses individuais homogêneos; b) os direitos dos
alunos de certa escola de terem a mesma qualidade de ensino em determinado curso.
OS DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS: São aqueles que decorrem de uma origem comum,
possuem transindividualidade instrumental ou artificial, os seus titulares são pessoas determinadas e o seu objeto é
divisível e admite reparabilidade direta, ou seja, fruição e recomposição individual.
Objetivo: Unir várias demandas individuais em uma única coletiva, por razões de facilitação do acesso à justiça e
priorização da eficiência e da economia processuais.
Ex: “a) os compradores de carros de um lote com o mesmo defeito de fabricação (a ligação entre eles, pessoas
determinadas, não decorre de uma relação jurídica, mas, em última análise, do fato de terem adquirido o mesmo
produto com defeito de série); b) o caso de uma explosão do Shopping de Osasco, em que inúmeras vítimas sofreram
danos; c) danos sofridos em razão do descumprimento de obrigação contratual relativamente a muitas pessoas; d)
um alimento que venha gerar a intoxicação de muitos consumidores; e) danos sofridos por inúmeros consumidores
em razão de uma prática comercial abusiva (…); f) sendo determinados, os moradores de sítios que tiveram suas
criações dizimadas por conta da poluição de um curso d’água causada por uma indústria; (…) k) prejuízos causados
a um número elevado de pessoas em razão de fraude financeira; l) pessoas determinadas contaminadas com o vírus
da AIDS, em razão de transfusão de sangue em determinado hospital público”
a) Se o que une interessados determináveis é a mesma situação de fato (p. ex., os consumidores que
adquiriram produtos fabricados em série com defeito), temos interesses individuais homogêneos;
(individualizar o prejuízo)
c) Se o que une interessados indetermináveis é a mesma situação de fato (p. ex., os que assistem pela
televisão à mesma propaganda enganosa), temos interesses difusos.
Teoria do diálogo das fontes: É uma Teoria alemã idealizada por Cláudia Lima Marques, essa teoria é que
as normas jurídicas não se excluem simplesmente por pertencerem a ramos jurídicos distintos, mas, ao
contrário, elas se completam, aplicando assim a premissa de uma visão unitária do ordenamento jurídico.
Art. 7º Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário,
da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos
princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de
consumo.
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Podemos definir também como sendo o instrumento processual adequado para reprimir
ou impedir danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico e por infrações de ordem econômica,
protegendo, assim, interesses difusos da sociedade.
A terminologia Ação coletiva ou ação civil pública são tratadas como sinônimos. Há
controversas doutrinárias.
Para o professor a terminologia ação coletiva é a mais adequada.
- Ação de improbidade administrativa (uma espécie de ação civil pública que ao mesmo
tempo é uma espécie de ação coletiva);
- Ação popular (proposta pelo cidadão eleitor nas questões que tratam sobre meio
ambiente e improbidade pública.);
Na base da descrição fática que se apresenta na petição inicial: Toda petição inicial de
uma ACP deve necessariamente constar se aqueles fatos são descritos conforme o tipo
de interesse que eu quero proteger (difuso,coletivo ou individual homogêneo).
CDC:
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo
individualmente, ou a título coletivo.
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a
parte contrária por uma relação jurídica base;
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente
I - o Ministério Público,
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e
seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano,
ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de
acordo com o disposto nos artigos seguintes
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à
Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e
instâncias do processo eleitoral.
XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios
de competência da Justiça do Trabalho;
V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que
compatíveis com sua finalidade.
OMPF estaria limitado à atuação somente da justiça Federal? Não tem nenhuma
vedação.
OMPE estaria limitado à atuação somente da justiça Estadual? Não tem nenhuma
vedação.
Obs. Na duvida esta sendo muito usual fazer um litisconsórcio entre os dois MPs.
LEI Nº 11.448, DE 15 DE JANEIRO DE 2007. que disciplina a ação civil pública, legitimando
para sua propositura a Defensoria Pública.→ (equiparação ao MP)
Ela pode atuar perante interesses coletivos, individual homogêneo e direito difusos.
Necessitados, deficientes ... (não tem pertinência temática)