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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BALNEÁRIO CAMBORIU - SC

Processo No. 0311833-88.2017.8.24.0005

DELMA NOGUEIRA CEZAR, brasileira, viúva, professora de ensino


fundamental aposentada, portadora da cédula de identidade No. 36496144-2 SSP-SP, inscrita
no cadastro nacional de pessoa física sob o CPF/MF No. 347.669.876-91, ALEXANDRE
NOGUEIRA CESAR, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da cédula de identidade
No. 38.246.416-SSP-SP, e TAMIRIS NOGUEIRA CESAR, brasileira, solteira, advogada,
portadora da cédula de identidade No. 36.496.152-1 SSP-SP, inscrita no cadastro nacional de
pessoa física sob o CPF/MF No. 399.959.918.96, todos residentes e domiciliados na Cidade
e Estado de São Paulo, na Rua Quirino Landi No. 37, bairro Interlagos (“Herdeiros”), por
meio de sua advogada infra assinada (v. Anexo 1 – procuração), vem respeitosamente à
presença de V. apresentar PEDIDO DE EXTINÇÃO DE AÇÃO DE EXECUÇÃO
FISCAL nos autos da ação movida por MUNICÍPIO DE BALNEARIO CAMBORIU
(“Município”), pessoa jurídica de Direito Público interno, inscrito no CNPJ sob nº
83.102.285/0001-07, com sede na Rua Dinamarca, 320, representado por meio de seus
procuradores, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

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I – DOS FATOS

O Sr. Carlos José Cezar, brasileiro, inscrito no CPF sob n° 208.110.476-87, que fora
residente e domiciliado no mesmo endereço dos Herdeiros, faleceu em 01 de junho de 2018
e, por lei, sucederam o Sr. Carlos José Cezar (v. Anexo 3 – escritura de inventário e partilha).

Os Herdeiros (v. Anexos 2 e 3 – docs. de identidade e escritura de inventário e


partilha) tomaram conhecimento, durante o processo de inventário, da existência de dívidas
de IPTU referentes aos exercícios de 2007 e 2011 perante o MUNICÍPIO. Os Herdeiros
levantaram boletos com a dívida atualizada perante o MUNICÍPIO e realizaram o
pagamento, conforme certidão negativa fiscal do Município (v. Anexo 4) e comprovantes
de pagamento (Anexo 5 – cf. páginas 6 a 9 do anexo 5, referentes aos comprovantes de
pagamento e os boletos com código de pagamento nº 10492.21144 32000.100043
00003.827748 7 76020000070469 e nº 10492.21144 32000.100043 00003.827821 1
76020000065422).

Recentemente, os Herdeiros descobriram a existência dos processos de execução


fiscal No. 0800280-60.2012.8.24.0005 e 0311833-88.2017.8.24.0005.

II – DAS PRELIMINARES

Verifica-se na procuração acostada pelo MUNICÍPIO a ausência de data, bem como


a ausência de objetivo específico para a presente demanda. Por outro lado, verifica-se que há
necessidade de acostar procuração que comprove a constituição de mandato ante a ausência
de prova de que o advogado-procurador do MUNICÍPIO seja servidor público efetivo no
correspondente cargo.

Assim, antes de qualquer manifestação por parte do MUNICÍPIO, sua representação


encontra-se irregular e deve ser sanada conforme § 1º do artigo 654 da Lei No 10.406, de 10
de janeiro de 2002, conforme alterada (“Código Civil”), e artigo 76 da Lei Nº 13.105, de 16
de março de 2015, conforme alterada (CPC”) sob pena de nulidade dos atos praticados e
extinção do processo.

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“Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da
representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo
razoável para que seja sanado o vício.
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância
originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;”

“Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
§ 1º O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a
qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga
com a designação e a extensão dos poderes conferidos.”

III - DO DIREITO

Os Herdeiros realizaram devidamente o pagamento das dívidas existentes conforme


demonstrado acima (v. Anexos 4 e 5). Dessa forma, por conta do adimplemento da
obrigação, o processo deve ser extinto, conforme previsto no inciso I do artigo 156 da Lei
Nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, conforme alterada (“CTN”).

“Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;”

IV – DO PEDIDO

Ante todo o exposto, requer-se:

1. A regularização da representação do MUNICÍPIO no prazo de 10 (dez) dias úteis


contados da decisão desse juízo, sob pena de nulidade dos atos praticados e
extinção do processo conforme inciso I, §1º do artigo 76 do CPC;

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2. A manifestação do MUNICÍPIO, após regularizada a sua representação;

3. A extinção da ação de execução por conta do pagamento, conforme inciso I do


artigo 156 do CTN e;

4. Caso não deferido o pedido de extinção, ad cautelam, a produção de todos os meios


de prova permitidos em direito, muito embora os Herdeiros entendam que o pedido
de extinção esteja robustamente balizada; e

5. Todas as intimações e notificações pela Imprensa Oficial sejam feitas exclusivamente


em nome de sua advogada Priscila Murara de Carvalho, devidamente inscrita na
OAB/SC sob nº 38.832, em conformidade com §2° do art.272, do CPC, sob pena
de nulidade.

Termos em que

Pede deferimento.

Canoinhas/SC, 23 de novembro de 2018.

______________________________________
PRISCILA MURARA DE CARVALHO
OAB/SC 38.832

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